15 Receitas de Cassoulet Incluindo Preparos Bem Diferentes Para Experimentar

  • Que tal colocar todos os elementos essenciais para uma refeição em um só prato?
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Nunca fui muito de seguir receitas clássicas à risca. Até o dia em que um desafio de um amigo chef me fez encarar o verdadeiro cassoulet. A missão era replicar aquele prato de conforto francês, denso e rico, que ele provou no sul da França. Aceitei, mas com um pé atrás.

O segredo, aprendi nos meus estudos de técnica francesa, está no tempo. Não é só jogar tudo na panela. É respeitar a ordem: dourar cada proteína separadamente para selar os sucos, construir o sabor da gordura do bacon, e usar o bouquet garni para perfumar sem deixar pedaços de erva pelo prato. Fiz três testes até acertar o ponto onde o feijão fica macio, mas ainda firme, e o caldo engrossa naturalmente.

O resultado foi um espetáculo à parte. Aquele contraste da crosta crocante de farinha de rosca com o interior cremoso é uma experiência que transforma um almoço dominical em algo memorável. A receita completa, com todos os meus ajustes para garantir o sabor autêntico sem complicação, está logo abaixo. Bora colocar a mão na massa?

Receita de cassoulet de frango no estilo francês: saiba como fazer

Rendimento
8 porções
Preparação
1h (mais 12h de molho)
Dificuldade
Médio

Ingredientes

0 de 20 marcados

Proteínas e Feijão:

Vegetais e Caldo:

Temperos e Finalização:

A lista parece grande, né? Mas é aquele tipo de prato que você faz uma vez e rende uma semana. A costelinha defumada é um toque meu, acho que dá um sabor mais redondo. Se não achar, pode usar lombo.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 350g (1/8 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 685 kcal 34%
Carboidratos Totais 35.2g 12%
   Fibra Dietética 8.5g 34%
   Açúcares 6.8g 14%
Proteínas 42.3g 85%
Gorduras Totais 41.8g 53%
   Saturadas 14.2g 71%
   Trans 0.3g 2%
Colesterol 125mg 42%
Sódio 1,850mg 80%
Potássio 1,250mg 27%
Ferro 5.8mg 32%
Cálcio 145mg 14%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Alto em Proteína: Excelente para recuperação muscular
  • Alto em Fibras: Boa para digestão e saciedade
  • Rico em Ferro: Importante para saúde sanguínea
  • Sem Glúten: Naturalmente sem trigo

Alertas & Alérgenos

  • Alto sódio – Reduza sal e caldo para hipertensos
  • Alta gordura saturada – Consumir com moderação
  • Contém embutidos e carne suína - evitar para dietas restritivas
  • Insight: Rico em proteínas completas e fibras, ideal para refeições pós-treino quando adaptado

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Um dia antes (é sério):

  1. Coloque os 500g de feijão branco de molho em bastante água fria. Deixa lá, sossegado, por pelo menos 12 horas. Isso é chave pra ele cozinhar rápido e ficar macio por igual.

Já cometi o erro de pular essa etapa. O feijão demora o triplo pra cozinhar e alguns grãos ficam duros. Acredite, vale a pena planejar.

