Eu sempre achei que atum em pizza era estranho, até provar uma versão no Terraço Itália que mudou completamente minha perspectiva. A combinação com agrião fresco e aquela cebola levemente caramelizada fez toda diferença.
Depois de estudar técnicas de massas no curso de panificação, desenvolvi essa receita que equilibra sabores fortes. O segredo está em adicionar o atum só no final, depois que a pizza já saiu do forno, para manter a textura perfeita do peixe.
Aqui em casa virou uma opção rápida para sextas-feiras, quando queremos algo diferente mas sem complicação. A massa com azeite extravirgem fica crocante por baixo e macia por dentro, perfeita para sustentar o recheio leve.
Quer experimentar essa pizza de atum que conquista até quem torce o nariz para peixe na pizza? O passo a passo completo está abaixo, testado e aprovado na nossa cozinha de apartamento.
Pega um recipiente grande e coloca a água em temperatura ambiente. Adiciona o açúcar, fermento e mais ou menos um terço da farinha. Mistura até ficar uma base macia e homogênea, tipo uma esponja. Deixa descansar em lugar quentinho por uns 15 minutos.
Quando tiver cheio de bolhinhas e parecer elástico, começa a adicionar o resto da farinha aos poucos, mexendo sempre. Depois de colocar mais ou menos metade, adiciona o azeite e o sal. Mistura bem de novo.
Passa a massa pra bancada e vai dobrando ela sobre si mesma, acrescentando o que sobrou de farinha. Quando a farinha sumir toda, começa a sova: dobra pra lá e pra cá por uns 15 minutos. Cansa um pouco, mas é isso que deixa a massa no ponto.
Deixa descansar 5 minutos e faz o teste do véu: puxa um pedacinho com cuidado. Se esticar sem rasgar fácil, tá bom. Coloca numa vasilha untada com azeite, cobre com pano úmido e deixa crescer por 1 hora ou até dobrar de tamanho.
Divide em 4 partes, faz bolinhas com cada uma e guarda numa caixa fechada por 4 horas. É essa espera que deixa a massa super elástica e fácil de abrir.
Montagem e finalização:
Tira uma das bolas da caixa e abre com rolo na espessura que você gosta. Eu prefiro nem muito fina nem muito grossa, uns 3mm tá ótimo.
Espalha o molho de tomate, coloca o queijo, cebola, milho e azeitonas se for usar. Leva ao forno pré-aquecido a 180°C por uns 25 minutos, até a massa dourar e o queijo derreter.
Aqui vem o segredo: tira do forno e só agora coloca o atum, o agrião fresco, orégano e as fatias de tomate. Joguei um fio de azeite por cima e tá pronta.
Essa parte de colocar o atum depois do forno é importante, viu? Se colocar antes, o peixe resseca e perde toda a graça. Aprendi isso na marra.
Confesso que demorei pra me acostumar com atum na pizza, mas quando descobri esse jeito de colocar o peixe depois de assar, mudou tudo. O agrião fresco dá um contraste legal com o sabor do atum, fica uma combinação surpreendente.
E você, já experimentou pizza de atum? Se fizer em casa, me conta nos comentários o que achou ou se fez alguma adaptação. Adoro trocar ideias sobre essas receitas diferentes!
Quanto tempo dura essa pizza?
A massa crua pode ficar na geladeira por até 3 dias (em vasilha fechada) ou congelar por 1 mês. Já a pizza assada é melhor consumir no mesmo dia, mas se guardar na geladeira, dura 2 dias - só esquentar no forno antes de comer. Dica da Daiane: quando fazemos muita massa, congelamos bolinhas individuais pra ter pizza rápida durante a semana!
De olho nas calorias
Conforme a tabela nutricional completa, uma fatia generosa (1/4 da pizza) fica em torno de 485 kcal. Quer reduzir? Troque a muçarela por ricota light, use atum natural (não em óleo) e diminua o azeite na finalização. Mas sério, às vezes vale a pena a versão original né?
