O Melhor Pão Italiano Branco para seus lanches

  • Uma casca mega crocante com uma massa muito macia. É um experiência incrível e muito saborosa que pode experimentar.
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Se você acha que pão italiano só existe em padarias com forno a lenha, vai se surpreender. Eu já tentei fazer isso três vezes antes de acertar, a primeira virou um tijolo, a segunda desmoronou, e a terceira? Ficou tão bom que a Daiane esqueceu que não gosta de café só pra comer uma fatia ainda quente.

O segredo não é sovar, nem adicionar manteiga. É deixar a massa respirar. Duas horas na geladeira fazem mais por ela do que dez minutos de amassar. Essa técnica vem de anos de estudo em confeitaria e de observar padeiros na Itália, não como turista, mas como alguém que queria entender por que aquele pão tinha vida própria.

A casca crocante, o miolo cheio de bolhas, o cheiro que enche o apartamento... isso não é milagre. É paciência e um pouco de ousadia. Se já tentou e desistiu, dá pra recomeçar. O passo a passo está logo abaixo, e sim, eu incluí o truque da água no forno, porque sem isso, não é pão italiano. Me conta nos comentários: qual foi seu maior erro na primeira tentativa?

A Melhor Receita De Pão Italiano Branco Simples E Fácil: Saiba Como Fazer

Rendimento
1 pão grande
Preparo
3h45min
Dificuldade
Moderada

Ingredientes

0 de 4 marcados

Tudo que precisa está na despensa. Gastou uns R$8 nisso? Provavelmente. Mas o cheiro que vai sair do forno? Não tem preço.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Ativando o fermento:

  1. Numa tigela grande, despeje a água morna e jogue o fermento por cima. Espere 2 minutos. Se não começar a borbulhar, esquece. Vai ser um tijolo.
  2. Adicione metade da farinha e o sal. Mexa com uma colher de pau até formar uma massa grudenta, mas homogênea. Não precisa ser perfeita ainda.
  3. Vá acrescentando o restante da farinha, aos poucos, até que a massa comece a se soltar das paredes da tigela. Ainda vai ficar mole, é normal.
  4. Cubra com um pano limpo e deixe descansar por 1 hora na cozinha, longe de correntes de ar. Enquanto isso, você pode limpar a pia. Ou olhar pro Titã dormindo.

Fermentação lenta na geladeira:

  1. Depois da primeira hora, cubra a tigela com plástico e leve à geladeira por 2 horas. Sim, 2 horas. É aqui que o pão ganha vida. O frio faz o fermento trabalhar devagar, criando essas bolhas que você vê nas padarias.
  2. Não se preocupe se parecer que não cresceu muito. É assim mesmo. A magia tá na lentidão.

Modelando e apanhando a massa:

  1. Saia da geladeira. A massa tá fria, mas ainda mole. Não precisa sovar. Só pegue e coloque numa superfície enfarinhada.
  2. Com as mãos, dê umas dobras leves: puxe uma ponta, dobre sobre o centro, vire a tigela, repita. Só 3 ou 4 vezes. O objetivo é criar uma casca fina por fora, que vai segurar o ar dentro.
  3. Forme uma bola. Não aperte, só enrole suavemente. Deixe ela com a costura para baixo.
  4. Coloque num pano de prato enfarinhado, como se fosse uma cesta. Cubra de novo e deixe descansar por 45 minutos. Enquanto isso, ligue o forno.

Cortando e assando:

  1. Quando o forno estiver bem quente (220°C), coloque uma assadeira vazia dentro dele. É pra aquecer.
  2. Com uma faca bem afiada, faça dois cortes em forma de “X” na massa. Não precisa ser perfeito. O pão vai crescer onde quiser.
  3. Com cuidado, transfira a massa para a assadeira quente. Agora, jogue um copo de água fervendo dentro do forno – na prateleira de baixo. Feche rápido. O vapor é o segredo da casca crocante. Já vi pão sem isso ficar tipo pão de forma. Não quero isso.
  4. Asse por 15 minutos a 220°C. Depois, abaixe pra 180°C e deixe por mais 25 a 30 minutos. O pão tá pronto quando bater com o dedo e soar oco. Se tiver dúvida, corte uma fatia depois de esfriar. Se estiver crua, o pão vai te odiar.