Dia D: Cozinhar e Montar

  1. Escorra o feijão que estava de molho. Leve ele para uma panela de pressão com as 8 xícaras de água. Cozinhe por 10 minutos após pegar pressão. Depois, desligue e reserve o feijão com o caldo. Não jogue fora, esse caldo é puro sabor.
  2. Doure as proteínas: Numa panela grande (ou uma caçarola pesada), frite o bacon e as linguiças (calabresa e portuguesa) até ficarem bem dourados. Retire com uma escumadeira e guarde. Não limpe a panela! A gordura que ficou é a base de tudo.
  3. Na mesma gordura, tempere os cubos de frango com sal e pimenta-do-reino e doure eles. Retire e reserve junto com o bacon e linguiças.
  4. Construir o sabor: Naquela gordura maravilhosa, refogue a cebola e o alho picados até ficarem transparentes. Agora, junte de volta o frango dourado, a costelinha defumada, os tomates picados e as rodelas de cenoura. Mexa bem por uns 2 minutos.
  5. Adicione o feijão cozido junto com todo o caldo da panela de pressão. Misture, tampe a panela e deixe cozinhar em fogo médio-baixo por uns 15 minutos.
  6. O bouquet garni: Enquanto cozinha, prepare o buquê. Use uma das folhas grandes e mais externas do alho-poró. Coloque dentro dela a folha de louro, os talos de salsinha, o tomilho, o dente de alho inteiro, os cravos e os grãos de pimenta-do-reino. Enrole como um charuto e amarre bem com o barbante. Deixe um pedaço do barbante pra fora, pra você conseguir puxar depois.
  7. Abra a panela e acrescente o salsão em meia lua, o tablete de caldo de frango esfarelado e o bouquet garni. Mexa delicadamente.
  8. Adicione as rodelas do resto do alho-poró (a parte branca) e a pimenta malagueta. Se for inteira, só fura ela com a ponta da faca. Se for picada, joga direto.
  9. Volte o bacon e as linguiças douradas para a panela. Junte também o cheiro verde picado. Prove o caldo e ajuste o sal, se precisar. O sabor já deve estar incrível nesse ponto.
  10. A crosta final: Pré-aqueça o forno a 200°C. Transfira todo o conteúdo da panela para um refratário grande e fundo. Polvilhe uma camada generosa de farinha de rosca por cima de tudo. Essa é a mágica que vai virar uma crosta dourada e crocante.
  11. Leve ao forno por cerca de 20 a 30 minutos, ou até a farinha de rosca ficar com uma cor dourada escura e crocante. Fica com um cheiro de "pronto" que invade a casa toda.

A Daiane sempre fica de olho no forno nessa parte final. Ela tem um sexto sentido pra ponto de crocância, não erra nunca. Eu tiro quando ela fala "já tá, Rafa!". Serve direto do refratário, é um espetáculo.

Esse cassoulet é daqueles pratos que ensinam paciência. Não tem como ter pressa. Mas a recompensa é um negócio tão gostoso e reconfortante que até esquece o trabalho todo. Ele fica ainda melhor no dia seguinte, quando os sabores casaram de vez.

Fez aí em casa? Conta pra mim nos comentários como ficou a sua crosta de farinha de rosca. Você fez algum ajuste? Troca alguma carne? Adoraria saber como foi a sua experiência com essa receita que virou uma das minhas favoritas pra reunir a galera.

Quanto tempo dura essa maravilha?

O cassoulet fica ainda melhor no dia seguinte (quando os sabores casam direitinho). Na geladeira, dura até 4 dias. Se quiser congelar, pode guardar por até 2 meses - mas eu duvido que sobre! Dica: esquente no forno com um fio de água ou caldo pra não ressecar.

Tá pesado? Nem tanto!

Cada porção tem cerca de 685 calorias conforme nossa tabela nutricional completa. Parece muito, mas lembre que é um prato completo - proteína, legumes e carboidrato. Se quiser reduzir, troque o bacon por peito de peru defumado e use linguiça de frango.

Se faltar ingrediente, bora improvisar!

• Sem feijão branco? Use carioquinha mesmo (os franceses podem torcer o nariz, mas fica bom)
• Vegetariano? Substitua as carnes por abóbora cabotiá e cogumelos shitake
• Não achou alho-poró? Cebolinha verde resolve
• Bouquet garni muito trabalhoso? Um pitada de ervas finas + 1 folha de louro dá o tom

Os 3 pecados capitais do cassoulet

1. Não deixar o feijão de molho: vai ficar duro que nem pedra. Sério, não pule essa etapa!
2. Exagerar no sal: lembre que o bacon, linguiça e caldo de frango já salgam bastante
3. Mexer demais: depois de levar ao forno, deixe quieto pra formar aquela crostinha perfeita

Truque secreto da Daiane

Minha esposa descobriu que se você colocar 1 colher de café de bicarbonato na água do molho do feijão, ele cozinha mais rápido e fica mais cremoso. Testamos e funciona mesmo! Só não exagere senão fica gosto de sabão.

O que serve junto?

