Ative o fermento:
- Num recipiente, coloque a água gelada e o tablete de fermento. Misture com uma colher até ele desmanchar completamente. Não precisa de pressa. Deixe por 5 minutos, se não espumar, joga fora e começa de novo.
Farinha, água, sal e fermento. Só isso separa você de nunca mais comprar uma baguete meia-boca.
Já tentei de tudo: bater, sovar, esperar. E só entendi o segredo quando parei de achar que pão bom era milagre de padaria. É técnica. É tempo. É respeitar a massa, que, aliás, adora um cochilo na geladeira. Uma das poucas coisas na vida que melhora quando você para de forçar.
Aprendi com um curso de panificação que a crosta perfeita vem do vapor certo no forno. Fiz errado umas três vezes, a primeira saiu mais mole que promessa de ano novo. Mas a quarta? Um espetáculo. A esposa, que normalmente só aparece na cozinha pra provar, ficou na porta de braço cruzado, só balançando a cabeça.
Se você quer um pão com casca que estala e miolo macio, bora lá. A receita tá logo abaixo, e não precisa de mistério, só um pouco de paciência e vontade de comer quentinho.
Tudo isso custou menos de R$10 no mercado. E o resultado? Um pão que você não vai querer trocar por nenhum comprado. Já tentei comprar na padaria da esquina. Não vale.
Porção: 100g (aproximadamente 1/3 de uma baguete)
| Nutriente | Por Porção | % VD* |
|---|---|---|
| Calorias | 265 kcal | 13% |
| Carboidratos Totais | 55.2g | 18% |
| Fibra Dietética | 2.3g | 9% |
| Açúcares | 0.3g | 0% |
| Proteínas | 8.4g | 17% |
| Gorduras Totais | 1.2g | 2% |
| Saturadas | 0.3g | 2% |
| Trans | 0g | 0% |
| Colesterol | 0mg | 0% |
| Sódio | 390mg | 17% |
| Potássio | 105mg | 2% |
| Cálcio | 16mg | 2% |
| Ferro | 3.6mg | 20% |
*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)
Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.
Eu fiz essa baguete uma vez às 22h, depois de um dia inteiro de trabalho. Não tinha planos. Só queria sentir o cheiro de pão quente. Quando tirei do forno, a casa inteira cheirou como se tivesse entrado numa padaria em Paris. Daiane apareceu na porta, sem dizer nada. Só pegou um pedaço, mordeu, e balançou a cabeça. Foi o suficiente.
Se você tentou e achou que era só misturar e assar, talvez só não tenha dado tempo. A massa não quer pressa. Ela quer espaço. E se você acha que o vapor é só um detalhe… eu também achei. Até que uma vez, sem ele, a baguete virou pão de forma. Não foi bonito. Tente de novo. E me conta: você fez com o quê? Manteiga? Queijo? Ou só com sal e o cheiro do próprio pão? Me conta nos comentários.
Pão fresquinho é outra coisa, né? Essa baguete fica perfeita nas primeiras 8 horas. Depois disso, ainda dá pra aproveitar por até 2 dias se guardar em saco de pão ou enrolada num pano levemente úmido (só um pouquinho!). Se quiser reviver o crocante, joga 10 segundos no forno quente antes de comer. Já congelar? Pode! Depois de assada, dura até 1 mês no freezer - só descongelar e dar aquela esquentada básica.
Cada baguete inteira tem aproximadamente 265 calorias (conforme tabela nutricional completa abaixo dos ingredientes). Se cortar em fatias finas, cada uma fica com uns 50 calorias. Não é pouco, mas também não é um pecado capital - ainda mais se comparar com aqueles pães de forma cheios de conservantes. E olha, com um fio de azeite e alho esfregado por cima? Vale cada caloria.
1. Fermentação apressada: essa massa precisa de paciência. Se pular os tempos de descanso, o pão fica denso igual tijolo. Já errei isso e minha baguete saiu parecendo um cassetete - a Daiane até riu quando tentei cortar.
