Bobó de Camarão: Sabor Brasileiro que Vai Te Encantar

  • Veja diversos modos de preparar esse prato emblemático da culinária brasileira
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Sabia que dá para fazer um bobó de camarão que rivaliza com os melhores do Nordeste mesmo morando num apartamento em São Paulo? Era o que eu pensava, até o dia em que uma tentativa desastrada de impressionar uns amigos virou uma lição de humildade — e sabor.

A chave, descobri depois de muitos testes, tá na paciência. Não adianta apressar o refogado dos pimentões no dendê, eles precisam caramelizar de verdade para doar aquela doçura que equilibra o prato. E um truque que aprendi em uma aula de bases da cozinha brasileira: usar as cabeças dos camarões para fazer um caldo concentrado. Isso muda completamente o jogo, dá uma profundidade que só ingrediente nobre proporciona.

O resultado é uma experiência completa. A cremosidade do purê de mandioca com leite de coco, o toque defumado da pimenta de cheiro e o frescor final do limão e coentro. É daqueles pratos que transformam um jantar comum em uma pequena celebração. Quer ver como é simples, passo a passo, criar essa maravilha aí na sua cozinha? Vamos lá, o segredo todo está nos detalhes do preparo logo abaixo.

A favorita: receita de bobó de camarão tradicional, simples e fácil: saiba como fazer

Rendimento
5 porções
Preparação
50 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 22 marcados

Para o caldo e a base:

Para o tempero (não pule essa parte):

Para finalizar:

Olha, a lista é grande, mas a maioria é tempero e coisa que você talvez já tenha. O investimento mesmo é no camarão e no dendê de boa qualidade. Faz diferença, acredita.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 300g (1/5 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 385 kcal 19%
Carboidratos Totais 28.5g 9%
   Fibra Dietética 4.2g 17%
   Açúcares 8.3g 17%
Proteínas 24.8g 50%
Gorduras Totais 18.6g 34%
   Saturadas 8.2g 37%
   Trans 0g 0%
Colesterol 165mg 55%
Sódio 680mg 30%
Potássio 720mg 15%
Cálcio 85mg 9%
Ferro 2.8mg 16%
Vitamina C 45mg 50%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Alta Proteína: 25g por porção, ideal para recuperação muscular
  • Sem Glúten: Base de mandioca naturalmente sem glúten
  • Alto em Fibras: 4.2g por porção
  • Rico em Vitaminas: Vitamina C e antioxidantes dos pimentões

Alertas & Alérgenos

  • Contém frutos do mar: Camarão como ingrediente principal
  • Alérgeno: Não adequado para alérgicos a crustáceos
  • Gordura moderada: Atenção ao dendê e leite de coco em dietas restritivas
  • Insight: Rico em proteínas magras e fibras, ótima opção para refeições completas e nutritivas

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Primeiro, vamos organizar e marinar:

  1. Se sua mandioca não estiver cozida, é a primeira coisa a fazer. Coloca na pressão com água e um pouco de sal por uns 15 minutos até ficar bem macia. Escorre e reserva. Enquanto isso, você pode fazer o resto.
  2. Pega os camarões limpos e coloca numa tigela. Tempere com sal, o suco de 1 limão, um pouco do coentro picado e o tomilho. Mistura bem, cobre e leva pra geladeira. Deixa lá pelo tempo que for fazer o caldo, uns 20 minutos já basta.

Fazendo o caldo mágico (é isso que dá o sabor profundo):

  1. Pega uma panela média e aquece uma colher de sopa de azeite comum. Joga as cabeças e cascas dos camarões que você guardou. Deixa dourar bem, fritando e amassando elas com uma colher. Elas vão soltar um líquido avermelhado e cheiroso. Isso é ouro.
  2. Adiciona na panela 1 cebola inteira cortada em quatro, a cenoura em rodelas, 2 talos do alho poró picado, o tomate, os dentes de alho, as folhas de louro, a erva doce e a casca do gengibre (sim, só a casca, a parte de dentro a gente usa depois). Refoga tudo por uns 5 minutos.
  3. Cobre com água, uns 1 litro mais ou menos. Deixa cozinhar em fogo baixo, sem tampa, por uns 20 minutos. Vai ficar com um aroma incrível. Passado o tempo, coe o caldo e descarta os sólidos. Você vai ter um caldo laranjinha e saboroso. Reserva.