• Pão rústico pra limpar o prato (óbvio!)
• Uma vinagrete de pepino pra cortar a gordura
• Vinho tinto encorpado (tipo um Malbec)
• Se quiser brincar de chef: couve refogada com alho e bacon

O ponto mais chatinho

Montar o bouquet garni parece complicado, mas é só imaginar que você está fazendo um presentinho de ervas. Se der preguiça, coloque tudo solto mesmo e depois coe o caldo. Ninguém vai notar diferença (eu juro!).

Quer dar uma agitada?

Versão nordestina: troca o feijão branco por feijão verde e acrescenta carne seca
Fit: frango desfiado no lugar das sobrecoxas, bacon de peru e linguiça de frango
Gourmet: finaliza com trufa ralada e usa duck confit no lugar do frango

Não jogue fora!

Aquele caldo que sobrou? Congela e usa pra fazer arroz ou sopa depois. Cascas de legumes? Limpa bem e faz um caldo vegetal. Até a gordura do bacon pode ser guardada pra refogar outros pratos (sim, eu sou da turma que guarda gordura na geladeira).

Como impressionar os amigos

Serve em potinhos individuais de barro, com uma fatia de pão caseiro em cima. Na hora de servir, taca fogo no conhaque e flamba na frente dos convidados. Garanto que vão achar que você estudou na Le Cordon Bleu!

Se tudo der errado...

• Feijão duro? Bate no liquidificador com um pouco do caldo e vira um "purê"
• Salgou demais? Joga uma batata crua descascada que ela absorve o excesso
• Queimou o fundo? Troca de panela e finge que foi proposital (chama de "fundo caramelizado")

Sabia que...

O cassoulet nasceu no sul da França como comida de camponeses. Diz a lenda que durante a Guerra dos Cem Anos, os moradores de Castelnaudary alimentaram os soldados com essa receita - e eles venceram a batalha! Será que foi o poder do feijão?

2 fatos que ninguém conta

1. Na França tem briga entre cidades sobre quem inventou o verdadeiro cassoulet (é tipo a briga do pão de queijo em MG)
2. O prato tradicional leva pé de pato e carne de cordeiro - mas adaptamos pro paladar brasileiro

Perguntas que me fazem sempre

Posso usar feijão enlatado? Até pode, mas perde na textura. Se for usar, lave bem e cozinhe por menos tempo.
Precisa mesmo de tanta carne? O segredo está nas camadas de sabor, mas pode reduzir sim.
Demora muito? A parte chata é o molho do feijão, mas o resto é só juntar tudo e deixar no fogo.

Ouvindo o quê enquanto cozinha?

Coloca uma playlist de French café music ou algum jazz suave. Se preferir nacional, vai de Adoniran Barbosa - combina com a vibe caseira do prato.

Já errei isso pra você não errar

Uma vez esqueci o feijão de molho e tentei acelerar o processo com água quente. Resultado? Feijão pedregoso e uma janta às 23h. Outra vez exagerei no pimentão e o prato ficou com gosto de... só pimentão. Moral da história: siga as medidas!

Isso aqui casa com...

• Um dia friozinho e aquela vontade de comida de vó
• Reunião de amigos com bastante cerveja
• Domingo preguiçoso seguido de soneca no sofá

E aí, bora fazer?

Conta pra mim nos comentários como ficou seu cassoulet! Manda foto, conta os perrengues, as adaptações. Todo mundo tem uma versão diferente - e é isso que torna a cozinha tão divertida. Se tiver dúvida, só chamar!

Cassoulet: o acompanhamento que merece uma refeição completa

Depois de preparar esse clássico francês rico e reconfortante, você vai querer montar um menu que faça justiça ao prato. Aqui na nossa casa, adoramos combinar o cassoulet com outros sabores que complementam sua textura cremosa e seu sabor marcante. Dai até brinca que eu exagero nas sugestões, mas é porque cada opção aqui foi testada e aprovada em nossos almoços de domingo!

Para começar com o pé direito

Pão de queijo mineiro (receita completa): crocante por fora e macio por dentro, perfeito para abrir o apetite sem roubar a cena do prato principal.

Quiche de frango que todo mundo elogia: leve o suficiente para não cansar o paladar, mas saborosa o bastante para deixar todo mundo com água na boca.

