Creme de Confeiteiro (Pâtissiere) Caseiro

  • Sinta toda a maciez e suavidade do protagonista da confeitaria, uma sabor incrível e funciona em muitos preparos.
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Minha primeira tentativa de creme de confeiteiro foi um desastre digno de comédia. A textura lembrava mais uma omelete doce que qualquer coisa, e a Daiane até hoje ri quando lembra. Mas depois de queimar várias panelas e aprender com meus erros, descobri que o segredo tá no controle de temperatura e na paciência de mexer sem parar.

O que aprendi nos cursos de confeitaria foi fundamental: usar fécula de batata no lugar do amido de milho faz toda diferença na textura, e peneirar as gemas elimina aquele cheiro forte de ovo que estraga o sabor. São detalhes simples, mas que transformam um creme básico num creme de confeiteiro caseiro de restaurante.

Agora esse creme virou paixão nacional aqui em casa. Até o Titan fica de olho quando tiro da geladeira, mesmo sabendo que não pode. Quer surpreender na próxima sobremesa? O passo a passo tá aqui embaixo, é mais fácil do que parece e o resultado é de lamber os dedos. Depois me conta como ficou!

Receita de Creme de Confeiteiro (Pâtissiere) Caseiro Simples e Fácil: Saiba Como Fazer

Rendimento
8 porções
Preparo
20 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 6 marcados

Essa receita sai por uns R$12 no total, bem mais barato que comprar pronto. As gemas peneiradas fazem diferença mesmo, já testei com e sem e o cheiro de ovo some completamente.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Preparando a base:

  1. Coloca o leite numa panela e leva ao fogo pra esquentar. Não precisa ferver completamente, só até começar aquelas bolhinhas na borda. Eu sempre erro a mão e deixo ferver demais, mas o importante é estar bem quente.
  2. Enquanto isso, bota no liquidificador o creme de leite, baunilha, fécula, gemas peneiradas e o açúcar. Bate por uns 45 segundos até ficar bem lisinho. A Daiane sempre reclama que eu sujo o liquidificador à toa, mas essa etapa é importante pra misturar tudo direito.
  3. Quando o leite estiver quente, tira do fogo e despeja no liquidificador com o resto. Bate mais uns 20 segundos só pra incorporar. Cuidado com o vapor quando for abrir a tampa, já me queimei uma vez nessa.

O ponto do creme:

  1. Volta tudo pra panela – de preferência uma mais grossa que não queima fácil. Leva em fogo médio e mexe sem parar, passando a espátula pelo fundo e laterais. Parece chato ficar mexendo, mas é isso que evita grudar e formar gruminhos.
  2. Fica de olho até o creme engrossar, leva uns 10 a 12 minutos normalmente. O ponto é quando você passa a espátula no fundo e demora um pouco pra fechar o espaço. Quando chegar nessa consistência, conta mais 2 minutinhos mexendo pra garantir que a fécula cozinhou totalmente.
  3. Transfere pra uma tigela e cobre com plástico filme encostado na superfície do creme. Isso evita aquela película feia em cima. Deixa esfriar em temperatura ambiente antes de levar pra geladeira.

Se formar gruminhos, não entra em pânico. É só passar por uma peneira antes de esfriar. Já aconteceu comigo várias vezes no começo, normal.

Esse creme virou meu aliado na cozinha. Uso pra rechear bolo, colocar em profiteroles, ou até comer puro com uma colher quando ninguém tá vendo. A textura fica tão lisa que parece de confeitaria profissional, mas é bem mais simples do que parece.

O que achou do creme? Já tinha tentado fazer antes e deu certo? Aqui em casa sempre faço em dobro porque some rápido. Se tiver alguma dica diferente ou quiser contar como ficou o seu, deixa nos comentários que adoro trocar ideia sobre essas coisas!

Vai fazer esse creme? Olha essas dicas que vão mudar tudo!

