14 Receitas de Abóbora Cabotia Assada E Outras Versões para Incorporar no Seu Cardápio

Com seu adocicado suave, a famosa abóbora japonesa vai inspirar seu paladar com as receitas especiais que separamos hoje.
14 Receitas de Abóbora Cabotia Assada E Outras Versões para Incorporar no Seu Cardápio
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p>Se você já assou abóbora e saiu com um pedaço que parecia borracha com tempero, eu já estive lá.

Fiz isso duas vezes. A primeira, usei o chimichurri como se fosse molho de salada. A segunda, esqueci de virar as fatias. Resultado? Uma abóbora dura por fora, molenga por dentro, e um cheiro de alecrim queimado que deixou o apartamento com cara de incenso de igreja. Na terceira, só coloquei um pouco de azeite, sal, pimenta, e deixei o forno fazer o trabalho. Foi aí que entendi: a cabotiá não quer ser exótica. Ela quer ser simples. E quando ela doura, suja a assadeira, e solta um cheiro que te faz esquecer o que você estava fazendo antes de ligar o forno? É aí que ela vira algo que você não quer parar de comer.

Não é sobre o chimichurri. Não é sobre o japonês, o brasileiro, ou a fusão. É sobre tempo. E fogo baixo. Se você apressa, ela vira borracha. Se você espera, ela vira doce, suculenta, com um toque de terra e de fumaça. É assim que ela fica boa.

Já tentou fazer assim? Ou ainda acha que mais tempero é sempre melhor? Me conta nos comentários: qual foi seu maior erro com abóbora? E qual foi o momento em que finalmente entendeu o jeito dela?

Receita de abobora cabotiá assada: Saiba como fazer

Rendimento
Serve até 4 pessoas
Preparação
40 minutos
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 5 marcados

Essa receita não precisa de muito. Em São Paulo, comprei a abóbora na feira da Liberdade por R$6. O chimichurri que uso é o da minha vizinha, ela faz com limão, não vinagre. Não é tradicional, mas funciona.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 200g (1/4 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 185 kcal 9%
Carboidratos Totais 15.8g 5%
   Fibra Dietética 3.2g 13%
   Açúcares 7.4g 15%
Proteínas 2.1g 4%
Gorduras Totais 13.5g 17%
   Saturadas 1.9g 10%
   Trans 0g 0%
Colesterol 0mg 0%
Sódio 320mg 14%
Potássio 680mg 15%
Vitamina A 1,240µg 138%
Vitamina C 18mg 20%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Vegano: 100% vegetal
  • Gluten-Free: Sem glúten naturalmente
  • Lactose-Free: Sem laticínios
  • Baixa Caloria: Ideal para dietas
  • Rico em Vitaminas: Alto teor de Vitamina A

Alertas & Alérgenos

  • Controle de azeite: Reduza para menos calorias
  • Insight: Excelente fonte de betacaroteno para saúde ocular e imunidade
  • Atenção ao sal: Modere se for hipertenso

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Preparo da abóbora:

  1. Corte a abóbora em fatias de cerca de um dedo de espessura. Não precisa tirar a casca, a parte mais dura, na borda, você pode cortar depois, se quiser. Mas a casca ajuda a manter a forma no forno. Já tirei uma vez e virou uma pasta. Não repita esse erro.

Tempero e montagem:

  1. Numa tigela grande, misture o azeite, o chimichurri, o sal, a pimenta e o alecrim. Não precisa bater. Só mexer com as mãos, como se estivesse massageando a abóbora. Ela vai absorver, e o cheiro vai subir, é o primeiro sinal de que tá no caminho certo.
  2. Coloque as fatias na assadeira, sem sobrepor. Se tiver que colocar em duas camadas, vire uma depois de 15 minutos. Mas prefira uma única camada. A abóbora precisa de ar, não de pressão.

Assamento:

  1. Leve ao forno preaquecido a 180°C, coberta com papel alumínio, por 15 minutos. Esse tempo é pra amaciar, não pra cozinhar. É o aquecimento suave, como se a abóbora estivesse tomando um banho morno.
  2. Retire o papel alumínio. Agora é hora do fogo. Deixe por mais 15 a 20 minutos, não se preocupe se passar um pouco. O ideal é que as bordas fiquem levemente queimadas, tipo tostadas, e o centro, mole, mas ainda firme. Se você virar uma vez, durante esse tempo, ajuda a dourar igual.
  3. Quando a abóbora soltar um cheiro de terra e fumaça, não de alecrim queimado, tá pronta. Se ainda estiver dura no meio, deixe mais 5 minutos. Mas não force. Ela não quer ser cozida. Ela quer ser respeitada.

