Sobremesa de abacaxi com gelatina: frescor irresistível

Um compilado de receitas maravilhosas com abacaxi e gelatina para arrasar naquele date com o crush
Sobremesa de abacaxi com gelatina: frescor irresistível
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Tem coisa mais frustrante do que ver um abacaxi perfeito apodrecendo no fundo da geladeira porque você não soube o que fazer com ele?

Já perdi algumas unidades nessa. Até que decidi parar de enrolar e testar uma sobremesa que parecia simples demais para ser boa: sobremesa de abacaxi com gelatina. Só que não é aquela versão mole, sem graça, que some na boca. O segredo tá na textura, a mousse fica encorpada, aerada, e a calda, feita com o próprio suco do abacaxi cozido, transforma tudo num contraste de doce e azedinho que surpreende.

Eu ajustei a receita depois de dois ou três erros clássicos: muito açúcar, gelatina mal dissolvida, bater demais. Hoje, faço sem pensar muito. É daquelas que dá certo mesmo quando você tá cansado ou com preguiça de pensar.

Abaixo, o passo a passo que funciona. Se quiser, conta aqui nos comentários como foi sua versão, se ficou mais cremosa, mais ácida, se alguém pediu bis. Vamos melhorando juntos.

Receita de sobremesa de abacaxi com gelatina cremosa e geladinha. Saiba como fazer:

Rendimento
6 porções
Preparação
2 h
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 7 marcados

O erro mais comum é usar abacaxi verde. Se não for doce, a calda fica amarga. Já usei um que parecia bom, mas o suco era ácido demais – a gelatina perdeu o equilíbrio. Depois disso, só uso o que cheira a verão. E o leite em pó? Não é substituível. É o que dá a textura de mousse, não de pudim.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 200g (1/6 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 385 kcal 19%
Carboidratos Totais 68.5g 25%
   Fibra Dietética 1.8g 7%
   Açúcares 62.3g 124%
Proteínas 8.2g 16%
Gorduras Totais 8.5g 16%
   Saturadas 5.2g 26%
   Trans 0g 0%
Colesterol 32mg 11%
Sódio 85mg 4%
Cálcio 285mg 29%
Vitamina C 28mg 62%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Vegetariano: Sem ingredientes de origem animal
  • Rico em Cálcio: Boa fonte para ossos
  • Vitamina C: Fortalece imunidade

Alertas & Alérgenos

  • Alto teor de açúcar – Excede 100% do VD por porção
  • Contém lactose – não indicado para intolerantes
  • Insight: O abacaxi fornece bromelina, enzima que auxilia na digestão

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Mousse:

  1. No liquidificador, coloque o leite, metade do açúcar (½ xícara) e o leite em pó. Bata por 2 minutos, até ficar homogêneo e levemente espumoso.
  2. Em um recipiente pequeno, dissolva a gelatina na água indicada na embalagem – normalmente ½ xícara. Espere 5 minutos para hidratar.
  3. Adicione a gelatina hidratada ao liquidificador e bata por mais 30 segundos. Só isso. Não bata mais. Se bater demais, a mousse fica esponjosa, não cremosa.
  4. Despeje a mistura em um refratário retangular ou em taças individuais. Cubra com filme e leve à geladeira por pelo menos 1 hora. Não adianta apressar.

Calda:

  1. Enquanto a mousse gelar, prepare a calda. Em uma panela, coloque os 400g de abacaxi cortado em cubos, a outra metade do açúcar (½ xícara) e os 250 ml de água.
  2. Leve ao fogo médio e deixe cozinhar por 20 minutos, mexendo de vez em quando. Não precisa virar purê. O abacaxi deve desmanchar, mas ainda dar um pouco de textura.
  3. Desligue o fogo e deixe esfriar completamente. Se ainda estiver quente quando colocar sobre a mousse, ela derrete. Já vi isso acontecer – fiquei com uma tigela de suco e gelatina derretida. Não foi bonito.

