11 Receitas de Ragu de Carne E Outras Opções para Seu Final de Semana

  • Descubra uma receita coringa para a sua cozinha.
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Você já viu um ragu que parecia ter sido feito por alguém que nunca tinha visto uma panela antes? Eu já. E foi o pior molho da minha vida.

Não foi o vinho, nem a carne. Foi a farinha. Coloquei demais, pensei que mais era melhor. Resultado? Um molho que parecia pasta de pão. Daiane olhou, fez aquela cara de “você tá brincando?” e foi tomar café. Ela não gosta de café, mas naquele dia fez questão.

Depois de cinco tentativas, entendi: ragu não é só cozinhar. É paciência. O vinho tem que evaporar, o bacon precisa soltar a gordura certa, e a farinha? Só depois de refogar bem, com manteiga, sem pressa. Não é segredo de italiano. É técnica. E o tomilho? Nunca na panela de pressão. Só no final, quando o molho já está quase pronto.

Essa versão aqui é a que eu costumo fazer quando quero sentir que a cozinha ainda é um lugar onde tudo pode dar certo. Com carne de qualidade, caldo que engrossa sozinho, e aquele cheiro que enche o apartamento e faz o vizinho bater na porta. Não é para dieta. É para domingo. Para quem gosta de comer com calma.

Dá uma olhada no passo a passo lá embaixo. Se fizer, me conta: você também já queimou a farinha?

Receita de ragu de carne: Saiba como fazer

Rendimento
Serve até 8 porções
Preparação
90 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 17 marcados

Tudo que você precisa está no mercado perto de casa. Gastei menos de R$60 em uma quinta-feira, sem comprar nada fora do comum. O segredo? Não adianta ter os ingredientes certos se você correr. O molho não gosta de pressa.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 300g (1/8 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 485 kcal 24%
Carboidratos Totais 12.5g 5%
   Fibra Dietética 2.8g 11%
   Açúcares 6.2g 12%
Proteínas 42.3g 85%
Gorduras Totais 28.7g 36%
   Saturadas 11.2g 56%
   Trans 0.2g 1%
Colesterol 135mg 45%
Sódio 980mg 43%
Potássio 890mg 19%
Ferro 4.8mg 27%
Vitamina A 620UI 12%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Low-Carb: Aproximadamente 12g/porção
  • Alto em Proteína: Ideal para ganhos musculares
  • Rico em Ferro: 27% do VD por porção
  • Pode ser Gluten-Free: Apenas 2 colheres de farinha na receita completa

Alertas & Alérgenos

  • Alta gordura saturada – Principalmente do bacon e manteiga
  • Sódio moderado-alto – Reduza sal para hipertensos
  • Insight: Rico em proteínas magras (patinho) com excelente perfil de aminoácidos
  • Para perda de peso: reduza bacon e manteiga, aumente legumes

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Sela e refoga

  1. Corte a carne em cubos grandes, tempere com sal e pimenta-do-reino. Reserve.
  2. Em uma panela funda, aqueça um fio de azeite em fogo médio. Adicione o bacon e deixe dourar devagar, até soltar a gordura. Não precisa ficar crocante, só soltar.
  3. Quando a gordura estiver quase transparente, comece a selar a carne aos poucos – não encha a panela. Sear em lote, se não vira cozido. Retire e reserve.
  4. Na mesma panela, adicione um pouco de manteiga. Refogue a cebola, o alho-poró, o aipo e a cenoura. Mexa devagar, até ficarem macios, mas sem corar. Isso leva uns 8 minutos. Paciência.
  5. Adicione os tomates picados e o extrato de tomate. Misture bem e deixe cozinhar por 2 minutos. O cheiro vai mudar – fica mais doce, mais profundo.

Monta o molho

  1. Despeje o vinho tinto e deixe ferver até quase evaporar. É nesse momento que o álcool sai e o sabor fica. Não pule isso.
  2. Coloque a passata de tomate e as carnes reservadas. Misture, acerte o sal e deixe ferver. Tampe a panela e deixe cozinhar em fogo baixo por 1h30min. Se usar panela de pressão, 1 hora já basta, mas fique de olho.
  3. Retire a carne da panela, coe o molho com uma peneira fina, descartando tudo que sobrou. Reserve o líquido.
  4. Desfie a carne e o bacon em pedaços pequenos. Não esmague, só separe.