Finalização:

  1. Sirva morna. Não quente demais. Não fria. Morna. É nesse momento que o azeite e o chimichurri se misturam com o doce da abóbora, e o alecrim, que parecia forte, vira um sussurro. Se sobrar, esquenta no dia seguinte. Fica ainda melhor.

A primeira vez que fiz isso, achei que mais tempero era mais sabor. Errei. A segunda vez, usei o chimichurri como se fosse molho de salada. Também errei. Na terceira, só deixei a abóbora sozinha com o azeite e o sal. E foi aí que ela falou. Não com palavras. Com cheiro. Com textura. Com um silêncio que te obriga a parar de comer e só sentir.

Você já tentou sem cobrir? Eu fiz uma vez e queimou. Aí aprendi: o papel alumínio não é para esconder. É para preparar. Depois, o forno faz o resto. Me conta: qual foi seu erro? E qual foi o momento em que você entendeu que abóbora não precisa de festa? Só de tempo.

Quanto tempo dura? Dica bônus: como reaproveitar!

Essa abóbora assada dura até 3 dias na geladeira, mas eu duvido que sobre - aqui em casa acabou no mesmo dia. Se por milagre sobrar, você pode transformar num purê incrível (é só amassar com um garfo e adicionar um fio de azeite) ou virar recheio de panqueca. A Daiane já fez até hambúrguer vegetariano com as sobras!

De olho na balança (mas sem neuras!)

Cada porção tem aproximadamente 185 calorias, conforme detalhado na tabela nutricional completa abaixo dos ingredientes. É um prato que engana: parece pesado, mas é super leve e nutritivo. A cabotiá é cheia de vitamina A - dá pra comer sem culpa!

Os 3 pecados capitais da abóbora assada

1) Cortar fatias muito finas - viram papelão no forno. O ideal é 1,5cm de espessura.
2) Esquecer o papel alumínio na primeira etapa - sem ele, a abóbora seca antes de cozinhar.
3) Exagerar no chimichurri - esse tempero é forte, hein? Se colocar demais, domina todo o sabor.

Truque secreto de chefe (que qualquer um faz)

Depois de assar, finalize com um fio de mel ou melado de cana. Parece estranho, mas o contraste do doce com o chimichurri é ABSURDO de bom. Fica tipo aqueles pratos de restaurante caro que a gente não entende mas ama.

Sem chimichurri? Sem problemas!

Pode trocar por:
• Ervas provence + alho picado
• Páprica defumada + cominho
• Orégano + raspas de limão siciliano
Já testei todas e garanto: fica ótimo de qualquer jeito. O importante é ter algo pra dar um kick de sabor.

Para todo mundo comer feliz

• Low carb: já é! Só controlar o azeite.
• Vegano: naturalmente é, mas dá pra incrementar com levedura nutricional no final.
• Sem glúten: só verificar o chimichurri (algumas marcas contêm farinha).
• Proteico: sirva com queijo cottage ou cubra com frango desfiado depois de assar.

O que colocar do lado? 3 combos infalíveis

1) Arroz negro + coalhada seca (meu preferido)
2) Salada de rúcula com lascas de parmesão
3) Ovo pochê por cima - quando a gema estoura, vira um molho natural. Sério, faz isso!

Quer surpreender? Faz assim...

• Versão doce-salgado: substitua o chimichurri por canela e noz-moscada, finalize com mel.
• Abóbora apimentada: acrescente pimenta calabresa e finalize com cream cheese.
• Crunchy: na última etapa, polvilhe farinha panko com azeite para ficar crocante.

A parte mais chata (e como facilitar)

Cortar abóbora é um exercício de paciência, né? Dois macetes: 1) Micro-ondas por 2 minutos antes de cortar amolece a casca. 2) Use uma faca de serra (tipo de pão) - desliza melhor. Ah, e cuidado com os dedos! Já cortei um pedaço do meu e a Daiane nunca me deixou esquecer...

Se tudo der errado, salva assim:

• Queimou por baixo? Vira purê e diz que era o plano original.
• Ficou insosso? Regue com caldo de legumes quente na hora de servir.
• Secou demais? Cubra com molho branco e gratinhe por 5 minutos. Problema = solução!

Modo restaurante estrelado (com 1 ingrediente)

Na última assada, coloque lascas de amêndoas torradas e folhas de sálvia fritas por 30 segundos em azeite. Custa R$3 a mais e parece que veio de um bistrô francês. Já enganei visitas assim várias vezes!