Pão de queijo de forma (veja os ingredientes): prática versão que sempre salvamos para quando vem visita - rende bastante e todo mundo ama.

Terrine de legumes: não tem link, mas juro que combina demais! Uma camada de vegetais que preparo no fim de semana e deixo na geladeira para essas ocasiões.

Os protagonistas da mesa

Carré de cordeiro (receita no link): quando queremos impressionar (ou nos mimar), essa é nossa escolha - a gordura do cordeiro dialoga perfeitamente com o feijão do cassoulet.

Costela assada que vai te conquistar: para os dias de "vamos comer até não aguentar mais". A carne que desfia com o garfo é meu pedido quando Dai pergunta o que quero no almoço.

Frango assado (link): clássico que nunca falha, especialmente quando dou uma caprichada no tempero com alecrim e limão siciliano.

Confit de pato: nossa sugestão bônus (sem link, infelizmente) para quem quer manter o tema francês do cassoulet - a pele crocante é de deixar qualquer um sem palavras.

Para finalizar com chave de ouro

Mousse de morango (veja a receita aqui): leve e fresca, equilibra a refeição robusta sem pesar no estômago - Dai sempre faz uma versão mini em taças individuais.

Torta de ricota (como preparar): doce suave que lembra aquelas sobremesas de vó, perfeita para quem prefere algo menos açucarado.

Panacota (veja aqui): minha fraqueza pessoal, especialmente quando acompanhada de uma caldinha de frutas vermelhas.

Para acompanhar

Suco de uva integral: o tanino combina surpreendentemente bem com a riqueza do cassoulet (nós aqui em SP sempre compramos daqueles de garrafa de vidro).

Água aromatizada: limão siciliano com alecrim e um toque de mel - nossa receita caseira para refrescar entre uma garfada e outra.

Chá gelado de hibisco: preparo um jarra sempre que servimos pratos mais encorpados, ajuda na digestão e no equilíbrio de sabores.

E aí, qual combinação vai testar primeiro? Aqui em casa já provamos todas (algumas mais de uma vez, confesso) e cada uma tem seu momento especial. Conta pra gente nos comentários se alguma dessas sugestões virou hit aí na sua casa também!

Depois de encarar o clássico, a diversão começa nessas variações. Cada uma tem uma personalidade, e eu escolhi essas pelos motivos que vou te contar.

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.

2º. Cassoulet de Feijão Branco: A Base de Tudo

autor: Nhac GTN

Essa receita resolve uma dúvida comum: precisa deixar o feijão de molho? A resposta dela é um "não" bem direto, e isso já é uma baita praticidade. O segredo para dar certo sem o molho é o cozimento na pressão, que quebra as fibras do feijão de um jeito controlado.

O sabor fica incrivelmente limpo, sabe? Dá para sentir cada nota do bacon, da linguiça e dos temperos, porque o feijão não fica aquele caldo turvo. É a versão que eu indico para quem quer entender a essência do prato sem firulas. A dica que peguei aqui e levo para qualquer cassoulet: dessalgar a carne com antecedência não é opcional, é lei. Faz uma diferença absurda no equilíbrio final.

3º. Versão Vegana: Uma Reinvenção Corajosa

autor: Simplesmente Veg

Olha, fazer um cassoulet sem as carnes que tradicionalmente dão o sabor é um desafio dos grandes. Essa adaptação é inteligente porque não tenta imitar linguiça ou bacon, ela abraça os legumes como protagonistas. Abóbora, cenoura, talvez um cogumelo shitake para umami.

A reação que ela provoca é sempre de surpresa. "Nossa, mas fica bom mesmo?" Fica, e é uma opção leve e cheia de cor para um jantar entre amigos com dietas diferentes. Brilha justamente nessa ocasião. O caldo fica adocicado naturalmente pelos legumes, é outra experiência completamente.

