O Melhor Risoto de Queijo Cremoso que já viu

Você vai se apaixonar por essa receita de sucesso. Ideal para se reunir com os amigos ou para uma noite romântica.
O Melhor Risoto de Queijo Cremoso que já viu
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Farinha, água, sal e fermento. Só isso separa você de nunca mais comprar um pão francês meia-boca, mas falando de risoto de queijo, a mágica tá toda no amido do arroz e no parmesão ralado na hora. Já fiz essa receita mais vezes do que consigo contar, e mesmo depois de uma tentativa em que o Titanzinho ficou sentado na cozinha com cara de “isso tá bom, mas cadê a carne vermelha?”, entendi que simplicidade é a chave.

O segredo não tá em ingredientes exóticos, mas na técnica: aquele movimento de vai-e-vem com a colher, o caldo quente entrando aos poucos, e o queijo derretendo como neve. Uma vez, minha esposa olhou o prato e disse: “Dá pra comer só isso hoje, né?”, e sim, dá. Porque quando o arroz arbóreo solta o amido certo e o parmesão se funde com a manteiga, o resultado é puro luxo com cara de coisa simples.

Se você nunca fez um risoto de queijo cremoso de verdade, tá perdendo uma das experiências mais satisfatórias que a cozinha oferece. E olha, não precisa ser chef: basta um pouco de atenção e vontade de se deliciar. Mais abaixo, te mostro exatamente como fazer, e depois me conta se não virou seu novo favorito.

A Melhor Receita de Risoto de Queijo Cremoso Simples e Fácil: Saiba Como Fazer

Rendimento
2 porções
Preparo
30 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

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Todos os ingredientes são fáceis de encontrar. O segredo tá no parmesão – se puder ralar na hora, faz diferença. Já usei industrializado em dias corridos, mas não é a mesma coisa.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Passo a passo:

  1. Antes de começar, prepare o caldo de legumes e deixe aquecendo em fogo baixo. Ter ele quente é essencial – se for frio, o arroz para de cozinhar no meio do processo. Use caseiro se tiver, senão um tablete dissolve bem.
  2. Em uma panela média, aqueça o azeite com duas colheres de manteiga. Quando derreterem, junte a cebola picada e refogue até ficar transparente. Não precisa dourar, só amolecer bem.
  3. Adicione o arroz e mexa por uns 2 minutos. Ele tem que pegar o tempero, ganhar um brilho. Esse momento é quando o grão começa a abrir.
  4. Despeje o vinho branco e mexa sem parar. O barulho vai mudar quando ele começar a evaporar – isso demora uns 2 a 3 minutos. Quando não tiver mais líquido visível, o arroz já está absorvendo tudo.
  5. Agora entra o caldo: uma concha de cada vez. Espere quase todo o líquido ser absorvido antes de colocar a próxima. Mexa sempre, mas não como um robô – dá aquele movimento de vai e vem, tipo onda. É assim que o amido sai devagar e cria a cremosidade.
  6. Depois de uns 18 minutos, o arroz deve estar “al dente” – macio por fora, com um pontinho firme no centro. Se ainda estiver duro, continue com mais caldo. Se já estiver bom, desligue o fogo.
  7. Junte a cúrcuma, misture bem. Ela dá aquela cor dourada que deixa o prato com cara de feito com amor – e não é só visual, tem um fundo terroso que combina com o queijo.
  8. Na sequência, acrescente o parmesão ralado, a última colher de manteiga e a pimenta. Misture com vigor. A manteiga e o queijo vão transformar tudo num creme liso, sem pedaços. Se empelotar, mexe mais – o calor resolve.
  9. Prove. Talvez nem precise de sal. O parmesão já é forte. Se sentir falta, coloque uma pitada. Pimenta pode ir a gosto – eu gosto de um toque, nada de queimar a boca.
  10. Sirva imediatamente. Risoto esfriado endurece, perde o brilho. Melhor comer quente, com alguém do seu lado pra dividir – ou não, depende da fome.
Uma vez fiz esse risoto enquanto o Titanzinho ficava encarando, como quem espera um naco de carne aparecer. Não tinha carne, claro, mas ele nem ligou – só queria saber por que a casa inteira estava com cheiro de conforto. Daiane chegou, provou e falou: “pode repetir essa semana?”. E olha, não foi só elogio de esposa, foi constatação. Esse prato é daqueles que parece complicado, mas é só atenção e paciência. Vale testar com outros queijos, tipo gorgonzola ou muçarela de búfala. Quem sabe você inventa uma versão que vira rotina aí na sua casa também. Faz aí e depois conta nos comentários – qual queijo usou, se o ponto ficou bom, se alguém tentou roubar seu prato. Vamos trocando ideia, como numa cozinha de domingo qualquer.

