Risoto de Camarão Cremoso com Queijo e Requeijão de dar água na boca

Uma especialidade que pode ser feita no conforto da sua casa!
Risoto de Camarão Cremoso com Queijo e Requeijão de dar água na boca
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Se você já tentou fazer um risoto e acabou com uma sopa de arroz, eu te entendo. Já fiz isso. Três vezes.

O segredo não está no vinho, nem no caldo, nem mesmo no camarão. É no momento em que você desliga o fogo. Antes do arroz ficar mole. Antes de achar que já está no ponto. O amido precisa de tempo para se soltar, e o requeijão? Ele não é só cremosidade, é um truque de quem já viu o queijo derreter errado. A Daiane uma vez botou o requeijão direto na panela quente. Virou grumos. Depois aprendemos: mistura com um pouco de caldo primeiro. Ficou lindo.

Esse risoto de camarão com queijo e requeijão não é só prato. É uma lição de paciência e respeito pelos ingredientes. Se você quer um resultado que parece saído de um restaurante, mas feito com as mãos da sua cozinha, o passo a passo está logo abaixo. E se sobrar? Me conta nos comentários se você resistiu até o dia seguinte.

Receita de Risoto de Camarão com Queijo e Requeijão Simples: como fazer

Rendimento
8 porções
Preparação
40 min
Dificuldade
Moderada

Ingredientes

0 de 14 marcados

Para o refogado:

Para o risoto:

Tudo que usei saiu por menos de R$40 no mercado da esquina. O camarão é o que pesa, mas vale cada centavo. A Daiane já me perguntou se o requeijão era muito, mas quando vi o resultado? Ela pediu pra fazer de novo na semana seguinte.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Refogando os temperos:

  1. Numa panela funda, derreta a manteiga em fogo médio. Junte a cebola e o alho, mexa devagar até a cebola murchar e ficar translúcida – não deixe dourar, senão fica amargo.
  2. Adicione a pimenta biquinho picada e um fio de azeite se achar que precisa. Mexa por 30 segundos só pra soltar o cheiro. Agora, coloque os camarões e deixe dourar levemente, uns 2 minutos. Retire-os com uma escumadeira e reserve – não os tire da panela, só deixe de lado.

O arroz e o vinho:

  1. Na mesma panela, sem lavar, coloque o arroz arbóreo. Mexa bem, deixe ele tostar um pouquinho – uns 2 minutos. O cheiro muda, fica mais intenso. É o momento certo.
  2. Jogue o vinho branco e deixe ferver, mexendo sem parar até evaporar quase todo. O álcool some, e o sabor fica mais suave. Não precisa ser um vinho caro, mas não use o que você não beberia.
  3. Adicione uma concha do caldo quente, mexa até quase secar. Depois, coloque os tomates picados e mais uma concha de caldo. Continue assim, sempre com uma concha de caldo por vez, e mexendo de vez em quando. Não precisa ficar louco, mas não pare.

A cremosidade e o ponto:

  1. Quando faltar uns 2 minutos para o arroz ficar no ponto, desligue o fogo por um instante. Misture o requeijão com uma concha do caldo quente que ainda sobrou – isso evita os grumos. Já errei isso e virei uma pasta de queijo.
  2. Volte ao fogo, junte o parmesão ralado e essa mistura de requeijão. Mexa bem, até derreter e virar um creme. O arroz deve estar quase macio, mas ainda com um pouco de resistência no meio – al dente.
  3. Desligue o fogo, deixe repousar por 1 minuto. O calor residual termina o cozimento. Enquanto isso, pique a salsinha.

Finalização e montagem:

  1. Devolva os camarões à panela, misture suavemente. Jogue a salsinha e o suco de meio limão. Prove. Se precisar de sal, coloque agora. Se não precisar, nem pense.
  2. Deixe descansar por 2 minutos, tampado. Isso é crucial. O arroz absorve os sabores, o queijo se integra, e o risoto fica com uma textura que parece mágica.
  3. Sirva imediatamente, com um pouco mais de parmesão por cima. Se quiser, um fio de azeite. Mas não exagere. O sabor já está completo.

Esse risoto não é só um prato, é uma experiência. A primeira vez que fiz, pensei que o requeijão ia estragar tudo. Mas quando vi o resultado – cremoso, sem grumos, com o camarão suave e o limão dando aquele toque que você não sabe explicar – fiquei sem palavras. É o tipo de receita que você faz pra alguém especial, e depois se pergunta: “por que eu não faço isso todo dia?”

