Agora que você já tem o pernil dominado, que tal complementar sua ceia com pratos que já testei, ou ao menos roubei o suficiente pra saber que funcionam?
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves).
Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos.
Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito.
Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Sobremesa cassata – torta de sorvete sem sorvete
Autor: Receitas de pai
Já fiz essa cassata duas vezes, na segunda, quase esqueci de colocar o chocolate e tive que raspar a panela do creme de novo. A graça dela tá justamente nessa ilusão: parece sorvete, mas é feita com creme branco, claras em neve e creme de leite. O segredo? Bater as claras bem firmes e misturar com delicadeza, senão vira sopa gelada.
Ah, e se quiser um toque extra, use chocolate meio amargo. Fica menos doce e equilibra melhor com a ceia. Dá pra preparar até um dia antes. Sério, ninguém vai perceber que não saiu de uma sorveteira.
3º. Assado com só 4 ingredientes (e zero culpa)
Autor: Aquela receita
Diferentemente do que se imagem, jantar de ano novo não precisa ser um espetáculo circense. Essa receita aqui é o oposto disso: carne, cebola, batata e queijo. Só. Não tem molho mirabolante, não tem marinada de 12 horas. Você joga tudo na assadeira, tempera e espera o forno fazer a mágica. Acho que já fiz isso no meio de uma discussão sobre roda de final de ano e ainda saiu perfeito.
Dica prática: corte a batata um pouco mais fina que a carne. Assim, ela não fica crua enquanto a carne doura. E o parmesão? Coloque nos últimos 10 minutos pra não queimar.
Confesso: por muito tempo evitei arroz à grega achando que tinha cara de buffet de hotel barato. Até que testei uma versão com legumes al dente e passas levemente douradas na manteiga. Mudou tudo. O segredo tá em não cozinhar tudo junto, cada ingrediente entra no seu tempo. O arroz fica soltinho e os legumes mantêm o frescor.
Pra ser sincero, talvez tenha sido sorte, mas agora faço sempre. E se alguém reclamar das frutas cristalizadas? Deixa fora. Ninguém vai notar, juro.
Já vi tanto salpicão mole, aguado, sem graça... Esse aqui quebra o padrão. O frango é desfiado na hora, a batata palha entra só na hora de servir e o creme, pode ser requeijão, catupiry ou até iogurte natural, dá liga sem encharcar. Uma vez, testei com maionese caseira e Daiane disse que parecia de restaurante italiano.
Ahhh, quase me esqueci: se for deixar na geladeira, misture só metade da batata palha. A outra metade, espalhe por cima na hora de levar à mesa. Senão, vira mingau crocante.
Lentilha no ano novo? Claro. Mas não adianta só jogar lá no fundo da panela. Ela precisa ser cozida até quase desmanchar, refogada com a linguiça toscana, ou bacon, se preferir, e misturada ao arroz quente. O resultado é um prato que gruda na colher de tão saboroso.
Uma vez tentei substituir por feijão preto achando que ia funcionar como símbolo de fartura. Não funcionou. Ficou estranho. Então, vamos de lentilha mesmo, tá bom?
Fazer prato quente com camarão parece complicado, mas esse aqui leva só 15 minutos no forno depois do preparo. O truque? Cozinhar a batata quase até o ponto, temperar o camarão com limão e alho antes de montar e usar um molho branco bem simples, até de caixinha serve, desde que você refogue com uma pitada de noz-moscada.
Agora, cuidado com o queijo: use um ralado grosso. Se for muito fino, derrete rápido demais e forma aquela casca dura. Já aprendi isso da pior maneira.
Farofa de ano novo tem que ter personalidade. Essa aqui ganha com manteiga derretida no refogado e um punhado generoso de salsinha e cebolinha frescas. Se quiser elevar, acrescente uma maçã verde picada, dá um contraste doce-ácido que combina com pernil.
Não lembro se foi nessa vez ou na Ceia do ano retrasado, mas já errei e usei farinha crua demais. Resultado: travou o jantar inteiro. Agora, sempre torro bem antes de adicionar os outros ingredientes.
Tem gente que engole um prato de lentilha só por simpatia. Mas se você fizer ela direito, com cebola caramelizada, um fio de azeite e um caldo leve, vira até entrada sofisticada. Já servi assim num jantar informal e ninguém questionou.
Particularmente detesto quando ficam muito moles. Então, cozinho até quase al dente e desligo o fogo antes. O vapor termina o serviço sem virar papa.
Essas cestinhas são ótimas pra quem quer impressionar sem passar três horas na cozinha. A massa de pastel vira casquinha com um toque de forno, e o recheio, basicamente cream cheese com um pouco de tempero, segura bem. As passas dão aquele toque natalino sem exagero.
Dica: se for fazer pra muita gente, prepare as cestinhas com antecedência e aqueça só na hora. O recheio pode ficar na geladeira até 24h antes. Ah, e evite rechear muito cedo, senão a massa amolece.
Se você deixou pra comprar bacalhau na véspera, relaxa. Essa versão funciona bem até com versões pré-dessalgadas (sim, existem). O leite de coco dá uma suavidade que equilibra o salgado do peixe, e o queijo gratinado por cima? Esqueça dieta. Vale cada garfada.
Uma vez substituí por lula e ficou estranho. Então, se quiser trocar, vá de frutos do mar em conserva ou congelados, mas não invente muito. O bacalhau é o astro aqui.
Esse pavê resolve dois problemas de uma vez: o que fazer com o panetone sobrando do Natal e como fechar a ceia com algo leve. A ideia é simples: camadas de panetone umedecido com leite, creme de confeiteiro e frutas em calda. Parece besteira, mas o resultado é surpreendente.
Já fiz com panetone caseiro e com o industrializado. Confesso que o industrializado absorve melhor o creme, talvez pela textura mais macia. Se quiser, pode até montar num pote de vidro e servir individualmente. Fica lindo.
Depois de tanto comer, uma sobremesa ácida cai como um soco de frescor, no bom sentido. Essa aqui é equilibrada: massa de bolacha, creme com limão e leite condensado, e merengue leve por cima. Nada enjoativo.
Uma dica não óbvia: use a casca do limão no creme, mas só a parte amarela. A branca amarga tudo. E se for fazer o merengue, espere esfriar um pouco antes de colocar, senão derrete e vira calda triste.
E aí, qual dessas vai entrar na sua lista? Alguma já fez sucesso na sua casa? Volta aqui depois e me conta, adoro saber como cada um transforma essas ideias na própria mesa. Cozinhar é um ato coletivo, mesmo quando a gente tá sozinho na cozinha.
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