Bacalhoada: Segredo Português para Saborear

  • Saiba como preparar receitas que vão deixar a todos com água na boca.
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O verdadeiro segredo de uma boa bacalhoada não está numa técnica complicada, mas sim na coragem de ser generoso com o azeite. Parece besteira, mas foi uma lição que precisei ouvir de um português de verdade para entender.

Num jantar em casa há um tempo, um amigo de Portugal quase teve um troço quando viu eu regando o peixe. "Rafael, isso é azeite ou perfume?", brincou, e então me mostrou como eles fazem lá: o azeite não é só para untar, ele é parte do caldo, que mingua no forno e impregna cada pedaço de batata e cebola com seu sabor frutado. Aprendi que a simplicidade do prato é enganosa, a mágica acontece na paciência do forno e na qualidade do que você coloca. Use um bacalhau bem dessalgado e um azeite extra virgem de boa procedência, faz toda a diferença.

O resultado é um daqueles pratos que falam por si só. A batata fica cremosa por dentro, o peixe se desfaz em lascas perfeitas e o caldo no fundo da travessa é puro ouro. É uma experiência culinária genuína, que transporta você direto para uma tasca à beira-mar sem sair de casa. Se você quer impressionar com pouco esforço aparente, mas muito sabor, sua hora é agora. O passo a passo tá logo abaixo.

Receita de bacalhoada de forno simples e fácil: Saiba Como Fazer

Rendimento
4 porções
Preparo
120 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 13 marcados

Para a Bacalhoada:

A lista parece grande, mas a maioria é coisa que a gente tem em casa. O protagonista mesmo é o bacalhau e o azeite. Compre o melhor que seu bolso permitir, juro que dá pra sentir a diferença no prato final.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 450g (1/4 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 485 kcal 24%
Carboidratos Totais 35.2g 12%
   Fibra Dietética 5.8g 23%
   Açúcares 8.4g 17%
Proteínas 42.5g 85%
Gorduras Totais 18.6g 34%
   Saturadas 3.2g 16%
   Trans 0g 0%
Colesterol 185mg 62%
Sódio 1,850mg 80%
Potássio 1,420mg 30%
Ferro 3.8mg 21%
Cálcio 85mg 9%
Vitamina A 620UI 12%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Alto em Proteína: Excelente para recuperação muscular
  • Sem Glúten: Naturalmente sem glúten
  • Sem Lactose: Não contém laticínios
  • Rico em Ferro: Bom para prevenção de anemia

Alertas & Alérgenos

  • Alto sódio – Bacalhau é naturalmente salgado; ideal para hipertensos reduzirem a porção
  • Contém peixe (bacalhau) – alérgeno principal
  • Insight: Rico em ômega-3 do bacalhau, excelente para saúde cardiovascular e cognitiva
  • Batatas fornecem energia sustentada; combinação perfeita de proteínas e carboidratos complexos

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Preparando a Base:

  1. Primeiro, cuide das batatas. Coloque elas pra cozinhar em água com sal até ficarem quase no ponto, sabe? Al dente. Se furar com uma faca e ela entrar com uma certa resistência, tá bom. Escorra e reserve. Enquanto isso, aqueça o forno a 200°C.
  2. Pegue um refratário grande, daqueles que vai direto à mesa. Forre todo o fundo com as batatas pré-cozidas. Aqui vem a primeira jogada de azeite: regue bem por cima das batatas, sem dó. Isso vai fazer elas ficarem douradas e absorverem o sabor.
  3. Vai cozinhar os ovos agora mesmo, porque eles vão esfriar junto. Coloque 3 ovos numa panela com água fria, leve ao fogo e, depois que ferver, conte 8 a 10 minutos. Depois, mergulhe em água gelada pra parar o cozimento e facilitar descascar. Guarde.

Fazendo o Refogado:

  1. Pega uma panela funda e esquenta uma boa quantidade de azeite em fogo médio. Adicione o alho picado, os dois dentes de alho inteiros com casca (sim, com casca, confia), as tiras de pimentão amarelo e vermelho e as cebolas fatiadas.
  2. Deixa refogar até tudo ficar bem murcho e perfumado, uns 8 minutos. Tempere com um pouco de sal e pimenta-do-reino. O cheiro já fica incrível aqui, um sinal do que está por vir.
  3. Despeje todo esse refogado por cima das batatas no refratário, espalhando de forma igual.