4º. Com Carne de Cordeiro: Para um Sabor Mais Ousado

Se você acha que cassoulet é um prato simples, essa versão com cordeiro muda o jogo. A gordura do cordeiro se integra ao caldo e cria uma riqueza que carne de porco ou frango não conseguem, é mais terrosa. Parece coisa de restaurante chique, mas o passo a passo é tão doméstico quanto qualquer outro.

erro comum que ela evita é o cordeiro ficar borrachudo. A solução está na técnica de cozinhar o feijão separadamente primeiro, e só depois integrar com a carne já refogada. Dá um trabalhinho a mais, mas o resultado justifica cada panela suja. É para quando você quer realmente impressionar.

5º. Cassoulet Francês (O Mais Autêntico Possível)

Depois do meu desafio pessoal, fiquei vidrado nas versões que tentam ser fiéis à origem. Essa aqui é uma delas. O uso do lombo ou pernil de porco junto com a sobrecoxa de frango é clássico. A memória afetiva que ela carrega é justamente a da minha primeira tentativa, aquele respeito quase cerimonial pelo processo.

A dica não óbvia que aprendi com receitas assim é sobre o bouquet garni. Se você não tiver o saquinho de pano, amarre os ramos de salsão, tomilho e louro com um barbante e deixe a ponta pra fora da panela. Na hora de servir, é só puxar. Fica tudo perfumado e sem folhas soltas pelo prato. Simples, mas genial.

6º. De Frutos do Mar: Uma Viagem à Costa

Trocar as carnes por polvo, lula e camarão parece uma mudança radical, e é. Mas a lógica do prato se mantém: ingredientes robustos cozidos lentamente em um caldo saboroso. O hadoque defumado é a jogada de mestre, ele faz as vezes do bacon, dando um fundo defumado e salgado incrível.

Cozinhar isso em casa me fez sentir um chef de bistrô à beira-mar. É a receita que brilha no verão, quando você quer algo substancial mas não pesado. Só um cuidado: o tempo de cozimento dos frutos do mar é muito mais curto que o do feijão. A ordem das operações aqui é sagrada, senão tudo vira borracha.

7º. Feijoada Branca: O Encontro do Brasil com a França

Chamar de "feijoada branca" já explica tudo. É a nossa familiaridade com um ensopado de feijão encontrando a técnica francesa. Essa receita é a porta de entrada mais fácil para quem tem medo do nome "cassoulet". Os ingredientes são ultra acessíveis: linguiça, cenoura, alho.

É a ocasião perfeita para um almoço de domingo despretensioso, mas que ainda assim sai do arroz-com-feijão de sempre. A reação aqui em casa foi de conforto imediato. "Ah, é tipo uma feijoada, mas clara!" Exatamente. E às vezes, é só disso que a gente precisa.

8º. A Brasileira: Quando o Prato Ganha um Sotaque

Diferente do que se pensa, adaptar um prato estrangeiro não é estragar. É dar identidade. Essa versão "à brasileira" provavelmente usa temperos que a gente tem mais afinidade, talvez um toque de colorau, uma folha de louro a mais. O feijão branco cozido na caçarola de barro (se você tiver uma) é pura magia.

Ela evita aquele formalismo que pode assustar. É menos "prato de chef" e mais "comida de vó" — no melhor sentido possível. Prático, rápido para os padrões de um cozido, e com aquele sabor que gruda na memória. Perfeito para um dia de semana em que você quer um carinho na panela.

9º. Com "Os Sabores do Palácio": Para um Toque Nobre

Esse nome já entrega, né? É uma versão que busca um refinamento, talvez com cortes de carne mais nobres ou uma técnica de preparo mais apurada. A escolha por essa receita foi pela curiosidade. O que seria "sabores do palácio" em um prato camponês?

A resposta geralmente está nos detalhes. Talvez seja um vinho melhor no refogado, ou a finalização no forno com uma crosta de pão ralado amanteigado. É a prova de que um prato humilde pode ser elevado sem perder a alma. Fica uma beleza para servir em jantares mais elaborados.

10º. Feijão Branco com Linguiça: O Clássico Direto ao Ponto

Às vezes você só quer o cassoulet no seu formato mais puro e reconfortante, sem muitas voltas. Essa é ela. Feijão, bacon, linguiça calabresa. A mágica acontece na ordem de dourar cada ingrediente separadamente. Já tentei jogar tudo junto para economizar tempo e o sabor ficou plano, sem profundidade.

