Já que descobriu o segredo para tanto sabor, confira as outras versões de preparo.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves).
Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos.
Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito.
Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. De liquidificador
Autor: Magia do Sabor
Se você acha que torta portuguesa precisa de massa feita à mão, tá pensando como eu pensava antes de errar três vezes. O liquidificador não é um atalho, é um truque. Mistura o leite, os ovos, a farinha, o queijo e o presunto tudo junto, e o resultado? Uma textura que parece mousse salgado, mas assa igual. Aí você pergunta: “Mas e a crocância?” Aí é que vem o segredo: espalhe uma camada fina de queijo ralado por cima antes de levar ao forno. Fica dourada, crocante… e ninguém adivinha que foi feito no liquidificador.
Eu usei essa versão numa noite que o Titan derrubou a farinha de trigo no chão. Não tinha mais nada. Só o liquidificador. E aí? Fiz. E sobrou. Foi o dia em que Daiane me perguntou: “Isso é torta ou milagre?”
3º. Cremosa
Autor: Isamara Amâncio
Cremosa não é só macia, é uma experiência sensorial. O segredo aqui não é mais leite, mas creme de leite fresco e um pouco de queijo minas. Mistura tudo bem devagar, e não bate. Se bater, vira um pudim. E o queijo? Não derreta no recheio. Espalhe em camadas. Quando assa, ele forma pequenos “pontos de queijo derretido”, tipo um mapa de tesouro. Na primeira vez que experimentei fazer, pensei que tinha errado. Mas quando cortei… era só isso: um abraço quente.
Se você gosta de pratos que parecem simples mas te fazem parar no meio da mordida… essa é a sua. E se quiser ver como montar sem quebrar a cremosidade, tem um jeito passo a passo no site da Sabor na Mesa, só não é pra quem tem pressa.
Bacalhau na torta? Sim. Mas não como o da ceia de Natal. Aqui, ele é desfiado, bem lavado, e só depois de seco. O truque? Misture com um pouco de azeite e orégano antes de colocar no recheio. Aí, o sal se equilibra. E o queijo? Use o tipo que derrete fácil, não o curado. Se não, você vai ter um pedaço de queijo duro no meio da mordida. Já aconteceu. Foi feio.
Essa versão é pra quando você quer impressionar sem gastar muito. Bacalhau é barato se comprar no ponto certo, e o sabor… é como se o mar tivesse entrado na sua cozinha. Sem exagero.
Presunto é o coringa da cozinha brasileira. Mas atenção: não use o tipo mais salgado. Prefira o de boa qualidade, bem fatiado, e corte em tiras finas, não em cubos. Assim, ele se distribui melhor, e não fica com aquele gosto de “meio presunto, meio lixo”. E se quiser um toque que ninguém espera: ponha uma camada de cebola roxa fina por cima do presunto antes de assar. Fica doce, quase caramelizada. Surpreendente.
Eu sempre digo: se a sua torta tem presunto, ela já tem alma. Só não vale colocar ketchup. Já vi. Foi um erro. Um erro caro.
Requeijão é o ingrediente que ninguém fala, mas todos escondem na geladeira. Aqui, ele não é só recheio, é o que dá corpo. Mas não use o de caixinha. Ele tem um gosto de plástico. Pegue o de pote, o mais fresco que achar. Misture com um pouquinho de queijo parmesão ralado. Aí, ele fica mais encorpado, menos mole. E se você colocar em camadas, com presunto entre elas… fica tipo um bolo salgado. E não é só sabor. É textura. É um abraço.
Uma vez, fiz só com requeijão e ervilha. Sem presunto. Sem queijo. Só isso. E foi o mais pedido. Achei que tinha perdido a cabeça. Mas o requeijão… ele não mente.
Low carb não precisa ser chato. Só precisa de criatividade. Nessa versão, a massa é feita com ovos, queijo parmesão ralado e farinha de amêndoas. Não tem farinha de trigo. Não tem açúcar. Mas tem sabor. E o recheio? Presunto, cebola, ervilhas e um pouco de creme de leite. O segredo? Deixe a massa assar sozinha por 15 minutos antes de colocar o recheio. Assim, ela não fica mole. Já tentei sem esse passo. Virou uma panqueca triste.