Montando e Assando:

  1. Agora, distribua os pedaços de bacalhau dessalgado por cima do refogado. Tenta deixar mais ou menos igual, pra todo mundo pegar um pouco.
  2. Hora de ser generoso de novo. Regue mais azeite por cima do peixe. É isso que vai criar aquele caldo maravilhoso lá no forno.
  3. Distribua as rodelas de tomate e as azeitonas por toda a superfície. Salpique a salsinha e a cebolinha picadas, deixando um pouco guardada para finalizar.
  4. Leve ao forno preaquecido e deixe assar por uns 30 minutos, ou até você ver as batatas douradas nas bordas e o bacalhau bem cozido, soltando lascas fáceis.
  5. Enquanto assa, descasque os ovos cozidos e corte cada um em 4 pedaços no sentido do comprimento.
  6. Quando a bacalhoada sair do forno, finalize colocando os pedaços de ovo por cima de tudo. Joga o resto da salsinha e cebolinha por cima também, pra dar aquele verde vivo.

E pronto. Não precisa de mais nada, só de um bom pão pra mergulhar no caldo que se forma no fundo do refratário. É um espetáculo.

Essa bacalhoada é daquelas que transformam um jantar comum em ocasião. A primeira vez que fiz pro jeito que o amigo português ensinou, a Daiane ficou meio desconfiada com tanta cebola e azeite. No fim, ela não só aprovou como repetiu o prato três vezes. O segredo tá mesmo em não economizar no azeite e deixar o forno fazer seu trabalho, mingando tudo junto até ficar impossível de resistir.

E ai, bora tentar? Parece receita de festa, mas é bem simples de fazer. O trabalho maior é só esperar o forno. Depois me conta nos comentários como ficou a sua, se a família achou que você tinha virado chef de cozinha portuguesa de uma hora pra outra. Adoro ler as experiências de vocês!

Quanto tempo dura e como guardar essa delícia

Essa bacalhoada fica top por até 3 dias na geladeira, mas eu recomendo comer no mesmo dia - o bacalhau fica mais seco depois. Se precisar guardar, cobre com filme plástico bem colado. Quer congelar? Separe em porções individuais e use em até 1 mês (descongele na geladeira por 12 horas antes de esquentar). Uma vez a Daiane esqueceu um pedaço fora da geladeira... melhor nem contar o final triste dessa história.

Tá de dieta? Vem cá

Cada porção tem aproximadamente 485 kcal (valor exato na tabela nutricional completa). Quer reduzir? Troque parte do azeite por caldo de legumes (sim, funciona!) e use menos batata. Mas sério, é domingo e você vai pensar em calorias? Às vezes a gente merece um mimo.

Sem bacalhau? Sem crise!

Se o bacalhau estiver caro ou você quiser variar:

  • Filé de pescada branca (mas adicione mais tempero)
  • Palmito pupunha em pedaços grandes para versão vegetariana
  • Sardinhas frescas (fica incrível, mas reduza o tempo de forno)

Os 3 pecados capitais da bacalhoada

1. Excesso de sal: O bacalhau já é salgado, gente! Prove antes de temperar.
2. Batata crua por dentro: Pré-cozinhe até ficar "al dente" - já quebrei um dente com batata mal cozida, não repitam meu erro.
3. Azeite de má qualidade: Esse é o coração da receita, não dá pra economizar aqui.

Truque secreto que aprendi com um português

Coloque 1 folha de louro e 2 cravos-da-índia no azeite enquanto esquenta - tira depois. Dá um perfume que vai fazer seus vizinhos baterem na porta perguntando o que você está cozinhando. Outra? Deixe o bacalhau de molho no leite por 1 hora antes - fica mais macio e menos salgado.

Para todo mundo comer junto

Low carb: Troque batata por nabo ou couve-flor
Sem lactose: Use leite de coco no lugar do leite para dessalgar
Vegetariano: Palmito ou jaca verde (cozida antes) ficam surpreendentes
Proteico: Adicione ovos cozidos picados na montagem

O que serve junto? Tudo!