2. Farinha demais na bancada: na hora de modelar, exagerar na farinha seca a massa. Use o mínimo possível, só pra não grudar.
3. Forno frio: tem que estar bem quente (250°C) pra formar aquela casca crocante. Se botar antes, o pão vai secar em vez de dourar.
Quer aquela casca dourada e estaladiça que faz barulho quando aperta? Dois macetes: 1) Coloque uma assadeira com água fervente no fundo do forno enquanto assa - o vapor faz milagres. 2) Passe um pincel com água gelada nos pães antes de levar ao forno. Parece maluquice, mas funciona que é uma beleza.
• Sem glúten: troque por farinha de arroz + 1 colher de goma xantana (fica diferente, mas ainda boa)
• Low carb: misture farinha de amêndoas e psyllium (aviso: textura muda bastante)
• Fermento seco: use 1/3 do tablete fresco (cerca de 7g) se não achar o fresco
• Mais sabor: adicione 1 colher de sopa de azeite na massa e ervas secas
Aqui é onde muita gente (inclusive eu nas primeiras vezes) erra feio. O segredo? Não amassar demais! Depois da segunda fermentação, você vai dividir a massa em 3 e fazer um movimento de "enrolar" pressionando levemente com as pontas dos dedos, começando do centro pra fora. Se apertar muito, mata o gás e o pão não cresce direito. Imagina que você tá fazendo carinho na massa - sério, faz diferença!
• Clássico francês: manteiga boa salpicada com flor de sal
• Paulistano way: requeijão cremoso e presunto (melhor ainda se der uma gratinada)
• Petisco gourmet: patê de azeitona preta e cream cheese
• Surpreendente: geleia de pimenta com queijo brie
• Bebida parceira: vinho tinto encorpado ou, se for dia de preguiça, um café expresso bem forte
• Integral: substitua 1/3 da farinha por farinha integral
• Alho e ervas
• Recheada: antes de assar, faça um corte e insira fatias de queijo e salame
• Doce: diminua o sal, adicione 1 colher de açúcar e canela - fica ótima com mel
• Pizza-baguete: depois de assada, abra e colque molho de tomate e queijo, leve ao forno de novo
Baguete ontem, delícia hoje: 1) CroutonsPudim de pão: essa é da Daiane, mistura leite condensado, leite e ovos batidos com a baguete picada, leva ao forno em banho-maria. 3) Farofa gourmet: tosta, processa e mistura com manteiga derretida e bacon. 4) Sopa: aquela clássica francesa de cebola fica ainda melhor com a baguete dura.
Quer impressionar? Depois de assar, esfregue a superfície ainda quente com um dente de alho cru (a casca sai fácil) e regue com azeite trufado. Parece coisa de restaurante caro, mas é só um truque besta. Outra: polvilhe flocos de sal rosa na hora de servir - além de bonito, dá um crunch especial.
• Massa muito grudenta: unte as mãos com óleo em vez de usar farinha
• Não cresceu: transforme em mini pães ou focaccia - abre numa assadeira, rega com azeite
• Queimou embaixo: rala a parte queimada e vira torrada moída pra usar como farinha de rosca
• Ficou dura: molha levemente e leva ao micro-ondas por 15 segundos (não é ideal, mas salva)
Dizem que os padeiros napoleônicos criaram o formato alongado pra facilitar o transporte pelos soldados (cabia na calça!). Outra teoria é que surgiu nos anos 1920, quando uma lei francesa proibiu padeiros de trabalhar antes das 4h - a baguete, que fermenta rápido, seria a solução. Seja como for, hoje é símbolo da França e rende 10 bilhões de unidades por ano (sim, bilhões!).
1. Teste do som: uma baguete fresca deve fazer "croc" audível quando apertada. Se não estalar, não está no ponto.
2. Geometria sagrada: o comprimento ideal é 55-65cm e deve ter 5-6cm de diâmetro - medidas regulamentadas por lei na França! Aqui a gente pode quebrar as regras, claro.
