Pão Sovado Caseiro de Padaria

  • Uma massa de pão com a qualidade que você sempre quis em sua casa. Todos ficarão impressionados com esse delícia.
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Farinha, água, sal e fermento. Só isso separa você de nunca mais comprar um pão sovado meia-boca. Depois de anos testando versões, e errando feio algumas vezes, descobri que o segredo não está em ingredientes mirabolantes, mas no toque certo na massa e no respeito pelo tempo dela. Aqui em casa, até o Titan, que não pode nem cheirar trigo por causa da alergia, fica de olho na bancada quando começo a sovar.

Fiz esse pão sovado caseiro de padaria pela primeira vez achando que bastava misturar e levar ao forno. Resultado? Um tijolo com cara de pão. Hoje, depois de cursos, ajustes e muita farinha no chão, entendi que sovar por pelo menos 10 minutos dá liga, ar e leveza, e que o descanso não é capricho, é obrigação. A massa precisa respirar antes de virar ouro no forno.

Se você já desistiu de fazer pão em casa por achar complicado, dá uma chance a essa versão. É simples, dá certo e transforma qualquer café da manhã numa celebração. Testa aí e me conta: sua cozinha também virou ponto de parada depois do cheiro de pão quentinho?

Receita de Pão Sovado Caseiro de Padaria Fofinho Simples e Fácil: Saiba Como Fazer

Quantidade
2 pães grandes
Preparação
2h 10min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

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Essa receita não exige ingredientes especiais, tudo que você precisa provavelmente já tem na despensa. Só fica de olho no fermento, ele tem que estar fresquinho pra dar certo.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Preparando a base da massa

  1. Pega uma tigela grande e coloca todos os ingredientes secos: farinha, açúcar, sal. Vai adicionando o leite aos poucos, mexendo conforme for precisando. A massa não pode ficar muito mole nem muito dura, então vai no feeling.
  2. Mistura tudo com as mãos mesmo, sem medo de sujar. Se a massa ficar grudando muito na mão, joga um pouquinho mais de farinha e vai amassando até parar de grudar. Eu prefiro fazer na mão que na espátula, sinto melhor o ponto.

Dica: quando for colocar a farinha, peneira antes. Parece besteira mas faz diferença, a massa fica mais lisa e o pão mais fofo. Aprendi isso depois de fazer uns pães meio empelotados.

Hora de sovar de verdade

  1. Agora leva a massa pra bancada e começa a sovar. Isso aqui é terapia, viu? Sova por uns 10 minutos no mínimo, até a massa ficar lisinha e começar a formar umas bolinhas de ar. Não pula essa etapa, é ela que dá a textura boa.
  2. Depois de bem sovada, deixa a massa descansar por uns 20 minutos. Ela vai crescer um pouco, mas o melhor ainda está por vir. Cobri com um pano limpo e fui tomar um café.

Modelando os pães

  1. Passado o tempo, joga um pouco de farinha na bancada e divide a massa em duas partes iguais. Abre cada uma com o rolo até ficar com formato de retângulo, mais ou menos da largura da sua forma.
  2. Agora vem o segredo do formato: pega uma das pontas mais compridas e vai enrolando bem apertado, tomando cuidado pra não deixar bolhas de ar dentro. Aperta as pontas pra fechar.
  3. Cada retângulo vai virar um cilindro. Junta os dois cilindros lado a lado, com as emendas viradas pra baixo, e aperta bem as extremidades pra grudarem. Fica com uma cara profissional, sério.

Descanso final e acabamento

  1. Deixa a massa descansar de novo, mas agora por 1 hora inteira. Ela vai dobrar de tamanho, fica gigante. A Daiane passou pela cozinha e falou "nossa, que monstro", quase me assusto.
  2. Prepara a gema com 2 colheres de leite pra pincelar. Pincela com jeitinho, sem apertar o pão pra não murchar.
  3. Pega uma faca bem afiada e faz um corte no meio do pão, no sentido do comprimento. Tem que ser fundo mas sem dividir em dois, é mais fácil falar que fazer, na primeira vez eu quase cortei tudo.

Se você é do time dos pães doces, joga um açúcar por cima antes de levar ao forno. Fica com uma crosta crocante que é uma delícia, experimentei na última fornada e adorei.

Hora da mágica no forno

  1. Preaquece o forno a 180°C por 20 minutos. Enquanto isso a massa descansa mais um pouco.
  2. Leva para assar por 20 a 25 minutos. Fica de olho, quando estiver dourado e brilhante já pode tirar. O cheiro na cozinha é inacreditável, aviso desde já.

