19 Receitas Com Carne de Charque & Muitos Pratos Surpreendentes Para Suas Refeições

  • Um tipo de carne bem diferente que pode criar os melhores sabores em seus pratos.!
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Uma bacia com água e um bloco de carne de charque dentro. Esse é o primeiro e mais importante passo, e foi exatamente onde eu errei na primeira vez. Pulei a dessalga, achando que um rápido enxágue bastava. O resultado, bom, digamos que ninguém na mesa conseguiu beber água suficiente.

Aprendi na marra que a nobreza desse ingrediente só se revela com paciência. O processo de dessalgar, ferver e depois desfiar no liquidificador transforma aquela carne intensa em uma base de sabor incomparável. A técnica, refinada em anos de prática, é refogá-la bem com colorau e cebola antes dos outros vegetais. Isso cria uma profundidade que sustenta o prato todo.

Quando essa carne encontra o purê cremoso de mandioca feito com leite e uma camada generosa de queijo muçarela, o resultado é uma experiência de sabor que justifica todo o cuidado. Se você quer um prato que é uma verdadeira celebração caseira, o passo a passo completo está logo abaixo.

Escondidinho: uma das melhores receitas com charque, veja como fazer

Rendimento
10 porções
Preparo
35 min (mais o tempo de dessalgar e ferver a carne)
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 11 marcados

Para o purê de macaxeira:

Para o recheio de carne de charque:

Para a montagem:

Já aviso logo, a parte mais demorada não é o preparo em si, mas dessalgar a carne. Se você comprar a charque pronta e cozida, essa receita sai num piscar de olhos. O resultado é um prato de respeito, daqueles para ocasião especial ou para um domingo bem caprichado.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 350g (1/10 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 420 kcal 21%
Carboidratos Totais 45.2g 15%
   Fibra Dietética 3.8g 15%
   Açúcares 8.5g 17%
Proteínas 18.7g 37%
Gorduras Totais 16.3g 20%
   Saturadas 9.2g 46%
   Trans 0.3g 2%
Colesterol 55mg 18%
Sódio 1,850mg 80%
Potássio 680mg 15%
Cálcio 320mg 32%
Ferro 2.8mg 16%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Boa Fonte de Fibras: Auxilia na digestão
  • Rico em Cálcio: Para ossos e dentes
  • Boa Fonte de Ferro: Combate à anemia
  • Alto em Proteína: Saciedade prolongada

Alertas & Alérgenos

  • Alto sódio – Contraindicado para hipertensos
  • Alta gordura saturada – Modere o consumo
  • Contém lactose – Leite e queijo na receita
  • Insight: Para reduzir sódio, dessalgue o charque por 24h trocando a água

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Primeiro, a base da charque (se você já não tiver pronta):

  1. Dessalgar e cozinhar: Se sua carne de charque estiver salgada, deixe de molho em água fria por pelo menos 8 horas, trocando a água umas 3 vezes. Depois, coloque em uma panela com água limpa e deixe ferver por uns 40 minutos, ou até ficar bem macia. Escorra e lave rapidamente. Essa é a lição que a gente aprende uma vez na vida, como eu falei na introdução. Pular isso é um erro que não tem volta.
  2. Desfiar: Pega a carne já cozida e fria (ou morna, mas cuidado) e joga no liquidificador. Bate em pulsos curtos, de 2 a 3 segundos cada, só para separar as fibras. Não vira uma pasta, né? É só para desfiar. Pode fazer com garfo também, mas no liquidificador é um truque que acelera muito.

Agora, vamos ao refogado:

  1. Coloca uma panela no fogo médio com um fio de óleo (ou um pouco da gordura que sobrou da carne, se tiver). Refoga a cebola picada até ela murchar bem.
  2. Adiciona a carne desfiada e o colorau. Mistura bem e deixa refogar junto por uns 5 minutos. O colorau precisa "cozinhar" no óleo para soltar toda a cor e o sabor. Você vai ver a carne ficando com aquele tom laranja lindo.
  3. Joga o tomate e o pimentão picados. Mexe e deixa cozinhar até eles começarem a amolecer, uns 5 a 7 minutos. Desliga o fogo e mistura o coentro picado. Tá pronto o recheio. Reserva.