Antes de servir, leia essas dicas – vão mudar seu risoto para sempre

Quanto tempo esse risoto dura? (e como não estragar tudo no reaquecimento)

Se sobrar – e digo isso com um pouco de desconfiança porque ele some rápido –, guarde em recipiente bem fechado na geladeira por até quatro dias. Não seis, como dizem por aí. O arroz arbóreo é traiçoeiro: na primeira vez que tentei congelar, virou uma pedra no dia seguinte. Reaqueça devagar, em banho-maria ou na panela com um fio de água ou caldo. Mexa com paciência. Já vi Daiane tentar salvar um resto frio no micro-ondas e virar um mingau empelotado. Ela nem reclamou, só olhou pra mim e disse: “foi mal, amor”. Tudo bem, até porque ela compensou com um biscoito depois.

O truque do caldo quente (sim, é mais importante do que você pensa)

Fazer o caldo esfriar é o erro número um dos iniciantes

O arroz arbóreo é sensível. Se você colocar caldo frio, ele trava, para de cozinhar e vira um grumo. Por isso, mantenha o caldo aquecendo numa panela ao lado – não fervendo, só morno. Uma vez, estava com pressa, joguei direto do frasco gelado… Resultado? Quase 20 minutos perdidos tentando recuperar a textura. Desde então, nunca mais. Faço o caldo antes, coloco numa chaleira pequena perto do fogão. Prático, funcional, e evita drama. E se você quiser um toque extra, use caldo caseiro – tem uma receita aqui no Sabor na Mesa que rende bastante e congela bem.

Sem parmesão? Sem problema. Mas escolha certo.

Não qualquer queijo resolve – mas alguns funcionam melhor do que imaginamos

O parmesão dá um sabor umami intenso e salgado, então se trocar, ajuste o sal. Já testei com pecorino (ótimo, mais picante), grana padano (mais suave) e até com queijo coalho ralado – sim, brasileiríssimo, e surpreendeu. Muçarela não funciona sozinha, mas misturada com um queijo duro, tipo canastra envelhecido, pode dar certo. Evite os industrializados em cubos; pouca gordura, muito conservante, derretem mal. Ah, e se for usar gorgonzola, coloque metade da quantidade – é forte, mas combina com vinho branco e cebola bem refogada.

Mexer demais ou de menos? O equilíbrio que ninguém conta

Mexer é essencial, mas não precisa ser obsessivo. O movimento ideal é aquele vai-e-vem com a colher de pau, tipo onda, pra liberar o amido sem quebrar o grão. Já vi gente mexer como se estivesse castigando o arroz – resultado: virou mingau. Também já deixei quieto uns cinco minutos achando que “ia dar certo assim”... não deu. O fundo grudou, e tive que raspar. A lição? Fique por perto. Até o Titanzinho sabe quando o cheiro muda, fica mais denso, acolhedor. Ele até levanta as orelhas.

Sobra de risoto? Não jogue fora. Vira outra festa.

Bolinho de risoto é clássico, mas tem um jeito que aprendi com um chef em Perugia: faça croquetes finos, frite e sirva com uma geleia de tomate caseira. Fica chique e aproveita tudo. Outra opção: espalhe numa assadeira, leve ao forno até secar um pouco, e transforme em um “risoto crocante” tipo paleta – ótimo para petiscar. Titan não pode comer, claro (nada de queijo pra ele), mas fica vigiando do sofá como se fosse um guarda-costas de comida.