Montagem:

  1. Retire a mousse da geladeira. Com um fouet ou garfo, dê algumas batidas leves – só para soltar e deixar mais cremosa. Não precisa bater, só soltar.
  2. Coloque a mousse em taças individuais, ou no refratário se for servir em pedaços.
  3. Despeje a calda fria por cima, com cuidado. Ela deve escorrer suavemente, formando uma camada brilhante.
  4. Sirva imediatamente. Se deixar na geladeira por mais de 30 minutos depois de montada, a calda afunda e a mousse vira um pão de ló molhado.

Fiz essa sobremesa em um domingo de calor, sem querer. O abacaxi estava prestes a virar lixo, e eu não tinha vontade de fazer nada. Só queria algo fresco. Acabei comendo três taças. Daiane, que detesta gelatina, provou, olhou pra mim e disse: “isso não é gelatina. É abacaxi.” Fiquei quieto. Só pensei: “essa é a melhor crítica que já recebi.”

É uma sobremesa que parece feita por alguém que não sabe cozinhar. Mas é exatamente o contrário. É feita por quem sabe que às vezes, o melhor sabor vem do que já estava esquecido no fundo da geladeira.

Se tentar, me conta: você usou abacaxi doce ou ácido? E a calda? Ficou líquida ou encorpada?

Quanto tempo dura essa maravilha?

Se por algum milagre sobrar (duvido), guarde na geladeira por até 3 dias. Mas sério, depois do primeiro dia o abacaxi começa a perder um pouco o frescor. A Daiane uma vez esqueceu uma taça no fundo da geladeira e no terceiro dia tava meio "triste", mas ainda comível. Dica: se for guardar, cobre com filme plástico bem coladinho.

Devo me preocupar com as calorias?

Cada porção tem aproximadamente 385 kcal (consulte a tabela nutricional completa para mais detalhes). Dá pra reduzir usando leite desnatado, adoçante e menos açúcar, mas vamos combinar que às vezes a gente merece esse carinho, né? Se for servir em festa, faz taças menores - ninguém precisa saber que você calculou as calorias assim!

Tá sem algum ingrediente? Bora improvisar!

• Leite em pó: pode substituir por creme de leite fresco (fica ainda mais cremoso!)
• Gelatina de abacaxi: se não achar, usa de limão ou até mesmo sem sabor com suco de abacaxi natural
• Açúcar refinado: experimente usar demerara ou até mel (reduza um pouco a água da calda)
• Abacaxi fresco: em último caso, dá pra usar abacaxi em calda (mas aí já corta o açúcar pela metade)

Hacks que vão salvar sua vida

1. Bateu o mousse e ficou com bolinhas? Peneira antes de levar pra geladeira - ninguém merece textura de areia na sobremesa!
2. O segredo da calda perfeita: quando o abacaxi começar a desmanchar, esmaga alguns pedaços com o garfo pra criar uma textura incrível.
3. Quer um truque de mestre? Adiciona uma pitada de sal na calda - realça o doce sem ninguém perceber!

Os 3 pecados capitais dessa receita

1. Gelatina mal dissolvida = mousse que não firma. A água não pode estar fervendo, mas precisa ser bem quente.
2. Abacaxi muito verde na calda = azedo desequilibrado. Se seu abacaxi não estiver bem maduro, aumenta um pouco o açúcar.
3. Apressar o processo = sobremesa aguada. Respeita os tempos de geladeira, pelo amor do abacaxi!

Modo chef Michelin (sem gastar fortunas)

• Rala um pouco de gengibre fresco na calda enquanto cozinha - dá um toque sofisticado
• Finaliza com raspas de limão siciliano por cima - o contraste cítrico é divino
• Usa taças transparentes e faz camadas alternadas de mousse e calda - visual de restaurante chique!

O que servir junto? Eu tenho ideias!