Encorpando e finalizando

  1. Volte o molho coado à panela e deixe ferver por 5 minutos para reduzir um pouco. Retire a gordura que subiu na superfície – não precisa tirar tudo, só o excesso.
  2. Em uma panela pequena, derreta uma colher de manteiga. Adicione a farinha de trigo e mexa sem parar por 2 minutos. Vai virar uma pasta esbranquiçada. Isso é o roux – o segredo pra engrossar sem grumos.
  3. Despeje essa pasta no molho quente, mexendo sem parar. Deixe ferver por 5 minutos, até encorpar. Se ficar muito grosso, adicione um pouco de água quente.
  4. Volte a carne desfiada para o molho. Misture suavemente.
  5. Desligue o fogo, adicione o tomilho e mexa. Prove. Ajuste o sal se necessário. O tomilho é o último toque – ele não quer ser ouvido, só sentido.
  6. Sirva quente, com polenta, macarrão ou só com pão. O molho é pra ser devorado com calma.

Eu já fiz esse ragu com carne de frango. Errei. Já usei vinho doce. Errei. Já tirei a cebola porque achei que ninguém ia notar. Errei de novo. O que sobrou da última vez? Ficou na geladeira por três dias. Na quarta, eu só peguei uma colher, esquentei e comi direto da panela. Sem prato. Sem garfo. Daiane me viu e só falou: “você tá comendo o molho?” Eu respondi: “é o que eu mereço.” E ela sorriu.

Se você tentar, não espere perfeição na primeira vez. Espere um pouco de confusão, um pouco de medo, e depois… um cheiro que não sai da casa. Se der certo, me conta. Se der errado, também me conta. A gente se entende. Essa receita não é pra ser perfeita. É pra ser lembrada.

Quanto tempo dura? Dicas de armazenamento

Esse ragú é daqueles que fica ainda melhor no dia seguinte! Na geladeira, dura até 5 dias se guardado em pote hermético. Se quiser congelar (ótima ideia pra ter um coringa no freezer), aguarde esfriar completamente e use potes ou saquinhos próprios - dura até 3 meses. Dica bônus: congele em porções individuais pra facilitar. Quando for esquentar, coloque uma colher de água ou caldo pra não ressecar.

Quanto engorda? (Vamos ser realistas)

Conforme a tabela nutricional completa, uma porção generosa (cerca de 300g) tem aproximadamente 485 calorias. Dá pra reduzir trocando o bacon por pancetta magra ou até cogumelos shitake (que dão um umami incrível), mas sério? As vezes vale a pena o pecado. A Daiane sempre fala que prefere comer menos quantidade, mas do jeito original - e eu acabo concordando!

Trocas inteligentes pra fugir do básico

• Sem vinho tinto? Use 1/2 xícara de suco de uva integral + 1 colher de vinagre balsâmico
• Vegano? Substitua a carne por jaca verde + shitake e use margarina no lugar da manteiga
• Farinha sem glúten: use amido de milho (metade da quantidade)
• Bacon defumado demais? Tente toucinho fresco ou até fatias de linguiça calabresa

3 truques que ninguém conta

1. SELAR CARNE COM PACIÊNCIA: Não encha a panela! Eu já errei isso e virei um molho de carne cozida, não refogada. Coloque poucos pedaços por vez.
2. O SEGREDO DO MOLHO: Quando for coar, não jogue fora os vegetais! Bata no liquidificador com um pouco do molho e volte pra panela - textura incrível.
3. HORA DO DESFIO: Use dois garfos pra desfiar a carne ainda morna. Fica mil vezes mais fácil que tentar com a carne fria.

"Meu ragú ficou aguado!" - Erros clássicos

• SELAGEM RÁPIDA DEMAIS: Carne soltando água? Panela fria ou lotada. Espere esquentar bem e não tenha pressa.
• FARINHA CRUA: Quando fizer a pastinha, mexa até ficar com cheiro de biscoito (cerca de 2 min). Se não, fica gosto de massa.
• COZIMENTO CURTO: 1 hora é o mínimo! Carnes duras precisam desse tempo pra ficarem "desmanchando". Já tentei apressar e... arrependimento.

Com quê servir? Ideias além do óbvio

Claro que fica divino com macarrão, mas bora inovar?
• Polenta cremosa (o contraste é divino)
• Purê de mandioquinha com nóz moscada
• Num pão ciabatta como sanduíche molhado (aviso: bagunça garantida)
• Sobre risoto branco simples - combinação de outro mundo!