Enquanto isso, o purê de mandioca:

  1. Descasca a mandioca, corta em pedaços médios e tira aquele fiapo central. Lava bem.
  2. Coloca os pedaços na panela de pressão, cobre com água, adiciona uma pitada de sal e deixa cozinhar por uns 15 minutos após pegar pressão, ou até que um garfo entre facilmente.
  3. Escorra a água. Passe os pedaços ainda quentes para o liquidificador. Adicione um pouco do leite (comece com meio copo) e bata. Vai adicionando mais leite aos poucos até obter um creme liso, mas que ainda tenha corpo, não muito líquido.
  4. Transfira o purê para uma tigela, corrija o sal e misture a manteiga. Mexe até ficar bem homogêneo e cremoso. Se ressecar, é só adicionar um pouco mais de leite morno.

Montagem e forno:

  1. Preaquece o forno a 180°C. Em uma assadeira funda, começa fazendo uma camada com todo o purê de mandioca.
  2. Espalha uniformemente todo o refogado de charque por cima do purê.
  3. Para finalizar, cobre tudo com o queijo muçarela. Pode ser ralado grosso ou em fatias, fica a seu critério. Quanto mais queijo, mais aquela capa dourada e puxável depois.
  4. Leva ao forno por cerca de 25 a 30 minutos, ou até o queijo derreter completamente e dourar em alguns pontos, com as bordas borbulhando.
  5. Tira do forno, deixa respirar por uns 5 minutinhos e serve. Cuidado que vem quente, mas a tentação de comer logo é grande.

O charque tem essa coisa, ele exige respeito desde o primeiro passo. Mas quando você acerta a dessalga e aquele sabor intenso, porém na medida, se encontra com a suavidade do purê de mandioca, parece que todo o trabalho fez sentido. É um daqueles pratos que justificam o tempo na cozinha.

Serve bem uma galera e deixa a casa com um cheiro que é promessa de coisa boa. Se você já passou pelo susto do charque salgado demais, me conta nos comentários como foi sua experiência. E se for a primeira vez, conta também se a dica do liquidificador para desfiar salvou seu dia, como salva o meu sempre.

Quanto tempo dura? Dicas de armazenamento

Esse escondidinho é daqueles que some rápido, mas se por algum milagre sobrar: dura até 3 dias na geladeira (tampadinho) ou 3 meses no freezer. Dica da Daiane: congele em porções individuais pra aquela emergência de fome repentina. Só esquentar no microondas ou forno e tá feito!

Modo economia: como fazer sem gastar um rim

Charque tá salgado no preço? Troca por carne seca comum ou até carne moída temperada (fica bom também, juro!). E se o queijo muçarela estiver caro, usa um queijo prato ou meia cura que derrete legal. Já a manteiga... bem, essa eu não cortaria, mas se precisar, margarina resolve.

3 erros que vão arruinar seu escondidinho

1 - Não lavar o charque depois de ferver: vai ficar salgado que só a porca. 2 - Bater demais a mandioca no liquidificador: vira cola branca. 3 - Colocar queijo direto no forno sem cobrir com papel alumínio: queima em 5 minutos e vira carvão gourmet.

Hack ninja: purê cremoso sem neuras

Mandioca cozida demais = purê aguado. Fica de olho: quando o garfo atravessar fácil, já era. E se mesmo assim ficar muito seco? Bota um pouco da água do cozimento (aos poucos!) pra ajustar. Já salvei vários purês assim!

Versões para todo mundo comer

Sem lactose? Troca o leite por leite de coco e o queijo por queijo vegano. Low carb? Usa couve-flor cozida no lugar da mandioca (fica surpreendentemente bom). Proteico? Bota uma camada extra de carne e joga um cream cheese por cima. Pronto, todo mundo feliz!

O que serve junto? Dicas matadoras

Um vinagrete bem ácido corta a gordura do queijo. Ou vai de molho de pimenta caseiro pra quem gosta de sofrer. De bebida? Uma cerveja bem gelada ou um suco de caju (combina estranhamente bem). E pra fechar, uma saladinha de folhas com limão. Perfeição!

Escondidinho mutante: 3 versões pra variar

1 - Doce: troca o charque por frango desfiado com catupiry e joga batata doce no purê. 2 - Apimentado: coloca pimenta dedo-de-moça na carne e finaliza com pimenta biquinho. 3 - Premium: bota camarão no lugar da carne e finaliza com parmesão. Minha favorita, mas só faço em ocasiões especiais (ou quando tô com saudade do mar).