Essa receita de pão sovado caseiro virou paixão aqui em casa. A primeira vez que fiz ficou meio irregular, mas hoje já saio com dois pães lindos e cheirosos que duram a semana toda. O segredo mesmo está em não ter pressa, o descanso da massa faz toda diferença entre um pão fofinho e um tijolinho.

E aí, vai tentar aí na sua casa? Me conta como ficou nos comentários, se descobriu algum truque novo ou se deu algum probleminha. Adoro trocar ideia sobre essas experiências na cozinha, sempre aprendo algo novo com vocês.

Antes de ligar o forno, leia essas dicas, seu pão vai agradecer (e o Titã vai ficar de orelha em pé)

Quanto tempo esse pão dura? E como não virar um tijolo no segundo dia?

Se você guardar em temperatura ambiente, num pote fechado ou embrulhado num pano limpo, ele dura até 5 dias. Mas a verdade? Na minha casa, sume em 48 horas. A Daiane sempre pega a primeira fatia, e o resto? Vira torrada no café da manhã. O segredo para manter a maciez? Nada de plástico. Ele prende o vapor e deixa a casca mole. Pano ou papel manteiga é o jeito certo.

Se quiser guardar por mais tempo, corte em fatias e congele. Não em saco plástico comum, mas em um de fechamento hermético. Retire o ar, marque a data e vá direto pro freezer. Dá pra manter por até 3 meses. Quando quiser comer, jogue direto na torradeira. Sairá quentinho, crocante por fora, fofinho por dentro. Já fiz isso depois de uma festa, sobraram dois pães. E no dia seguinte, o café da manhã foi uma celebração.

Erros que eu já cometi (e que você pode evitar)

A primeira vez que fiz esse pão, usei fermento seco achando que era a mesma coisa. Resultado? Massa que não cresceu. O fermento fresco tem uma vida mais ativa, e ele é o que faz o pão subir com personalidade. Não adianta economizar nisso. Já vi gente usar fermento de padeiro velho, não vale a pena.

Outro erro clássico: sovar por menos de 10 minutos. Eu já fiz assim, achando que era suficiente. A massa ficou pesada, como se tivesse medo de crescer. O ponto é quando ela deixa de grudar nas mãos e fica elástica, como uma borracha. Se você parar cedo, o pão vai ser duro por dentro.

E não esqueça: o leite precisa estar morno, não quente. Já queimei uma massa assim. O fermento morre. E aí? Você tem um tijolo com cheiro de ovo. Teste no pulso: se você segurar por 5 segundos sem puxar a mão, tá na temperatura certa.

O truque do forno desligado: como fazer a massa crescer mesmo no inverno

Se a sua cozinha é fria, a massa não cresce direito. Já aconteceu comigo em janeiro, aqui em São Paulo. A solução? Ligue o forno por 2 minutos, só pra esquentar. Desligue. Coloque uma tigela com água quente lá dentro, e a massa na prateleira de cima. Feche a porta. O calor residual e o vapor criam um ambiente perfeito. Ela cresce duas vezes mais rápido. É o jeito da minha mãe de fazer, e ainda funciona.

Outro truque: antes de pincelar com gema, passe um pano úmido na massa. Ela fica mais macia, e o brilho fica mais intenso. É um detalhe que pouca gente faz, mas faz toda a diferença.

E se eu quiser trocar algum ingrediente?

Margarina por óleo? Pode. Mas use 100ml, não 2 colheres. O óleo deixa o pão mais úmido, mas perde a textura cremosa. Se for usar, prefira o de canola.

Açúcar por adoçante? Pode, mas o pão não doura tanto. O açúcar ajuda a caramelizar a casca. Se usar adoçante, pincele com um pouquinho de mel depois de assar. Fica com aquele brilho que a gente ama.

Fermento fresco por seco? Sim, use 17g. Mas dissolva ele no leite morno com o açúcar e espere 10 minutos. Se não borbulhar, joga fora. Fermento morto não ressuscita.

A parte mais difícil: sovar por 10 minutos sem desistir

Sovar não é só amassar. É um ritual. É como se você estivesse dando carinho à massa. Se você fizer rápido, ela não desenvolve o glúten. E o pão fica pesado. Eu já desisti no 5º minuto. Resultado? Um tijolo que o Titã nem cheirou.

