Eu jurava que tinha entendido errado quando li "chá de amendoim". Até pegar o hábito de tomar um copo à noite, na sacada, vendo os carros passarem na marginal. A textura é o que mais pega, parece um creme leve que aquece tudo por dentro sem pesar. Meu primeiro teste foi um desastre, ficou empelotado.
Aprendi no curso de confeitaria que a chave está em amassar muito bem as paçocas antes de ir pro fogo, criando uma pasta homogênea. O leite precisa estar frio quando você adiciona, e a canela em pó vai só no final, para não ficar amarga. O gengibre ralado na hora faz toda a diferença, dá um toque picante que corta a doçura.
Essa receita de chá de amendoim virou uma das minhas bebidas favoritas para noites mais frescas. Ela é doce, cremosa e tem um sabor único que realmente surpreende. Vou te mostrar como fazer direitinho abaixo, é bem mais simples do que parece. Depois me fala se você também virou fã.
Tabela de conteúdo:
Receita de chá de amendoim fácil e rápido: saiba como fazer
Ingredientes
A quantidade rende uma xícara generosa ou dá pra dividir em duas menores, se for servir de sobremesa. As paçocas já têm açúcar, então fica doce no ponto, acredita.
Informação Nutricional
Porção: 200ml (1/4 da receita)
| Nutriente | Por Porção | % VD* |
|---|---|---|
| Calorias | 385 kcal | 19% |
| Carboidratos Totais | 52.3g | 17% |
| Açúcares | 42.8g | 86% |
| Fibra Dietética | 1.2g | 5% |
| Proteínas | 10.5g | 21% |
| Gorduras Totais | 15.8g | 29% |
| Saturadas | 6.2g | 28% |
| Trans | 0g | 0% |
| Colesterol | 25mg | 8% |
| Sódio | 185mg | 8% |
| Cálcio | 210mg | 21% |
| Ferro | 0.8mg | 6% |
| Magnésio | 45mg | 11% |
*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)
Etiquetas Dietéticas
Alertas & Alérgenos
Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.
Modo de preparo
- Primeiro, pega as paçocas e coloca numa tigela funda. Esmaga elas com um garfo até virar uma farofa bem miudinha, quase um pó. Quanto mais você amassar agora, menos chance de encontrar pedaços inteiros depois. Eu tento fazer isso bem, porque da outra vez que não fiz, ficou umas pelotinhas de amendoim no fundo da panela, meio esquisito.
- Joga essa farofa de paçoca numa panela média. Adiciona o leite, a meia caixa de leite condensado e o gengibre ralado. O leite pode estar frio mesmo, tranquilo. Mexe tudo com um fouet ou uma colher de pau pra dissolver bem a paçoca no líquido.
- Liga o fogo baixo. Isso é crucial, fogo baixo. Você vai começar a mexer e não pode parar muito. Em uns 5 ou 7 minutos a coisa começa a mudar. Vai ficar mais espesso, tipo um mingau cremoso. Quando começar a soltar bolhinhas pequenas pelas bordas e o fundo da panela ficar limpo quando você passar a colher, já tá bom.
- Desliga o fogo. Só agora você adiciona a colher de chá de canela em pó e mexe mais uma vez pra incorporar. Se colocar a canela antes, no calor, ela pode ficar com um gosto meio amargo, então deixa pro final mesmo.
- Pode servir na hora, bem quentinho. Mas cuidado, que queima a boca. Eu prefiro deixar esfriar por uns 5 minutos na própria panela, ele vai engrossar um pouquinho mais e ficar na temperatura perfeita para tomar. Se quiser, joga um pouco mais de canela por cima na hora de servir.
Esse chá não é daqueles que você guarda por dias. O melhor é fazer e tomar na hora. Se sobrar um pouquinho, guarda na geladeira e esquenta no micro-ondas no dia seguinte, mas o sabor já não fica exatamente o mesmo, o amendoim perde um pouco a graça.
O negócio é cremoso mesmo, parece um drink de sobremesa, mas quente. A Daiane achou que ia ser enjoativo, mas o gengibre salva a situação, corta a doçura toda. Virou pedida recorrente aqui em casa quando o tempo esfria um pouco.
E aí, o que achou da ideia? É bizarro ou genial? Tenta aí e depois volta pra me contar como ficou. Se você mudou alguma coisa, tipo colocar um pouco de café ou usar outro tipo de doce de amendoim, compartilha aí nos comentários, fico curioso pra testar outras versões.