Trocas que funcionam
• Sem atum? Sardinha fica incrível também
• Vegano? Substitua o atum por cogumelos shimeji refogados e use queijo vegetal
• Alérgico a glúten? Farinha de trigo sem glúten funciona, mas a massa fica menos elástica
• Detesto agrião? Rúcula ou espinafre baby salvam
Os 3 pecados da pizza caseira
1. Colocar o atum antes de assar: vira borracha! Por isso a receita manda colocar depois.
2. Exagerar no molho: deixa a massa encharcada. Espalhe uma camada fina só.
3. Apressar o descanso da massa: essas horas de espera fazem diferença, juro! Já tentei pular e ficou uma sola de sapato.
Hack que mudou minha vida pizzaística
Não tem pedra pizza? Assa direto na grade do forno! Pré-aqueça bem, coloque a massa num papel manteiga e depois de 5 minutos puxa o papel. Fica crocante por baixo igual à de restaurante. A primeira vez que fiz isso a Daiane achou que eu tinha comprado escondido!
O que servir junto?
• Drink: uma cerveja gelada ou limonada com hortelã
• Molho extra: mistura de iogurte natural com alcaparras
• Entrada: bruschetta de berinjela pra não chegar com muita fome
• Sobremesa: sorvete de limão siciliano pra cortar o sabor intenso
Versão ousada: pizza de atum com abacaxi
Parece heresia, mas experimenta! Depois de assar, coloque cubos de abacaxi grelhado junto com o atum. O doce-salado fica surpreendente. Um chef napolitano me xingou quando contei isso, mas depois experimentou e pediu desculpas.
Modo chef Michelin
Substitua o molho de tomate comum por tomates San Marzano assados com alho. Na finalização, use azeite trufado e lascas de parmesão. Cuidado: depois disso a pizza normal nunca mais será a mesma.
Fazendo render o dinheiro
• Compre atum em pedaços (é mais barato que desfiado)
• Use farinha tipo 1 mesmo, a 00 é cara e a diferença é mínima
• Faça seu próprio molho: refogue tomates maduros com cebola e temperos
• Asse duas pizzas de uma vez e congele uma
O ponto crítico: a massa
Se a massa não esticou direito e fica voltando, não force! Deixe descansar mais 10 minutos. O glúten precisa relaxar - igual a gente depois do trabalho. Outra dica: se não tem rolo, use uma garrafa de vinho vazia (lavada, óbvio). Já usei até o tubo de alumínio do papel toalha em desespero!
Se tudo der errado...
Massa grudando? Joga mais farinha e vira calzone.
Queimou embaixo? Raspou e finge que é "artesanal".
Esqueceu o atum? Vira pizza de queijo com um toque de mentira.
A massa não cresceu? Transforma em panqueca salgada. Já passei por tudo isso e sobrevivemos!
Evitando desperdício
Sobrou massa? Faz pão de alho ou mini calzones. Agrião murcho? Refoga com alho como acompanhamento. Lata de atum vazia? Lave e plante ervas pequenas - tenho uma mini horta de manjericão assim na varanda.
De Nápoles para seu forno
Apesar do atum ser comum na Itália, essa combinação com agrião é mais brasileira mesmo. Os napolitanos tradicionais torcem o nariz, mas a gente adapta tudo, né? A pizza original de atum lá leva apenas tomate, atum e cebola - sem queijo!
2 fatos que ninguém conta
1. O atum enlatado foi popularizado na pizza após a Segunda Guerra, quando sobravam estoques militares
2. O agrião não é só enfeite - seu sabor picante corta a gordura do queijo. Testei sem e ficou muito "pesado"
Perguntas que sempre me fazem
Pode usar fermento químico? Não, a massa não vai desenvolver textura. Por que o açúcar na massa? Alimenta o fermento, mas não deixa doce. Precisa sovar 15 minutos? Se tiver batedeira com gancho, 5-7 minutos basta. Posso usar atum fresco? Pode, mas tem que grelhar antes e fica mais caro.