Quanto tempo dura e como guardar direito

Na geladeira, em pote fechado, dura até 2 dias – sério, não inventa de deixar mais que isso. Já tentei esticar pra 3 dias uma vez e o creme começou a ficar com umas bolhinhas estranhas, não arrisque.

O segredo é o plástico filme encostado na superfície do creme, mesmo dentro do pote. Isso evita aquela casca dura em cima que ninguém merece. A Daiane sempre me cobra pra fazer isso direito.

Trocas inteligentes (pra quando falta algo)

Sem fécula de batata? Pode usar amido de milho mesmo, fica bom também. A diferença é que com a fécula o creme fica mais liso e cremoso – aprendi isso num curso com a confeiteira Ana Maria Braga, ela explica que a fécula quebra menos durante o cozimento.

Leite integral é o ideal, mas se quiser fazer com semidesnatado, fica um pouco menos cremoso, mas ainda assim funciona. Já testei com leite vegetal (amêndoas) uma vez que a Day pediu, e ficou surpreendentemente bom, só precisei ajustar um pouco mais de fécula.

Os 3 erros que quase todo mundo comete

1. Deixar o leite ferver demais: Quando coloco o leite pra esquentar, sempre fico olhando pra não deixar ferver completamente. Se ferver, pode talhar quando misturar com as gemas. O ponto é aquelas bolhinhas fininhas na borda da panela.

2. Mexer de qualquer jeito: Tem que mexer de verdade, raspando o fundo e as laterais. Não adianta ficar dando voltinhas no meio. Já queimei o fundo do creme uma vez porque parei pra atender o celular – nunca mais!

3. Apressar o cozimento: O creme precisa cozinhar bem a fécula, senão fica com gosto de cru. Mesmo quando já engrossou, deixa mais uns 2 minutinhos no fogo, mexendo sem parar.

Se der errado, conserta assim:

Formou gruminhos? Passa imediatamente por uma peneira antes de esfriar. Funciona 100% das vezes. Já salvei vários cremes assim, principalmente nas primeiras tentativas.

Ficou muito grosso? Adiciona um pouquinho de leite frio e mexe bem. Mas faz de colher em colher, senão vira sopa.

Talhou quando adicionou o leite quente? Isso acontece quando o leite tá muito quente e as gemas cozinham. Da próxima vez, tira o leite do fogo uns minutinhos antes de misturar, ou adiciona o leite aos poucos no liquidificador.

Versões para diferentes dietas

Sem lactose: Troca o leite integral por leite sem lactose e o creme de leite pela versão sem lactose. Fica igualzinho, juro. Aqui em casa faço assim quando vem visita que não pode lactose.

Low carb: Usa leite de amêndoas sem açúcar e troca o açúcar por eritritol. A fécula de batata ainda funciona, mas precisa de um pouquinho menos. A textura fica um pouco diferente, mas ainda assim muito boa.

Mais proteico: Adiciona uma colher de proteína whey sabor baunilha no final, depois de pronto e morno. Mexe bem até incorporar. Fica incrível e vira uma sobremesa fitness.

Hacks que ninguém te conta

Usa uma espátula de silicone em vez de colher. Ela raspa melhor o fundo da panela e evita que queime. Comprei uma por acaso e mudou completamente minha experiência com cremes.

Se não tem plástico filme, pincela uma camada fininha de manteiga na superfície do creme. Funciona quase tão bem quanto e evita a película.

Para esfriar mais rápido, coloca a tigela em banho de gelo (água com gelo na pia mesmo) e mexe de vez em quando. Em 15 minutos tá na temperatura perfeita pra geladeira.

A parte mais crítica: o ponto exato

Todo mundo tem dúvida na hora de saber se já engrossou suficiente. O segredo é passar a espátula no fundo da panela – se demorar uns 2 segundos pro espaço fechar, tá no ponto. Não é instantâneo, mas também não pode demorar 10 segundos.

Outra dica: o creme fica mais opaco e para de brilhar muito quando tá no ponto certo. Nas primeiras vezes, eu errava sempre porque tinha medo de deixar engrossar demais. Mas é melhor pecar por deixar um minuto a mais do que tirar antes da hora.