Minha combinação favorita: vinho branco bem gelado (um Alvarinho se quiser bancar o chique), pão caseiro para aproveitar o azeite e uma saladinha simples de rúcula com limão. Para jantar romântico, acenda velas - o cheiro já faz 70% do trabalho.

A parte mais chata (mas importante)

Dessalgar o bacalhau direito é crucial. Lave bem, deixe de molho por 24-48 horas (troque a água 3-4 vezes). Na pressa? Corte em pedaços menores e ferva por 5 minutos (mas perde um pouco a textura). Já errei isso e nossa... parecia que estava comendo o mar morto.

Quer dar uma agitada?

Versão brasileiríssima: acrescente mandioca cozida e coalhada seca
Versão festiva: cubra com purê de batata antes de levar ao forno (gratinado!)
Versão lightning fast: use bacalhau já dessalgado e batata pré-cozida congelada

Modo MasterChef

Finalize com azeite trufado e lascas de amêndoas torradas. Ou (segredo de chefe) coloque 1 colher de chá de raspa de laranja no refogado - o contraste fica incrível. Já testei numa ceia de Natal e até meu sogro crítico elogiou.

Se o bolso tá apertado

Compre bacalhau em pedaços (sai mais barato que postas), use cebola roxa (rende mais que a branca) e substitua parte do azeite por óleo de girassol na hora de refogar (mas finalize com azeite). Batata doce também pode entrar no lugar de parte das batatas inglesas.

Perguntas que sempre me fazem

Posso usar bacalhau fresco? Pode, mas aí vira outro prato - o sabor muda completamente.
Congela bem? Razoavelmente - as batatas podem ficar farinhentas.
Por que alho com casca? Dá um sabor mais suave e não queima no forno.

Se tudo der errado...

Ficou salgado? Adicione batata crua ralada e deixe absorver por 10 minutos (depois tire). Queimou embaixo? Coloque tudo numa panela com um pouco de caldo de peixe e faça uma espécie de ensopado. Bacalhau duro? Desfie e misture com os ovos cozidos - vira um recheio incrível para panquecas.

De onde vem essa maravilha?

A bacalhoada tem origem portuguesa, mas cada região criou sua versão. A brasileira geralmente lemais vegetais que a original. Curiosidade: no século XVI, o bacalhau era comida de pobre em Portugal - hoje é prato de festa. Ironias da vida gourmet, né?

2 coisas que ninguém te conta

1. O pimentão amarelo não é só cor - ele tem um doce especial que equilibra o salgado do bacalhau.
2. Deixar o prato "descansar" por 10 minutos depois do forno faz TODA a diferença - os sabores se casam melhor.

Sabia que...

Em Portugal, a tradição diz que bacalhoada deve ser feita em panela de barro (mas nosso refratário funciona bem). E tem uma lenda que diz que o cheiro do bacalhau assando afasta mau olhado - perfeito para aquela tia que sempre critica sua comida, né?

Bacalhoada com toques especiais: um cardápio que vai fazer seu domingo brilhar

Se tem um prato que une a família na mesa, é a bacalhoada. Mas sabemos que uma refeição completa precisa de harmonizações que complementem o sabor marcante do bacalhau. Por isso, selecionei combinações que vão desde entradas leves até sobremesas que são um abraço doce no paladar.

Para começar com o pé direito

Bolinho de bacalhau que vai te conquistar - Já que o tema é bacalhau, que tal começar com esses crocantes? A Daiane adora fazer uma versão assada quando queremos algo menos pesado.

Quiche de alho poró irresistível que todo mundo ama - Um clássico francês que combina perfeitamente, com aquele cremoso que derrete na boca.

Os parceiros perfeitos

Couve refogada rápido - Nada como aquela couve bem temperada com alho para acompanhar. Aqui em casa sempre fazemos extra porque some rápido!

Salada de bacalhau (clique aqui para ver a receita) - Parece redundante, mas essa versão fria e leve é ótima para balancear.

Sufle de brócolis que vai surpreender você - Para inovar, esse suflê fica incrível e até quem não é fã de brócolis acaba se rendendo.

