Ligue o forno e prepare a forma
- Pré-aqueça o forno a 180°C. Enquanto o forno esquenta, unte uma forma retangular (cerca de 25x35cm) com azeite ou margarina e polvilhe farinha – ou use papel manteiga se quiser facilitar na hora de desenformar.
Tem coisa melhor do que uma torta que sai do forno e parece um creme? Não, não tem. E quando esse creme é feito com palmito, requeijão e aquela massa de liquidificador que desmancha na boca? É só pedir para o mundo parar um pouco.
Já fiz essa torta em noites de churrasco que acabaram em almoço de domingo. A Daiane, que odeia palmito, provou e ficou em silêncio. Depois só disse: “Faz de novo.” Foi aí que descobri: o segredo não é o recheio. É o equilíbrio. O leite, o creme de leite, o queijo parmesão, tudo batido junto, sem exagero, só o suficiente pra deixar a massa macia, mas firme. E o requeijão no final? Não é só cobertura. É o toque que transforma em lembrança.
Não precisa ser expert. Só precisa de um liquidificador, um forno e paciência pra esperar dourar. Se quiser, coloca catchup por cima. Ou só fria. Eu já comi assim, na frente da geladeira, com a mão. Não julgue. Agora é com você. Já tentou uma torta assim? Me conta nos comentários como foi, e se teve coragem de não comer tudo na hora.
Tudo o que você precisa tá no supermercado da esquina. Já fiz com palmito em conserva e com o de vidro – o sabor varia um pouco, mas os dois funcionam bem. Só não esquece de escorrer direito, senão a massa encharca.
Essa torta de palmito com requeijão (ou melhor, com creme de leite e parmesão, que fazem o papel dele) é daquelas que viram desculpa pra juntar a família na cozinha. Parece simples, mas tem camadas de sabor que surpreendem – principalmente quem nunca deu chance ao palmito. Já vi até criança pedir bis depois de provar.
Fiz essa versão mais de cinco vezes em casa, às vezes com requeijão cremoso na massa, outras com mussarela ralada no recheio. Mas a base original é a que mais agrada. Agora quero saber: você já tentou torta de palmito? O que mudou na sua versão? Conta nos comentários – e se não resistiu e comeu tudo quente, na frente da geladeira, pode confessar. A gente entende.
Na geladeira, bem coberta com filme plástico colado na superfície ou guardada num pote com tampa, ela dura até 4 dias. Se for congelar, e vale muito a pena, principalmente se sobrar (ou se você quiser planejar refeições), espere esfriar totalmente, embrulhe com papel filme e leve ao congelador. Assim, dura até 30 dias sem perder textura ou sabor. Ah, e não congele quente! O vapor cria cristais de gelo e a massa encharca.
Na hora de descongelar, tire do freezer e leve direto pro forno pré-aquecido a 180°C por uns 20 minutos, até o centro aquecer. Não precisa descongelar fora, evita que fique mole demais.
Primeiro: não escorrer bem o palmito. Ele vem em conserva ou em salmoura, e se você não tirar todo o líquido, a massa vira sopa. Dica: deixe o palmito numa peneira por 10 minutos e, se quiser, dê uma leve espremida com papel-toalha. Segundo: bater demais a massa depois de colocar o fermento. O gás escapa, e a torta não cresce direito, ou cresce e depois afunda. Terceiro: colocar o recheio quente. Não cozinhe nada antes! A magia dessa torta está no frescor dos ingredientes assando junto com a massa. Se cozinhar a cebola antes, perde o aroma vivo que combina com o creme de leite.
Palmito acabou? Use aspargo em conserva escorrido ou cogumelo fresco picado. Requeijão não é ingrediente da massa original, mas se quiser testar, substitui parte do creme de leite por 3 colheres de requeijão cremoso, fica ainda mais macio. Sem creme de leite? Use iogurte natural integral ou até leite de coco (fica com um toque tropical). Farinha de trigo comum pode virar integral se você quiser uma versão mais rústica, só acrescente um pouco mais de leite, porque absorve mais líquido. Azeitonas não são obrigatórias: pode trocar por pimentões assados ou até deixar de fora. A Daiane já fez sem azeitona e com manjericão fresco picado, ficou incrível.
Quer evitar que a torta fique “empapada” no fundo? Unte a forma com azeite, depois polvilhe um pouco de farinha de rosca fina, não de trigo. Ela absorve a umidade e deixa a base sequinha. Outro truque: antes de despejar a massa, jogue uma colher de sopa de vinagre branco no fundo da forma. Não muda o sabor, mas ajuda a massa a não grudar, descobri isso depois de perder uma torta inteira na pia. E se quiser que doure mais no topo, nos últimos 5 minutos liga o grill do forno. Só cuidado pra não queimar.
Troque o parmesão comum por queijo canastra curado ralado na hora. Finalize com azeite extravirgem de boa qualidade e folhas de manjericão. Sirva com uma salada de rúcula com limão e lascas de queijo. Outra ideia: antes de levar ao forno, salpique sementes de gergelim torrado ou linhaça dourada por cima, dá crocância e sofisticação. E se você tiver um pudim de leite condensado gelando na geladeira, pode até montar um menu completo com entrada salgada e sobremesa doce. A Daiane fez isso numa visita da sogra e ouviu: “vocês deveriam abrir um restaurante”.
A massa afundou? Corte em quadradinhos e sirva como tortinha de palmito finger food. Recheio escorreu? Coloque em taças individuais e vira quiche desconstruída. Queimou em cima? Raspe a parte escura com uma colher, cubra com um fio de azeite e diga que é “versão campeira”, ninguém vai desconfiar. E se a torta ficou muito salgada (culpa das azeitonas ou do parmesão), sirva com um molho de iogurte com hortelã ou um purê de batata doce por cima. Corta o sal e equilibra o prato.
Suco de laranja com gengibre é perfeito, o cítrico corta a gordura do creme de leite. Chá gelado de camomila com limão também funciona, principalmente se a Daiane estiver na mesa (ela não curte café, lembra?). E se for um almoço mais completo, serve com uma salada simples de alface, pepino e tomate com azeite. Se quiser algo mais robusto, faz aquela torta de liquidificador salgada como entrada, depois essa de palmito como prato principal, e termina com frutas frescas. Claro, se sobrar espaço.
Já desenformei quente e a massa grudou toda na forma. Titan lambeu o fundo e ficou com cara de “isso era pra mim?”. Outra vez, esqueci de colocar o fermento. A torta saiu como um biscoitão denso. Solução? Cortei em tiras finas e servi como “palitos de queijo” com molho de pimenta. E tem a vez que usei palmito em lata vencido. Resultado: ninguém provou. A Daiane só cheirou e disse: “bota fora, amor”. Moral: confira os ingredientes antes de começar.
Ela surgiu no Brasil nos anos 70, quando os liquidificadores entraram nas cozinhas populares. As donas de casa descobriram que podiam fazer massas rápidas sem bater na mão, e o sucesso foi imediato. O palmito entrou na jogada por ser barato, durável e saboroso. Hoje, a combinação com creme de leite e queijo é tão brasileira quanto pão com manteiga. Em algumas regiões do Sudeste, chamam até de “bolo salgado”, mas é torta mesmo. E, sim, o palmito usado aqui é quase sempre do tipo pupunha, cultivado, não o juçara (esse é protegido por lei).
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??
Comentários
Espero que não me decepcionar