Transformar abóbora em uma pasta cremosa era algo que sempre me deixava com a pulga atrás da orelha. Ou ficava aguado ou virava uma massa grudenta. Até descobrir um truque simples que mudou tudo.
Aprendi em um dos meus cursos que o segredo está no ponto da abóbora cozida e no líquido que você adiciona. A textura perfeita do quibebe depende disso. Quando acertei pela primeira vez, minha esposa Daiane, que normalmente não é fã de pratos muito doces, acabou com duas porções. Ela até brincou que era "um perigo para a dieta".
O que faz essa receita especial é como os ingredientes se transformam. A abóbora vira uma base aveludada, o leite de coco traz cremosidade sem overpower, e as ervas frescas dão aquele frescor necessário. A manteiga no final? Ela arredonda todos os sabores de um jeito que você vai entender na primeira colherada.
Essa versão tradicional que vou te mostrar é só o começo. Domine essa base e você terá nas mãos um acompanhamento versátil para carnes, peixes ou mesmo para comer puro. Quer ver como é simples? O passo a passo está logo abaixo, testado e aprovado aqui em casa.
Receita de quibebe de abóbora: Saiba como fazer
Ingredientes
Essa receita é econômica e rende bastante. A abóbora cozida você pode preparar no vapor ou micro-ondas, só cuidado pra não deixar muito mole senão fica aguado.
Informação Nutricional
Porção: 150g (1/10 da receita)
| Nutriente | Por Porção | % VD* |
|---|---|---|
| Calorias | 135 kcal | 7% |
| Carboidratos Totais | 15.2g | 5% |
| Fibra Dietética | 2.8g | 11% |
| Açúcares | 6.5g | 13% |
| Proteínas | 2.1g | 4% |
| Gorduras Totais | 7.8g | 10% |
| Saturadas | 6.2g | 31% |
| Trans | 0g | 0% |
| Colesterol | 8mg | 3% |
| Sódio | 180mg | 8% |
| Potássio | 420mg | 9% |
| Vitamina A | 890UI | 18% |
| Vitamina C | 12mg | 13% |
*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)
Etiquetas Dietéticas
Alertas & Alérgenos
Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.
Modo de preparo
- Pega a abóbora já cozida e descascada e passa por uma peneira. Pode ser com um mixer ou espremedor também, mas a peneira dá aquela textura lisinha que faz diferença. Não pula essa etapa, sério.
- Joga a abóbora peneirada numa panela e reserva. Se ficou com pedacinhos, tudo bem, não precisa neurar. A minha nunca fica 100% lisa e sempre fica bom.
- No liquidificador, bota a cebola, alho, coentro (deixa um pouco pra finalizar), leite de coco e bate por uns 2 minutos até ficar bem homogêneo. Fica com cheiro incrível já nessa parte.
- Agora coloca a panela com a abóbora no fogo médio. Adiciona a manteiga e metade daquela mistura do liquidificador. Mexe sem parar, porque gruda fácil no fundo da panela. Já perdi um fundo de quibebe por descuido.
- Quando começar a ferver, coloca o resto do tempero batido e ajusta o sal e pimenta. Eu gosto de pimenta, então sempre coloco uma pitada a mais. Deixa cozinhar mais uns 2 minutinhos, mexendo sempre.
- Desliga o fogo e joga o coentro e cebolinha que reservou. Mistura bem e tá pronto. Sim, é rápido assim mesmo.
Dica: se ficar muito grosso, é só acrescentar um pouquinho mais de leite de coco ou água. E se ficar ralo, deixa no fogo mais um tempo que engrossa.
O que mais gosto nesse quibebe é como ele fica cremoso sem precisar de creme de leite. O leite de coco dá um sabor suave que combina demais com a abóbora. Virou acompanhamento fixo para carnes aqui em casa, principalmente naquele domingo de almoço em família.
E aí, já fez quibebe dessa forma? Conta aqui nos comentários se testou e como ficou, ou se tem alguma variação que você costuma fazer. Adoro trocar ideias sobre receitas!
Quanto custa em calorias?
Uma porção generosa desse quibebe fica em torno de 135 kcal, conforme nossa tabela nutricional completa. Bem leve pra quem tá de olho na balança! A abóbora é low carb natural e o leite de coco dá aquela cremosidade sem pesar. Dá pra repetir sem culpa.
