Inspire-se com essas 15 formas criativas de preparar um lagarto que vão além do básico.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves).
Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos.
Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito.
Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.
2º. A clássica dupla que nunca decepciona em um jantar
autor: Panelaterapia
Esse aqui é aquele prato certeiro para quando você quer algo elegante mas sem muito risco. O molho madeira, com seu fundo terroso do vinho e aquele toque do molho inglês, é um casamento clássico com a carne. A dica valiosa do vídeo que eu sempre sigo é coar o caldo do cozimento. Pode parecer besteira, mas tira aqueles pedacinhos de tempero queimado que ficam no fundo da panela de pressão e deixa o molho lisinho, de restaurante.
Uma vez, quase estraguei um molho por colocar a farinha de trigo direto, formou uns gruminhos horrorosos. Aprendi com esse erro: mistura ela primeiro com um pouco do caldo frio ou com o vinho, como eles mostram, daí depois joga no quente. Nunca mais deu problema. Fica incrível com um purê de batata.
3º. Para os dias em que a paciência é sua maior aliada na cozinha
autor: Lacrando Com As Teixeiras
Confesso que eu era meio cético. Lagarto assado, sem a pressão para amaciar, não ficaria seco? As irmãs Teixeira provam que não, e o segredo tá no ritual. Cobrir com alumínio no começo é genial, porque cria uma sauna dentro do forno que deixa a carne absurdamente macia. Depois, tirar a proteção é o que dá aquela crosta dourada e saborosa que todo mundo ama.
O tempo maior no forno assusta um pouco, mas é um processo tranquilo. Enquanto isso, você prepara o resto. A dica de furar a carne para o tempero penetrar é ouro. Já usei um garfo, mas um palito de churrasco fino funciona melhor. O resultado é uma carne que se desfaz com o garfo, sem exagero.
Esse vídeo é uma aula de versatilidade. Ele não prende você a uma receita só, mas abre a cabeça para as possibilidades. Molho de tomate, missô, frutas… a ideia é você entender a lógica. Um fundo saboroso (cebola, alho), um elemento de corpo (molho, pasta) e um toque ácido ou adocicado para balancear. Isso liberta na cozinha.
Particularmente, gosto muito da sugestão de usar um pouco de amido de milho para ajustar a textura. Não precisa fazer um roux, é só dissolver uma colher no caldo frio e voltar ao fogo. Em dois minutos, seu molho vai do ralinho para o encorpado perfeito. Passei a fazer isso em vários outros molhos, mudou minha vida.
Já aconteceu de você cozinhar um lagarto e, na hora de servir, achar que não ia dar para todo mundo? Desfiar resolve isso. A Cristina mostra que, uma vez desfiada, aquela carne rende o dobro. Vira recheio de torta, de panqueca, de sanduíche, mistura pra arroz… vira o que sua criatividade mandar.
O truque para desfiar com garfo sem sofrer é esperar a carne esfriar um pouquinho, só para você conseguir manusear. Mas não deixe esfriar totalmente, senão fica mais difícil. E não jogue fora o caldo que sobrou na panela! Use para umedecer a carne desfiada depois, ou como base para um sopa. Zero desperdício.
Essa aqui é pra quem gosta de planejar com antecedência e ser recompensado. O escabeche é mágico: a marinada ácida (com vinagre e vinho) não só amacia a carne, como a conserva e impregna um sabor complexo. É um prato que pede paciência de 24h, mas o trabalho ativo é mínimo.
Ao contrário do que parece, não fica azedo. O equilíbrio com o azeite e os temperos é perfeito. Fatiar a carne fininha depois de cozida é essencial para pegar bem o molho. Serve gelado como entrada com uma torradinha crocante, e a reação das pessoas é sempre a mesma: "nossa, você que fez?". Parece coisa de chef.
Bife de lagarto. Soa estranho? Pois fica surpreendentemente bom, se você souber o caminho. Como é uma carne mais magra e firme, o segredo está em fatiar contra as fibras, num tamanho nem muito fino nem muito grosso. E selar bem, rápido, num fogo alto. Isso cria uma crosta saborosa enquanto mantém o interior suculento.
É a opção do dia a dia. Em 15 minutos você tem um prato completo. Acompanha com aquele arroz simples e uma salada de folhas, já fica ótimo. Se quiser incrementar, um molho rápido de mostarda e creme de leite com as raspas da frigideira resolve tudo. Prático e direto.
Isso não é só o vinagrete de sempre jogado por cima. É a carne *com* vinagrete, o que é bem diferente. Eles propõem picar o lagarto já cozido em cubos e misturar com o vinagrete bem temperado, com pimentão e tudo. Vira quase uma salada de carne, e fica sensacional.
Perfeito para o verão ou para aquela sobra de churrasco do final de semana. Deixa na geladeira por algumas horas que os sabores se casam ainda mais. Comi assim uma vez num dia quente, com uma cerveja bem gelada, e foi um evento. Simples, mas muito eficaz.