Posso usar fermento biológico seco? Pode, mas use só 1/3 da quantidade (cerca de 7g).
Por que levar à geladeira? A fermentação lenta a frio desenvolve mais sabor.
Preciso de batedeira? Nem um pouco - na verdade, fazer na mão dá mais controle.
Como saber se assou o suficiente? Bate com os nós dos dedos - deve soar oco.
Posso congelar a massa crua? Melhor não, perde a força. Congele depois de assada.
• Texturas: crocante da casca pede algo cremoso (como patês ou queijos derretidos)
• Sabores
• Aromas: ervas frescas (manjericão, alecrim) cortam a neutralidade do trigo
• Temperatura: quentinha combina com frio (como salame ou queijos curados)
Enquanto espera as fermentações, que tal uma playlist temática? Sugiro: 1) "La Vie En Rose" (Edith Piaf, óbvio), 2) "Je t'aime... moi non plus" (Serge Gainsbourg), 3) "Sous le ciel de Paris" (Yves Montand). Se preferir algo nacional, "Cítrico" (Luiz Melodia) ou "Paris 6" (Tulipa Ruiz) combinam com o clima. E quando for assar, coloque "Burning Love" do Elvis - piada infame, eu sei.
Na primeira vez, esqueci o sal. Resultado? Um pão tão sem graça que até o cachorro do vizinho recusou. Outra vez, exagerei na farinha e a baguete saiu tão dura que usei como régua (brincadeira... ou não). E tem aquela vez que confundi açúcar com sal - virou uma baguete doce bizarra que a Daiane apelidou de "francês enrolado". Moral da história: errar faz parte, o importante é rir e tentar de novo.
• Preparar os acompanhamentos (corta queijos, faz um patê simples)
• Limpar a bagunça que já fez (melhor que acumular tudo pro final)
• Tirar aquela foto pro Instagram @sabornamesaoficial (vale até foto da massa crescendo)
• Praticar os cortes com uma faca sem serrar (os famosos "grignes" da baguete)
• Descansar também - fazer pão é terapia, aproveita!
• Em 1993, um decreto francês ("Le Décret Pain") definiu exatamente o que pode ser chamado de baguete tradicional
• O recorde mundial é uma baguete de 122m de comprimento, feita na Feira Mundial de 2015 em Milão
• Em média, um francês come meia baguete POR DIA (e não é mito - já morei lá e confirmo)
• A casca crocante se forma graças à reação de Maillard (a mesma que dora carnes)
• Nas padarias francesas, a baguete mais comum se chama "tradition" e é feita só com 4 ingredientes - igual nossa receita!
Depois de preparar aquela baguete fresquinha, crocante por fora e macia por dentro, que tal montar uma refeição completa em volta dela? Aqui em casa adoramos essas combinações, especialmente quando recebemos amigos ou em um jantar mais descontraído. Dai sempre diz que é o tipo de comida que acaba rápido, então faça em dobro!
Filé de pescada: leve e saboroso, combina perfeitamente com a baguete para quem quer uma refeição mais equilibrada.
Torta de salsicha (aprenda aqui): clássico que nunca falha, especialmente nos dias mais corridos. A baguete ajuda a limpar o prato, pode acreditar!
Salsicha vegana (receita no link): para quem prefere uma opção vegetariana, fica incrível com a baguete torradinha.
Ratatouille: Dai adora fazer essa receita francesa quando quer impressionar. Os vegetais ficam perfeitos com a baguete para mergulhar no molho.
Sopa de grão-de-bico (receita completa): cremosa e reconfortante, ideal para dias mais frios. A baguete torrada fica ótima para acompanhar.
Macarrão com molho de tomate: simples, mas sempre eficaz. Aqui em casa gostamos de adicionar manjericão fresco e servir com a baguete para absorver o molho.
Salada caprese: fresca e leve, o contraste com a baguete crocante é simplesmente perfeito.