Se tentar, me conta aqui nos comentários: você usou o requeijão ou trocou por outro? O camarão foi fresco ou congelado? E o mais importante: você resistiu até o dia seguinte? Porque se a resposta for sim, você é mais forte do que eu. Eu sempre acabo comendo metade da panela antes de dormir.

Dicas que transformam seu risoto de camarão de bom em inesquecível

Quanto tempo dura? E como guardar sem perder a alma

Se você for mais forte que eu e sobrar, ele dura até 2 dias na geladeira, em pote de vidro bem fechado. Mas atenção: o arroz vai endurecer, e o requeijão pode separar. Não aqueça no micro-ondas. Leve à panela, acrescente uma colher de caldo quente ou água, e aqueça em fogo baixo, mexendo suavemente. O ponto ideal é quando ele voltar a parecer cremoso, não quando ferver. Se for congelar? Só a massa sem o camarão. O camarão fica borrachento. Aí você o refoga separado e mistura na hora de servir. Já fiz isso, e a Daiane me chamou de louco. Mas o risoto voltou a ser bonito.

O passo mais difícil? O requeijão. E como não virar grumos

Seu erro foi colocar direto na panela quente

Isso é o que quase todos fazem. O requeijão é delicado. Se você joga ele na panela quente, ele vira uma massa de queijo seca e grudenta. O segredo que a Daiane descobriu depois daquela vez trágica? Pegue uma concha do caldo quente, não o que está fervendo, o que ainda está na panela, e misture com o requeijão num prato fundo. Só depois, quando estiver homogêneo, jogue na panela. É como acalmar um gato assustado. Devagar, com carinho. E aí? Vira um creme, não um desastre.

Por que o arroz arbóreo não pode ser lavado?

Porque o amido é o coração do risoto. É ele que, ao soltar-se aos poucos, cria aquela cremosidade que parece mágica. Lavar o arroz é como tirar a alma da receita. Ele precisa de toda essa película de amido para absorver o caldo e liberar a textura. Trocar por outro tipo? O arroz comum vira sopa. O integral fica duro e não solta nada. O arbóreo é o único que faz o milagre acontecer. Não é só uma recomendação. É uma lei da física da cozinha.

Erros que eu já cometi (e você pode evitar)

Já usei caldo frio. Foi um desastre. O arroz parou de cozinhar, e o risoto ficou com textura de areia. Já coloquei o limão no começo, e o sabor ficou agressivo, como se tivesse um vinagre escondido. Já cozinhei o camarão até ficar branco e duro, como borracha. A Daiane me olhou e disse: “Você tá tentando cozinhar um peixe ou fazer um exercício de resistência?” O segredo é: o camarão só precisa de cor. Rosado é o ponto. E o vinho? Já usei um tinto. Ficou com cheiro de vinagre e sabor de chão de garagem. Vinho branco seco, ou nada. E nunca, nunca, mexa com colher de pau como se estivesse limpando o fundo da panela. Mexa com suavidade. O risoto não é um guisado. É um abraço.

Trocas inteligentes que funcionam (e não estragam)

Se não tem vinho branco, misture 1 colher de suco de maçã com ½ colher de vinagre de vinho branco. Fica neutro, e o ácido ajuda. Se o requeijão estiver fora, use cream cheese, mas misture com uma colher de leite antes de colocar. Se não tiver pimenta biquinho, use dedo-de-moça sem semente e bem picada. Se quiser um toque de fumaça, um fio de óleo de pimenta no final. E se o caldo de legumes não der, use água quente com um cubinho de caldo de peixe, mas só um. O sabor do camarão precisa brilhar, não ser escondido.

O que combina com esse sabor? (Experiência sensorial)

Um vinho branco leve, como um Sauvignon Blanc, é clássico. Mas o mais surpreendente? Um chá gelado de hibisco. O azedinho corta a cremosidade e acorda o paladar. Para um almoço mais leve, uma salada de rúcula com gotas de azeite e limão, o amargo equilibra o doce do camarão. E se for um jantar especial? Sirva com uma fatia de pão de centeio tostado. O crocante e o grão do pão contrastam com a suavidade do risoto. Já fiz isso numa noite de chuva em São Paulo, com a vista da marginal lá fora, e a Daiane disse: “Isso aqui é o que eu chamo de paz.”