Guarda bem? Dura quanto?
Na geladeira, dura até 3 dias num pote fechado. Se quiser congelar, vai até 2 meses - mas confesso que perde um pouco o frescor do coentro. Dica: congele em porções individuais pra descongelar só o necessário.
Se faltar ingrediente, bora improvisar!
• Sem leite de coco? Usa creme de leite (sim, fica diferente mas ainda bom)
• Vegano? Troca a manteiga por azeite
• Não curte coentro? Salsinha salva
• Abóbora moranga não tem? Jerimum ou cabotiá funcionam
Truque secreto da textura perfeita
Se bater tudo no liquidificador, vira sopa. O pulo do gato é: passe só metade da abóbora pelo mixer e deixe o resto em pedacinhos. Aí fica com aquela cara caseira que derrete na boca mas ainda tem personalidade.
3 erros que quase cometi (e você pode evitar)
1. Deixar ferver sem mexer - gruda no fundo e fica com gosto de queimado. Mexe que nem louco!
2. Exagerar no leite de coco - começa com metade e vai ajustando
3. Temperar antes de cozinhar - o sabor concentra, melhor acertar o sal no final
Dietas especiais? Sem stress
• Low carb: reduz o leite de coco e aumenta o tempero
• Sem lactose: mantém o leite de coco e usa óleo no lugar da manteiga
• Proteico: joga um frango desfiado por cima na hora de servir
• Paleo: só garantir que todos ingredientes sejam naturais
Combinações que elevam o jogo
• Pão de queijo caseiro pra mergulhar
• Farofa crocante de bacon (sim, eu sei, pecado mortal)
• Uma caipirinha de limão pra cortar o doce da abóbora
• Arroz branco soltinho pra quem quer transformar em prato principal
Quer inovar? Tenta essas versões
• Quibebe apimentado: acrescenta pimenta dedo-de-moça no liquidificador
• Cremoso: bate com 1 batata doce cozida junto
• Tropical: joga pedacinhos de manga no final
• Fit: substitui metade da abóbora por couve-flor
O ponto crítico: quando parar de cozinhar?
Fica no fogo até formar bolhinhas na superfície e o cheiro do alho subir até sua narina direita. Sério, não tem tempo exato - quando grudar levemente no fundo da panela ao mexer, tá no ponto. A Daiane sempre me chama de exagerado por deixar muito tempo, então confie no seu instinto!
Sobrou? Transforma!
• Vira recheio de panqueca ou torta
• Mistura com farinha de rosca e ovo pra fazer bolinho frito
• Dilui com caldo de legumes e vira sopa
• Congela em forminhas de gelo pra usar como base de outros molhos
Modo chef Michelin (com 1 ingrediente só)
Na hora de servir, finaliza com gergelim presto torado e um fio de azeite trufado. Parece bobeira, mas a diferença de apresentação é absurda. Já fiz isso num jantar aqui em casa e todo mundo achou que eu tinha feito curso de culinária.
De onde vem esse negócio?
O quibebe é primo distante do angu, herança africana com adaptação nordestina. Originalmente levava carne seca, mas a versão vegetariana ganhou o Brasil todo. Curiosidade: no Maranhão chamam de "comida dos orixás" - mas não precisa acreditar em religião nenhuma pra acreditar no sabor!
2 fatos que ninguém conta
1. A abóbora cozida no micro-ondas (em potinho fechado com água) fica perfeita em 8 minutos - meu segredo preguiçoso
2. Se colocar uma folha de louro durante o cozimento e tirar depois, dá um depth of flavor que ninguém vai saber identificar mas todo mundo vai amar
Perguntas que me fazem toda vez
Pode congelar? Pode, mas o coentro fica meio triste depois
Dá pra fazer sem liquidificador? Dá, mas bate os temperos no pilão que fica até melhor
Por que minha versão fica aguada? Ou abóbora tinha muita água ou não deixou reduzir o suficiente
O que beber com isso?
• Cerveja wheat beer (o toque cítrico combina)
• Suco de maracujá levemente adoçado
• Chá gelado de hortelã com gengibre
• Para os ousados: cachaça artesanal de alambique
Se tudo der errado...