O ponto crítico: como acertar o purê

A mandioca é a diva do prato e também a parte mais chata. Dica de ouro: descasca e corta em pedaços iguais antes de cozinhar (assim não tem pedaço duro no meio). E não, não adianta apressar na panela de pressão - 15 minutos é o mínimo, senão fica com aquele gosto de "cru estranho".

2 segredos que ninguém conta

1 - O colorau não é só pra cor: ele tira o cheiro forte do charque. 2 - Se deixar o purê descansar 10 minutos antes de montar, ele fica mais firme. Ah, e tem um terceiro segredo: sempre faço o dobro do recheio porque alguém SEMPRE rouba um pouco antes de ir pro forno (não vou citar nomes, Daiane).

De onde veio essa delícia?

O escondidinho é nosso, mas tem parentesco com o hachis parmentier francês (aquele de purê de batata com carne). A versão com mandioca e charque é tipicamente nordestina, mas virou paixão nacional. Curiosidade: o nome vem porque a carne fica "escondida" debaixo do purê - mas hoje em dia a gente inverteu essa lógica, né?

Modo desastre: como salvar quando tudo dá errado

Purê virou sopa? Junta mais mandioca cozida ou deixa na geladeira pra firmar. Queimou o queijo? Raspa o topo e joga uma nova camada (ninguém vai notar). Charque ficou duro? Bota num refogado com um pouco de água e deixa cozinhar mais. Já salvei um escondidinho que parecia condenado assim - no final, todo mundo comeu e elogiou!

Up gourmet: como impressionar

Troca a muçarela por queijo coalho grelhado por cima. Ou faz um mix de queijos (provolone + parmesão ralado na hora). Finaliza com azeite trufado e folhas de manjericão. Serve em potinhos individuais de barro. Pronto, virou prato de restaurante caro!

Confissões de cozinha

Uma vez esqueci o sal no purê... resultado: uma tristeza sem fim. Outra vez exagerei no colorau e o recheio ficou laranja neon. E tem aquela vez que confundi açúcar com sal (nem pergunte como ficou). Moral da história: todo mundo erra, o importante é rir depois!

Perguntas que sempre me fazem

"Posso congelar?" Pode, mas sem o queijo por cima (coloca depois de aquecer). "Dá pra fazer sem liquidificador?" Dá - amassa a mandioca com um garfo e o charque desfia na mão. "Por que meu purê fica grudento?" Provavelmente mandioca velha ou bateu demais. "Vale a pena fazer com carne seca de pacote?" Vale, mas lava bem antes!

Curiosidade que não serve pra nada mas é legal

Na Paraíba, chamam de "escondidinho de charque". No Ceará, de "carne de vento". No Rio, já vi chamarem de "purê de mandioca com carne seca" (sem graça, né?). E tem quem jure que fica melhor no dia seguinte, depois que os sabores se casam. Você é desse time?

Charque com toque caseiro: um cardápio que vai arrancar suspiros (e elogios!)

Quem nunca ficou perdido na hora de montar um menu equilibrado? Aqui vai uma combinação perfeita para quando o prato principal é aquela charque suculenta que derrete na boca. A Daiane sempre diz que essa seleção aqui é infalível pra receber visitas - e olha que ela é exigente!

Para começar com o pé direito

Pastel de carne (clique aqui para ver a receita): crocante por fora, suculento por dentro. Faça em quantidade porque some rápido!

Pão de queijo caseiro que faz sucesso: quentinho, cheiroso e aquele toque mineiro que nunca falha.

Receita de Empada de queijo fácil: pequena mas poderosa, derrete na boca e abre o apetite.

Os parceiros perfeitos

Arroz de cuxá (receita completa no link): o contraste do tempero marcante com a charque é divino.

Polenta frita (clique aqui e surpreenda-se): crocante por fora, cremosa por dentro. A gente aqui em casa briga pelo último pedaço.

Salada de maionese (clique aqui e surpreenda-se): clássica, cremosa e equilibra a refeição.

Batata doce caramelizada (receita completa no link): doce e salgado numa combinação explosiva.

Para fechar com chave de ouro

Cheesecake de goiabada (clique aqui para a versão fácil): o contraste do doce com o salgado anterior é perfeito.

Banana flambada fácil e rápido: simples mas elegante, e fica pronta em minutos.