A base cremosa e o refogado:

  1. Numa panela grande, aquece 2 colheres de sopa de azeite de dendê. Refoga os pimentões picados (os três cores) com um pouco de sal. A ideia é deixar eles murcharem e caramelizarem um pouco no dendê, isso leva uns 8 a 10 minutos em fogo médio-baixo. Não tem pressa.
  2. Adiciona as rodelas de gengibre (a parte de dentro), o cominho em pó e as sementes de coentro. Mexe por mais 1 minuto até soltar aroma.
  3. Transfere esse refogado de pimentões para o liquidificador. Adiciona a mandioca cozida e escorrida. Bate, acrescentando conchas do caldo de camarão reservado, até formar um purê bem liso. Se precisar, usa mais caldo. Tempere com sal. Esse creme vai voltar pra panela depois, então só reserva numa tigela por agora.
  4. Dica: não lave a panela ainda! Usa ela mesma pra próxima etapa.

Juntando tudo (a hora da mágica):

  1. Na mesma panela (está com resquício de dendê, é ótimo), aquece mais uma colher de dendê com um fio de azeite comum. Escorre o camarão da marinada (guarda o caldinho que soltou) e refoga os camarões por 1 minuto de cada lado, até ficarem opacos e corados. Tira os camarões da panela e reserva.
  2. Na gordura que ficou, refoga a cebola picada, o talo restante de alho poró e os 3 dentes de alho amassados. Quando ficarem dourados, coloca a pimenta de cheiro inteira (só para dar aroma, tira depois) e tempera com sal.
  3. Devolve os camarões reservados para a panela. Adiciona 1 concha do caldo de camarão e deixa ferver por 1 minuto, soltando os queimadinhos do fundo da panela (isso tem nome chique: deglace).
  4. Agora entra o creme de mandioca com pimentões que estava na tigela. Mistura tudo bem. Vai adicionando o leite de coco aos poucos, mexendo. Prova e acerta o sal. Se quiser mais líquido, coloca mais um pouco do caldo reservado. O ponto é de um creme grosso que cobre bem uma colher.
  5. Finaliza com o suco do limão restante e o cheiro verde (coentro e cebolinha) picado. Mexe, desliga o fogo.

Hora de servir:

  1. Sirva o bobó bem quente, num prato fundo. Polvilhe com um pouco mais de coentro e, se tiver, aquela castanha de caju picada por cima. A textura crocante combina demais com o creme. Um arroz branco soltinho é o parceiro ideal. É só isso. Parece trabalho, mas quando você pega o ritmo, flui. E o sabor? Meio indescritível.

Pronto. Pode parecer um pouco de trabalho, mas cada passo tem sua razão, especialmente aquele caldo feito com as cabeças dos camarões. É o que separa um bobó bom de um que faz todo mundo ficar quieto comendo, só ouvindo o som das colheres. A Daiane sempre brinca que é o único prato que faz o Titan, nosso cachorro, ficar esperando do lado da mesa com um ar de esperança, mesmo ele não podendo comer.

Se você fizer, me conta aí nos comentários como foi a experiência. Teve coragem de usar a pimenta de cheiro inteira? A sua família pediu bis? Compartilha qualquer dúvida ou descoberta que você teve no caminho. Adoro saber como essas receitas se adaptam na cozinha de cada um.

Quanto custa em calorias esse pecado?

Uma porção generosa de 300g desse bobó fica em 385 kcal, conforme nossa tabela nutricional completa. Mas quem tá pensando nisso quando o cheiro de dendê invade a cozinha, né? Se quiser reduzir, troque parte do leite de coco por iogurte natural e use menos dendê (mas aí já não é bobó, é só um relacionamento casual).

Quanto tempo dura e como guardar?

Na geladeira: 2 dias (se sobreviver ao primeiro dia, que é quando todo mundo repete o prato). Freezer? Até 1 mês, mas o camarão pode ficar borrachudo - melhor congelar só o creme e refogar camarão fresco na hora. Dica da Daiane: guarda em potes individuais pra não ter desculpa pra comer tudo de uma vez.

Sem camarão? Sem problemas!

• Vegano: usa palmito pupunha em tiras ou coração de jaca desfiado (marina igual!)
• Alérgico a frutos do mar: frango desfiado fica incrível
• Sem dendê: mistura azeite com páprica doce pra cor (mas sério, tenta achar dendê)
• Mandioca congelada: salva vidas, só descongela antes de bater

3 truques que ninguém conta

1. O segredo do caldo: congela cabeças de camarão quando tiver sobrando e usa depois. É ouro líquido!
2. Bate a mandioca ainda quente - absorve melhor o caldo
3. Último toque: um fio de dendê cru por cima na hora de servir. Explosão de sabor garantida!