Versão "surpresa-me": Ragú de inverno

Adicione no final:
• 1 colher de sopa de mel
• Raspas de laranja
• 1 pitada de canela
Parece estranho? Experimente antes de duvidar! Fica com um sabor incrivelmente profundo, quase como um "ragú à moda da Toscana". A Daiane fez cara feia quando sugeri, mas depois pediu bis.

Elevando o nível com 1 gesto

Antes de servir, finalize com:
• Um fio de azeite trufado
• Queijo pecorino ralado na hora
• Ou (meu preferido) algumas folhas de manjericão fresco esmagadas entre os dedos pra soltar o aroma. Diferença absurda com quase zero trabalho extra!

Modo "conta no vermelho"

• Use carne de segunda mesmo! Acém ou músculo ficam perfeitos depois de horas cozinhando
• Substitua o vinho por 1/2 xícara de café coado forte (sim, funciona!)
• Bacon pode virar toucinho defumado mais barato
• Passata de tomate? Faça em casa assando tomates maduros com alho e sal

SOS: Tudo deu errado!

• MOLHO LÍQUIDO DEMAIS? Deixe ferver sem tampa ou acrescente 1 colher de maisena dissolvida em água fria.
• CARNE DURA? Coloque de volta na panela com um pouco de caldo e cozinhe por mais 30min.
• SALGOU? Adicione 1 batata crua descascada por 10 minutos - ela absorve o excesso. Já salvei um jantar importante assim!

De onde vem esse negócio?

O ragú (sim, com acento!) nasceu na Itália, mas a versão francesa (o "ragout") também tem seus méritos. Curiosidade: originalmente era comida de pobre, com carnes duras cozidas por horas pra ficarem comíveis. Hoje virou prato gourmet - irônico, né? Na Emilia-Romagna, berço do ragú alla bolognese, eles levam até leite na receita!

2 fatos que vão surpreender

1. O VINHO FAZ MESMA DIFERENÇA? Testamos com e sem: com vinho o sabor fica mais complexo, mas se não tiver, dá pra viver. O segredo é compensar com um pouco mais de extrato de tomate.
2. CARNE DESFIADA VS CUBOS: Tradicionalmente é desfiado, mas já fizemos versão com cubos menores - muda totalmente a experiência! Desfiado absorve mais molho, cubos dão mais "mordida". Qual você prefere?

Perguntas que sempre me fazem

Posso fazer sem panela de pressão? Pode! Mas vai levar umas 3 horas em fogo baixíssimo. Vale a pena? Só se tiver tempo de sobra.
Congela bem? Um dos melhores pratos pra congelar! Só tome cuidado pra não deixar o molho muito grosso antes - ele engrossa mais ao esfriar.
Por que coar os vegetais? Tradição! Mas como falei antes, eu prefiro bater parte deles. Textura > autenticidade, né?

Harmonização: o que beber com isso?

• Vinho: Um Chianti clássico ou Malbec argentino
• Cerveja: Stout ou Porter (o amargor contrasta lindo)
• Sem álcool? Suco de uva integral geladinho ou até água com gás e limão pra cortar a gordura

Confissões de quem já errou

Uma vez, na pressa, usei farinha diretamente no molho sem fazer a pastinha... resultado: bolinhas de farinha crua flutuando no ragú. Desastre total! Outra vez a Daiane resolveu "inovar" com pimenta chili e ficou impossível de comer. Moral da história? Primeiro faça a receita original, depois inventa moda. Aprendemos do jeito difícil!

Sabia que...

O tomilho não é só pra aroma? Ele ajuda a digerir carnes gordurosas! E aquela camada de gordura que a gente tira? Na Itália antiga, guardavam pra untar pães ou até passar no couro de sapatos. Nada se perdia! E o segredo do bacon não é só sabor - a gordura ajuda a selar melhor a carne. Ciência gostosa essa, né?

Um jantar de dar água na boca: ragu de carne bovina e companhia

Quem aí também ama aquele jantar caprichado, daqueles que deixam a casa cheirando a comida caseira e todo mundo com água na boca? Aqui em casa, quando o prato principal é um ragu de carne bovina bem feito, já sabemos que a noite vai ser boa. E pra completar, selecionei algumas combinações que vão deixar sua refeição ainda mais especial. Olha só:

Para começar com o pé direito

Nada de entrar de estômago vazio no prato principal, né? Aqui vão algumas ideias pra abrir o apetite:

Pãozinho caseiro quentinho: perfeito pra molhar no molho do ragu antes mesmo do prato principal chegar. A Daiane sempre faz uns pãezinhos de liquidificador que desaparecem em minutos!