Modo gourmet: um detalhe que ninguém vê, mas todos sentem

No final, depois de desligar o fogo e antes de servir, polvilhe uma pitada de flor de sal por cima. Não para salgar. Para acordar os sabores. E um fio de azeite de oliva extravirgem, o mais caro que você tiver, só uma gota por porção. Não misture. Deixe cair em cima. Quando o calor do prato derreter o azeite, ele libera um aroma que você não sabe explicar, mas que faz você parar de comer por um segundo só pra sentir. É o toque de quem sabe que o risoto não é comida. É experiência.

Variação que ninguém espera: risoto de camarão com coco e pimenta malagueta

Uma vez, sobrou um pouco de leite de coco e uma pimenta malagueta. Decidi testar. Troquei o caldo por metade água e metade leite de coco. Joguei a pimenta inteira, sem semente, no refogado. Ficou com um sabor de ilha, doce e picante ao mesmo tempo. A Daiane achou que eu tinha ido ao Rio de Janeiro sem avisar. Foi tão bom que virou uma versão secreta. Se quiser, experimente. É risoto, mas com alma caribenha.

Perguntas que todo mundo faz, mas ninguém pergunta

“Posso usar camarão congelado?” Pode. Mas descongele na geladeira, nunca em água quente. Seque bem com papel-toalha. “Posso fazer sem vinho?” Sim, mas use a mistura de suco de maçã e vinagre. “E se o risoto ficar muito seco?” Adicione uma colher de caldo quente e deixe repousar. “Posso usar outro queijo?” O parmesão é essencial, mas se não tiver, use um pecorino ou até um queijo prato ralado fino. “O requeijão é obrigatório?” Não. Mas ele é o segredo. Tente. “Posso fazer em panela de pressão?” Não. O risoto precisa de tempo. E de paciência. Se você quer pressa, faça um arroz com camarão. Mas não chame de risoto.

Modo viagem no tempo: a versão “ancestral” deste risoto

Antes do requeijão, antes do parmesão, antes do vinho branco, os italianos usavam manteiga e queijo ralado, e muitas vezes, nem isso. A versão mais antiga, da região da Lombardia, era só arroz, caldo, cebola e manteiga. Era chamado de “risotto alla milanese”, mas sem o açafrão. O camarão veio depois, trazido pelos pescadores do norte. O requeijão? É um jeito brasileiro de suavizar. Nossa versão não é tradicional. É afetiva. E talvez por isso, funcione tão bem.

Reaproveitamento inteligente: o que fazer com as sobras

Se sobrar risoto, não jogue fora. Espalhe numa assadeira, deixe esfriar, e corte em quadrados. Passe em ovo batido e farinha de trigo, e frite em azeite. Vira um “arroz frito” com sabor de risoto. Ou misture com um ovo, molda em bolinhas e assa. Vira um croquete de risoto. E se tiver o camarão separado? Faça um salteado com alho e limão, e sirva sobre um purê de abóbora. É outra refeição. E o caldo de legumes que sobrou? Congele em cubos. É o seu tesouro da cozinha.

Duas ideias que ninguém conta sobre risoto

Use como base para um “risotto toast”

Espalhe uma camada fina de risoto frio em fatias de pão de forma. Leve ao forno até dourar. Fica crocante por fora, cremoso por dentro. É um lanche que ninguém espera. Já fiz isso numa manhã de preguiça. A Daiane comeu duas fatias e não falou nada. Só sorriu.

Transforme em um “risotto de café da manhã”

Na manhã seguinte, aqueça uma porção com um pouco de leite, acrescente um ovo pochê por cima e um fio de azeite. Ovo, risoto, azeite. Simples. Mas o gosto do amido com a gema correndo? É uma experiência que não tem nome. E é tão bom que quase faz você esquecer o café.

Se você fez, me conta: você usou o requeijão como eu ensinei? O camarão ficou rosado ou virou borracha? E o mais importante: você deixou o risoto repousar por dois minutos? Porque se não fez isso, não é culpa sua. É culpa da pressa. E se fez? Me conta nos comentários. Eu quero saber. E se o Titan apareceu na cozinha, cheirando como se tivesse um acordo secreto com o camarão... manda a foto. A gente publica. Porque esse prato não é só sobre o que está na panela. É sobre quem está na mesa. E quem está na cozinha, mesmo que só olhando.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

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Comentários  

João Baptista de Castro Meira
0 João Baptista de Castro Meira
Para quem usar camarão com casca, recomendo lavá-las bem e ferver com um ramo de manjericão e salsa, um pouco de pimenta calabresa. Coar tudo após uma boa fervura e utilizar no lugar do caldo de legumes!
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