Explore outras deliciosas variações para experimentar.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves).
Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos.
Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito.
Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. De linguiça toscana
Autor: SUSSA RODRIGUES
Eu sempre achei que linguiça toscana era coisa de restaurante caro. Até que um dia, comprei uma no mercado da esquina e decidi testar. O que eu não sabia? Ela tem mais pimenta, mais alho, e uma gordura que derrete como manteiga. Fiz o ragu com ela e quase não precisei de vinho, o sabor já vinha junto. A dica? Corte em cubos grandes, não em rodelas. Quer dizer, quase não corte. Deixe pedaços que ainda seguram forma. Quando a carne desmancha, ela solta um sabor que parece ter sido feito por alguém que nasceu na Toscana. E o cheiro? Ficou no corredor. Titan ficou sentado na porta da cozinha como se estivesse de guarda.
Se você quer um ragu que não precisa de muita explicação, essa é a versão.
3º. Com polenta
Autor: Canal Underchef
Polenta dura? Não. Polenta cremosa? Sim. Mas o que ninguém conta é que o segredo não está na água ou no fogo, está no sal. Você coloca sal na água, depois coloca sal na polenta, e depois coloca sal no ragu… e aí, no final, você prova e acha que está faltando algo. É só sal. Não é muito. Só o suficiente pra fazer o sabor parar no céu da boca. Já fiz uma vez e esqueci de colocar sal na polenta. Resultado? Um prato que parecia um filme mudo. Daiane me olhou e disse: “você tá tentando fazer um prato de pão?” Fiz de novo. E dessa vez, ninguém falou. Só limpou o prato com o pão.
Se quiser, use a polenta da saboronamesa.com.br, é a que eu uso quando não tenho tempo de fazer da zero.
Calabresa é o coringa da cozinha brasileira. Mas no ragu? Ela precisa de respeito. Não adianta jogar na panela e esperar milagre. Tem que passar primeiro na frigideira, só pra soltar a gordura. Se não fizer isso, o molho fica aguado, e a calabresa vira borracha. Já fiz assim uma vez, pensei que estava economizando tempo. Foi o pior ragu da minha vida. Depois disso, aprendi: a gordura é o que dá o corpo. O sabor vem depois. E se você quiser um toque mais picante? Passe um pouquinho de pimenta em flocos no final. Só um fio. O suficiente pra te fazer parar e pensar: “isso é só calabresa?”
Se você tem pressa, essa é a versão que não te decepciona.
Massa fresca no ragu? Isso aqui não é receita. É encontro. A massa absorve o molho como se fosse um pano de prato, e quando você puxa o garfo, ele fica com um rastro de sabor que parece ter sido feito por alguém que não queria que você esquecesse. Já fiz uma vez com massa de trigo integral. Ficou mais forte, mais terra. Daiane disse: “parece que a cozinha está respirando”. Não sei se ela estava falando da comida… ou da gente. O importante é que não sobrou nada. Nem um fio de molho. E o pior? Eu tinha feito só pra dois. Acabou em 15 minutos.
Se você quer impressionar, mas não quer parecer esforçado, essa é a escolha certa.
Nhoque é o tipo de coisa que parece fácil… até você tentar. A massa precisa ser leve, mas não mole. E o ragu? Tem que ser forte o suficiente pra segurar o nhoque sem engolir ele. Já fiz uma vez e o nhoque virou pasta. Daiane me olhou e disse: “você tá tentando fazer um purê de batata com molho?”. Aprendi na hora: não cozinhe o nhoque por mais de 3 minutos. E o ragu? Deve estar quente, mas não fervendo. Se não, o nhoque dissolve. O segredo? Coloque o nhoque na panela só depois que o molho já está pronto. Deixe ele mergulhar por 1 minuto. Só isso. É o que faz a diferença entre um prato e uma lembrança.
Se você quer um domingo que parece festa, mas sem trabalho, essa é a versão.
Mousseline? Parece coisa de chef. Mas é só batata, manteiga e um pouquinho de creme de leite. O que ela faz? Ela equilibra. O ragu é forte, é pesado, é defumado. A mousseline é suave, é quente, é como um abraço. Já fiz uma vez e esqueci de bater a batata direito. Resultado? Um monte de pedaços grudados. Daiane disse: “você tá tentando servir uma sopa de batata?”. Fiz de novo. Dessa vez, passei por uma peneira. E o molho? Ficou tão bom que eu quase chorei. Não é só comida. É contraste. É equilíbrio. É o que a cozinha precisa às vezes.