Doces finais felizes

Tarte Tatin (aprenda a receita) - Maçã caramelizada com aquela massa folhada... perfeição francesa que combina com tudo.

Doce de abóbora que vai te conquistar - Caseiro, cremoso e com canela. Lembra a casa da vó, né?

Creme de abacaxi - Refrescante e azedinho, ótimo para fechar uma refeição mais pesada.

Bebidas: Opções para quem busca o par perfeito

Chá de maçã (clique aqui e aprenda) - Quente ou gelado, esse chá é versátil e combina demais com peixes.

Água aromatizada com limão siciliano e hortelã- Sem link porque é simples: basta água gelada, rodelas de limão e folhinhas. Fica lindo e super refrescante.

E aí, qual combinação você vai testar primeiro? Conta pra gente nos comentários se alguma dessas sugestões virou hit aí na sua casa como virou aqui na nossa!

A tradição tem muitas caras. Olha só essas versões incríveis de bacalhoada que separei.

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.

2º. A aula de autenticidade portuguesa

autor: Karina Prado

Se você quer fazer aquela bacalhoada que não deixa saudade de restaurante, esse vídeo é essencial. A Karina tem um jeito muito didático de explicar o processo, especialmente a parte do dessalgue, que é onde muita gente erra. Ela mostra o ponto certo do bacalhau, nem muito salgado, nem sem graça.

Foi vendo esse passo a passo que eu percebi um detalhe besta, mas que mudou tudo: a ordem de montagem na travessa. Colocar os ingredientes na sequência certa faz com que os sabores se misturem de um jeito melhor no forno. Desde que aprendi, não faço mais de outro jeito. É a receita certa para uma sexta-feira santa inesquecível, ou simplesmente para um domingo que pede algo especial.

3º. Solução rápida de panela

autor: Lívia

Sabe aquele dia que você prometeu um peixe diferente mas o tempo sumiu? A bacalhoada de panela é a resposta. Essa versão da Lívia é um verdadeiro coringa para dias corridos. Ela mantém a essência do prato — o sabor marcante, os legumes — mas elimina a espera do forno. Tudo acontece em um só recipiente, o que já facilita muito na hora de lavar a louça, né?

O melhor é que fica colorida e bonita, nada daquela cara de comida de pressa. Uma dica que eu peguei com ela: refogue bem a cebola e o alho até ficarem bem douradinhos antes de adicionar o bacalhau. Esse fundo de panela é o que dá profundidade ao caldo. Perfeita para um jantar de semana que precisa ter gosto de fim de semana.

4º. O truque do leite aromatizado

Essa aqui tem um passo que é pura genialidade: cozinhar o bacalhau no leite com louro e cravo. Parece simples, mas o sabor que isso entrega para o peixe é algo absurdo. O leite tira um pouco da potência do sal e adiciona uma camada de sabor cremosa e aromática que depois impregna tudo. É um daqueles macetes de chef que a gente descobre e quer usar em tudo.

A montagem que eles mostram, com os legumes ao redor, não só fica linda numa mesa de festa como também garante que tudo cozinhe uniformemente. Já fiz para visitas e a reação é sempre a mesma: um silêncio respeitoso seguido de elogios. A dica de ouro é usar o próprio leite do cozimento para regar um pouco na hora de assar. Não jogue fora!

5º. Quando a bacalhoada vira um risoto

Confesso que nunca tinha pensado nisso: uma bacalhoada cremosa, quase como um risoto, mas feita no forno. É uma ideia maluca que funciona demais. Essa versão resolve o problema de querer um prato único, completo, que já traz o carboidrato junto. O arroz absorve todo o sabor do caldo do bacalhau e dos legumes, e a finalização com creme de leite e queijo gratinado é… bom, dispensa comentários.

Cuidado só com a quantidade de líquido. Como cada arroz se comporta de um jeito, é bom conferir depois de uns 15 minutos no forno para ver se precisa de um pouquinho mais da água do cozimento do peixe. O resultado é uma refeição reconfortante, daquelas que a gente repete no inverno sem pensar duas vezes.

6º. O astro principal da ceia

Não tem jeito, Natal e bacalhau são uma combinação que simplesmente funciona. Se você está planejando a ceia e quer fugir do peru tradicional, essa receita é uma candidata e tanto. O que eu gosto nela é a preocupação com a apresentação. Ele dá dicas de como montar as camadas para o prato chegar à mesa com uma cara de festa, colorido e convidativo.