Doce de leite ninho (veja a receita): cremoso e irresistível, especialmente se sobrar um pedacinho de baguete para passar.
Receita de Bolo pão de mel bem simples: especiarias que lembram a infância. Dai sempre faz no final de semana.
Mousse de chocolate: clássico que nunca sai de moda. Aqui em casa é sempre o mais pedido!
Limonada siciliana: refrescante e levemente adocicada, perfeita para equilibrar os sabores.
Chá gelado de pêssego: aqui em São Paulo faz tanto calor que esta sempre na nossa mesa.
Água aromatizada com hortelã e limão: simples, mas faz toda diferença, especialmente depois de uma refeição mais encorpada.
E aí, qual combinação você vai testar primeiro? Conta pra gente nos comentários se conseguiu resistir a repetir o prato - aqui é sempre um desafio! Se tiver sua própria combinação favorita com baguete, compartilha também que adoramos testar novidades.
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito.
autor: Luísa Tonelli
Essa aqui é a minha escolha pra quando a fome bate e não tem tempo pra nada. A calabresa tem um óleo que a massa absorve de jeito único, não é só sabor, é textura. Acho que muita gente esquece de escorrer bem antes de colocar, e aí o pão fica encharcado. Eu sempre pego uma colher e tiro o excesso. A primeira vez que fiz assim, a Daiane só falou: “Tá diferente.” E depois veio o silêncio. Só deu um segundo suspiro. Acho que foi o maior elogio que já recebi.
Se quiser ir mais fundo, pincele a baguete com um pouquinho de azeite antes de assar. Não é tradicional, mas faz a crosta ficar com aquele brilho que a gente só vê em padarias de verdade. Ainda não consegui replicar o cheiro deles, mas esse truque me deixa mais perto.
autor: Gorduramas
Quem disse que bacon só serve pra comer sozinho? Aqui ele vira o protagonista. O segredo não é o bacon em si, é como ele é tratado. Se você colocar direto no pão, ele vai grudar e queimar. Eu prefiro assar ele separado, bem crocante, e só depois esfarelar por cima. A gordura derretida que sobra? Passe na superfície da baguete antes de levar ao forno. Fica com um aroma que entra pela porta e chama todo mundo da casa. Titan, meu cachorro, chegou a ficar sentado na porta da cozinha por 20 minutos. Nunca vi ele fazer isso.
É um prato que parece simples, mas exige atenção. Se você não cuidar, vira só gordura com pão. Se cuidar? Vira memória.
Essa combinação é quase um clássico brasileiro, mas a maioria das pessoas esquece um detalhe: o catupiry solta água. E quando a baguete fica molhada por dentro, perde tudo. Eu já fiz isso. Ficou tipo pão de queijo que virou sopa. A dica? Misture o frango com o catupiry, mas deixe na geladeira por 30 minutos antes de rechear. Isso dá tempo pra ele firmar. E se tiver um pouquinho de coentro picado, não tem erro. Não é tradicional, mas ajuda a equilibrar a cremosidade. Já tentei sem, e não voltou.
É uma dessas receitas que parece feita pra crianças, mas acaba atraindo todo mundo. Acho que é porque toca uma corda que a gente nem sabia que tinha: o conforto.
Não pensei que ia gostar. Sério. Cabeça de galinha? Mas aí eu vi o vídeo e percebi: isso não é pão, é um ritual de churrasco. O coração é grelhado com o bacon, sim, mas o que me pegou foi o creme de queijo. Não é só recheio, é um molho que segura tudo. Eu fiz uma versão com o que tinha em casa: queijo minas derretido com um fio de azeite. Funcionou. Não foi igual, mas foi bom. Acho que o segredo aqui é o contraste: o coração tem um gosto de terra, e o creme dá o abraço que ele precisa. É uma ideia que parece louca, mas funciona. Se você tem coragem, tente. E me conte.
