Geleia de Jabuticaba bem docinha

  • Versátil, deliciosa e o melhor de tudo: sem conservantes artificiais com um sabor que conquistará sua família ou clientes.
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Eu adoro quando a jabuticabeira do meu prédio fica carregada, mas sempre sobrava um monte de fruta que eu não sabia o que fazer. Até que minha esposa Daiane deu a ideia: por que não fazer geleia? Confesso que na primeira tentativa ficou um negócio meio estranho, meio aguado. Aprendi na marra que o segredo tá no ponto certo do fogo.

Depois de algumas tentativas (e alguns potes falhados), descobri que a geleia de jabuticaba perfeita precisa de paciência. São aqueles 40 minutinhos no fogo baixo que fazem toda diferença. E olha que curioso: se você esmagar os caroços, a geleia fica amarga. Deixa a fruta inteira cozinhando que o sabor fica puro e doce natural.

Essa receita com apenas 3 ingredientes vai te surpreender. É tão fácil que até quem nunca cozinhou na vida consegue fazer. Vem comigo que vou te mostrar todos os macetes para criar uma geleia que vai durar o mês todo na geladeira. O passo a passo completo está logo abaixo!

Receita de Geleia de Jabuticaba Simples e Fácil: Saiba Como Fazer

Quantidade
2 potes de 200g
Preparo
25 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 4 marcados

Essa receita é daquelas que custa pouco mas rende bastante. Comprei as jabuticabas numa feira aqui perto de casa por uns R$12 o quilo. Uma dica: escolha as frutas bem maduras, aquelas que quase caem da mão, elas dão mais sabor e cor.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Cozinhando as jabuticabas:

  1. Pega uma panela grande, aquela que você usa pra macarronada serve, e coloca todas as jabuticabas lá dentro. Não precisa tirar o cabinho nem nada, joga tudo mesmo.
  2. Adiciona água até cobrir todas as frutas. Não exagera, só o suficiente pra elas ficarem submersas.
  3. Agora vem o segredo: acrescenta mais ou menos 250g do açúcar nessa primeira etapa. Isso ajuda a soltar o caldo das frutas.
  4. Leva ao fogo médio e deixa cozinhar. Quando começar a ferver, baixa o fogo e deixa por uns 15 minutos. Você vai ver o líquido ficando roxo escuro, quase preto, é sinal que tá no ponto certo.

Na primeira vez que fiz, fiquei com medo e tirei antes da hora. Resultado: geleia rala. Aprendi que tem que ter coragem de deixar pegar cor mesmo.

Hora de coar e finalizar:

  1. Tira a panela do fogo e prepara o escorredor em cima de outra panela limpa. Vai derramando devagar a mistura quente, cuidado pra não queimar a mão.
  2. Deixa escorrer bem, mas não fica apertando as frutas senão a geleia fica turva. Só deixa a gravidade fazer o trabalho.
  3. Volta o caldo coado para o fogo baixo e adiciona o resto do açúcar. Mexe até dissolver tudo.
  4. Deixa cozinhar por mais uns 10 minutos, mexendo de vez em quando. O ponto é quando passa a colher no fundo e demora um pouco pra fechar o risquinho. Dependendo do seu fogo, pode levar até 40 minutos.

Esse é outro momento que exige paciência. Já queimei a boca provando direto da panela mais vezes do que admito.

Essa geleia ficou tão boa que a Daiane já pediu pra eu fazer de novo semana que vem. Ela passou no pão, eu experimentei no queijo minas e até no iogurte natural ficou incrível. O melhor é que dura semanas na geladeira, mas aqui em casa nem chegou no final da semana.

E aí, vai tentar fazer? Conta pra mim nos comentários como ficou a sua, se descobriu alguma técnica nova ou se deu algum problema no caminho. Adoro trocar ideias sobre essas experiências na cozinha!

Vai fazer a geleia? Essas dicas vão salvar sua receita (e te dar ideias incríveis)

Quanto tempo dura essa beleza?

Na geladeira, essa geleia fica perfeita por até um mês, mas confesso que aqui em casa nunca dura tanto. A Daiane adora no iogurte e eu passo no pão integral todo dia, então some rápido.

Se quiser guardar por mais tempo, pode congelar por até 3 meses. Uma dica que aprendi: congele em potes pequenos, daqueles de 100g. Assim você vai descongelando conforme precisa e não corre risco de estragar.

Os 3 pecados capitais da geleia (que já cometi todos)

Na minha primeira tentativa, achei que seria rápido igual geléia de morango. Que ilusão! Aprendi na prática os erros que estragam a receita:

Apressadinho: Tirar do fogo antes da hora é o erro mais comum. A geleia precisa dos 40 minutinhos no fogo baixo para pegar consistência. Se você desistir no meio do caminho, vai ficar com um suco grossinho.

Mão pesada na peneira: Outro dia a Daiane ficou com pena do que ia desperdiçar e apertou as frutas na peneira. Resultado? Geleia amarga e turva. Deixa escorrer naturalmente que o sabor fica perfeito.

Fruta verde: Jabuticaba tem que estar bem pretinha, quase caindo do pé. Se usar fruta verde, além do sabor ficar estranho, pode cristalizar rápido.

Sem açúcar cristal? Sem problemas!