Minha dica? Coloque uma música. Não precisa ser nada especial. Só algo que te faça lembrar de quando era criança. Eu coloco aquela de “Aquarela”. E enquanto sovo, penso na Daiane. Ela sempre diz que eu sovo como se estivesse batendo em alguém. Talvez seja verdade. Mas a massa fica boa.

Se sua mão doer, pare por 1 minuto. Volte. Não desista. O resultado vale cada minuto.

Por que o ovo inteiro? E por que o sal?

O ovo não é só para cor. Ele ajuda a dar estrutura e umidade. A gema amacia, a clara ajuda a manter a forma. Se você colocar só a gema, o pão fica mole demais. Só a clara? Vira um biscoito. Então, o inteiro é o equilíbrio.

O sal? Não é só para temperar. Ele controla a ação do fermento. Sem ele, o pão cresce rápido, mas fica sem sabor. Com ele, o crescimento é lento, controlado, e o sabor fica profundo. É como a vida: um pouco de sal faz tudo ficar melhor.

Com o que comer esse pão? Ideias que vão além do requeijão

Claro, requeijão é clássico. Mas já experimentou com geleia de morango? A mesma que a Daiane ama? Aquele que derrete o coração, e a colher. Já fiz um lanche com pão quente, geleia e um fio de mel. Ela não falou nada. Só comeu. Depois disse: “isso é que é café da tarde de verdade”.

Na minha casa, virou ritual: pão quentinho, um fio de azeite, sal marinho e um pouco de orégano. É só isso. E a vista da Marginal Tietê à noite? É o melhor acompanhamento.

E se quiser um toque de sofisticação? Queijo minas derretido com goiabada. Clássico paulistano. Combina perfeito.

Perguntas que todo mundo faz (e algumas que ninguém faz, mas deveria)

Posso usar farinha integral? Pode, mas não substitua toda a farinha. Use 1 xícara de integral e 2 de branca. O pão fica mais nutriente, mas mais pesado. Se quiser, aumente o tempo de descanso.

Posso fazer sem ovo? Sim, mas o pão vai ser mais seco. Se for por restrição, use 30ml de leite vegetal + 1 colher de sopa de óleo. Mas não espere o mesmo resultado.

Por que meu pão rachou em cima? Ou faltou água na massa, ou você não fez os cortes superficiais antes de assar. O corte guia a expansão. Se não fizer, o pão escolhe o caminho, e às vezes escolhe errado.

Duas coisas que ninguém te conta sobre pão sovado

Primeiro: o cheiro da casa. Quando você coloca o pão no forno, o cheiro que sai? É o cheiro de infância. De domingo. De vovó. De casa. Não é só pão. É memória. E você está criando isso.

Segundo: a massa é sensível ao humor. Se você tá com pressa ou estressado, ela não cresce direito. Verdade científica não comprovada (mas toda dona de casa sabe): pão feito com paciência fica mais fofinho. Desafio você a testar no próximo fim de semana e me contar nos comentários!

Se o pão sair cru por dentro, não jogue fora, transforme

Já aconteceu comigo. Tirei cedo demais, ansioso. Ficou úmido no centro. Em vez de jogar fora, cortei em fatias grossas, passei manteiga e torrei na frigideira. Virou um “pão à milanesa seco”, como a Daiane chamou. Comemos com ovo frito em cima. Salvou a noite.

Outra opção: fatie fino, tempere com azeite, alho e orégano, e leve ao forno até ficar crocante. Vira crouton artesanal. Perfeito pra sopa. Nada se perde, especialmente quando o Titã fica de olho em tudo.

O pão sovado tem raízes que ninguém conta

Essa técnica de sovar a massa foi desenvolvida na Europa, mas chegou aqui no Brasil com os imigrantes italianos. Eles descobriram que, ao amassar, desenvolviam o glúten, aquela rede elástica que segura o gás do fermento. Sem sovar, o pão fica compacto. Mas atenção: sovar demais também estraga! O ponto ideal é quando a massa volta devagar se você apertar com o dedo.

E sabia que em São Paulo nos anos 20 tinha “padeiros de sovar”, caras fortonas que só faziam isso o dia todo? Imagina o shape!

Se você chegou até aqui, é porque quer fazer bem. Não por perfeição, mas por respeito. Aquele cheiro que enche a casa? É o som da sua paciência se rendendo ao resultado. Me conta nos comentários: você ouviu o estalo do pão? Ou o pão ficou plano? E o leite morno? Usou ou achou que dava pra pular? Me conta. Se fizer esse pão, marque no Instagram @sabornamesaoficial. Vamos ver como ficou.

Última modificação em Terça, 11 Novembro 2025 21:40

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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