Esse pão é o que eu faço quando quero me lembrar de por que cozinhar me faz bem. Não é sobre perfeição. É sobre paciência. A primeira vez que acertei, a Daiane não disse nada. Só pegou uma fatia, passou manteiga e comeu na frente da janela, olhando pra rua. Foi o melhor elogio que já recebi.

Se você tentar, me conta: você deixou a massa na geladeira mesmo? Ou achou que dava pra pular esse passo? E o vapor no forno? Já tentou? Me diga nos comentários qual foi seu maior erro, e qual foi o pão que você mais se orgulhou de ter feito. A gente troca histórias aqui.

Antes de ligar o forno, leia essas dicas, seu pão vai agradecer

Quanto tempo esse pão dura? E como não virar um tijolo no dia seguinte?

Olha, vou ser sincero: pão italiano recém-saído do forno é uma emoção. Mas no segundo dia? Se não cuidar direito, vira travesseiro de pedra. Ele aguenta até dois dias em temperatura ambiente, desde que você o embrulhe bem em papel-alumínio ou filme plástico. O segredo é segurar aquela umidade que faz a diferença.

Se sobrar (ou se quiser fazer estoque), corte em fatias finas antes de congelar. Coloque num saquinho com o ar bem retirado e pronto, pode ficar lá por até três meses. Quando bater aquela vontade de lanche da madrugada, é só jogar na sanduicheira. Sai crocante, quentinho, como se tivesse acabado de sair do forno. Já fiz isso depois do churrasco no apartamento, quando sobrou mais do que esperávamos. Titan até levantou a cabeça pensando que era carne vermelha, mas foi só ilusão.

Erros que eu já cometi (e você deve evitar)

A primeira vez que tentei esse pão, joguei o sal direto no fermento. Resultado? Massa morta. Fermento inativo. Um bloco que até o Titã recusou, e ele come de tudo, menos frango. O sal mata o fermento se entrar em contato direto, então sempre dissolva o fermento primeiro, depois adicione o sal junto com parte da farinha.

Outro erro: pular a geladeira. Eu pensei: “duas horas lá dentro é perda de tempo”. Mentira. É ali que acontece a mágica da textura. Sem essa fermentação lenta, as bolhas não formam, o miolo fica fechado, e o pão perde a alma. Não adianta correr nisso. Cozinhar é paciência disfarçada de receita.

O truque do vapor: como ter forno de padaria em casa

Você não precisa de forno a lenha pra ter casca crocante. O segredo é o vapor. Já vi gente borrifando água na massa, funciona, mas é impreciso. Meu jeito? Coloco uma assadeira vazia no fundo do forno enquanto aquece. Quando entro com o pão, jogo um copo de água fervendo lá dentro. Fecho a porta rápido. O vapor explode, a casca endurece, e o miolo continua fofinho. É o que faço sempre que queremos impressionar os amigos aqui em casa. Daiane até parou de reclamar da vista da Marginal Tietê enquanto o cheiro toma conta do apartamento.

E se eu quiser mudar algum ingrediente?

Farinha integral? Pode usar metade, mas espere um pão mais denso. A textura muda, mas o sabor ganha profundidade. Já testei com a Day, ela achou que combinava mais com geleia de morango, aquela que derrete o coração. Temos até um post sobre isso no sabornamesa.com.br.

Tem gente que gosta de colocar um fio de azeite na massa. Não é obrigatório, mas ajuda a deixar o miolo mais macio. Banha ou manteiga também funcionam, mas mudam o perfil, fica mais rico, mais encorpado. Ideal pra quem quer um pão de charcutaria, sabe? Só não exagere, senão a fermentação pode travar.

A parte mais tensa: tirar da tigela e colocar na assadeira quente

Confesso: ainda me dá frio na barriga nesse momento. A massa tá mole, sensível, e você tem que transferir pra uma assadeira escaldante sem deformar. Minha dica? Use uma espátula larga ou duas colheres de pau. E tenha coragem. Já deixei cair uma vez. Ficou meio torto, mas assou. A Daiane riu, disse que parecia arte moderna. Comemos mesmo assim.

Também aprendi: não encha muito a mão na farinha na hora de modelar. Uma camada leve basta. Senão, a casca fica grossa demais e o corte não abre bonito no forno.

Por que não sovar? E por que água morna?