Os parceiros perfeitos

Polenta cremosa: essa receita aqui é a combinação clássica que nunca falha. A textura cremosa contrastando com o ragu é pura magia gastronômica.

Arroz branco soltinho: parece básico, mas é aquele curinga que todo mundo ama. Dica: faça com um pouquinho de alho pra dar um toque especial.

Purê de batata baroa: pra quem quer inovar, essa versão com batata baroa fica incrivelmente cremosa e combina demais com carnes.

Para fechar com chave de ouro

Pudim de microondas: simples e rápido, perfeito pra quando a vontade de doce bate mas a preguiça também.

Doce de leite talhado: essa receita aqui é daquelas que lembram infância. Cuidado que é viciante!

Bolo de doce de leite: pra quando quiser impressionar, esse bolo fica lindo e é um sucesso garantido.

Para refrescar

Limonada caseira: essa versão bem geladinha corta perfeitamente a riqueza do ragu.

Água aromatizada com limão e hortelã: nossa opção light favorita, super refrescante e fácil de fazer.

E aí, gostaram das sugestões? Aqui em casa já testamos todas essas combinações e posso garantir: é sucesso na certa! Se vocês fizerem alguma, conta pra gente nos comentários como ficou - e se conseguiram deixar sobrar pra sobremesa, porque aqui é sempre uma luta!

Explore diferentes versões para tornar seu prato ainda mais especial.

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.

2º. De carne moída

Autor: Chef Seleguini

Carne moída no ragu? Eu já achei que era trapaça. Até que um dia, cansado de esperar oito horas, fiz assim, e me arrependi de não ter feito antes. O segredo não é a textura, é a concentração. Quando você moe a carne bem fina e refoga com calma, ela solta um sabor que parece ter sido feito em fogo lento por horas. A dica que ninguém conta? Use um pouco de cebola ralada na hora de refogar. Ela vira quase invisível, mas dá um doce que equilibra o salgado. Fiz pra Daiane numa noite de chuva e ela não falou nada… só limpou o prato com o pão. Isso é elogio, né?

Se você quer um ragu rápido, sem perder alma, essa é a resposta.

3º. Com bacon e cerveja

Autor: RANGO

Essa versão com cerveja preta e bacon… foi a que me fez reconsiderar tudo. Não é só sabor. É profundidade. A cerveja não é para álcool, é para amargor, para dar corpo. E o bacon? Não é só para fritar. É para desmanchar na panela, soltar a gordura que vira o óleo do molho. Já fiz uma vez e esqueci de tampar a panela. Resultado? Um molho tão encorpado que parecia tinta. Fiquei com medo de servir. Mas quando provou… ninguém mais falou de nada. Só comia. Acho que o vinho é bonito, mas a cerveja tem alma.

Se quiser tentar, use uma preta de boa qualidade, aquela que você beberia de qualquer jeito.

4º. De carne

Às vezes, menos é mais. Esse ragu é a prova. Só carne, tomate, alho, um pouco de azeite e tempo. Nada de vinho, nada de farinha. E ainda assim, ele te puxa pra mesa. Fiz uma vez pra um jantar de amigos que diziam que “não gostavam de molho pesado”. Quando acabou, um deles me perguntou: “isso é mesmo só carne e tomate?”. A resposta foi sim. E aí, ele pediu a receita. Não é complicado. É honesto. E às vezes, isso é o que mais falta.

Se você acha que ragu precisa de muita coisa, esse aqui vai te mostrar o contrário.

5º. De porco

Porco no ragu? Parece errado, mas é um dos meus favoritos. A gordura do porco derrete de um jeito que a carne bovina não faz. E o molho? Fica mais cremoso, mais quente, quase como se tivesse manteiga dentro. Já fiz com costela e deixei por 4 horas. A carne saiu da ossada sozinha. Titan ficou encostado na panela como se fosse um guarda. Não é só comida. É ritual. Se você quer um ragu que te envolve, esse é o jeito. E não, não precisa de vinho. O porco já tem o seu próprio charme.

Se quiser, use um pouco de noz-moscada. Só um pouquinho. Faz o molho parecer que tem segredos.

6º. Com macarrão e queijo

Esse aqui não é ragu. É abraço. Macarrão, queijo derretido e aquele molho que você pensou que ia sobrar… e não sobrou. Fiz uma vez numa noite de frio, sem plano, só com o que tinha na geladeira. O queijo? Não era parmesão. Era um tipo de minas que eu comprei no mercado da esquina. Funcionou. O macarrão? Ficou no ponto certo, com aquele molho grudado que só aparece quando você cozinha com carinho. Não é italiano. Não é clássico. É meu. E acho que é o que mais importa.