Para decorar a sua bebida e dar a ela um “ar de cafeteria”, você pode esfarelar uma paçoca por cima do seu chá.
Se você curtiu a nossa versão, dá uma olhada nesse monte de jeito diferente de fazer o chá.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito.
2º. A versão achocolatada (quase um chocolate quente especial)
autor: Armazenando com Julia Bonfim
Essa aqui resolve um dilema clássico: a criança (ou o adulto, sem julgamentos) que torce o nariz pra "chá" mas ama chocolate. A jogada de genial é usar o achocolatado em pó, que todo mundo tem em casa. O amendoim torrado e batido dá uma base tostada e encorpada que o Nescau sozinho não tem.
A dica que peguei é bater o amendoim com só metade do leite, igual ela fala. Isso cria uma pasta super concentrada que depois se dissolve melhor no calor, evitando aqueles pedacinhos. Fica com um sabor de chocolate meio adulto, sabe? Não é só doce, tem profundidade. Perfeito para uma tarde de filme.
3º. O coringa da cozinha (a versão fácil e completa)
autor: Receitas da Maria Mada
Eu sou meio desconfiado com receitas que usam amido de milho em bebidas, sempre acho que vai ficar com textura de mingau. Mas essa receita me mostrou o contrário. O amido aqui é usado na medida certa, só para dar uma leve sustentação, uma cremosidade que gruda de leve no copo.
É a receita que você faz quando quer impressionar sem muito esforço. Leva tudo que a gente gosta: leite condensado, creme de leite, cravo. Um erro clássico que ela não comete é cozinhar o cravo por tempo demais. Se deixar muito, ele libera um amargor. O truque é colocar no final, só para perfumar. Fica uma bebida rica, quase uma sobremesa líquida.
4º. A clássica receita da vovó (simplicidade que funciona)
Às vezes a gente complica à toa. Essa versão traz uma memória afetiva forte de coisa feita em casa, sem frescuras. Não leva mil ingredientes, foca no amendoim, no leite e no açúcar. A textura não é super lisa como as outras, tem um pouco do corpo do amendoim, o que eu acho mais gostoso, pra ser sincero.
É a receita para fazer num domingo à tarde, sem pressa. O efeito que ela provoca, invariavelmente, é um "nossa, que cheiro bom de amendoim torrado!". Dá um conforto que poucas coisas dão. Serve como prova de que não precisa de muito para fazer algo especial.
5º. Para todo mundo tomar (a versão vegana)
Essa receita brilha numa ocasião muito específica: quando você tem amigos ou família com restrições alimentares em casa. A adaptação inteligente é usar o próprio leite de amendoim como base, ou outros leites vegetais. O sabor do amendoim fica ainda mais puro, limpo.
Fica menos doce que as versões com leite condensado, o que é uma vantagem para quem prefere. Uma dica: se for usar leite de coco, pega o de lata mesmo, mas dilui um pouco com água para não ficar pesadíssimo. A canela fica incrível aqui. É uma prova de que dá para incluir todo mundo na roda sem perder o sabor.
6º. A aula de medidas (o chá de manobi)
Esse vídeo é uma mão na roda porque eles são super precisos com as medidas, usando xícaras e gramas. Para quem já errou a mão no amendoim e o chá ficou ou uma água ou um pasta, essa é a salvação. A proporção entre o amendoim moído e o líquido é o segredo.
Eles usam cravo *em pó*, que é diferente, mais forte. Se você não tiver, usa o cravo normal, mas esmaga um pouquinho no pilão antes de colocar. Vai liberar mais sabor. Essa é a receita para quando você quer acertar de primeira, sem sustos.
7º. O básico que não falha (apenas açúcar)
Sem leite condensado, sem creme de leite. Só amendoim, leite e açúcar. O momento que ela se destaca é naquela vontade repentina de um chá doce, quando o armário está meio vazio. É surpreendentemente gostoso justamente pela simplicidade.
A textura fica mais leve, e o gosto do amendoim torrado é o protagonista total. Uma dica não óbvia: usa um caneco de alumínio mesmo, como ele sugere. Parece besteira, mas esquenta rápido e uniforme, evitando que o leite grude no fundo. Cozinha de vó tem seus motivos.