O pão cresce porque o glúten se forma. Tradicionalmente, a sova desenvolve isso. Mas aqui, a longa fermentação na geladeira faz o trabalho. O tempo substitui a força. É como se a massa fosse amadurecendo devagar, ganhando elasticidade natural. Então não precisa maltratar ela com sova. Só dobrinhas suaves, pra criar tensão na superfície.

Água morna? É o ambiente ideal pro fermento acordar. Fria, ele dorme. Quente, ele morre. É como tomar banho, ninguém gosta de água gelada nem fervendo. No pulso, como disse ali nos ingredientes, é o melhor teste. Prático, humano, infalível.

Com o que comer esse pão? Ideias que vão além da manteiga

Claro, manteiga derretida é clássico. Requeijão? Também entra no hall. Mas já experimentou com uma fatia de presunto de parma e mel? Ou abobrinha refogada com alho e parmesão por cima? Aqui em casa, virou ritual no fim de semana: um pedaço de pão, um copo de vinho tinto, e a vista noturna da sacada. Simples, mas cheio de sentido.

E no inverno, corte a parte de cima e transforme num bowl pra sopa. Já fiz sopa de lentilha assim, e a Daiane disse que foi a melhor refeição do mês. Até o Titã ficou quieto, o que é raro.

Perguntas que todo mundo faz (e algumas que ninguém faz, mas deveria)

Posso usar panela no lugar do forno? Pode. Panela de ferro ou cerâmica pré-aquecida funciona como forno de pedra. Coloque a massa, tampe, e deixe assar com o calor retido. Na metade do tempo, tire a tampa pra dourar. É um método antigo, mas eficaz, especialmente se seu forno for fraquinho.

Posso fazer sem fermento? Não recomendo. Existem versões com bicarbonato, mas não é pão italiano. É outra coisa. Se quiser um pão azedinho natural, pesquise sobre fermento natural, leva tempo, mas é real. Já comecei um, mas a Daiane disse que não queria esperar cinco dias por um pão. Entendi.

Por que meu pão rachou nas laterais? Boa pergunta. Geralmente é porque a casca secou antes de assar. Cubra bem durante a prova final. Outra causa: crescimento descontrolado. Os cortes em “X” existem pra guiar a expansão. Se não fizer, o pão escolhe o caminho, e às vezes escolhe errado.

Duas coisas que ninguém te conta sobre pão caseiro

Primeiro: o som. Quando o pão está assando, ele estala. São microfissuras na casca, causadas pelo vapor saindo. É um bom sinal. Parece que o pão está conversando com você. Sério, faz isso!

Segundo: o peso. Um bom pão italiano não é leve como algodão. Ele tem densidade. Se seu pão flutua na mão, talvez tenha crescido demais. O ideal é um meio-termo: fofura com substância. Como a vida, né?

Se o pão sair cru por dentro, não jogue fora

Já aconteceu comigo. Tirei cedo demais, ansioso. Ficou úmido no centro. Em vez de jogar fora, cortei em fatias grossas, passei manteiga e torrei na frigideira. Virou um “pão à milanesa seco”, como a Daiane chamou. Comemos com ovo frito em cima. Salvou a noite.

Outra opção: fatie fino, tempere com azeite, alho e orégano, e leve ao forno até ficar crocante. Vira crouton artesanal. Perfeito pra salada ou sopa. Nada se perde, especialmente quando o Titã fica de olho em tudo.

O pão italiano branco tem história, e não começa na Itália

O pão tipo ciabatta ou pane pugliese surgiu em regiões específicas da Itália, onde a simplicidade era lei. Farinha, água, sal, fermento. Nada mais. O miolo aerado não é frescura: ajudava a economizar farinha, pois o volume vinha do ar, não da matéria-prima. Era pão de pobre, que virou luxo.

E aquela casca crocante? Nasceu em fornos a lenha, onde o calor intenso e o vapor natural davam o acabamento perfeito. Hoje, replicamos isso com truques domésticos, como o copo de água no forno. É tecnologia ancestral, adaptada pra cozinha de apartamento.

Se você chegou até aqui, é porque realmente quer acertar. E eu torço por isso. Fazer pão é mais que técnica, é entrega. Me conta nos comentários: qual foi a sua maior vitória (ou desastre) na cozinha com pães? Temos um grupo no Instagram @sabornamesaoficial onde trocamos histórias assim. Vem contar a sua. E se fizer esse pão, avisa se usou o truque da água fervendo, ou se pulou e o pão te odiou.

Última modificação em Terça, 11 Novembro 2025 21:38

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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