Depois que pega o jeito do angu, essas variações vão te surpreender
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves).
Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos.
Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito.
Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.
2º. Suã: quando queremos algo diferente
Autor: Uma opção diferenciada e que fica uma delícia!
Confesso que suã nunca foi minha primeira opção na açougue, sempre achei que daria muito trabalho. Mas essa receita me mostrou como é prático quando você sabe preparar direito. A carne fica tão macia que quase desfia sozinha, e o sabor combina perfeitamente com a cremosidade do angu.
O segredo está no cozimento lento, não adianta ter pressa. Quando tentei acelerar o processo na primeira vez, ficou dura como sola de sapato. Agora sempre deixo no fogo baixo por pelo menos uma hora e meia, vale cada minuto de espera.
3º. Miúdos: economia sem perder sabor
Autor: Cozinhe com a Dani
Eu era daqueles que torcia o nariz para miúdos, até entender que o problema era eu não saber temperar direito. A técnica da panela de pressão por 30 minutos transforma completamente a textura, fica incrivelmente macio. E o caldo que sobra? Não joga fora, usa para cozinhar o angu que fica com um sabor profundamente carnudo.
Dica importante: lava bem os miúdos em água corrente antes de cozinhar, tira aquele cheiro forte que às vezes afasta as pessoas. Faz toda diferença no resultado final.
Essa combinação é daquelas que todo mundo lembra depois de provar. A costela precisa de tempo para ficar no ponto, eu gosto de deixar umas 3 horas no fogo bem baixo, até a carne começar a se desprender do osso sozinha. Quando acerta o ponto, nem precisa faca para cortar.
Já serví para uns amigos que vierem em casa e todo mundo ficou impressionado como um prato tão simples pode ter tanto sabor. É daqueles que rende elogios por uma semana.
Diferente do que todo mundo pensa, miúdos de porco não são difíceis de trabalhar. O segredo está no pré-cozimento e na temperança certa. Fica tão saboroso que às vezes prefiro até à carne convencional, e o bolso agradece bastante.
Uma coisa que aprendi: sempre compre miúdos frescos, nunca congelados. A textura fica completamente diferente, mais firme e saborosa. Vale a pena perguntar no açougue se tem chegado no dia.
Carne moída E costelinha? Parece exagero até você experimentar. A costelinha dá aquela profundidade de sabor que a carne moída sozinha não consegue, e a gordura dela ajuda a deixar todo o molho mais cremoso. É uma daquelas combinações que explica por que a comida baiana é tão especial.
Recomendo marinar a costelinha algumas horas antes com limão e alho, quebra um pouco a gordura e deixa ainda mais saborosa. Não precisa nada complicado, mas faz diferença.
Se você tem receio de trabalhar com miúdos, começa por esses aqui. São mais suaves no sabor e mais fáceis de acertar o ponto. Ficam perfeitos para quem está querendo experimentar algo diferente sem medo de errar.
Cozinha rapidinho também, uns 20 minutos já estão no ponto. E o melhor: são baratíssimos. Dá para fazer um prato para quatro pessoas gastando quase nada.
Essa é para os corajosos, bofe tem um sabor bem característico que divide opiniões. Mas quando bem preparado, fica uma delícia. A textura é diferente de tudo, meio esponjosa mas num bom sentido, se é que isso faz sentido.
Recomendo para quem já está familiarizado com miúdos e quer experimentar algo novo. É daqueles sabores que ou você ama ou você odeia, não tem meio termo.
Essa receita me transportou direto para a casa da minha avó. Pé de galinha era um clássico que ela sempre fazia nos domingos, e eu nem valorizava na época. Hoje entendo o porquê desse prato ter sobrevivido gerações, o caldo fica incrivelmente saboroso e gelatinoso.
Demora para cozinhar? Demora. Vale a pena? Cada minuto. É daqueles pratos que não dá para fazer com pressa, tem que respeitar o tempo da panela.
Linguiça é sempre uma aposta segura, difícil errar. Mas o que mais gosto nessa receita é como o molho aproveita a gordura que solta da linguiça para criar uma base saborosa para o angu. Fica aquele gosto defumado que combina perfeitamente com o milho.
Prefiro linguiça toscana para essa receita, mas já fiz com calabresa também e fica ótimo. Depende do que você tem na geladeira mesmo.
Quem diria que angu com frutos do mar ficaria tão bem? A cremosidade do milho combina perfeitamente com o sabor do mar. Fica sofisticado sem perder a essência caseira, perfeito para quando queremos impressionar sem complicação.
Usei camarão e lula na vez que fiz, mas acho que mexilhões também funcionariam bem. Só cuidado para não cozinhar demais os frutos do mar, senão ficam borrachudos.
Os mineiros sabem das coisas quando o assunto é comida reconfortante. Essa versão é um pouco diferente da baiana tradicional, o angu fica mais consistente, quase dando para cortar em pedaços. E o molho é mais encorpado, cheio de personalidade.
Perfeito para dias frios, daqueles que você quer algo que aquente por dentro. Serve com uma couve refogada na hora que fica divino.
Vamos combinar que bacon melhora quase tudo na vida, né? Nessa receita ele dá uma crocância e sabor defumado que contrasta perfeitamente com a suavidade do angu. E a gordura que solta serve como base para o molho, então não desperdiça nada.
Dica: doure bem o bacon antes de adicionar os outros ingredientes, isso realça o sabor. E não jogue fora a gordura, é ouro líquido para temperar o angu.
Bisteca foi uma das primeiras carnes que aprendi a fazer com angu, e até hoje é uma das minhas preferidas. Quando bem temperada e grelhada no ponto certo, fica suculenta por dentro e crocante por fora. O contraste com o angu cremoso é simplesmente perfeito.
Gosto de fazer a bisteca na churrasqueira para dar aquele gosto defumado, mas na frigideira antiaderente também fica ótimo. O importante é não cozinhar demais para não secar.
Frango é sempre uma opção segura, todo mundo gosta, é barato e fácil de preparar. Essa receita em particular me surpreendeu pelo tempero, que é simples mas muito eficiente. O frango fica tão suculento que quase não precisa de faca para desfiar.
Uso sempre coxa e sobrecoxa porque têm mais sabor, mas peito também funciona se você preferir. Só cuidado para não secar, frango cozido demais perde toda a graça.
Qual delas você vai experimentar antes? Tem opção para todos os gostos e bolsos, desde as mais econômicas até as mais elaboradas. Quando preparar alguma, corre aqui e conta nos comentários como ficou, é um prazer dividir esses aprendizados culinários.
Adicionar comentário