Se você quer um prato que não grita, mas que fica na memória, essa é a opção.
Eu já usei vinho branco. Foi um erro. Vinho tinto? É a alma do ragu. Mas não é qualquer um. Tem que ser aquele que você beberia de qualquer jeito, não o que está na promoção. O segredo? Não adicione o vinho no começo. Espere o molho já estar quase pronto. Aí, joga devagar, como se estivesse contando uma história. Deixe ferver. Deixe o álcool ir embora. O que sobra? Um sabor que não é de vinho. É de tempo. De paciência. De quem sabe que não adianta apressar o que precisa de fogo lento. Já fiz uma vez e fiquei com medo de colocar o vinho. Fiquei com medo de errar. Aí, coloquei. E o molho… virou outra coisa. Não era mais ragu. Era memória.
Se você quer que o sabor fique no ar depois que o prato acabar, esse é o jeito.
Linguiça de frango no ragu? Eu achei que era impossível. Mas aí vi o vídeo e pensei: “vamos tentar”. E funcionou. Não é igual à de porco, é mais leve, mais limpo. Mas o que ela faz? Ela traz o sabor da fumaça, da pimenta, da especiaria… sem a gordura pesada. Perfeita pra quem quer o gosto, mas não o peso. Já fiz uma vez e quase não acreditei. Daiane disse: “isso é ragu? Parece que a cozinha está mais leve hoje”. E foi. Não é menos. É diferente. E às vezes, isso é o que a gente precisa, uma versão que não traia, mas que respeita.
Se você quer um ragu que não pesa na barriga, mas ainda assim te faz sentir em casa, essa é a escolha.
Rigatoni é a massa que não deixa o molho escapar. Ela tem esses sulcos, esses buracos, que pegam o ragu como se fosse uma rede. E quando você puxa o garfo? O molho sai devagar. Como se estivesse se despedindo. Já fiz uma vez e quase não usei sal na massa. Achei que o molho já daria tudo. Foi um erro. A massa precisa de sal. Só um pouquinho. Mas precisa. E o ragu? Ele tem que ser espesso. Não pode ser líquido. Porque se for, o rigatoni vira um tubo vazio. O segredo? Cozinhe a massa um pouco menos que o tempo da embalagem. Ela termina de cozinhar no molho. É o que faz a diferença entre um prato e um abraço.
Se você quer um prato que parece feito por alguém que entende textura, essa é a versão.
Lasanha de ragu de linguiça? É o tipo de prato que você faz quando quer dizer “eu me importo”. Não é só camadas. É cuidado. O molho tem que ser espesso, senão vira sopa. O bechamel tem que ser suave, senão domina. E as folhas? Não podem ser secas. Têm que ser molhadas, como se estivessem chorando. Já fiz uma vez e deixei o bechamel muito grosso. Resultado? Uma lasanha que parecia um tijolo. Daiane disse: “você tá tentando construir uma parede?”. Fiz de novo. Dessa vez, usei menos farinha. E o resultado? Ninguém falou. Só comeu. E quando acabou, o prato estava vazio. E o pior? Ninguém queria lavar. Porque o molho estava grudado. E ninguém tinha coragem de desperdiçar.
Se você quer fazer um prato que não é só comida, mas uma declaração, essa é a escolha.
Polenta cremosa é o que eu faço quando não quero que o prato fale. Ela só escuta. Ela recebe. O ragu de linguiça é forte, é quente, é cheio de personalidade. A polenta? Ela é o silêncio. Ela não compete. Ela acolhe. Já fiz uma vez e esqueci de mexer por 10 minutos. Resultado? Um fundo queimado. Daiane me olhou e disse: “você tá tentando fazer uma panela de pão?”. Fiz de novo. E dessa vez, mexi devagar. Como se estivesse acariciando. E o molho? Ficou tão bem junto que eu quase chorei. Não é só comida. É paz.
Se você quer um prato que não grita, mas que te abraça, essa é a versão.
E aí, qual receita vai ser a pioneira aí na sua cozinha? Cada uma tem seu jeito de contar uma história. Se reproduzir alguma, me conta aqui nos comentários, eu quero saber como foi. Se deu certo, se deu errado, se você quase comeu tudo antes de fotografar… eu quero ouvir. A cozinha é melhor quando a gente compartilha.
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