Brigadeiro de colher que nunca falha: porque depois de tanta comida, às vezes só queremos um docinho sem cerimônia.

Bebidas que trazem frescor e equilíbrio

Suco de acerola: a acidez corta a gordura e refresca.

Quentão de vinho rápido: para os dias mais frios em São Paulo, esquenta a alma.

Água com gás e limão: nosso coringa para quando queremos algo leve mas com personalidade.

E aí, qual combo vai testar primeiro? Aqui em casa o favorito é charque com arroz de cuxá e cheesecake de goiabada - mas confesso que as vezes a gente inventa misturas malucas. Conta pra gente nos comentários qual foi sua combinação preferida!

E depois de mandar bem no escondidinho, que tal explorar a versatilidade do charque?

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.

2º. Arrumadinho: o prato completo e sem frescura

autor: Adenice Andrade

Confesso que sempre tive um pouco de preguiça de montar pratos com muitas camadas, parecia muito trabalho. Até tentar um arrumadinho bem feito. A chave, acredito, está em cada componente ter seu gosto marcante — o charque bem dessalgado e refogado, o feijão tropeiro sequinho, a vinagrete com pimentão crocante. Quando você junta tudo no mesmo garfo, é uma explosão de textura e sabor que resolve qualquer jantar de sexta-feira sem ideias. É impressionante como um prato tão simples consegue ser tão redondo, sabe?

Vira e mexe faço uma versão mais rápida pra mim e a Daiane, usando até sobras do dia anterior. A dica de ouro é não economizar na cebolinha e na farofa por cima, ela dá o contraste final que amarra tudo. Se um dia a geladeira estiver com vários potinhos com um pouco de cada coisa, é sua deixa.

3º. Cuscuz de charque: o café da manhã heroico

autor: Arte 2 Irmãos

Diferente do que todo mundo pensa, cuscuz não é só aquela massa branca do café. Quando você adiciona o charque desfiado à massa, ele vai para outro patamar. Vira uma refeição completa, daquelas que sustenta a manhã inteira — ou até um almoço leve de domingo, sem peso. Aprendi que o segredo está em incorporar o charque já refogado na farinha de milho antes de colocar no vapor, assim o sabor se espalha por todo o cuscuz.

Já errei feio uma vez colocando o charque por cima depois de pronto, ficou tudo desintegrado. O vídeo da dupla mostra direitinho como fazer para não cometer o mesmo erro. Fica tão bom que nem precisa de manteiga, só um café forte do lado.

4º. Arroz Carreteiro: o clássico que nunca falha

Se tem uma receita que é um verdadeiro coringa para quando chega visita inesperada, é o carreteiro. É só ter o charque dessalgado e o resto você quase certeza que tem em casa: arroz, cebola, alho, um tomate. O processo é quase terapêutico, ver o arroz absorvendo todo aquele caldo saboroso da carne. A Cátia tem um jeito bem prático de mostrar, sem complicação.

Uma reação que sempre provoca aqui em casa é o silêncio à mesa no primeiro garfado. Depois vem o "nossa, que bom que sobrou". Dica minha: faz uma panela grande, porque no dia seguinte frito um ovo e como de novo, parece que fica até mais saboroso.

5º. Escondidinho de Macaxeira: a versão cremosa do norte

Depois de fazer o escondidinho de mandioca tradicional, fiquei curioso com a versão de macaxeira — que pra quem não sabe, é a mesma coisa que aipim, só muda o nome em algumas regiões. A textura fica ligeiramente diferente, um pouco mais fibrosa e doce, o que combina demais com o salgado intenso do charque. É um prato que brilha num jantar mais arrumado, mas que não dá tanto trabalho assim.

O canal Minhas Delícias manda bem no passo a passo. Presta atenção na hora de fazer o purê, ele não pode ficar muito líquido senão desmancha na hora de gratinar. Coloco sempre uma muçarela ralada bem fininha por cima, que forma aquela casquinha dourada irresistível.

6º. Charque Frito: o petisco glorioso

Para ser sincero, a primeira vez que vi charque frito em tirinhas achei que ia ficar duro igual sola de sapato. Que engano. Quando você dessalga direitinho e frita em temperatura alta, ele fica com as pontas crocantes e o meio ainda suculento. Perigo real de virar um petisco e você acabar com o prato sozinho antes do almoço.