A cerveja não está ali só pelo sabor, que é leve e maltado. Ela age como um amaciante natural, graças às enzimas e à acidez. A técnica de furar a carne é fundamental, mas tem um jeito certo: faça os furos com uma faca pontiaguda, indo e voltando, para abrir um canalzinho onde a cerveja possa realmente penetrar.
Use uma cerveja mais encorpada, tipo uma pilsen, evita as muito amargas. Depois de marinar, o gosto forte de cerveja some, fica só a maciez e um fundo de sabor delicioso. Ideal para assar na churrasqueira, a fumaça complementa tudo.
Ao contrário do que se imagina, salada com carne não precisa ser só alface e um bife ao lado. Essa receita mistura tudo: a carne em fatias, aspargos (que são uma adição de mestre), azeitonas, e aquela salsinha e cebolinha fresca. O tempero é só o azeite de qualidade, sal e pimenta.
A simplicidade é a alma do negócio aqui. Deixa os sabores de cada ingrediente aparecerem. Fica um prato leve, bonito de servir, e que resolve um almoço rápido com classe. Se tiver sobra de lagarto cozido, é a maneira mais rápida de reciclar.
Carpaccio de lagarto é a prova de que com técnica simples você consegue um resultado de altíssimo nível. O segredo, claro, é a qualidade da carne e o fatiamento fino como papel. Congele a peça por uns 40 minutos antes de fatiar, facilita muito o trabalho.
O molho é onde você brinca. Um azeite trufado, lascas de parmesão e rúcula é o clássico. Mas já fiz com molho de mostarda dijon e mel, e ficou incrível também. É um prato que exige coragem para servir carne crua, mas a recompensa em elogios é certa.
Fatiar fininho não é só uma questão de apresentação. É uma estratégia. Uma peça de lagarto fatiada vira estoque no freezer para bifes rápidos, para aquela salada que falei, para jogar num risoto no último minuto. A Mari dá a dica de ouro: se for usar faca, mantenha ela bem afiada e use um movimento de vai-e-vem, não de pressionar para baixo.
Comprei um fatiador manual barato por causa dessa receita, e foi um dos melhores investimentos na cozinha. Não só para carne, mas para queijos, legumes… Agiliza demais. A versatilitade que isso dá é brincadeira.
Calabresa dentro do lagarto é daquelas ideias que a gente pergunta por que não pensou antes. A gordura da linguiça vai derrendo durante o cozimento e umedece a carne por dentro, deixando cada fatia suculenta e saborosa. É um recheio infalível.
Amarrar bem com barbante é crucial, senão o recheio vaza tudo. E não tenha medo de ser generoso. Já errei isso antes, coloquei pouco e quase não senti. Quando for fatiar para servir, o visual das fatias com os veios de calabresa e cenoura é lindo de chorar. Prato completo.
Se com calabresa é robustez, com queijo é uma delicadeza surpreendente. O queijo derrete e cria um coração cremoso na carne. Muçarela é a escolha segura, mas um queijo prato ou um provolone jovem também funcionam. Evita queijos muito salgados ou que derretem em excesso e viram óleo.
A dica aqui é fazer um bolso bem no centro da peça, para o queijo ficar protegido. E, espera, deixa a carne descansar uns 10 minutos depois de cozida antes de cortar. Se você cortar na hora, o queijo ainda muito quente escorre tudo. A paciência é recompensada com fatias perfeitas.
Molho de laranja com carne bovina é uma daquelas combinações que soam estranhas até você provar. O ácido e o doce da fruta cortam a gordura e deixam o prato incrivelmente fresco. Não é um molho doce, é agridoce e aromático.
Use suco de laranja natural, de preferência. O de caixinha pode ter muito açúcar e estabilizantes que mudam o sabor. Reduzir o suco é importante para concentrar o sabor, senão fica aguado. Fica espetacular com a carne assada ou grelhada. Uma aventura que vale a pena.
Lagarto em forma de pizza frito. Eu li isso e pensei "como assim?". A Verinha mostra, e a genialidade está na textura. As fatias finas, fritas no azeite na própria forma, ficam crocantes nas bordas e macias no centro, como uma base de pizza diferente de tudo. Os temperos e tomates por cima completam.
É mais uma ideia maluca que funciona. Perfeita para um almoço descontraído, para servir cortada em triângulos. As crianças, principalmente, adoram a apresentação. É pensar totalmente fora da caixa e abrir a mente para o que uma peça de carne pode virar.
Ufa, quanta opção, né? Dessas mais ousadas, qual te deixou com mais vontade de tentar? A com cerveja ou a que vira pizza? Se você se aventurar em alguma, passa aqui depois pra contar os resultados. Adoro ouvir as adaptações que cada um faz na sua cozinha.
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