Já tive aqueles dias que a fome bateu forte e a preguiça de fazer algo complicado era maior ainda. Foi numa dessas que redescobri o mingau de cremogema, uma solução que salva qualquer crise de larica em apenas 5 minutos.
Confesso que minha primeira tentativa foi um desastre, o mingau virou uma cola que grudou na panela inteira. Depois de algumas experiências (e panelas queimadas), aprendi que o segredo tá em dissolver bem a cremogema no leite frio antes de levar ao fogo, e não parar de mexer nem por um segundo.
Hoje é meu coringa para lanches rápidos, e até a Daiane, que normalmente prefere coisas mais elaboradas, já pediu a receita. Quer aprender a fazer essa maravilha cremosa? O passo a passo tá logo abaixo, é mais fácil do que parece!
Receita de Mingau de Cremogema Tradicional Papa: Saiba Como Fazer
Rendimento
2 porções
Preparo
5 min
Dificuldade
Fácil
Ingredientes
0 de 3 marcados
Ingredientes básicos que você provavelmente já tem na despensa. Só um detalhe: use leite mesmo, aqueles substitutos vegetais não dão a mesma cremosidade, testei e não curti muito.
Progresso salvo automaticamente
Modo de preparo
Preparando o mingau:
Pega uma panela pequena, não adianta querer usar uma grande que depois fica difícil de mexer. Coloca a cremogema e o açúcar, mais uns 100ml do leite. Mistura tudinho até dissolver bem. Essa parte é crucial, sério. A primeira vez que fiz joguei tudo de uma vez e deu ruim, virou umas pelotinhas esquisitas.
Agora acrescenta o resto do leite e leva pro fogo médio. Aqui vem o segredo: não para de mexer nem por um segundo. Tipo, zero segundos. Pode botar uma música, eu sempre coloco um samba pra animar, mas a colher não para.
Quando o mingau começar a engrossar, você vai perceber porque fica mais pesado pra mexer, baixa o fogo e continua mexendo por mais 1 minuto só. Cuidado pra não cozinhar demais senão vira cola de madeira, já aconteceu aqui.
Desliga e já pode servir. Eu gosto quentinho numa caneca grande, mas a Daiane prefere na tigela. Fica tão cremoso que é um espetáculo.
Esse mingau salvou tantos lanches da tarde aqui em casa que perdi as contas. É aquele comfort food que resolve quando bate aquela fome específica de coisa doce e cremosa. Já tentou fazer com cremogema? Se fizer, me conta nos comentários como ficou o seu, ou se inventou alguma variação diferente, adoro testar novas ideias!
Se você curte mingau, dá uma olhada na nossa lista de mingau simples com vários sabores. Tem também o mingau de maizena pra quando quiser algo mais leve, e o mingau de aveia que é outra opção mara. Bora cozinhar!
Dicas que transformam esse mingau simples numa experiência incrível
Quanto tempo dura e como guardar
Esse mingau é daqueles que quanto mais fresquinho, melhor. Mas se sobrar (o que raramente acontece aqui), dá pra guardar na geladeira por até 2 dias.
Só aviso: ele fica com textura de pudim quando esfria. A Daiane até gosta assim, mas eu prefiro quentinho. Se for requentar, coloca um pouquinho de leite e mexe bem no fogo baixo, volta quase ao ponto original.
E importante: não congela. Já tentei e virou uma coisa esquisita, cheia de pedacinhos. O amido não gosta do freezer, sério.
Os 3 pecados capitais do mingau (que já cometi todos)
Primeiro: não dissolver a cremogema no leite frio. Isso é receita certa para pelotinhas. Já joguei fora uma panela inteira por causa disso.
Segundo: parar de mexer. Nem que seja para atender o celular, não para! Uma vez a Daiane me chamou para ver algo na TV e quando voltei, tinha virado cimento. Ela riu tanto que quase caiu no chão.
Terceiro: fogo alto. Parece que vai cozinhar mais rápido, mas só queima no fundo e fica com gosto de queimado. Fogo médio é seu amigo, confia.
E se faltar algo? Trocas inteligentes
Sem cremogema? Dá pra usar amido de milho comum, mas o sabor fica diferente, menos característico. A textura é bem parecida, mas confesso que prefiro a original.
Leite em pó funciona perfeitamente. É só dissolver 4 colheres em 400ml de água e seguir a receita normal. Já fiz assim quando acabou o leite fresco e deu certo.