É uma ocasião onde esse prato brilha de verdade. Uma adaptação inteligente que fiz, vendo o vídeo, foi usar tomates de cores diferentes — vermelho e amarelo — para deixar ainda mais vibrante. Fica um espetáculo. E o melhor: apesar de parecer trabalhoso, a maior parte do trabalho é só organizar os ingredientes na travessa. O forno faz o resto.

7º. O toque caseiro mineiro

Diferente do que se imagina de uma bacalhoada super tradicional, essa versão mineira tem uma personalidade forte. Eles realmente têm uma mão boa para temperos. A presença do pimentão e da pimenta de cheiro dá um frescor e um leve picante que corta a riqueza do peixe e do azeite. Fica uma combinação incrível.

Particularmente, adoro quando ela fala em usar os ovos cozidos em rodelas por cima. Além de bonito, dá uma textura a mais. É uma receita para fazer quando você tem tempo, para aproveitar cada etapa do preparo. Aquele tipo de prato que reúne a família na cozinha só pelo cheiro. Rendimento ótimo para uma turma grande.

8º. A revolução vegana do bacalhau

Como é que se faz uma bacalhoada sem bacalhau? Essa foi minha primeira pergunta. A resposta, e a grande sacada desse vídeo, está na alga nori. Ela traz aquele sabor do mar, umami, que lembra o peixe. Claro que não é a mesma coisa, mas é uma versão incrivelmente saborosa e criativa para quem não come produtos animais.

Aprendi que o segredo está em hidratar a alga direitinho e usá-la mais como um tempero, um realçador de sabor, do que como o protagonista. O resto é pura festa de legumes, azeitonas e um bom azeite. Uma dica não óbvia: experimente colocar um pouquinho de levedura nutricional na hora de montar. Dá um toque que lembra queijo, e complementa bem. Ótima para incluir todo mundo na mesa.

9º. A parceria clássica: bacalhau e couve

Isso já aconteceu com você? De preparar um prato e achar que faltou um verde, uma textura diferente? A couve refogada é a solução perfeita para a bacalhoada. Ela adiciona um contraste de cor, uma leve amargura e aquela sensação de frescor que equilibra a refeição toda. Essa receita é familiar no melhor sentido da palavra.

erro comum que ela evita é colocar a couve para cozinhar junto no forno. Se fizer isso, ela fica murcha e perde a graça. O jeito certo é refogar rapidinho na frigideira, separado, e só juntar na hora de servir. Fica crocante e saborosa. É a minha escolha para um almoço de domingo sem frescuras, mas com muito sabor de casa.

10º. Cremosidade que conquista

Para variar o cardápio semanal com algo que parece gourmet, mas é bem simples. Adicionar um fio de creme de leite — não muito — ao refogado de cebola e alho cria uma base sedosa que envolve o bacalhau e as batatas de um jeito especial. A noz-moscada, que eles recomendam, é o segredo. Ela dá um perfume que eleva o prato todo.

Talvez tenha sido sorte, mas a primeira vez que fiz, usei o creme de leite fresco e sem soro. A diferença é nítida, ele talha menos e fica mais cremoso. Se for usar o de caixinha, junte no final, fora do fogo, só para aquecer. Essa versão é um prato que agrada demais as crianças, porque o sabor fica mais suave. Um sucesso garantido.

11º. A surpresa tropical do leite de coco

Leite de coco em bacalhoada? Pode parecer estranho, mas acredite, funciona. Ele não fica com gosto de coco, na verdade. O que ele faz é adicionar uma cremosidade rica e um pouco doce natural que suaviza o salgado do peixe e a acidez do tomate. Fica uma combinação exótica e deliciosa, daquelas que fazem os convidados perguntarem "o que você colocou nisso?".

É muito usado em restaurantes justamente por esse poder de transformar um prato conhecido. Use um leite de coco de boa qualidade, mais encorpado. E vá com calma, comece com metade da medida e prove. Você pode sempre adicionar mais. Uma adaptação inteligente para quem quer sair da mesmice com um ingrediente só.