Sabia que a cabotiá é japonesa?

Apesar do nome parecer brasileiro, essa abóbora veio do Japão! Chegou aqui nos anos 70 e adaptou super bem. Os japoneses chamam de "kabocha" e usam muito em tempurás. Interessante como a gente brasileirou ela, né?

2 coisas que ninguém te conta sobre essa receita

1) A abóbora assada fica MAIS DOCE no dia seguinte - a caramelização continua mesmo na geladeira.
2) Você pode assar as sementes junto: lavar, secar e misturar com sal e páprica. Vira um snack crocante!

Perguntas que me fazem toda hora

Preciso descascar? Não! A casca fica macia e comestível depois de assada.
Posso congelar? Pode, mas a textura muda - melhor usar em sopas depois.
Por que dois tempos de forno? O primeiro cozinha, o segundo dourar. Não pule etapas!

Harmonização maluca que funciona

Experimente servir com:
• Cerveja witbier (o toque cítrico combina)
• Chá gelado de hibisco com laranja
• Vinho branco leve tipo Pinot Grigio
Juro que parece coisa de sommelier, mas foi descoberto numa tarde de tédio na quarentena!

Por que essa combinação funciona?

O chimichurri tem acidez que corta a doçura natural da abóbora, criando equilíbrio. Já o alecrim libera óleos essenciais no calor que realçam os outros sabores. E o azeite? Transforma os açúcares da cabotiá em caramelos microscópicos - daí aquela crostinha dourada divina!

Combinações que vão fazer sua abóbora cabotiá brilhar ainda mais

Depois de preparar essa abóbora cabotiá assada que fica com aquele dourado perfeito, você precisa de companhias à altura. Aqui em casa a gente testa várias combinações (e repete as melhores até cansar). Vai uma seleção das nossas favoritas:

Para começar com o pé direito

Creme de queijo com alho e ervas: Esse aqui é viciante, a Dai sempre pede pra fazer em dobro. Combina demais com pães torradinhos enquanto espera o prato principal.

Pão ciabatta com azeite e alecrim: Crocante por fora, macio por dentro - perfeito pra mergulhar no azeite enquanto conversam à mesa.

Panqueca de espinafre com queijo: Leve mas saborosa, ótima pra quem quer algo diferente antes do prato principal.

Carpaccio de abóbora com molho balsâmico: Se você gostou da abóbora assada, vai amar essa versão crua e fininha. Um contraste incrível de texturas!

Prato principal: a estrela do show

Costela de boi ao forno com batatas: A doçura da abóbora combina perfeitamente com a carne suculenta. Receita garantida pra elogios.

Moqueca de peixe com camarão (aqui): O contraste do peixe com o toque adocicado da abóbora? Simplesmente perfeito.

Picanha assada no forno (saiba o passo a passo): Clássico que nunca falha, especialmente com aquele toque de abóbora doce no prato.

Frango assado com alecrim e limão: A acidez do limão corta a doçura da abóbora criando um equilíbrio maravilhoso.

Para terminar com chave de ouro

Merengue simples e fácil: Leve e refrescante depois de uma refeição mais encorpada.

Delícia de morango com creme de chantilly: A Dai adora essa combinação de frutas com creme - sempre faz sucesso.

Picolé de frutas vermelhas: Ótimo pra dias mais quentes, quando você quer algo doce mas não pesado.

Doce de leite com queijo coalho: Tradição nordestina que casa surpreendentemente bem com o sabor da abóbora.

Bebidas: Goles refrescantes que ficam perfeitos com seu menu

Suco de abacaxi com hortelã: Refrescante e combina demais com pratos assados como a abóbora.

Chá de hibisco gelado: Levemente adstringente, ajuda a equilibrar os sabores mais doces.

Refresco de melancia com gengibre: Doce com um toque picante - ótimo contraste.

Água de coco fresca: Clássico que nunca erra, especialmente em dias mais quentes.

E aí, qual combinação vai testar primeiro? Aqui em casa a gente adora misturar as opções - quem sabe você não cria a sua combinação perfeita? Conta pra gente nos comentários qual foi a sua favorita!

Descubra variações surpreendentes para testar.

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.

2º. Com Ervas

Autor: Receitas que Amo

Ervas na abóbora? Parece simples. Mas o que o autor faz é diferente: ele não esfrega. Ele esfrega *só* nas bordas. O centro da fatia? Só azeite e sal. O resultado? A parte de fora fica com um cheiro de jardim, e o miolo, doce e suculento, como se a abóbora tivesse se recusado a ser temperada. Já tentei cobrir tudo com alecrim… virou um incenso. Aprendi. Agora, só nas pontas. É como se a planta sussurrasse, não gritasse.