Sabia que...
Na década de 80, a pizza de atum era considerada "gourmet" no Brasil? E que o primeiro registro de pizza com peixe vem da antiga Roma, onde colocavam anchovas em pães achatados? Pois é, a gente só inovou a ideia!
Continuando nossa maratona de pizzas incríveis...
Se você veio parar aqui depois de fazer aquela pizza de atum que é puro sabor, bora expandir o cardápio? Eu sempre digo que pizza é igual time de futebol: todo mundo tem a sua preferida, mas no fim o que importa é que todas são boas (menos a de abacaxi, brincadeira... ou não).
Pra quem tá começando nessa vida de pizzaiolo caseiro, minha dica é começar pela pizza caseira simples e fácil - essa é a base pra tudo, tipo o arroz com feijão das massas. Agora se você quer impressionar na próxima reunião de amigos, as mini pizzas para festas são um coringa que nunca falha. Já testei e virou tradição lá em casa!
E pra quem gosta de ousar nos sabores, duas combinações que me surpreenderam: a pizza de berinjela (sim, vegetal pode ser estrela) e a clássica frango com catupiry que nunca, jamais, em tempo algum vai sair de moda. Já provou alguma dessas? Se não, tá esperando o quê?
Cardápio Imperdível: Pizza de Atum com Acompanhamentos que Vão te Surpreender
Quem disse que pizza precisa ser solitária? Montei um combo completo pra transformar sua refeição em uma experiência gastronômica digna de restaurante - mas com aquele aconchego caseiro que só a Daiane e eu sabemos fazer nos nossos jantares em São Paulo.
Para Começar com Tudo
Nada como uma entrada leve pra preparar o terreno. Aqui em casa adoramos:
Empadão de Palmito (veja como prepará-lo) - Crocante por fora, cremoso por dentro. Esse aqui é o tipo de receita que some em 5 minutos quando fazemos pra visita.
Acompanhamentos que Combinam Perfeitamente
Creme de Palmito (veja o preparo detalhado) - A textura cremosa contrasta divinamente com a crocância da pizza. Minha dica? Coloca um fio de azeite na hora de servir.
Risoto de Palmito - Pra quem quer algo mais elaborado. A Daiane sempre faz quando quer me impressionar (e funciona).
Palmito Pupunha (descubra os segredos) - Simples, rápido e fica ótimo como acompanhamento frio. Ideal pra quando a preguiça bate mas queremos algo especial.
Para Finalizar com Charme
Baba de Moça - Clássico que nunca falha. Molhadinho, doce na medida e perfeito pra limpar o paladar depois do atum.
Bombom de Travessa (veja os detalhes) - Prático e viciante. Já aviso: é impossível comer só uma porção.
Bombom de Morango (veja o preparo) - Quando queremos algo mais fresquinho. Combina demais com dias quentes de SP.
Para Acompanhar
Suco de Maracujá Natural- A acidez corta a gordura da pizza perfeitamente. Fazemos sempre com polpa congelada pra ter sempre à mão.
Água com Gás e Limão- Nosso coringa para refeições mais encorpadas. Refrescante e limpa o paladar entre uma fatia e outra.
E aí, curtiu as sugestões? Aqui em casa testamos todas (algumas várias vezes, confesso) e garantimos que vale a pena. Conta pra gente qual combinação você vai experimentar primeiro!
Depois de dominar a receita base, que tal explorar essas variações incríveis que testei pra você?
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves).
Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos.
Apenas indico o que realmente funcionou.Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito.
Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.
Já ficou naquela dúvida se era torta ou pizza? Essa receita resolve isso de um jeito genial. A textura é diferente de tudo que já experimentei, meio caminho entre os dois mundos, e o atum fica incrivelmente cremoso.