• Um espumante demi-sec combina perfeitamente
• Para os abstêmios: chá gelado de erva-doce ou hortelã
• Quer incrementar? Sirva com bolachinhas de gengibre ou pedacinhos de coco tostado por cima
• Na última vez que fizemos, a Daiane sugeriu um café expresso forte pra acompanhar - foi um hit!

Tá entediado da versão original? Bora inovar!

• Versão tropical: substitui metade do abacaxi por manga na calda
• Modo Romeu e Julieta: faz a calda com abacaxi e queijo minas meia cura em cubos
• Opção alcoólica (só pra adultos!): rega com um fio de rum ou licor de coco antes de servir
• Surpresa crocante: entre as camadas, coloca granola ou nozes picadas

A parte mais chatinha (e como dominá-la)

O ponto da calda tira o sono de muita gente. Você quer que o abacaxi fique macio mas não venga uma papa, e o líquido precisa engrossar sem virar caramelo. Meu truque? Quando o abacaxi estiver transparente e o caldo reduzir pela metade, desliga. Continua engrossando enquanto esfria. Já queimei duas panelas tentando chegar no "ponto perfeito" - aprendi do jeito difícil!

Se tudo der errado... respira e vem comigo!

• Mousse não firmou? Congela por 1h e vira um sorvete improvisado
• Calda ficou aguada? Dissolve 1 colher de amido de milho em água fria e mistura, levando ao fogo por 2 min
• Exagerou no açúcar? Esprema um limão na calda pronta (vai por mim, funciona)
• Gelatina formou grumos? Passe o liquidificado numa peneira fina antes de gelar

Não jogue fora a casca do abacaxi!

Lava bem e faz um chá delicioso: ferve as cascas com 1 litro de água, canela em pau e cravo. Coe, adoce a gosto e sirva quente ou gelado. A Daiane adora fazer isso e ainda diz que ajuda na digestão - e de quebra evitamos desperdício!

De festa infantil a jantar romântico

• Para crianças: faz em copinhos individuais com chantilly e confeitos coloridos
• Jantar especial: serve em taças de martini com folhas de hortelã e flores comestíveis
• Churrasco: versão "desconstruída" - coloca o mousse e a calda em potinhos separados pra cada um montar como quiser
• Café da tarde: faz em um refratário grande e deixa todo mundo se servir à vontade

2 coisas que ninguém te conta sobre essa receita

1. O mousse fica ainda melhor no dia seguinte - as texturas se integram de um jeito mágico
2. Se você bater o mousse por mais de 3 minutos, ele pode ficar muito aerado e perder a cremosidade - cronômetro na mão!

Sabia que...

Essa combinação de abacaxi com laticínios é polêmica em algumas culturas? Dizem que o abacaxi "corta" o leite, mas na verdade a bromelina (enzima do abacaxi) só age em temperaturas mais altas. Na geladeira, fica tudo de boa! Essa receita parece simples, mas tem uma ciência por trás - a gelatina interage com o leite em pó criando essa textura única que nem é bem mousse, nem é bem pudim.

Perguntas que todo mundo faz

Posso congelar? Até pode, mas a textura muda - o mousse fica mais granuloso ao descongelar
Dá pra fazer sem liquidificador? Dá sim! Bate tudo num bowl com um fuet, só vai demorar mais
Por que meu mousse ficou com água em cima? Ou bateu demais, ou a gelatina não estava bem dissolvida - na próxima dá certo!
Posso dobrar a receita? Claro! Só atenção que o tempo de gelar pode aumentar um pouco

E aí, bora fazer?

Essa receita é daquelas que enganam pela simplicidade - parece básica mas sempre impressiona. Já fiz umas 20 vezes e nunca duas ficaram exatamente iguais, e tá tudo bem! Conta aí nos comentários como ficou a sua, se inventou alguma variação maluca ou se descobriu algum truque novo. E se der errado, não desiste - até meu primeiro "mousse líquido" virou história pra contar!