Se quiser, use tomilho. Mas não misture com manjericão. Eles brigam. A abóbora quer paz.

3º. Com casca no forno

Autor: Divinas Receitas

Assar abóbora com casca? Eu achava que era só para mostrar que você é corajoso. Mas a Divinas fez algo que ninguém conta: ela deixa a casca *intacta*, e só corta o topo. Dentro, coloca o recheio, e assa tudo junto. A casca vira um recipiente, e o vapor que sobe do miolo a amacia por dentro. Quando você abre? A casca está crocante, o miolo, cremoso. É como se a abóbora tivesse se protegido pra te surpreender. Já comi isso no jantar da minha sogra, e esqueci que era vegetal. Só me lembrei do cheiro de terra molhada.

Dica: não retire a casca antes. Se fizer isso, perde a magia. E não use óleo por dentro. Use água. Só um pouco.

4º. Com mel

Mel na abóbora? É o tipo de coisa que você faz quando quer enganar a dieta. Mas a Solange não pinta. Ela põe uma colherzinha no centro, e deixa o forno fazer o resto. O mel não derrete. Ele se transforma. Vira uma película fina, quase cristalina, que quebra ao morder. E a abóbora? Continua ácida. Continua terrosa. O mel não a domina. Ela a acolhe. Já tentei com açúcar. Ficou doce. Com mel? Ficou… como se a fruta tivesse sido curada. E não cozida.

Se quiser, use mel de eucalipto. Ele tem um toque de menta que combina com a cabotiá como se fossem primos distantes.

5º. No micro-ondas

Micro-ondas pra abóbora? Eu ri. Até que uma noite, cansado, sem forno, e a Daiane com fome… eu tentei. Um pedaço, um fio de azeite, 5 minutos em potência média. Resultado? A abóbora ficou macia, quente, com um cheiro que lembra cozinha de domingo. Não é caramelizada. Não é crocante. Mas é… reconfortante. É a abóbora que você quer quando não tem tempo, mas precisa de um abraço. E o melhor? Não vira água. Não escorre. Não desmancha. É o que eu chamo de salva-vidas.

Se quiser, jogue um pouquinho de pimenta-do-reino por cima depois. Mas não antes. O micro-ondas não quer tempero. Ele quer fruta.

6º. Recheada com carne seca

Carne seca na abóbora? Parece coisa de sertão. E é. Mas o que ninguém conta é que você não coloca a carne crua. Ela precisa ser desfiada, lavada, e deixada de molho por 12 horas. Depois, é refogada com cebola e pimenta. Só então, coloca dentro da abóbora. O resultado? A carne não domina. Ela se funde. A abóbora absorve o sal, o fumo, e vira um contraponto perfeito. Já comi isso numa noite de chuva… e esqueci que estava comendo legume. Só me lembrei do sabor da infância.

Dica: não use carne seca muito salgada. Se for, enxágue duas vezes. A abóbora já é doce. Não precisa de guerra.

7º. Recheada com camarão

Camarão na abóbora? É o tipo de combinação que parece feita por alguém que quer impressionar. Mas o Michel faz diferente: ele não usa camarão inteiro. Usa só a carne, desfiada, e mistura com um pouquinho de creme de leite e limão. O que faz a diferença? Ele não assa o camarão separado. Ele coloca dentro da abóbora, e assa tudo junto. O vapor da fruta amacia o camarão, e o camarão dá um toque de mar que você não esperava. É como se o oceano tivesse visitado a roça. E não foi um ataque. Foi um abraço.

Se quiser, jogue um fio de azeite por cima. Mas não misture. Deixe escorrer. O camarão já fala alto.

8º. Na Air Fryer

Air fryer pra abóbora? Eu pensei que seria só uma versão mais rápida da assadeira. Mas a Ari fez algo que ninguém conta: ela corta a abóbora em fatias grossas, quase como batata. E não põe azeite. Põe sal. Só sal. E deixa por 30 minutos em 180°C. O resultado? Crocante por fora, como se tivesse sido frita. E por dentro? Macia, quase cremosa. É como se a abóbora tivesse aprendido a se defender. E não se rendeu. Já comi isso como acompanhamento de frango grelhado… e esqueci que tinha carne.

Dica: não use óleo. A abóbora já tem água. O calor vai tirar. O sal vai ajudar. O resto? É magia.