Se você quer conforto, não quer elegância, essa é a sua receita.

7º. Com polenta cremosa

Polenta e ragu? É como se a cozinha italiana tivesse se abraçado com a brasileira. A polenta não é só acompanhamento. É o que segura o molho. E o contraste? A textura macia da polenta contra o pedaço de carne desmanchando… é quase terapêutico. Já fiz uma vez e esqueci de mexer a polenta por cinco minutos. Resultado? Um fundo queimado. Daiane me olhou e disse: “você tá tentando fazer uma panela de pão de queijo?”. Aprendi na hora: mexa sempre. Devagar. Como se estivesse acariciando. E o ragu? Deve estar quente, mas não fervendo. Se não, a polenta vira farinha.

Se você nunca provou assim, não sabe o que perdeu.

8º. Com linguiça

Linguiça no ragu é o tipo de ideia que parece exagero… até você provar. O defumado, o sal, a pimenta, tudo isso se mistura com o molho como se tivesse sido feito pra isso. Não precisa de carne bovina. A linguiça já traz tudo. Já fiz com uma daqui de São Paulo, bem picante, e quase chorei de tanto sabor. O segredo? Não cozinhe a linguiça junto do molho desde o início. Passe na frigideira primeiro, só pra soltar o óleo e dar cor. Depois, é só juntar. O resultado? Um ragu que parece ter sido feito por alguém que conhece o sabor da rua.

Se você gosta de comida com personalidade, esse é o caminho.

9º. Italiano

Esse aqui é o que eu chamo de “ragu sem pressa”. Nada de cerveja, nada de linguiça, só tomate, cebola, cenoura, azeitona, um pouco de manjericão e tempo. Muito tempo. Fiz uma vez e deixei na chama mais baixa que eu conseguia por 5 horas. O cheiro entrou nas roupas. Na parede. No Titan. Quando servi, não disse nada. Só coloquei o prato na mesa. E ninguém falou. Só comeu. Depois, um dos convidados me perguntou: “você fez isso hoje?”. Respondi que não. Que tinha sido feito ontem. Ele não acreditou. E eu não corrigi. Porque às vezes, o melhor ragu é o que parece ter sido feito por alguém que já estava aqui antes.

Se você quer sentir o que é autenticidade, esse é o jeito.

10º. De frigideira

Se você já tentou fazer ragu em frigideira e achou que era impossível, eu te entendo. Mas isso aqui é diferente. Não é um molho rápido. É um molho que respeita o tempo, mesmo em pouca quantidade. Use carne moída, um pouco de caldo, e deixe evaporar devagar. O segredo? Não mexa muito. Deixe o molho grudar no fundo. Depois, jogue um pouco de água quente e solte os resíduos. É o que chamam de “fond”, aquilo que os chefs dizem ser o coração do sabor. Fiz pra um jantar só de dois e sobrou só o prato. Ninguém queria lavar. Porque o molho estava no fundo, e ninguém tinha coragem de desperdiçar.

Se você tem pouco tempo, mas não quer abrir mão do sabor, essa é a saída.

11º. Com ossobuco

Ossobuco é o ragu que você faz quando quer dizer algo sem falar. É o prato que você reserva pra quando a vida pesa. A carne desmancha, o osso solta a medula, e o molho fica tão encorpado que parece que o tempo parou. Já fiz uma vez e esqueci que estava lá. Fiquei 3 horas fora. Quando voltei, o cheiro tinha invadido todo o apartamento. Daiane me perguntou: “você tá tentando chamar o vizinho pra jantar?”. Respondi que não. Que só estava esperando o osso falar. Ela riu. Mas no dia seguinte, pediu para fazer de novo. Porque, às vezes, o melhor sabor não é o que a gente quer. É o que a gente precisa.

Se você quer um ragu que não é só comida, esse é ele.

E aí, qual dessas você vai experimentar primeiro? Cada uma tem seu jeito de contar uma história. Se transformar alguma sugestão em prato, me conta aqui nos comentários, eu quero saber como foi. Se deu certo, se deu errado, se você quase comeu tudo antes de fotografar… eu quero ouvir. A cozinha é melhor quando a gente compartilha.

Última modificação em Quinta, 27 Novembro 2025 01:18

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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