Onde tudo pode dar errado (e como evitar)

• Purê muito grosso: parece massa de reboco? Adiciona caldo aos poucos até ficar cremoso
• Camarão borrachudo: 1 minuto no fogo já basta, gente! Ele cozinha no calor residual
• Bobó aguado: se passou do ponto, engrossa com um pouco mais de mandioca batida
• Sem sabor: faltou sal? Ajusta com caldo de camarão concentrado (aquele das cabeças)

O momento crítico: o ponto do camarão

Aqui que muita gente erra feio. Camarão cozinha RÁPIDO - quando começa a ficar cor-de-rosa, já tira do fogo que ele termina no calor do creme. Já perdi uma leva inteira por distração (e a Daiane não me deixou esquecer por semanas). Dica: usa camarão médio, os pequenos viram borracha fácil.

O que servir junto?

• Clássico: arroz branco soltinho e farofa de dendê
• Inusitado: abacaxi grelhado corta a gordura
• Bebida: cerveja bem gelada ou caipirinha de caju
• Pra impressionar: mini pães de queijo como "colher" comestível

Versões para todo mundo

• Low carb: substitui a mandioca por couve-flor cozida e batida
• Sem lactose: leite de coco natural (aquele em lata) já é safe
• Paleo: só tirar os grãos de coentro e caprichar nas ervas frescas
• Glúten free: já é naturalmente, mas atenção aos caldos prontos!

Bobó do futuro (e do passado)

• Nordestino: bota carne seca desfiada junto com o camarão
• Gourmet: finaliza com camarões grandes grelhados por cima
• Apimentado: usa malagueta no lugar da pimenta de cheiro
• Tropical: joga manga em cubos no final pra doce-salgado

Zero desperdício

Cascas de gengibre e talos? Congela pra fazer chá ou caldos. Sobrou bobó? Vira recheio de panqueca ou empada. Até as cabeças de camarão espremidas podem virar adubo (sim, testei na hortinha da varanda - a salsa cresceu monstra!).

De onde vem essa delícia?

O bobó é primo distante do vatapá, com raízes africanas mas totalmente abrasileirado. A versão com camarão surgiu no litoral nordestino, onde tinha os bichinhos frescos e mandioca de sobra. Curiosidade: originalmente levava apenas pimentões verdes - os coloridos são invenção moderna pra deixar o prato mais fotogênico.

2 segredos que ninguém fala

1. O limão na marinada não é só pra sabor - ajuda a "cozinhar" o camarão cru, evitando aquela textura borrachuda.
2. A castanha de caju (que muita gente ignora) é herança da culinária indígena - ela dá um cremosidade que nem o leite de coco consegue.

Perguntas que sempre me fazem

Posso congelar? Só o creme, camarão sempre fresco.
Sem leite de coco? Até pode, mas vira outro prato. Tenta iogurte natural.
Mandioca ou aipim? Tanto faz, mas prefiro a mandioca amarela.
Quanto de dendê? Começa com 1 colher e vai ajustando - ele é poderoso!

Já errei pra você não precisar errar

Uma vez bati o bobó no liquidificador com tudo, até os camarões. Virou uma papa cinza traumatizante. Outra vez exagerei no dendê e ficou com gosto de sabão (sim, tem limite!). Moral da história: respeita as etapas e vai provando no caminho.

Harmonização surpresa

Experimenta servir com:
• Fatias de caju fresco (combina com o leite de coco)
• Picles de gengibre (corta a gordura)
• Farofa crocante de castanha de caju (dá contraste)
• Molho de pimenta com manga (eleva tudo)

Up chique

Pra impressionar: decora com microfolhas de coentro, camarões grandes grelhados na hora e flores de alho poró fritas. Serve em cumbuquinhas individuais com colher de madeira. Já fiz pra visita e todo mundo achou que eu tinha curso de chef (mentira, foi no YouTube mesmo).

Se tudo der errado...

• Queimou o fundo? Passa pra outra panela sem mexer o que tá em cima.
• Salgou? Bota mais mandioca sem sal ou um pouco de batata doce.
• Virou sopa? Deixa ferver sem tampa ou engrossa com fécula.
• Sem camarão? Frango desfiado salva - já aconteceu aqui!