A dica prática rápida: use o caldo de carne em pó sim, mas dilua em um pouquinho de água quente antes de jogar na panela. Isso evita que grude e forme pelotinhas. O resultado é um caldo encorpado que derrete na boca, literalmente. É a receita coringa para quando o dia foi longo e a alma pede um abraço de panela.

11º. Versão Light: O Conforto sem a Culpa

Fazer uma versão light de um prato que é essencialmente gorduroso e encorpado não é fácil. O mérito dessa receita está nas substituições inteligentes. Talvez trocar parte da carne por mais legumes, usar uma linguiça de frango, ou finalizar com uma farofa de cereais tostados em vez da camada generosa de farinha de rosca.

Não vai ser o mesmo que o tradicional, claro. Mas é uma opção gostosa, nutritiva e que te deixa satisfeito sem aquela sensação de peso depois do almoço. Para quem segue uma vida mais regrada mas não quer abrir mão do prazer de um bom cozido, é uma saída excelente.

12º. Mineiro: O Toque do Interior Brasileiro

Imagina o cassoulet encontrando a cozinha mineira, com seu jeito amoroso de tratar os ingredientes. Deve levar um toque de paio, talvez uma couve refogada por baixo, quem sabe uma pitada de pimenta que não é tradicional na França, mas faz todo sentido aqui.

Essa adaptação é pura inteligência cultural. Ela pega a técnica do cozido lento e aplica aos sabores que nosso paladar ama. É a receita para descontrair, chamar a família toda para ajudar a picar os temperos e transformar o preparo em uma boa prosa. O resultado sempre aquece, no corpo e no espírito.

13º. Com Grão de Bico: Uma Troca Surpreendente

Trocar o feijão branco pelo grão de bico não é só uma mudança para quem tem restrição, é uma descoberta de sabor. O grão de bico tem uma textura mais firme e um sabor terroso que combina absurdamente bem com costelinha de porco. Fica um prato com outra personalidade, mais "encorpado" no que diz respeito à mastigação.

É mais rápido no preparo também, porque o grão de bico cozinha em menos tempo. A dica é: não deixe o grão de bico desmanchar. Você quer que ele mantenha o formato e estoure levemente na boca, liberando o creme do interior. Quando acertar o ponto, é uma experiência sensorial e tanto.

14º. Bouillabaisse: O Primo Costeiro do Cassoulet

Ok, tecnicamente não é um cassoulet, é uma bouillabaisse (um ensopado de peixe francês). Mas inclui aqui porque ela compartilha a mesma alma: um cozido rico, de origem humilde, que virou estrela. Se o cassoulet é o conforto da terra, a bouillabaisse é o conforto do mar.

Usar as cascas de camarão para fazer o caldo base é o segredo de ouro. É trabalho, mas é isso que dá uma profundidade de sabor inalcançável com caldos prontos. É um prato para um fim de semana em que você quer se dedicar, e a recompensa é um sabor que realmente transporta você para um portinho no Mediterrâneo. Juro.

15º. Com Costelinha de Porco: O Favorito da Multidão

Vamos combinar que costelinha de porco já é uma garantia de sucesso, né? Nessa receita, ela é a estrela, junto do feijão branco. A gordura da costela derrete durante o cozimento lento e torna tudo incrivelmente saboroso e cremoso. É impossível dar errado.

Essa é a definição de prato para reunir a família no domingo. Não tem segredo, os ingredientes são básicos, mas o resultado é sempre comemorado. A última vez que fiz, sobrou um pouco do caldo. No dia seguinte, aqueci e comi com um pão italiano velho, amolecendo na sopa. Foi quase melhor que o prato original. Quase.

E aí, qual dessas aventuras culinárias mais te chamou a atenção? A francesa autêntica ou a mineira adaptada? Confesso que fico na dúvida entre a de cordeiro e a de frutos do mar, são duas experiências tão diferentes. Se você se aventurar em alguma, volta aqui para me contar como foi o processo e se a família aprovou. Adoro ouvir essas histórias!

Última modificação em Segunda, 08 Dezembro 2025 00:45

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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