É a solução mais rápida quando a fome aperita e você não quer muita louça. Servido com uma limonada gelada ou até como aperitivo para uma cerveja, é sucesso na certa. O Leandro mostra o ponto certo do óleo, que é importante para não queimar.

7º. Farofa de Charque: o toque final mágico

Sabe aquele feijão que ficou simples, ou um bife na chapa? A farofa de charque é a adaptação inteligente que eleva qualquer prato básico para o nível de especial. Eu sempre — quer dizer, quase sempre — faço um pouco a mais e guardo num pote fechado. Dura uns dias e é uma mão na roda.

A Cherifa ensina a fazer na medida, sem ficar nem oleosa nem seca demais. O truque que aprendi com ela é refogar o charque bem miudinho até ficar levemente crocante antes de juntar na farinha. Aí fica com gosto em cada migalha. Experimenta jogar por cima de um ovo mexido, vai mudar sua manhã.

8º. Feijão com Charque: a dupla imbatível

Todo mundo ama um feijãozinho, concorda? Agora, feijão cozido com charque é outra história. O caldo fica com um sabor encorpado, quase um molho, que não precisa de muito mais. É um erro comum querer botar linguiça, bacon, tudo junto. Deixa o charque ser o protagonista, ele dá conta do recado sozinho.

Essa receita dos irmãos é daquelas clássicas e sem erro. Eles usam panela de pressão, então fica pronto na hora do almoço. Uma dica não óbvia: depois de pronto, tira umas colheres do feijão, amassa com um garfo e volta pra panela. Espessa o caldo naturalmente, fica divino.

9º. Bolinho Crocante por Fora e Macio por Dentro

Olha, eu tenho uma quedinha por qualquer coisa em formato de bolinho. E de charque desfiado então, nem se fala. O problema é que às vezes a massa abre na hora de fritar. A receita do Fogo na Cozinha mostra uma massa bem consistente, que segura o recheio sem mistério. Acho que o segredo está em não colocar muito ovo.

É perfeito para uma reunião mais descontraída ou até pra congelar cru e ter um salva-vidas para visitas. Passa na farinha de rosca, frita e fica com aquela crosta dourada que estala nos dentes. Sério, faz um molho de pimenta iogurte para acompanhar, fica sensacional.

10º. Charque Desfiada: o recheio universal

Essa aqui é pura praticidade. Você dessalga, cozinha e desfia uma quantidade boa de charque, guarda na geladeira e tem um recheio de respeito para várias ocasiões. Já usei para tacar no pão de sal no café, para rechear uma panqueca no jantar, até para jogar no macarrão alho e óleo quando não tinha mais nada. A Nicia tem um jeito super tranquilo de mostrar.

A memória afetiva que traz é de finais de semana na casa dos meus pais, sempre tinha um pote com alguma carne desfiada na geladeira. Dá uma segurança, né? Um insight: refoga o charque desfiado com um pouco de cebola roxa, fica com um sabor mais interessante.

11º. Cuscuz Recheado: a surpresa dentro da forma

Isso aqui é quase um truque de mágica. Você prepara o cuscuz normal, mas no meio da forma você cria uma camada com o refogado de charque e calabresa. Quando desenforma, todo mundo se pergunta como o recheio foi parar lá dentro. É um prato lúdico, que brilha num domingo com a família reunida.

A Shirley ensina direitinho. É mais fácil do que parece, só precisa ter uma cuscuzeira daquelas tradicionais. A calabresa, para ser sincero, eu às vezes substituo por pedacinhos de bacon, depende do que tem. Fica tão bonito que até dá pena de cortar. Mas aí o cheiro toma conta e a pena passa.

12º. Sopa de Feijão: o abraço em forma de caldo

Dia cinza, garoando lá fora, e você cansado da mesma canja. Essa sopa de feijão com charque é a solução. Ela é robusta, mas não pesada. O charque dá uma profundidade que só carne curada consegue dar a um caldo. Já fiz sem bater no liquidificador, deixando os grãos inteiros, e também funciona muito bem.

É uma daquelas receitas que você deixa no fogo baixo, o perfume vai tomando a casa toda, e quando percebe já está todo mundo sentado na mesa com uma colher na mão. Perfeita para quando a preguiça de cozinhar é grande, mas a vontade de comer bem é maior.