O que mais gosto é como ela mantém o sabor mesmo depois de fria. Levei uma vez num piquenique e surpreendeu todo mundo. Só toma cuidado com a quantidade de líquido do atum, escorre bem antes de usar senão a massa pode ficar molhada.
3º. Quando quer impressionar de verdade
Autor: Chef José Carlos Pizzas
Fazer seu próprio catupiry caseiro parece complicado, mas essa receita quebra todos os mitos. A primeira vez que tentei, quase desisti no meio do processo, a textura não estava fechando direito.
Mas persisti e descobri que o segredo está na temperatura do leite. Não pode estar nem muito quente nem frio. Quando finalmente deu certo, o sabor era tão superior que nunca mais comprei o industrializado.
Criança e comida saudável nem sempre combinam, né? Essas mini pizzas resolveram esse problema aqui em casa. A minha esposa teve a ideia de deixar cada um montar a sua, e foi pura magia.
O atum quase passa despercebido no meio dos outros ingredientes, mas o nutriente fica. Dica: faz uma fornada extra porque os adultos sempre querem também.
Picles de cebola roxa na pizza? Soa estranho até você experimentar. O ácido corta a gordura do queijo de um jeito que lembra restaurante fino, mas sem complicação.
Demorei pra acertar o ponto do picles, muito tempo no vinagre e fica forte demais. Agora deixo no máximo 30 minutos e fica perfeito. É daquelas coisas simples que fazem total diferença no resultado final.
Sempre ouvi que queijo e peixe não combinam, mas essa receita prova o contrário. A muçarela derretida abraça o atum de um jeito que neutraliza qualquer sabor forte demais.
O segredo está em usar uma muçarela mais suave e não exagerar na quantidade. Já errei colocando muito queijo e o sabor do atum sumiu completamente. Agora uso bem menos do que nas outras pizzas.
Nunca fui fã da combinação atum com muçarela, então essa versão sem queijo caiu como uma luva. O cream cheese dá a cremosidade que a pizza precisa sem dominar o sabor do peixe.
É impressionante como os sabores se destacam mais sem o queijo. A cebola, o tomate e o atum conversam entre si de um jeito que eu nunca tinha percebido antes.
Farina de lentilha na massa da pizza? Confesso que fiquei cético no início, mas o resultado me surpreendeu. A massa fica com uma cor diferente e textura mais densa, mas o sabor é incrivelmente bom.
Demora um pouco pra acostumar com o manuseio, ela não estica como a massa tradicional. Melhor espalhar com as mãos mesmo, sem rolo. Mas a sensação de comer pizza sem culpa não tem preço.
Já teve aquela vontade repentina de pizza mas o forno quebrou ou você não quer esperar esquentar? A frigideira salva. A massa fica mais parecida com uma pan pizza, grossa e macia por baixo.
O truque é manter fogo baixo e tampar bem. Já queimei a base algumas vezes por impaciência. Agora conto 15 minutos no mínimo e viro só uma vez rapidinho.
Massa fofa tem seu lugar especial, especialmente para quem gosta daquelas pizzas mais altas e macias. Essa receita acerta no ponto da fermentação, nem muito tempo que fica ácida, nem pouco que fica pesada.
Aprendi que a temperatura ambiente faz diferença. No inverno, deixo fermentar perto do forno com a luz acesa. No verão, reduzo o tempo pela metade. Coisa simples mas que mudou completamente minhas massas.
Ovo como base de pizza soa estranho até você experimentar. A textura lembra mais uma omelete firme, mas funciona surpreendentemente bem como substituto da massa.
O segredo está em não mexer depois de colocar na frigideira. Deixa formar uma casquinha por baixo antes de tentar virar. Minha primeira tentativa virou uma bagunça porque fiquei ansioso e virei muito cedo.
Qual dessas você mais curtiu? Cada uma tem o seu charme especial. Se testar alguma, volta aqui pra contar como foi, adoro trocar ideia sobre essas descobertas na cozinha!
Última modificação em Quinta, 27 Novembro 2025 00:31
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
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