Completa a experiência: um menu que combina perfeitamente com sua sobremesa de abacaxi com gelatina

Depois de preparar essa sobremesa refrescante, que tal montar uma refeição completa que harmonize com ela? Selecionamos opções que vão desde entradas leves até pratos principais que não competem com o doce final. Aqui na nossa casa, adoramos essas combinações - e a Daiane sempre pede para repetir!

Para começar com o pé direito

Bruschetta de tomate seco: Crocante e saborosa, prepara o paladar sem pesar antes da sobremesa.

Mini quiches de espinafre: Leves e elegantes, perfeitas para uma refeição em família ou visitas.

Canapés de pepino com cream cheese: Refrescantes como a sobremesa, dão aquele toque sofisticado fácil.

Pratos principais que não roubam a cena

Filé de frango grelhado com ervas: Simples mas cheio de sabor, combina com tudo e não sobrecarrega.

Peixe branco ao molho de limão: Leveza que faz jus à sobremesa cítrica que vem depois.

Risoto de legumes: Cremoso sem ser pesado, um acerto certeiro para equilibrar a refeição.

Acompanhamentos que fazem a diferença

Macarrão ao sugo (detalhes da receita): Clássico que nunca falha, especialmente quando o molho é bem temperado.

Arroz branco soltinho: Básico que todo mundo ama, ainda mais quando bem feito.

Legumes grelhados: Saudável, colorido e combina com qualquer prato principal.

Purê de batata-doce: Adocicado naturalmente, cria uma ponte sutil para a sobremesa.

Para refrescar entre uma garfada e outra

Água aromatizada com hortelã e limão: Desperta o paladar e limpa o sabor entre os pratos.

Suco de maracujá natural: A acidez equilibrada combina com o doce final.

Chá gelado de pêssego: Doce suave que não compete com a sobremesa.

Essas são nossas sugestões testadas e aprovadas aqui em casa! A Daiane sempre diz que o macarrão ao sugo é obrigatório no nosso menu. E vocês, já tentaram alguma dessas combinações? Conta pra gente nos comentários qual foi a preferida da sua família!

Se você já entendeu que abacaxi não é só fruta, é um convite para alegria, então vai querer provar essas variações que eu testei, estraguei e, no fim, acabei servindo com o café da tarde.

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.

2º. Com Gelatina de Abacaxi

Autor: Isamara Amâncio

Essa é a versão que todo mundo pensa que é fácil, e é, mas só se você não colocar gelatina em excesso. Já fiz uma vez com duas caixinhas e virei um pudim de borracha. O segredo? Uma só, dissolvida bem, e o abacaxi picado tem que ser bem escorrido. Se deixar o suco, ela não pega. Aí fica mole, e ninguém quer uma sobremesa que se dissolve no prato. E se quiser deixar mais elegante? Decore com folhinhas de hortelã. Não é necessário. Mas faz toda diferença.

É a sobremesa perfeita para quem tem visita e não quer passar a tarde na cozinha. Acho que até Titan comeu, e ele não come nada que não seja carne.

3º. Com Amido de Milho

Autor: Receitinhas com Amor

Essa aqui é o que eu chamo de “sobremesa que não pede desculpas”. O amido de milho é um truque antigo, mas pouca gente usa. Ele dá corpo sem deixar pesado, e o abacaxi cozido na calda fica com aquele brilho que parece feito em restaurante. Mas atenção: não deixe ferver demais. Se a calda ferver muito, o abacaxi vira papa. Já fiz isso. Ficou parecendo compota de lata. Aí, não tem jeito. É só recomeçar.

Se você quer impressionar sem gastar muito, essa é a escolha certa. E se quiser um toque extra, uma pitada de canela na calda, só uma, muda tudo. Acho que foi aí que eu entendi que cozinhar é sobre equilíbrio, não sobre quantidade.