13º. Charque Acebolado: a simplicidade que engana

Não deixe a simplicidade do nome te enganar. Charque acebolado é um prato que depende de um único, porém crucial, detalhe: a cebola precisa ficar bem dourada, quase caramelizada, mas sem queimar. Quando ela chega nesse ponto, doce e perfumada, e se junta aos tirinhas do charque, é mágica pura. Resolve aquele almoço de terça-feira em 15 minutos.

A Edneide faz de um jeito bem direto. Eu gosto de finalizar com um pouco de salsinha picada, dá um toque de frescor que corta a gordura. Serve com arroz branco e uma saladinha de folhas, pronto. Não tem erro.

14º. Caldo de Macaxeira: o conforto em forma líquida

Esse caldo é a prova de que comida simples pode ser extraordinária. A macaxeira cozida e amassada dá uma consistência cremosa incrível, quase sem precisar de creme de leite. O charque, é claro, dá o punch de sabor. É um prato que, por algum motivo, sempre provoca um suspiro de satisfação depois da primeira colher.

Perfeito para quando alguém está meio desanimado ou com aquele resfriadinho chato. O vídeo do Sabor di Casa é bem completo. Uma adaptação que descobri: se tiver um pedaço de queijo coalho, grelha e joga por cima na hora de servir. Derrete um pouco e fica surreal.

15º. Risoto de Charque: a ousadia que deu certo

Risoto com charque pode parecer uma ideia meio ousada, mas juro que funciona. O salgado intenso da carne se equilibra com a cremosidade do arroz arbóreo. É um prato para impressionar num jantar a dois, mas que, no fundo, não é nenhum bicho de sete cabeças. A chave, como em qualquer risoto, é a paciência para adicionar o caldo aos poucos.

O chef no vídeo é bem didático. Eu já errei tentando usar charque muito salgado e sem dessalgar o suficiente, o risoto ficou intragável. Aprendi na marra. Hoze em dia, prefiro até usar um pouco menos de sal no caldo de legumes, porque o charque já dá conta. Fica show.

16º. Caldinho de Feijão: o shot de sabor antes do prato

Esse não é o caldo fraco não, pode acreditar. É um negócio encorpado, cheio de personalidade, daqueles que aquece a alma antes mesmo de chegar ao estômago. Perfeito para começar uma refeição em dias mais frios ou até como uma entrada em um churrasco diferente. O Ramon tem um estilo bem descontraído de ensinar, é gostoso de acompanhar.

Ele fala que até criança gosta, e é verdade pela textura, mas o sabor é bem marcante. Se for servir para os pequenos, talvez diminuir a pimenta. Para adultos, um fio de azeite na hora de servir e pimenta calabresa moída por cima, não tem como errar.

17º. Coxinha de Charque: a releitura nordestina

Quem disse que coxinha é só de frango? A versão com charque desfiado é uma revelação. A massa, que é a mesma tradicional, combina demais com o recheio mais seco e saboroso da carne seca. É uma ocasião onde ela brilha: festas, encontros com amigos, qualquer lugar que precise de um salgado que fuja do óbvio.

O canal TePuxa mostra desde a massa até a modelagem. Confesso que a primeira vez que tentei modelar saíram uns abortos, mas com prática pega o jeito. A dica é não colocar muito recheio, senão abre na hora de fritar. E frita em óleo não muito quente, para cozinhar por dentro.

18º. Feijão Preto com Charque: a trinca infalível

Feijão preto, charque e calabresa. Só três ingredientes principais, mas que quando se encontram na panela de pressão, criam uma harmonia absurda. É um prato que evita o erro de querer colocar muita coisa e acabar poluindo o sabor. Cada um tem seu papel muito claro. A Dy Melo mostra isso com maestria.

É a combinação perfeita para um almoço depois de um domingo preguiçoso, ou para receber aquela visita que não avisa. Deixa o feijão ficar bem 'tingido' pelo charque e pela calabresa, aquele caldo preto e brilhante. Acompanha com arroz branco e, se quiser ser tradicional até o fim, uma couve refogada. Simples e arrasador.

Ufa, quanta opção boa, né? O charque realmente é um ingrediente mágico. Agora me conta, qual dessas você tem mais vontade de experimentar? Ou já fez alguma e tem um segredo próprio? Corre lá nos comentários e compartilha sua experiência, adoro trocar ideias sobre essas descobertas na cozinha.

Última modificação em Domingo, 07 Dezembro 2025 23:23

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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