Com certeza essa é a que eu faço quando não quero pensar. Presunto, queijo, tomate... simples. Mas o que ninguém conta é que o segredo está na hora de fechar. Dobrar as pontas? Sim. Mas tem que ser com cuidado, quase como se estivesse embrulhando um presente. Se apertar demais, a massa não cresce direito. Se soltar, vira um desastre. Eu já tentei as duas formas. A segunda vez, com menos pressa, ficou perfeito. E o orégano? Não é só para enfeitar. É pra dar um cheiro que fica no ar mesmo depois que o pão acabou. Acho que é isso que a gente busca: um cheiro que lembra casa.
Integral não é só saúde. É texture. E aí que muita gente erra: acha que quanto mais integral, melhor. Mas se a massa não tiver um pouco de farinha branca, fica tipo tijolo. Eu testei 100% integral. Ficou com a textura de um tijolo. Aí, fui por tentativa e erro: 70% integral, 30% branca. Aí sim. A massa sobe, a crosta estala, e o sabor tem profundidade. Não é mais leve, mas é mais verdadeiro. Caso queira uma pitada de mel, só um fio, na água morna, ajuda a fermentar melhor. Não é obrigatório, mas faz diferença. Ainda não consegui convencer a Daiane de que é melhor que a branca. Mas ela comeu duas fatias. Isso já é vitória.
Parmesão ralado na superfície? Claro. Mas o que ninguém fala é que ele precisa estar bem seco. Se estiver úmido, vira uma massa grudenta, não um crocante. Eu já fiz isso. Ficou parecendo que eu tinha esquecido o pão no forno. A dica? Rale o queijo bem fino, e espalhe só na última hora, antes de colocar no forno. O calor faz ele derreter e dourar, mas não derreter demais. E se você tiver um pouco de alecrim seco, jogue por cima. Não é tradicional, mas combina com o sal do queijo. Da primeira vez que preparei, o Titan chegou a lamber o piso. Isso é sinal.
Essa é a minha versão de emergência. Visitas? Não tem nada? Pega o atum, o creme de leite, e vai. Mas o segredo? Não use maionese. Ela esconde o sabor do peixe. Eu uso só creme de leite e um pouco de suco de limão. O ácido equilibra. E o gergelim? Não é só decoração. Ele dá um crunch que a gente não espera. Quando fiz pela primeira vez, a Daiane perguntou: “Isso é de restaurante?” Eu respondi: “Não. É de desespero.” Ela riu. E comeu tudo. Às vezes, o melhor prato nasce de um momento que não estava planejado.
Milho com requeijão? Parece um erro. Mas é um acerto. O segredo é o cebolinha. Sem ela, fica só doce. Com ela, fica vivo. Eu já fiz sem. Ficou tipo doce de leite com pão. Aí, na segunda tentativa, coloquei um punhado de cebolinha picada, e tudo mudou. O requeijão não é para derreter. É para dar corpo. E o milho? Não pode ser enlatado. Precisa ser fresco, ou congelado. O enlatado tem um gosto de lata. E isso, não tem como disfarçar. Acho que essa é a receita mais sincera da lista. Não tenta ser sofisticada. Só quer ser boa.
Doce? Sim. Mas não é um pão doce. É um pão que lembra café da manhã na casa da vó. O cacau em pó tem que ser amargo. Se for doce, vira brigadeiro. E as raspas de laranja? Não pode ser só a casca. Tem que ser a parte branca também, o amargo dela equilibra o doce. Eu já usei só a casca. Ficou fraco. A segunda vez, raspei até o branco. Ficou com um perfume que a gente sente antes de abrir o forno. A Daiane disse: “Isso é de outro mundo.” Não sei se é verdade. Mas sei que ela não deixou nem uma migalha.
Carne seca é forte. Muito forte. E se você colocar direto no pão, ela vai dominar tudo. O truque? Deixe ela de molho por 30 minutos, só água, sem sal. Depois, escorra, seque bem e doure em uma frigideira. Só então coloque no pão. Isso tira o excesso de sal e deixa ela macia. E se você quiser um toque de pimenta-do-reino moída na hora? Acho que não tem erro. Na primeira tentativa que fiz, o Titan ficou sentado na porta, com a cabeça virada pra dentro. Ele não faz isso por nada. Acho que ele sentiu que era algo especial.