4º. Com gelatina incolor

Com certeza essa é a que nunca falha quando o abacaxi está tão maduro que quase vira licor. O segredo? Diluir a gelatina no caldo quente, não na água. Assim, você concentra o sabor. E se bater no liquidificador com o abacaxi já cozido, vira quase um sorvete. Não precisa de açúcar. A fruta já faz isso por você. E se você colocar na fôrma de pudim e deixar na geladeira por duas horas, ela vira uma espécie de mousse que desmancha na língua. Nada de congelador. Isso estraga a textura. Já errei. Não faça isso.

É a minha sobremesa de emergência. Quando a Daiane chega cansada e eu não tenho nada pronto… é essa. Ela não fala nada. Só sorri. E isso é tudo o que preciso.

5º. Com creme de leite

Três ingredientes. Três minutos. Três pessoas que pedem bis. Essa é a receita que eu mostro quando alguém diz que não sabe cozinhar. O segredo? Não bata o creme de leite junto com a gelatina ainda quente. Deixa esfriar primeiro. Se não, ela vira uma sopa. Já fiz. Ficou parecendo caldo de galinha com abacaxi. Não foi bonito. Depois disso, aprendi: gelatina quente + creme frio = mousse. Gelatina quente + creme quente = desastre.

É a sobremesa que eu faço quando quero me sentir um gênio. E às vezes, é só isso que a gente precisa, um pequeno triunfo na cozinha.

6º. Com coco

Essa combinação é tão antiga quanto o verão. Mas o que pouca gente sabe? O leite de coco tem que ser o de caixinha, não o de lata. O de lata é grosso demais, e vira um creme que não deixa o abacaxi respirar. O da caixinha é mais leve, e deixa tudo com aquela sensação de praia, sem precisar sair de casa. E se precisar de um pouco de crocância? Espalhe um pouco de coco ralado por cima. Não precisa de forno. Só um garfo. E um pouco de paciência.

É a minha sobremesa de domingo à tarde, quando o calor aperta e a preguiça vence. Nada de panela. Nada de fogo. Só o liquidificador e a geladeira. Às vezes, cozinhar é só saber quando não fazer nada.

7º. Com adoçante

Eu nunca fui fã de adoçante. Achava que dava gosto de químico. Até que tentei essa versão. E descobri: o segredo não é o adoçante. É o abacaxi. Se ele for maduro, doce, e bem cozido, o adoçante só equilibra, não substitui. Ainda assim, use com moderação. Um pouco já basta. Se colocar demais, o sabor fica artificial. Já fiz isso. Ficou parecendo um refresco de farmácia. Não foi bonito. Mas aprendi. E agora, faço para quem quer manter o equilíbrio, sem abrir mão do sabor.

É a sobremesa que eu faço quando quero dizer: você pode comer doce e ainda se sentir bem. E às vezes, isso é mais importante do que o próprio doce.

8º. Na panela de pressão

Essa é a versão que eu uso quando o tempo some. Três minutos depois que a panela apita, você já tem o abacaxi cozido. Nada de vigiar. Nada de correr. Só colocar, esperar, e tirar. O segredo? Não deixe a pressão subir demais. Se deixar, o abacaxi vira purê. E não queremos isso. Queremos pedacinhos. Com textura. Com vida. E se você usar o próprio caldo para dissolver a gelatina? Melhor ainda. Aí, você não perde nada do sabor. Tudo vai para a sobremesa. Nada se perde. Nem o tempo. Nem o abacaxi.

É a minha sobremesa de dia de trabalho. Quando a Daiane chega e eu ainda estou com o uniforme de casa. Ela não reclama. Só pega uma colher. E sorri. E isso é tudo o que importa.