8º. O segredo da textura leve (feito com água)
Diferente do que muitos acreditam, chá de amendoim não precisa ser necessariamente um líquido cremoso e pesado. Essa versão com água é a prova. Fica uma bebida mais clarinha, mas com o sabor do amendoim torrado bem presente.
É ótimo para quem é intolerante à lactose ou quer algo mais suave depois do jantar. O método de torrar o amendoim no micro-ondas é um bom macete para controlar o ponto sem queimar. Fica com um gosto tostado perfeito. É um outro lado da mesma moeda, bem interessante.
9º. A solução rápida (com pasta de amendoim)
Essa aqui é para os dias de zero paciência. Você tem um pote de pasta de amendoim na despensa? Então tem chá. O problema da textura granulada ou do amendoim mal batido some completamente. A pasta já é lisa e emulsificada, dissolve que é uma beleza no leite quente.
É a receita mais rápida de todas. Só toma cuidado para usar uma pasta de boa qualidade, sem muito açúcar ou óleo extra, senão pode ficar oleoso. Dá para fazer individual, na xícara, em dois minutos. Salva-vidas de verdade.
10º. A festa junina em copo (com paçoquinha)
Isso aqui é praticamente uma sobremesa que você pode beber. Usar paçoca já pronta é uma das adaptações mais inteligentes que já vi. Ela já tem o amendoim, o açúcar e aquela farofinha característica que dá uma textura única.
A dica de decorar com pedacinhos de paçoca no fundo do copo é de ouro. Quando você vai tomando e chega nesses pedacinhos no final, é uma felicidade. Perigo: é muito doce. Talvez não seja para todo dia, mas para uma ocasião especial, um dia frio mesmo, é pura diversão.
11º. Para quem acha oceoso (sem leite condensado)
Eu gosto de doce, mas entendo quem acha o leite condensado pesado. Essa versão é para esse público. A doçura vem só do açúcar que você controla, e a cremosidade fica por conta do amendoim batido até virar uma pasta.
É um chá mais "seco", se é que isso faz sentido para uma bebida. Menos pegajoso, mais focado no sabor tostado da oleaginosa. Pode parecer menos interessante, mas para acompanhar um bolo ou um cookie, fica perfeito. Não compete com a doçura da sobremesa, só complementa.
12º. O toque da indústria (com a Yoki)
Claro, o próprio fabricante tem uma receita. E ela é boa, viu? A vantagem de usar o amendoim torrado e moído da Yoki é a consistência. Sempre igual, sempre com o mesmo ponto de torra. É a receita da praticidade absoluta.
A dica deles de polvilhar no fundo do copo é show. Cria uma camada que mistura na bebida aos poucos. Essa é a versão para quando o espírito é festa junina autêntica, com ingrediente de prateleira. Não tem como errar, e fica gostoso. Simples assim.
13º. O chá para casais (afrodisíaco com cacau)
Bom, o nome já entrega, né? Essa é a versão para uma ocasião a dois, um Dia dos Namorados em casa, uma noite fria especial. O cacau em pó (não é achocolatado) dá um amargor sofisticado, e a combinação com as especiarias é realmente aromática e aconchegante.
Mais do que qualquer propriedade afrodisíaca, o que essa receita provoca é uma experiência. É um chá para ser tomado com calma, conversando. O ritual de preparar já faz parte da diversão. Se joga nessa, mesmo que seja só pelo sabor diferente.
14º. A versão para adultos (com um toque alcoólico)
Para fechar com chave de ouro, uma versão que é pura festa. A dose de conhaque (ou qualquer destilado que você goste) não é só por ser alcoólico. Ele adiciona um calor diferente, uma camada de sabor que corta a doçura e traz complexidade.
É a receita de festa junina adulta, para servir em copinhos depois do jantar. O segredo é adicionar a bebida no final, depois de desligar o fogo, para não evaporar o álcool. Fica uma sensação de aquecer por dentro em dobro. Só não exagera na dose, senão o sabor do amendoim some.
Cara, deu para ver que essa bebida é um universo, né? Tem versão para criança, vegana, alcoólica, light… É incrível como um conceito simples rende tanto. Qual delas combinou mais com seu estilo? Me conta lá nos comentários do artigo se já experimentou alguma ou se tem uma versão secreta aí na sua família.
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