Quer menos doce? Reduz o açúcar pela metade ou usa adoçante na hora de servir. A Daiane às vezes coloca só uma colher e fica ótimo.
Não é só mingau! Transforme em outras delícias
Já experimentei fazer versão salgada para molho branco. É só trocar o açúcar por sal e adicionar noz-moscada. Fica incrível em lasanha ou sobre legumes.
Para um lanche diferente: adiciona duas paçocas esfareladas no final. Vira uma papa de paçoquinha que é de lamber os dedos.
Gosta de chocolate? Coloca duas colheres de achocolatado junto com a cremogema. Mas cuidado com o açúcar, o chocolate já é doce.
Para diferentes necessidades
Sem glúten? A cremogema naturalmente não tem, então tá safe. Só verifica os outros ingredientes se for adicionar algo.
Para bebês (a partir de 6 meses): não coloca açúcar. A cremogema em si já tem um sabor levemente adocicado que as crianças costumam gostar.
Low carb? Essa não é a melhor opção, mas se quiser tentar, reduz pela metade a cremogema e usa adoçante próprio para cozimento.
A hora da verdade: não parar de mexer
Esse é o passo que mais dá medo, né? Mas tem um truque: usa um fouet (aquele batedor de arame) em vez de colher. Ele incorpora melhor e evita pelotinhas.
Outra dica: se possível, usa uma panela de fundo pesado. Distribui melhor o calor e diminui o risco de queimar.
E se formar aqueles gruminhos mesmo assim? Não entra em pânico. Tira do fogo e bate com o fouet com mais energia, às vezes salva.
O que combina com esse mingau?
Frutas são sempre uma boa pedida. Banana em rodelas por cima fica divino. Morangos picados também.
Canela em pó polvilhada na hora de servir dá um charme e um sabor especial. Noz-moscada ralada na hora também é incrível.
Para os mais ousados: um fio de leite condensado por cima. A Daiane adora assim, mas é pra ocasiões especiais só.
Modo economia: faça render mais
Compre cremogema em pacotes maiores, sempre sai mais barato que aqueles sachês individuais.
Se sobrar mingau, não jogue fora! No dia seguinte vira uma espécie de pudim. É só comer gelado com frutas.
Usa leite em pó quando estiver mais apertado, o sabor é bem parecido e o custo menor.
Como deixar chique com um detalhe extra
Sirva em xícaras de café expresso como se fosse uma sobremesa de restaurante. Polvilhe canela e raspas de chocolate meio amargo.
Faça um caramelo rápido (açúcar derretido) e coloque no fundo da xícara antes de por o mingau. Na hora de comer, vira um pudim de caramelo.
Para visitas, decore com frutas vermelhas frescas e hortelã. Parece coisa de chef, mas é super simples.
Dois usos que você nunca imaginou
Já pensou em usar como base para sorvete caseiro? É só congelar a versão mais consistente e bater no liquidificador. Fica um sorvete cremoso incrível.
E que tal recheio para bolo? Esfria completamente e usa para rechear bolo simples. Molha o bolo com um pouco de leite e fica divino.
Perguntas que sempre me fazem
Por que empelota? Geralmente é por não dissolver bem no frio ou parar de mexer. Siga a receita direitinho que não acontece.
Dá para fazer com leite vegetal? Até dá, mas a textura fica diferente. O de amêndoas funciona melhor, mas não fica tão cremoso.
Posso adoçar com mel? Pode, mas só depois de pronto. O mel perde as propriedades quando esquenta muito.
De onde vem essa receita?
A cremogema foi criada pela Nestlé nos anos 1960 como um alimento nutritivo para crianças. A receita do mingau acabou virando tradição em muitas famílias brasileiras.
Lembro que minha avó fazia para mim quando era criança, ela sempre dizia que "faz bem para os ossos". Hoje entendo que é por causa do cálcio do leite e dos nutrientes adicionados.
É uma daquelas receitas que atravessam gerações, né? Simples, mas cheia de memórias afetivas.
E aí, já fez seu mingau? Me conta nos comentários como ficou, se descobriu alguma variação diferente ou se teve alguma dificuldade. Também quero saber qual sua combinação favorita, aqui em casa cada um tem a sua, e adoro testar novas ideias! Se tiver alguma dica que eu não mencionei, compartilha aí que a gente aprende junto.
Última modificação em Terça, 11 Novembro 2025 21:13
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
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