Receitas que nasceram desta inspiração
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Brigadeiro que não vira lama
Autor: Guloseimas Da Lulu
Esse brigadeiro é o que eu faço quando quero impressionar sem esforço. Mas o segredo não é o cacau 100%. É o fogo. Fogo baixo. Muito baixo. Se você colocar em fogo médio, ele queima por baixo e vira um pedaço de carvão com gosto de chocolate. E a paciência? Ela é o ingrediente principal. Mexa sem parar, mesmo que pareça que não está mudando nada. Eu já parei pra pegar o celular. Resultado? Bolinhas de cacau grudadas no fundo da panela. Ainda comi. Mas não repiti. O ponto certo? Quando a massa começa a desgrudar das laterais, e você sente o cheiro de chocolate quente, não queimado.
Se você fizer, me conta se o fundo da panela virou carvão. Eu ainda tenho medo de olhar pra ela.
3º. Bolo de banana, o que o glúten não conta
Autor: Sandra Marques
Esse bolo é o que eu faço quando quero que alguém que não come glúten se sinta incluído. Mas o segredo não é só a farinha de arroz. É a banana. Ela tem que estar bem madura. Quase preta. Se não estiver, o bolo fica seco. E o cacau? Ele não é só sabor. É o que dá estrutura. Se você usar pouco, ele desaparece. Se usar muito, vira um remédio. O equilíbrio? Um pouquinho mais de cacau do que o normal. Acho que é por isso que tantos bolos sem glúten são chatos. Eles têm medo de ser intensos.
Se você fizer, me conta se o bolo ficou úmido ou se pareceu um pão de queijo com banana. Eu já fiz os dois. E ainda como o pão de queijo.
Esse muffin é o que eu faço quando quero que as crianças comam algo doce sem que eu me sinta culpado. Mas o segredo? O cacau não é para ser dissimulado. É para ser sentido. Se você colocar pouco, eles não vão notar. Se colocar demais, vão dizer que é amargo. O truque? Use cacau de verdade, mas misture com a aveia e a banana antes de colocar no liquidificador. Isso suaviza o impacto. E o açúcar? Eu uso mel. Só um pouquinho. Acho que é por isso que tantos muffins infantis são doces demais. Eles não querem correr riscos. Mas o cacau? Ele não tem medo.
Se você fizer, me conta se a criançada pediu mais. Eu já tive um que não quis comer. Ainda bem que o Titan comeu.
Esse creme é o que eu faço quando quero me sentir como criança de novo. Mas o segredo? As avelãs precisam ser torradas. Não só aquecidas. Torradas. E depois, deixadas esfriar. Se você colocar quentes no liquidificador, elas soltam óleo e viram pasta. Já fiz. Ficou parecendo um molho de tomate com cacau. Aí você pensa: “vou adicionar mais cacau pra disfarçar”. Não. Não disfarça. Apenas piora. O jeito certo? Torre, esfrie, triture devagar. E o cacau? Adicione por último. Acho que é por isso que tantos cremes caseiros são grudentos. Eles não respeitam o tempo.
Se você fizer, me conta se o creme virou óleo. Eu ainda tenho medo de olhar pra ele.
Essa cocada é o que eu faço quando quero fazer algo que parece tradicional, mas é surpreendente. Mas o segredo? A banana amassada. Ela não é só para doçura. Ela é para umidade. Se você não colocar, a cocada vira pedra. Se colocar demais, vira mingau. O equilíbrio? Uma colher de banana por 200g de açúcar. E o cacau? Ele não é para ser misturado cedo. Adicione no final, quando a mistura já estiver quase pronta. Aí, ele não queima. Acho que é por isso que tantas cocadas são amargas. Elas queimaram o cacau junto com o açúcar.
Se você fizer, me conta se a cocada ficou crocante ou se virou uma bola de borracha. Eu já fiz os dois. E ainda como a borracha.
Esse chocolate quente é o que eu faço quando o frio entra pela janela. Mas o segredo não é o liquidificador. É o fogo. Se você bater tudo e depois aquecer, o cacau não se dissolve. Ele flutua. E vira um líquido com grumos. O jeito certo? Aqueça o leite primeiro. Depois, despeje devagar sobre o cacau e a canela, que já estão na xícara. Mexa com a colher. Só com a colher. Não use batedeira. Aí, o cacau se dissolve como se fosse feito pra isso. Acho que é por isso que tantos chocolates quentes são “sabor de poeira”. Eles não foram feitos com carinho.
Se você fizer, me conta se o chocolate ficou com grumos. Eu ainda lembro da cara que fiz quando vi.