Quer deixar chique com um toque só?

Trufa não é obrigatória, mas essa ideia é acessível e faz diferença

Finalize com uma raspagem de limão siciliano ou laranja amarga. Parece loucura, mas corta a gordura do queijo e abre o paladar. Uma vez fiz isso sem querer – Daiane deixou a casca cair no prato – e foi um acidente feliz. Também funciona com um fio de azeite extravirgem bom, aquele escuro, picante na garganta. Coloque na hora de servir, nunca durante o cozimento. E se quiser impressionar: uma folhinha de tomilho ou manjericão fresco. Só não exagere, senão vira salada.

“Posso usar outro arroz?” – a pergunta que todo mundo faz

Arroz branco comum não segura o processo. Ele solta amido rápido demais e vira papa. Arborio ou carnaroli são os únicos que funcionam. Risoni (aquele arrozzinho em formato de anel) dá certo, mas cozinha mais rápido – cerca de 12 minutos. Já experimentei com aveia em flocos grossos, numa versão low carb – ficou interessante, mas não é risoto. É outra coisa. Tem sua graça, mas não engana ninguém.

E se eu te disser que risoto combina com café da manhã?

Sim, isso existe. E não é loucura.

Numa manhã de domingo, sobrou um pouco. Esquentei, coloquei um ovo pochê em cima e servi com torrada. Parecia pecado, mas era bom. O queijo, o ovo escorrendo, o arroz cremoso... Combina com suco de laranja natural. Testei duas vezes. Daiane achou estranho no começo, depois repetiu. Talvez seja só para almas corajosas. Ou famintas. Ou as duas coisas.

Serve em jantar romântico? Em reunião de amigos? Serve até no caos da segunda-feira

É um prato que se adapta. Com taça de vinho e velas, parece restaurante. Com uma cerveja gelada e umas azeitonas, vira happy hour. E numa segunda-feira qualquer, com pijama e vista da Marginal à noite, vira conforto puro. O importante é não esperar ocasião perfeita. Cozinhar não precisa de motivo. Às vezes, o motivo é só o Titanzinho sentado ali, esperando o vapor subir.

Já fiz sem vinho. E sem caldo pronto. E quase sem queijo.

Confesso: já improvisei com água fervida com tablete de legumes, sem vinho (acabou), e parmesão ralado grosso porque não tinha tempo de ralar fino. Deu certo? Sim. Ficou igual? Não. Mas salvou o jantar. O vinho, inclusive, não some – ele evapora, deixa um fundo ácido que equilibra o queijo. Se não tiver, use suco de uva branco sem açúcar ou um pouco de limão. Pouco. Só para acidular. E rale o queijo na hora. Sério, faz diferença. Já usei industrializado por preguiça. Nunca mais.

O que combina com esse sabor? Além do óbvio.

Além do pão, além do vinho: um espumante brut. Corta a gordura, eleva o queijo. Também gosto com uma salada de rúcula, nada de molho – só sal, limão e azeite. O amargor dela equilibra. E se quiser algo doce depois? Biscoito de polvilho. Daiane aprova. E se quiser algo inesperado: uma goiabada cascão cortada fina ao lado. Doce com salgado, textura macia com crocância. Parece loucura, mas funciona.

Risoto não é italiano por acaso – mas evoluiu muito desde o norte da Itália

Vem da Lombardia, onde o arroz cresce bem. Originalmente era com manteiga e queijo local, tipo grana padano. O vinho entrou depois, para deglacear. Hoje, é um prato mutante – cada região tem sua versão. O nosso, com cúrcuma, é uma adaptação caseira. Não é tradicional, mas traz cor e um fundo terroso que casa com o parmesão. Nada contra a tradição, mas cozinha também é sobre o que tem na despensa e no coração.

E aí, já fez seu risoto? Conta aqui nos comentários: qual queijo usou, se deu certo no primeiro try, se alguém tentou roubar seu prato ainda quente. Vamos trocando ideia, como quem está junto na cozinha, ouvindo o barulho da colher na panela e o Titanzinho resmungando por atenção.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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