Já fiz com demerara e ficou ótimo também. Só precisa ajustar o fogo: como demerara dissolve mais fácil, deixa em fogo baixo para não queimar.

Se quiser fazer com adoçante, recomendo os que são próprios para cocção. Mas aviso: a textura pode mudar um pouco. O açúcar ajuda na consistência final.

O momento da verdade: como saber o ponto exato

Esse é o passo que mais tira o sono de quem faz geleia pela primeira vez. Depois de várias tentativas (e algumas falhas), descobri dois testes infalíveis:

Teste do pratinho: Coloque um prato no freezer antes de começar. Na hora que achar que tá no ponto, pinga uma colherzinha da geleia no prato gelado. Espera 30 segundos e passa o dedo, se formar uma canaleta que não fecha, tá pronto.

Teste da colher: Mergulha a colher na geleia e vira. O líquido deve escorrer formando duas gotas gordas que se encontram no final da colher antes de cair. Parece complicado, mas depois que você vê uma vez, nunca mais esquece.

Não jogue fora o que sobrou na peneira!

Aquela polpa que fica depois de coar é puro ouro. Além do licor de jabuticaba que já mencionaram, você pode:

Misturar com farinha e ovos para fazer um bolo surpreendente. Fica com uma cor roxa linda e um sabor levemente ácido que combina demais com o doce.

Ou fazer um chá gelado: é só adicionar água quente, deixar infusionar e depois levar à geladeira. Fica uma bebida refrescante e diferente.

Modo restaurante: como deixar chique

Para impressionar nas visitas, adiciono na última meia hora de cozimento:

Uma varinha de baunilha, realça o sabor frutado sem overpower.

Ou uma pitada de pimenta rosa, dá um contraste picante que fica incrível com queijos.

E na hora de servir, coloco em potinhos de vidro pequenos com uma etiqueta bonita. Parece bobeira, mas faz toda diferença na apresentação.

Para além do pão com manteiga

Essa geleia é versátil pra caramba. Minhas combinações favoritas:

Com queijo minas frescal, o salgado do queijo e o doce da geleia são match perfeito.

Em cima de uma torrada de queijo brie derretido, sério, isso aqui é nível restaurante francês.

Num iogurte natural com granola, a Daiane adora no café da manhã.

Como molho para carne de porco, parece estranho, mas fica divino.

Deu tudo errado? Calma, tem conserto

Já passei por todas as situações e sobrevivi para contar:

Ficou rala demais? Volta para a panela, adiciona mais 100g de açúcar e cozinha por mais 15-20 minutos. Confia no processo.

Ficou doce demais? Espreme um limão na hora de guardar. O ácido corta a doçura e equilibra o sabor.

Cristalizou? Aquece em banho-maria mexendo sempre até dissolver os cristais. Às vezes salva, às vezes... bom, pelo menos você tentou.

Fazendo nas economias

Jabuticaba de feira é bem mais barata que supermercado. Aqui em SP, encontro por R$10-12 o kilo nas feiras de bairro.

Se a fruta tá muito cara, mistura com amora ou uva. O sabor fica diferente, mas também fica incrível e rende mais.

E sobre os potes: reutilizo aqueles de maionese ou palmito. Só esterilizar direitinho fervendo por 10 minutos que fica perfeito.

Geleia na churrasqueira? Pode isso?

Descobri por acaso que essa geleia fica sensacional como base para molho de churrasco. É só misturar com um pouco de molho inglês, alho e cebola. Fica um glaze perfeito para costelinha.

Outra descoberta aleatória: pingar um fio sobre sorvete de baunilha. O contraste de temperaturas e texturas é surreal de bom.

E o Titan, pode?

Muita gente pergunta se pode dar para os pets. No caso do nosso bulldog francês, nunca dou porque ele tem alergia a várias coisas. Mas mesmo para pets sem alergia, não recomendo, o açúcar não faz bem para eles.

O que faço é cozinhar algumas jabuticabas sem açúcar só para ele. Ele adora a polpa natural misturada na ração. Mas sem caroço, sempre!

Perguntas que sempre me fazem

Preciso tirar os cabinhos? Não precisa! Na verdade, é melhor deixar porque ajuda a segurar a fruta inteira durante o cozimento.

Posso fazer menos açúcar? Pode, mas a consistência muda. O açúcar não é só para adoçar, ele age como conservante natural.

Formou espuma, tiro? Se quiser uma geleia mais brilhante, tira a espuma com uma colher. Mas se deixar, não estraga não.

Sabia que a jabuticaba é uma fruta única?

Diferente da maioria das frutas, a jabuticaba cresce direto no tronco da árvore. E tem uma curiosidade científica: ela é rica em antocianinas, o mesmo antioxidante que tem no vinho tinto.

Por isso que a geleia fica com essa cor roxa tão intensa, quanto mais escura a fruta, mais antioxidante tem. Quase um superalimento, né?

E aí, se animou para fazer? Conta aqui nos comentários como ficou sua experiência! Já passou por algum perrengue com geleia? Tem alguma dica diferente que funciona na sua casa? Adoro trocar ideias com vocês, às vezes aprendo mais nos comentários do que em receita nenhuma!

Última modificação em Terça, 11 Novembro 2025 21:16

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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