Esse brownie é o que eu faço quando quero que alguém me diga que sou bom de cozinha. Mas o segredo? A farinha. Não exagere. Se você colocar 110g, ele fica denso. Se colocar 130g, vira pão. O ideal? 100g. E o cacau? Ele tem que ser peneirado. Se não for, vira um bolo com pontos pretos. Já fiz. Ficou parecendo um brownie que foi atropelado por um caminhão. Ainda comi. Mas não repiti. O ponto certo? Quando a faca sai com algumas migalhas, não limpa. Aí é o momento. Se você esperar mais, vira tijolo.
Se você fizer, me conta se o brownie ficou úmido ou se você teve que molhar com leite. Eu ainda tenho medo de fazer de novo.
Essa panqueca é o que eu faço quando quero me sentir saudável sem sentir que estou me punindo. Mas o segredo? O cacau não é para ser um ingrediente secundário. Ele é o que dá profundidade. Se você colocar pouco, a panqueca é só um bolo de leite. Se colocar demais, vira um remédio. O equilíbrio? Uma colher de chá por porção. E o morango? Ele não é só para cor. É para acidez. A acidez corta o amargor do cacau. Acho que é por isso que tantas panquecas “fit” são chatas. Elas têm medo de ser intensas.
Se você fizer, me conta se o morango foi o que salvou a panqueca. Eu já fiz sem morango. Ficou parecendo um bolo de café.
Essa mousse é o que eu faço quando quero fazer algo que parece impossível. Mas o segredo? O cacau não é para ser dissimulado. Ele é o que dá a identidade. Se você usar pouco, vira um creme de abacate. Se usar demais, vira um remédio. O equilíbrio? Um pouco mais do que o normal. E o adoçante? Mel ou xilitol. Não açúcar. O abacate não é só para textura. Ele é para suavizar. Acho que é por isso que tantas mousses veganas são estranhas. Elas têm medo de ser chocolate.
Se você fizer, me conta se a mousse virou abacate com gosto de chocolate. Eu já fiz. E ainda como.
Essa mousse é o que eu faço quando quero fazer algo que parece saudável, mas é uma delícia. Mas o segredo? O abacate tem que estar maduro. Não só amassado. Maduro. E o cacau? Ele tem que ser peneirado. Se não for, vira um creme com grãos. Já fiz. Ficou parecendo um creme de abacate que foi atropelado por um moedor de café. Aí você pensa: “vou adicionar mais mel”. Não. Não adianta. O abacate já tem doçura. O cacau já tem amargor. O equilíbrio está no silêncio. Acho que é por isso que tantas mousses veganas são pesadas. Elas tentam compensar.
Se você fizer, me conta se o abacate dominou. Eu ainda lembro da cara que fiz quando vi.
Esses cookies são o que eu faço quando quero que a criançada acredite que está comendo um doce. Mas o segredo? O cacau não é para ser o centro. Ele é para ser o contraponto. Se você colocar muito, eles viram um remédio. Se colocar pouco, eles viram biscoito de polvilho. O equilíbrio? Um pouquinho mais do que o normal. E o coco ralado? Ele não é só para textura. Ele é para dar leveza. Acho que é por isso que tantos cookies saudáveis são chatos. Eles têm medo de serem intensos.
Se você fizer, me conta se a criançada pediu mais. Eu já tive um que não quis comer. Ainda bem que o Titan comeu.
Esse pão é o que eu faço quando quero fazer algo que parece simples, mas é complexo. Mas o segredo? O cacau não é para ser misturado na massa. Ele é para ser escondido. Dentro dos pedaços de chocolate. Se você misturar na massa, ele queima. Se você colocar só no meio, ele derrete e vira um sabor que você não espera. Acho que é por isso que tantos pães de cacau são só cheiro. Eles não têm alma.
Se você fizer, me conta se o chocolate derreteu demais. Eu ainda lembro da cara que fiz quando vi.
Esse café é o que eu faço quando quero começar o dia como se fosse um ritual. Mas o segredo? O cacau não é para ser batido com o café. É para ser misturado com o leite quente. Se você bater tudo junto, o cacau não dissolve. Ele flutua. E vira um líquido com grumos. O jeito certo? Aqueça o leite. Despeje sobre o cacau e a canela. Mexa com a colher. Só com a colher. Aí, despeje no café. Acho que é por isso que tantos cafés com cacau são “sabor de poeira”. Eles não foram feitos com carinho.
Se você fizer, me conta se o café ficou com grumos. Eu ainda tenho medo de olhar pra ele.
Qual vai ser a primeira da lista a ser preparada? Ou qual você já fez e não contou porque achou que não deu certo? Se fizer, me conta nos comentários, especialmente se der errado. As melhores histórias da cozinha não são as perfeitas. São as que a gente aprende a lidar.
Adicionar comentário