Ficou muito líquido? Deixa no fogo baixo sem tampa até evaporar
Sem graça? Joga um cubo de caldo de legumes e mexe bem
Queimou o fundo? Transfere pra outra panela sem raspar o fundo
Sem tempo? Compra abóbora já cozida no mercado (eu já fiz, conta pra ninguém)
Confissões de cozinha
Uma vez esqueci o quibebe no fogo enquanto atendia o telefone. Resultado: virou uma massa grudenta que dava pra usar como cola. A Daiane até tirou foto pra me zoar eternamente. Moral da história: timer do celular é seu amigo!
Sabia que...
A abóbora no quibebe tradicional era assada na brasa, não cozida - o que dava um sabor defumado incrível. Se tiver paciência, tenta assar no forno antes de amassar. E se quiser saber mais sobre técnicas ancestrais, o chef baiano [Nome Fictício] tem um livro ótimo sobre comidas de terreiro (link não patrocinado, só admiração mesmo).
Combinações Perfeitas para Acompanhar Seu Quibebe
Depois de preparar aquele quibebe cremoso que todo mundo adora, vem aquela dúvida: o que servir para completar a refeição? Aqui em casa a gente testou várias combinações e separamos as melhores para você arrasar no almoço de domingo ou naquele jantar especial entre amigos.
Para Começar com Tudo
Quibe assado recheado que todo mundo elogia: Se já tem abóbora no quibebe, que tal um quibe assado crocante por fora e suculento por dentro? Aqui em casa a gente adora fazer uma fornada para servir quentinho.
Omelete de forno simples e fácil: Prático e versátil, combina com tudo. A Dai sempre faz quando quer algo leve mas que enche o olho.
Sanduíche de forno com pão de forma (veja a receita aqui): Crocante e douradinho, perfeito para quem quer algo diferente antes do prato principal.
Pastelzinho de forno: Massa folhada crocante com recheio de queijo derretido - nossa sugestão extra para quem quer impressionar!
Pratos Principais que Harmonizam
Frango ao molho branco (veja a receita aqui): O cremoso do molho combina perfeitamente com a textura do quibebe. Sempre que faço, repito no dia seguinte!
Carne de panela simples e fácil: Macia e saborosa, fica ótima com o contraste do purê de abóbora. Receita coringa para dias frios.
Filé de frango com batata (link): Clássico que nunca falha. A batata assada fica perfeita ao lado do quibebe cremoso.
Costela com mandioca (veja a receita aqui): Dica bônus para quando quiser algo mais encorpado - o sabor defumado da costela é um espetáculo.
Doces para Finalizar
Cocada de forno cremosa: Doce, mas não enjoativa, perfeita depois de uma refeição com abóbora. A textura cremosa é viciante!
Bolo de fubá com queijo que surpreende: Tradição mineira que casa super bem. Aqui em SP a gente adaptou e às vezes faz na versão mini.
Rocambole de doce de leite (dicas e truques aqui): Macio e com aquele recheio que derrete na boca. Dai diz que é seu preferido desde criança.
Doce de abóbora com coco: Sugestão extra para manter o tema da abóbora até no final - caseiro e cheio de personalidade.
Para Acompanhar
Suco de maracujá natural: O azedinho corta a cremosidade do prato principal. Sempre tem na nossa geladeira.
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Acompanhamento
A Melhor Batata Rústica Frita do Mundo
Chá mate gelado: Refrescante e versátil, combina com tudo. A gente adiciona umas folhas de hortelã no verão.
Água aromatizada com limão e gengibre: Para quem prefere algo mais leve, mas cheio de sabor. Nosso truque é deixar infusionando na geladeira.
E aí, qual combinação você vai testar primeiro? Conta pra gente nos comentários se alguma dessas sugestões virou hit aí na sua casa como virou aqui na nossa!
Aventure-se nessas outras opções incríveis.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito.
2º. Mandioca que vira caldo encorpado
Autor: Cozinhando com Fernando Couto
Ao contrário do que as pessoas pensam, quibebe de mandioca não tem nada daquela textura de purê. Fica mais para um caldo grosso que sustenta até o mais faminto. Da primeira vez que preparei, pensei que tinha errado a mão na água, mas era isso mesmo.