Se você está tentando comer melhor sem abrir mão do sabor, essa é a sua porta de entrada. E se quiser ver como substituir o queijo sem perder a cremosidade, tem um guia simples no site da Sabor na Mesa, só não é pra quem quer milagre em 5 minutos.
Farinha de arroz não é só pra celíacos. É pra quem quer um sabor mais suave, mais neutro. Mas atenção: ela não cresce como a de trigo. Então, você precisa de mais ovos, e mais paciência. A massa fica mais frágil. Mas quando assa… é como se o forno tivesse feito uma nuvem salgada. Eu uso ela quando quero que a torta tenha um toque mais delicado. E se quiser, polvilhe um pouquinho de páprica na borda antes de assar. Fica com cor e um leve toque defumado. Não é obrigatório. Mas é bom.
Uma vez, fiz com farinha de arroz e deixei a massa na geladeira por 30 minutos antes de assar. Ficou mais firme. Não sei se foi sorte. Mas funcionou.
Ervilha? Sim. Mas não a congelada direto do saco. Cozinhe ela com um fio de azeite e uma pitada de sal. Deixe esfriar. Se não, ela solta água e vira uma sopa. O que eu gosto nessa versão é que a ervilha dá um doce natural, quase como um toque de cenoura. E o queijo? Use o tipo que derrete suave. Não o curado. Senão, você tem um pedaço de queijo duro e uma ervilha no meio. É confuso.
Eu fiz essa com o requeijão da minha avó. Não sei se foi por causa do queijo… ou da lembrança. Mas foi a primeira vez que alguém me pediu a receita sem nem provar.
Pizza portuguesa? Não é pizza. É uma torta que resolveu se vestir de pizza. A massa é a mesma. Mas o recheio? Molho de tomate caseiro, presunto, azeitona, orégano e queijo. E o segredo? Não coloque o molho no fundo. Passe só nas bordas. Aí, o centro fica mais cremoso, e o molho não afoga a massa. Já tentei com molho no fundo. Virou uma lasanha triste.
Essa versão é pra quando você quer algo que pareça festa, mas feito com o que tem na geladeira. E se quiser levar pra outro nível, polvilhe um pouco de parmesão por cima no último minuto. Fica com aquela crocância que todo mundo busca.
Ovo na torta portuguesa não é só proteína. É textura. O segredo é não bater os ovos com força. Misture devagar, como se estivesse acariciando a massa. E se quiser um toque que ninguém espera: coloque um ovo inteiro no centro da torta antes de assar. Assim, ele fica como um “sol” no meio. Quando corta, o gema ainda está mole. É um espetáculo. Já fiz pra um almoço de domingo. Todo mundo ficou em silêncio. Só o Titan se levantou. E foi o único que não pediu mais.
É a versão mais simples. Mas também a mais poderosa. Porque às vezes, o que a gente mais precisa não é de ingredientes caros. É de um ovo, um pouco de presunto… e coragem.
Sem farinha de trigo? Sim. Mas não por restrição. Por curiosidade. Usei farinha de aveia, um pouco de amido de milho e ovos. A massa ficou mais densa, mais escura. Mas o sabor? Foi como se o forno tivesse adicionado um toque de noz. E o queijo? Melhor. Acho que o trigo escondia o sabor do queijo. Com ele fora, o queijo gritou. E foi bonito.
Eu fiz essa numa tarde chuvosa. Não tinha trigo. Tinha aveia. Tinha ovos. Tinha presunto. E aí? Fiz. E não pedi desculpas. Porque às vezes, a melhor comida é a que a gente não planejou.
E aí, já sabe por qual vai iniciar? Cada uma tem o seu jeito de dizer “eu te amo” sem falar. Quando preparar alguma, me conta nos comentários, não só como ficou, mas o que você sentiu quando cortou a primeira fatia. Porque às vezes, a comida não é só comida. É um abraço que a gente se dá.
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