Modo econômico

• Usa só camarão cinza (mais barato que o rosa)
• Compra mandioca já cozida no saco (achei no mercado por R$5)
• Faz caldo com cascas de legumes congeladas
• Substitui parte do leite de coco por creme de leite (mais barato)

Sabia que...

O dendê é o segredo africano do bobó? Ele não é só cor - tem enzimas que realçam os sabores. E tem mais: os portugueses tentaram proibir o prato no século 18 porque achavam "grosseiro". Sortez nossa que não deram conta, né?

Bobó de Camarão: Um Banquete que Vai Fazer Você Querer Lamber o Prato

Se tem um prato que une sabor, cremosidade e aquela sensação de comida de vó, é o bobó de camarão. Mas uma refeição completa precisa de harmonização, né? Por isso, selecionei combinações que vão transformar seu almoço ou jantar em uma experiência memorável. A Daiane sempre diz que essas sugestões salvam nossos fins de semana preguiçosos!

Para Começar com Tudo

Bolinho de Bacalhau: Crocante por fora, macio por dentro. Um clássico que nunca falha, principalmente quando a gente recebe visitas.

Coxinha de Frango (detalhes do preparo): Impossível comer só uma. A dica é fazer um monte e congelar - aqui em casa sempre tem pra emergências (leia-se: ataques de fome repentinos).

Dadinho de Tapioca: Aquele crocante que derrete na boca. Combina tanto que parece ter sido inventado pra acompanhar pratos nordestinos.

O Time dos Acompanhamentos Perfeitos

Vinagrete (versão deliciosa aqui): O contraste ácido corta a riqueza do bobó. E o melhor? Leva 5 minutinhos pra fazer.

Arroz à Piamontese: Esse arroz cremoso com queijo é tipo um abraço no estômago. A Daiane adora fazer nos dias mais frios.

Pão de Batata Doce: Macio e levemente adocicado - perfeito pra limpar o prato (e a panela, quem nunca?).

Pão de Queijo Mineiro: Porque tudo fica melhor com pão de queijo, né? Dica: faça em forninhos individuais pra ficar mais crocante.

Doces Finales (que merecem standing ovation)

Mousse de Cupuaçu: Exótico, cremoso e não muito doce - o equilíbrio perfeito depois de um prato rico.

Quindim (clique aqui para o passo a passo): Aquele tradicional que faz todo mundo lembrar da infância. Cuidado que é viciante!

Sorvete de Abacate: Parece estranho até você provar. A textura cremosa casa absurdamente bem com a refeição.

Bebidas: Sugestões para uma experiência completa

Água de Coco Gelada: Não tem link porque sinceramente, merece ser natural mesmo. Refrescante e combina com tudo.

Suco de Caju: Doce e levemente ácido - equilibra o paladar depois da explosão de sabores.

Chá Mate Gelado com Limão: Nosso preferido para refeições mais pesadas. O amargo do mate corta a gordura na medida certa.

E aí, qual combinação vai testar primeiro? Aqui em casa a gente já provou todas (algumas mais vezes do que deveria, confesso). Conta nos comentários se alguma dessas sugestões virou hit aí na sua casa também!

Curtiu o básico? Então bora explorar como esse prato pode viajar pelo Brasil e pela criatividade.

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.

2º. Bobó Servido na Moranga: O Visual que Impressiona

autor: Josefa Rodrigues cozinhando com mainha

Essa é a definição de prato para ocasião especial. Serve perfeitamente aquele jantar onde você quer causar uma primeira impressão ótima, ou celebrar alguma coisinha. A moranga não é só um pote bonito, ela cozinha no forno e doa uma suavidade terrosa ao recheio, é incrível. A dica da fatia de muçarela no fundo é um coringa contra o encharcamento, faz o biscoito da massa ficar no ponto.

Ah, e sobre a pergunta se precisa de acompanhamento: precisa, sim. O arroz branco é obrigatório para equilibrar a cremosidade. E as cabeças de camarão fritas que ela sugere? Não pule isso. É crocância e um turbinada de sabor do mar que eleva o prato todo. Só toma cuidado para não refogar o camarão em fogo alto, senão ele fica borrachudo.