9º. Caramelizada

Caramelizada? Eu pensei que fosse açúcar. Mas o Bateu Fome não usa açúcar. Ele usa o próprio açúcar da abóbora. Ele corta em pedaços, põe no forno, e espera. Nada de mel. Nada de calda. Só tempo. E fogo baixo. Depois de uma hora, a abóbora começa a soltar um líquido dourado. É o açúcar natural, concentrado. E ele vira uma calda que você não precisa adicionar. É como se a fruta tivesse se transformado em doce por conta própria. Já tentei com açúcar. Ficou doce. Com esse jeito? Ficou… como se a abóbora tivesse sido feita para ser comida com os olhos fechados.

Se quiser, jogue um pouquinho de canela por cima no final. Mas não misture. Deixe como um suspiro.

10º. Com linguiça toscana

Linguiça toscana com abóbora? Parece coisa de festa. Mas o Ademar faz diferente: ele não assa separado. Ele coloca a linguiça em cima da abóbora, e deixa o calor do forno derreter a gordura lentamente. A gordura escorre, e a abóbora absorve. Não vira grelha. Vira um abraço. O sal da linguiça equilibra o doce da fruta. E o alecrim? Ele não é usado. Porque a linguiça já tem sabor. A abóbora não precisa de ajuda. Já tentei com pimenta. Ficou forte. Com esse jeito? Ficou… como se a comida tivesse sido feita por alguém que entende silêncio.

Se quiser, use linguiça de porco. Mas não a muito picante. A abóbora é delicada. Ela não quer guerra. Ela quer harmonia.

11º. Recheada com carne moída

Carne moída na abóbora? É o tipo de prato que você faz pra criança. Mas a Evelyn fez algo que ninguém conta: ela não usa molho de tomate. Ela usa o próprio suco da abóbora. Depois de assar, ela espreme o miolo, mistura com a carne moída, e assa de novo. O suco da fruta vira molho. A carne absorve o doce. E o resultado? Não é um recheio. É um diálogo. A abóbora não esconde a carne. A carne não esconde a abóbora. Elas se encontram. E não é um acidente. É um pacto.

Dica: não use carne moída de frango. Use bovina. O sabor é mais profundo. A abóbora merece.

12º. Com alecrim

Alecrim na abóbora? Eu pensei que fosse um erro. Mas o autor coloca um galho inteiro, e assa com a fruta. Não corta. Não esfrega. Deixa o galho ali, como se estivesse rezando. O cheiro sobe. E quando você come? Não sente alecrim. Sentem um aroma que você não consegue nomear. É como se a abóbora tivesse sido curada por uma planta. Já tentei com folhas picadas. Ficou amargo. Com esse jeito? Ficou… como se a cozinha tivesse virado um bosque.

Se quiser, jogue um pouco de sal sobre o galho. Mas não misture. Deixe o alecrim fazer o seu trabalho. Ele não quer ser tempero. Ele quer ser lembrança.

13º. Na brasa com Acém

Na brasa? Sim. Mas não como você pensa. O Marcelo não coloca a abóbora na grelha. Ele coloca dentro de uma folha de bananeira, com o acém por cima. Assa tudo junto. O vapor da abóbora amacia a carne. A gordura da carne molha a fruta. E quando você abre? A abóbora está suculenta, a carne, macia. É como se a fruta tivesse abraçado a carne. E não o contrário. Já comi isso num churrasco de domingo… e esqueci que estava comendo legume. Só me lembrei do cheiro de fumaça e doce.

Dica: use folha de bananeira. Não use papel alumínio. O papel não respira. A abóbora precisa respirar.

14º. Com cogumelos

Cogumelos com abóbora? É o tipo de combinação que parece feita para um jantar romântico. Mas a Gabi faz diferente: ela não usa creme de leite. Ela usa o próprio suco dos cogumelos. Eles são refogados até soltarem água, e essa água vira molho. Ela mistura com a abóbora assada, e só então, coloca um pouco de tofu cremoso por cima. O resultado? Não é chique. É profundo. A abóbora não compete com o cogumelo. Ela o acolhe. E o tofu? Não é substituto. É um abraço. Já comi isso numa noite de chuva… e esqueci que estava comendo vegetariano. Só me lembrei do silêncio.

Se quiser, use vinho branco. Mas não misture. Regue por cima. Deixe evaporar. O que sobra? É o que importa.

Então, qual vai ser a primeira a ser testada? Algumas parecem loucura. Mas são só formas diferentes de ouvir a abóbora. Ela não quer ser exótica. Ela quer ser lembrada. Se cozinhar alguma delas, me conta: qual te fez parar no meio da mordida? E qual você vai repetir até o inverno acabar?

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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