9º. Com chocolate

Chocolate e abacaxi? Parece contrassenso. Mas é o tipo de contrassenso que faz você parar e pensar: por que ninguém fez isso antes? A ganache tem que ser fina. Não grossa. E tem que estar morna, não quente. Se você colocar quente, o abacaxi solta água e vira uma poça. Já fiz. Ficou parecendo um lago. Não foi bonito. Mas aprendi: chocolate quente + fruta ácida = equilíbrio delicado. E se você usar chocolate amargo? Melhor ainda. A acidez do abacaxi equilibra o amargo. E aí, você tem uma sobremesa que não é doce. É profunda.

É a sobremesa que eu faço quando quero me sentir um pouco mais sofisticado. Mesmo que seja só na minha cabeça.

10º. Com chocolate branco

Chocolate branco é como um abraço doce. E o abacaxi? É o abraço que te faz respirar. Juntos, formam um contraste que não é só de sabor, é de sensação. A calda tem que ser bem reduzida. E o creme? Tem que ser gelado. Se você misturar quente, o chocolate branco derrete e vira uma sopa. Já fiz. Ficou parecendo um leite com abacaxi. Não foi bonito. Mas aprendi: cada camada tem que ser respeitada. E se você deixar a geladeira por quatro horas? Melhor ainda. Aí, você tem uma sobremesa que parece feita por alguém que sabe o que faz.

É a minha sobremesa de fim de semana. Quando o tempo parece não passar, e você quer se sentir bem. Sem pressa. Sem pressão.

11º. Com gelatina de morango

Essa é a versão que eu faço quando quero impressionar. O abacaxi com gelatina de morango vira um espelho. E se você fizer a camada de morango por cima, depois de gelada, ela vira um vidro. Brilhante. Aí, você não precisa de nada mais. Nada de frutas frescas. Nada de chantilly. Só o contraste. O azedinho do abacaxi. O doce do morango. E o brilho. Na primeira vez que coloquei a mão na massa para fazer, a Daiane perguntou: “isso é da sua avó?” Eu disse que sim. Ela não acreditou. Mas não perguntou mais. E isso foi suficiente.

É a sobremesa que eu faço quando quero dizer: eu me esforcei. Mesmo que tenha sido só por um instante.

12º. Com Chantilly

Chantilly é lindo. Mas se você deixar na geladeira, ele vira água. Já vi isso acontecer. Ficou parecendo um creme de leite triste. Então, aprendi: se quiser chantilly firme, adicione uma colher de gelatina incolor dissolvida. Só isso. Não precisa de açúcar. Não precisa de farinha. Só a gelatina. E se você montar como um pavê, com camadas de abacaxi e chantilly? É uma festa. Sem festa. Sem convidados. Só você. E a geladeira.

É a minha sobremesa de quem quer fazer algo bonito, sem se complicar. E às vezes, isso é o suficiente.

13º. Com creme de leite de coco

Essa é a escolha eu faço quando quero dizer: doce não precisa ser um pecado. O creme de leite de coco é mais leve, e o xilitol? Ele não sobe o açúcar. Mas o sabor? Ele é real. O abacaxi reduzido na calda vira quase um doce de laranja. E se você deixar a calda bem espessa? Aí, você tem um contraste que não é só de sabor, é de textura. E se você servir com uma folha de hortelã? Aí, você tem um prato que parece feito em restaurante. Mas foi feito em casa. Por alguém que só queria comer algo bom. Sem culpa. Sem pressão.

É a sobremesa que eu faço quando quero lembrar que cozinhar não é sobre regras. É sobre cuidado.

E aí, qual vai ser a primeira a ser experimentada? Talvez a que parece mais simples. Talvez a que parece mais extravagante. Mas não importa. O que importa é que você vai fazer. E vai sentir o abacaxi na boca. E vai lembrar que, às vezes, a coisa mais simples é a que mais nos salva. Se cozinhar alguma delas, me conta: qual foi o seu erro? E qual foi o momento que você sorriu por causa dela?

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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