Variações malucas (e deliciosas)

Creme de chocolate: Adiciona 3 colheres de sopa de cacau em pó junto com os ingredientes no liquidificador. Ou mistura 100g de chocolate meio amargo derretido no final, depois de pronto.

Creme de café: Coloca 2 colheres de café solúvel dissolvidas em 1 colher de água quente. Mistura no final, fica absurdo de bom.

Creme de frutas vermelhas: Bate ½ xícara de frutas vermelhas congeladas no liquidificador com um pouquinho do leite, coe e usa no lugar de parte do leite. Fica com cor linda e sabor incrível.

O que fazer com esse creme (além de comer com colher)

Recheia bomba de chocolate, coloca em copinhos com frutas, faz uma torta de limão com base de biscoito e esse creme em cima... as possibilidades são infinitas.

Minha combinação favorita: creme de confeiteiro + morangos frescos + um fio de calda de chocolate. A Daiane adora quando faço essa sobremesa de final de semana.

Também fica sensacional como base de pavê, misturado com pedacinhos de pão de ló ou biscoito champagne. Deixa na geladeira overnight e no dia seguinte tá perfeito.

2 coisas que ninguém fala sobre esse creme

1. Ele é um ótimo "curinga" para emergências doces: Já salvou várias visitas de última hora aqui em casa. Em 20 minutos você tem uma sobremesa chique com cara de profissional. Já cheguei a servir em taças com raspas de limão por cima e todo mundo achou que tinha comprado em confeitaria.

2. Funciona como base para sorvete caseiro: É só colocar no congelador e mexer de hora em hora por 4 horas. Fica um sorvete cremoso que não fica pedra. O Titan fica doido quando faço, mas claro, não pode dar pra ele.

Modo economia (sem perder a qualidade)

Usa 6 gemas em vez de 8, aumenta um pouquinho a fécula (mais ½ colher) e o creme fica quase igual. Fiz esse teste quando tava com poucos ovos e deu super certo.

Compra os ovos em promoção – ovos mais frescos são melhores, mas ovos normais funcionam perfeitamente, especialmente se você peneirar as gemas direitinho.

O leite integral realmente faz diferença, mas se precisar economizar, o semidesnatado funciona. Só não recomendo o desnatado, que deixa o creme meio aguado.

Perguntas que sempre me fazem

Posso usar claras também? Não recomendo, o creme fica mais líquido e perde a cremosidade. Mas se quiser experimentar, usa 4 ovos inteiros em vez de 8 gemas.

Por que meu creme ficou com cheiro de ovo? Provavelmente as gemas não eram muito frescas ou não cozinhou o suficiente. Peneirar as gemas antes ajuda demais a evitar isso.

Posso fazer sem liquidificador? Pode, mas tem que bater muito bem com fouet na hora de misturar os ingredientes. E peneirar no final é quase obrigatório.

De onde veio essa receita e por que funciona

O creme pâtissier é francês, tradicionalmente usado em confeitarias para rechear éclairs, profiteroles e outras delícias. A versão com fécula de batata é uma adaptação moderna que deixa o creme mais estável.

A ciência por trás: a fécula de batata engrossa em temperatura mais baixa que o amido de milho e cria uma textura mais sedosa. As gemas dão cor e sabor, mas também ajudam a emulsificar, deixando tudo homogêneo.

Interessante que essa receita existe há séculos, mas continua sendo uma das mais versáteis da confeitaria. Até hoje aprendo variações novas – tem um chef português, José Avillez, que faz uma versão com cardamomo que é divina.

E aí, se animou pra fazer esse creme? Conta pra mim como foi sua experiência, se descobriu alguma variação diferente, ou se teve alguma dúvida que não respondi aqui. Adoro saber como vocês se saem com as receitas! E se tiver uma dica que eu não pensei, compartilha nos comentários que a gente aprende junto.

Última modificação em Terça, 11 Novembro 2025 21:00

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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