Essa aqui é a que me fez parar e pensar: será que eu realmente quero viver assim? Fermento natural é um compromisso. Você tem que alimentar ele, cuidar, esperar. Não é só fazer pão. É criar uma relação. Eu tentei. Ficou bom. Mas foi cansativo. A massa demorou 36 horas. E no final, a baguete tinha um sabor que eu não conseguia explicar, era como se tivesse um pouco de terra, um pouco de tempo. A Daiane disse: “É diferente. Mas é bom.” Não é pra todo dia. Mas quando você tem tempo? É uma experiência. E se você quiser tentar, comece devagar. Um dia, um pouco. Não foque em perfeição. Só precisa ter a sua personalidade.
Quando o orçamento aperta, a criatividade aparece. Essa versão é uma dessas. Mas o segredo não é o que tem, é o que não tem. Não use todos os ingredientes de uma vez. Escolha dois. Presunto e queijo. Ou peito de frango e requeijão. O resto é só para dar sabor. Eu já usei tudo. Ficou confuso. Aí, reduzi. Ficou bom. Aí, reduzi mais. Ficou ótimo. Às vezes, menos é mais. E o curry? Não é obrigatório. Mas se você colocar uma pitada, ele dá um fundo que você nem sabe que estava esperando. Acho que é isso que a comida boa faz: ela te lembra que você pode fazer mais com menos.
Low carb não é sinônimo de sem sabor. Mas é sinônimo de paciência. Essa massa é estranha. Ela não se parece com pão. Ela parece um bolo de farinha de amêndoa. E não cresce como o normal. Mas se você deixar descansar os 20 minutos, como o vídeo diz, ela muda. Eu não acreditei. Mas mudei. Ficou com uma textura que lembra pão de centeio. E o vinagre? É pra ativar o fermento. Não é só para dar acidez. Se você pular isso, a massa fica pesada. A primeira vez que fiz, pensei: “Isso é pão?”. A segunda, com mais cuidado, achei que era. E a terceira? Foi a melhor. Ainda não é baguete tradicional. Mas é honesta. E às vezes, isso basta.
Picanha é cara. E se você vai usar ela num pão, tem que ser com respeito. O segredo? Não cozinhe a picanha no pão. Assar ela separado, bem na chapa, com um pouco de sal grosso, e depois fatiar bem fina. O cheddar? Derreta por cima. Mas não deixe ferver. Só aqueça. Se você derreter demais, ele vira óleo. E o bacon? Ele é só para dar um toque. Não pode ser o protagonista. Na primeira vez que preparei, coloquei tudo junto. Ficou pesado. A segunda, com mais controle? Foi a melhor refeição da semana. Não foi um pão. Foi um momento. E se você tiver um pouco de pimenta em flocos por cima? Acho que não tem como errar.
Manteiga de alho é quase um clássico. Mas o que ninguém conta é que o alho tem que ser bem leve. Se você colocar muito, ele queima e fica amargo. Eu já fiz isso. Ficou com gosto de remédio. Aí, aprendi: aqueça a manteiga devagar, com o alho inteiro. Depois, retire os dentes. Só depois, pique a salsa. E espalhe na baguete quente, mas não quente demais. Se estiver muito quente, o alho perde o charme. Na minha estreia na receita, o Titan ficou olhando. A segunda, ele deu um latido. Acho que ele entendeu. Às vezes, o cheiro de uma coisa simples é o que nos faz lembrar que estamos vivos.
Conta pra gente: qual você vai preparar? Ou já fez alguma e descobriu um truque que ninguém contou? Se fizer, volta aqui e me conta, adoro saber o que você fez, o que deu errado, e o que surpreendeu. A cozinha não é só sobre receitas. É sobre histórias. E a sua, pode ser a próxima.
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??
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