O legal é que a mandioca dá uma personalidade totalmente diferente, menos doce que a abóbora, mais terrosa. Perfeito para quando você cansou do sabor tradicional mas quer manter o conforto do prato.
3º. Carne seca para dar um upgrade
Autor: Iara, Receitas da mamãe
Confesso que tinha preconceito com a combinação de abóbora crua com carne seca. Parecia estranho demais. Mas nossa, que engano. O salgado da carne corta a doçura natural da abóbora de um jeito que é quase mágico.
Dica importante: deixe a carne seca de molho e troque a água pelo menos duas vezes. Senão fica salgado demais e estraga o equilíbrio todo. Aprendi isso na marra, claro.
4º. Mandioca com carne, refeição completa
Teve uma semana que fiz esse três dias seguidos, é prático, rende bastante e mata a fome de verdade. A carne fica tão macia que quase desmancha, e a mandioca engrossa o caldo naturalmente.
Particularmente detesto quando a carne fica borrachuda em ensopados. Aqui isso não acontece porque o cozimento é bem lento, então relaxa que vai dar certo.
5º. O mineiro tradicional de boteco
Às vezes a gente complica demais as coisas na cozinha. Essa versão me lembra aqueles botecos simples onde a comida é honesta e sem firula. Poucos ingredientes, mas cada um no seu lugar certo.
O segredo está no tempo de cozimento, nem pouco nem demais. Quando acerta, a abóbora fica naquele ponto que nem precisa de mixer, ela simplesmente desmancha sozinha.
6º. Goiano com personalidade forte
Já experimentei várias versões goianas de pratos diferentes, e sempre têm um quê a mais. Essa não foge à regra, os temperos são mais marcantes, mas sem overpower a abóbora.
Talvez tenha sido sorte, mas na primeira vez que fiz já saiu perfeito. A Daiane até elogiou, e ela é bem crítica com comidas muito temperadas.
7º. Calabresa estilo restaurante
Nunca comi no Divino Fogão, mas se o quibebe de lá é parecido com esse, entendi o hype. A calabresa dá um sabor defumado que combina demais com a cremosidade da abóbora.
Dica: use a linguiça calabresa fresca em vez da embalada se possível. A diferença no sabor é absurda, vale cada centavo a mais.
8º. Nordestino com trio de verduras
Quem tem medo de quiabo nunca experimentou nessa combinação. O maxixe e o quiabo dão uma textura diferente que quebra a monotonia do purê puro. E não fica baboso, prometo.
Se for tentar, corta o quiabo em rodelas bem fininhas e refoga bem antes de colocar no quibebe. Isso diminui bastante a baba.
9º. Carne de porco que derrete
A carne de porco é meio injustiçada em ensopados, né? Todo mundo vai logo para a bovina. Mas aqui ela brilha, fica tão macia que quase não precisa mastigar.
Usei a paleta e deu certo, mas acho que com costelinha ficaria ainda melhor. Na próxima vou testar e conto para vocês nos comentários.
10º. Inhame para variar os tubérculos
O inhame tem um sabor mais suave que a mandioca, então o quibebe fica mais delicado. Perfeito para quando você quer algo reconfortante mas não tão marcante.
Escolhe inhames frescos, com a casca lisinha. Quando estão muito velhos, ficam com um amargor que estraga o prato. Quase joguei uma panela fora por causa disso.
11º. Inhame com carne, sopa que sustenta
Essa versão é daquelas que engana, parece sopa, mas alimenta como um prato completo. Fiz num domingo chuvoso e nem precisei fazer arroz acompanhando.
O pão é obrigatório, sério. Molhar no caldo é metade da experiência. Usei pão francês mesmo, mas acho que com pão de fermentação natural ficaria divino.
12º. Versão vegana sem perder o sabor
Tinha minhas dúvidas se ficaria bom sem a manteiga no final, mas a abóbora bem cozida e temperada não precisa de muita ajuda. A textura fica um pouco diferente, mas o sabor se mantém autêntico.
Para dar mais corpo, experimenta colocar um pouco de azeite no final em vez da manteiga. Não é a mesma coisa, mas quebra o galho.
Qual receita ganhará seu paladar primeiro? Cada uma tem seu momento, né? Depois que fizer, me diz se ficou bom, gosto muito de saber como foi o processo todo na cozinha de vocês.
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