12º. A técnica do envelope no forno

Essa é para quem tem medo de o peixe ficar seco. A técnica de envelopar o bacalhau e os temperos em papel alumínio ou papel manteiga é infalível. Dentro daquela trouxinha, cria-se um vapor intenso que cozinha o peixe uniformemente e prende todos os aromas lá dentro. Quando você abre na mesa, o cheiro que sai é divino.

É uma ótima opção para fazer porções individuais, cada um com seu envelope. Só lembre de dessalgar bem o bacalhau antes, porque dentro do pacote o sal não tem para onde escapar. A páprica e as ervas secas fazem toda a diferença nessa versão. Simples, diferente e com um toque de apresentação que impressiona.

13º. A versão completa com legumes assados

Começo com um cenário específico: é fim de semana, você quer uma refeição nutritiva, saborosa e que renda para sobrar. Essa bacalhoada com legumes é a resposta. Abobrinha, berinjela, pimentões, além das batatas e tomates… tudo assa junto e vira uma festa de cores e sabores no prato. Você praticamente não precisa de acompanhamento.

A dica da Meury de cortar os tomates e colocá-los por cima para a água escorrer sobre as batatas é genial. Isso ajuda a cozinhá-las e deixa tudo mais úmido. Só tome cuidado para não exagerar no sal, porque os legumes vão reduzir e os sabores vão se concentrar. Um prato saudável sem parecer diet, sabe?

14º. O clássico cremoso das natas

Essa é a prima cremosa da bacalhoada tradicional. Aqui, as natas entram em cena para criar um molho rico e aveludado que transforma o prato. Diferente da versão com creme de leite, as natas têm uma acidez e um corpo diferentes, mais típicos da culinária portuguesa. Se você encontrar natas frescas, use sem medo. Se não, o creme de leite sem soro funciona bem.

É uma receita prática, como eles dizem, e que de fato sai rápido. Combina perfeitamente com um arroz branco soltinho, que vai capturar todo aquele molho. Deixa de ser um prato só de Páscoa e vira uma opção luxuosa para qualquer época do ano. Experimente e me conta se não é viciante.

15º. O toque sofisticado do palmito

Palmito é daqueles ingredientes que eu sempre tenho na despensa, mas nunca tinha pensado em jogar numa bacalhoada. Que achado! Ele adiciona uma textura firme e um sabor terroso e levemente ácido que corta a gordura do azeite e do peixe. Fica uma combinação surpreendente e, sim, sofisticada.

Use palmito fresco, se possível, ou o de vidro de boa qualidade. Lave bem para tirar o excesso do conservante. A dica é adicioná-lo na última meia hora de forno, para que ele aqueça mas não perca totalmente a textura. É uma daquelas variações que faz o prato sair do comum e virar assunto na mesa. Para quando você quer arriscar um pouco.

16º. A união inesperada (e perfeita) com catupiry

Catupiry e bacalhau. Soa como heresia para alguns, eu sei. Mas eu te convido a esquecer o preconceito por um minuto. A cremosidade ácida e marcante do catupiry cria um molho poderosíssimo que abraça o peixe salgado de um jeito que… funciona. É intenso, é robusto, e é muito, muito gostoso.

Essa é uma daquelas adaptações que descobri por acaso e adorei. Não é sutil, então vá na medida certa. Use como uma camada por cima na finalização, para gratinar. A reação que ela sempre provoca? Primeiro um olhar de desconfiança, depois um garfado, e por fim um "nossa, é bom mesmo!". Ótima para agradar um paladar mais ousado e moderno.

Uau, tem opção boa de sobra. Do mais tradicional ao mais inventivo, tem bacalhoada para todos os gostos e momentos. Qual dessas você acha que combina mais com a sua próxima reunião em família? Se fizer, volta aqui para contar como foi a experiência, adoro saber os resultados de vocês!

Última modificação em Segunda, 08 Dezembro 2025 08:37

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

Instagram icon https://www.instagram.com/raf.gcs

Comentários  

0 Rora_Boreal
Minha avó dizia que bacalhau precisa de paciência. Essa versão simplificou tudo
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0 Rafael Gonçalves
Tradição com praticidade é o caminho
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