3º. Com o Autêntico Tempero Baiano

autor: Gostosuras da Baiana

Se você quer a explosão de sabor mais autêntica possível, essa é a rota. O tempero baiano caseiro, com aquela lista enorme de especiarias, é o que transforma um bom bobó num bobó memorável. Cada colherada fala, tem complexidade. É a receita que resolve aquele desejo por uma comida com personalidade forte, que não seja mais do mesmo.

Fazer o seu próprio tempero parece trabalho, mas é um passo que evita o gosto genérico de tempero pronto. E a pimenta dedo-de-moça sem semente é crucial pra dar o calor sem a ardência descontrolada. Uma dica: prepare uma quantidade maior e guarde num pote fechado, dura um tempão e você usa em tudo.

4º. A Versão Maranhense, Cheia de Personalidade

Diferente do que a gente pensa, a cozinha do Norte tem suas próprias regras. Essa versão é um exemplo, com um jeito próprio de tratar os ingredientes que traz um sabor único. É uma viagem gastronômica sem sair de casa, pra quando você tá cansado das mesmas referências e quer descobrir algo novo.

A sugestão de bater a mandioca com a água do cozimento é ouro. O amido que fica na água engrossa o creme naturalmente, deixando ele mais encorpado e saboroso do que se você usar só água nova. Não jogue essa água fora nunca, é o segredo da textura perfeita.

5º. Bobó Light, Pra Não Sair da Linha

Todo mundo merece comer um bobó gostoso, mesmo em dias de dieta mais regrada. A adaptação inteligente aqui é trocar o leite de coco tradicional pelo light e controlar a quantidade de dendê. O sabor fica surpreendentemente bom, mantendo a essência. É a prova de que dá pra se cuidar sem abrir mão do prazer.

O ponto de atenção fica no camarão. Como a gordura é reduzida, a qualidade do camarão e o ponto de cozimento dele ficam ainda mais importantes. Compre os melhores que puder e não exagere no tempo no fogo, para não ficar seco.

6º. Feito com Batata Baroa, uma Cremosidade Diferente

A mandioquinha sabe, a batata baroa deixa o creme com uma doçura natural e uma textura aveludada que é uma delícia. É uma variação que agrada muito quem acha a mandioca muito neutra ou pesada. Fica incrivelmente cremoso, quase um purê de luxo com camarão.

Cozinhar a batata no caldo de galinha com alho, como ela sugere, é um passo que não dá para pular. É isso que vai dar profundidade ao sabor base do creme. E a proporção de um quilo de camarão para um quilo de batata é equilibrada, garante que não fique nem muito ralo nem muito grosso.

7º. Bobó Capixaba: A Versão Sem Dendê e Sem Coco

Olha, se você não é muito fã do sosto marcante do dendê ou do leite de coco, essa é a sua chance de experimentar um bobó. A versão capixaba é mais suave, fresca, e coloca o coentro em destaque absoluto. É uma reação diferente da que a gente tá acostumado, mas é igualmente viciante.

A quantidade generosa de coentro picado na finalização não é enfeite, é ingrediente principal. Lave bem as folhas, seque e pique na hora. E a panela de ferro, se você tiver, faz diferença no cozimento homogêneo, mas não é obrigatória, uma panela grossa comum resolve.

8º. O Toque Caribenho do Balneário de Iriri

Flambar o camarão na cachaça antes de ir pra panela é daquelas jogadas de mestre que parecem coisa de restaurante, mas é simples. A cachaça tira aquele cheiro mais forte do fruto do mar e acrescenta um fundo alcoólico que evapora, deixando só um sabor complexo e incrível. É um passo a mais que eleva o prato demais.

Só cuidado na hora de flambar, afasta a panela do fogo pra colocar a cachaça e volta com cuidado. E use uma cachaça simples, não precisa ser a premium. A ideia é o sabor, não a bebida em si.

9º. Com Arroz de Coco e Farofa de Cebola: Acompanhamentos de Chef

Às vezes, a magia não está só no prato principal, mas no que vem junto. Essa combinação é sobre isso. O arroz de coco tem uma cremosidade e doçura que casam perfeitamente com o bobó, e a farofa de cebola caramelizada dá uma crocância doce e salgada que é viciante. Juntos, eles transformam a refeição num evento.

Para a farofa ficar com a cor "de fios de carne de sol" que ele brinca, é paciência. Refogue a cebola em fogo baixo até ela quase desmanchar e ficar bem dourada, quase marrom. Isso leva tempo, mas o sabor que fica não tem igual.

10º. No Fogão a Lenha, o Sabor Defumado

Não tenho fogão a lenha em casa, mas já experimentei um feito assim e é outra coisa. O calor irregular e o fumê suave que impregna na comida dão um charme rústico e um sabor que fogão elétrico nenhum consegue replicar. É a receita para um fim de semana na chácara, ou pra quem tem essa sorte em casa.

A técnica do caldo feito com as cascas do camarão é fundamental aqui também. No fogão a lenha, esse caldo fica ainda mais concentrado. Se você não tem o fogão, faz o caldo do mesmo jeito e usa numa panela de ferro no fogão comum, já ajuda a simular um pouco a experiência.

11º. Ao Creme de Leite: Uma Cremosidade Francesa

Misturar a técnica francesa (o creme de leite) com a alma brasileira dá certo, viu? O creme fica super sedoso, com um sabor rico e menos adocicado que o do leite de coco. É uma versão mais "cheff", digamos, ótima para quem quer impressionar com um toque diferente.

Bater o creme de leite *junto* com a mandioca cozida é o segredo para a emulsão ficar lisa e estável, sem talhar. E o camarão branco, que ela sugere, é mesmo mais suave e combina bem com a delicadeza do creme. Só lembra de usar creme de leite fresco, o de caixinha pode talhar.

12º. Truque Profissional: Gengibre Ralado na Hora

Essa dica do gengibre ralado na hora é pequena, mas muda tudo. O frescor e o aroma são intensos, dão um *kick* que o gengibre em pó ou já ralado guardado nunca vai dar. É aquele detalhe que separa um bom cozinheiro de um ótimo. E selar o camarão no dendê bem quente é obrigatório pra trancar o suco dentro.

Para acompanhar, a sugestão do arroz branco com tomate picado é genial. A acidez do tomate cru corta a riqueza do bobó na medida certa. Faça isso, nem pense duas vezes.

13º. Farofa de Pão e Chips de Mandioquinha: A Textura em Foco

Essa versão é uma aula sobre contrastes de textura. O bobó cremoso, a farofa de pão crocante e os chips de mandioquinha que dão aquele *crunch*. Cada garfada é uma experiência diferente. É perfeito para quando você quer que o pessoal interaja com a comida, pegue um chip, mergulhe no creme.

Fazer a farinha de pão é fácil: é só processar pães velhos até virar uma farofa grossa. E os chips, se você não quiser fritar, pode assar as fatias bem fininhas de mandioquinha no forno com um fio de azeite até ficarem douradas. Fica ótimo também.

14º. A Lição Mais Importante: Aproveitar as Cascas do Camarão

De todas as dicas possíveis, essa é a que mais levo a sério. O caldo feito das cabeças e cascas do camarão é a alma do prato. É o que dá aquela profundidade de sabor do mar, umami puro. Sem isso, o bobó fica apenas gostoso. Com isso, fica memorável.

Ela tá certa sobre os 30 minutos em fogo baixo para a mandioca. É o tempo ideal para desfiar fácil e liberar o amido. E usar o camarão rosa, que tem um sabor mais marcante, combina muito com essa técnica do caldo forte. Não use água pura, use o caldo que você fez.

15º. Com Abóbora Japonesa: A Surpresa Doce e Cremosa

A abóbora japonesa é um segredo maravilhoso. Ela dá uma cor linda, uma cremosidade natural incrível e uma doçura que conversa muito bem com o leite de coco e o camarão. É uma inovação que funciona demais, especialmente pra quem quer sair da mandioca e da batata baroa.

O molho inglês e a páprica doce que ela menciona são os realçadores de sabor que fazem a abóbora, que pode ser muito doce, se equilibrar no salgado. Não pule eles. E sobre o camarão, tanto faz rosa, branco ou cinza, o importante é estar fresco. O sabor do caldo das cascas vai dominar de qualquer jeito.

E então, qual dessas viagens gastronômicas você quer fazer primeiro na sua cozinha? Tem versão pra todos os gostos, desde a mais tradicional até a mais ousada. Me conta nos comentários qual te chamou mais a atenção ou se já conta com uma receita de família que é sucesso absoluto!

Última modificação em Segunda, 08 Dezembro 2025 10:30

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

Instagram icon https://www.instagram.com/raf.gcs

Comentários  

0 Rafabeatz
achei simples mesmo. Até eu consegui
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0 Rafael Gonçalves
É isso que importa, Rafabeatz! Cozinhar deveria ser sempre acessível
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