O primeiro manjar turco que experimentei foi num restaurante árabe aqui de São Paulo, e fiquei obcecado em recriar aquela textura perfeita em casa. Foram várias tentativas até entender o ponto exato do amido de milho, que é o que define se fica muito mole ou muito duro.
Aprendi num curso de confeitaria que o segredo está em cozinhar a mistura por exatos 15 minutos em fogo baixo. Parece pouco tempo, mas é o suficiente para o amido atingir sua textura ideal sem grudar. Já queimei o fundo da panela tentando apressar o processo, então confia na dica.
O xarope de romã pode parecer ingrediente exótico, mas vale cada gota. Ele traz um contraponto ácido que corta a doçura do açúcar de forma brilhante. Minha esposa Daiane, que normalmente prefere biscoitos, acabou com metade da travessa sozinha na primeira vez que fiz.
Se você curte doces diferentes mas com técnica acessível, essa receita abaixo vai te surpreender. A textura é viciante, meio gelatina meio doce de colher, e a apresentação final com açúcar de confeiteiro fica linda na mesa. Depois me conta nos comentários o que achou dessa joia da culinária turca.
Tabela de conteúdo:
Receita de manjar turco tradicional: saiba como fazer
Ingredientes
O xarope de romã pode parecer coisa de restaurante chique, mas acha em qualquer mercado bom hoje em dia. E se não encontrar, dá para improvisar com suco de romã concentrado, mas o xarope mesmo tem um sabor mais intenso que faz diferença.
Informação Nutricional
Porção: 40g (1 pedaço)
| Nutriente | Por Porção | % VD* |
|---|---|---|
| Calorias | 115 kcal | 6% |
| Carboidratos Totais | 29.2g | 10% |
| Fibra Dietética | 0.1g | 0% |
| Açúcares | 28.5g | 57% |
| Proteínas | 0.1g | 0% |
| Gorduras Totais | 0g | 0% |
| Saturadas | 0g | 0% |
| Trans | 0g | 0% |
| Colesterol | 0mg | 0% |
| Sódio | 2mg | 0% |
| Potássio | 8mg | 0% |
| Cálcio | 2mg | 0% |
| Ferro | 0.1mg | 1% |
*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)
Etiquetas Dietéticas
Alertas & Alérgenos
Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.
Modo de preparo
- Primeiro, pega meia xícara de água e mistura com o amido de milho até dissolver tudo. Fica uma água branquinha, normal. Deixa ali reservado enquanto prepara o resto.
- Numa panela média, coloca a outra meia xícara de água para ferver. Quando começar a borbulhar, adiciona o açúcar e o suco de laranja. Mexe até o açúcar dissolver completamente, isso é importante para não ficar com gruminhos depois.
- Agora vem a parte que precisa de atenção: vai adicionando a mistura de amido com água na panela quente, mas vai mexendo sem parar. Eu uso um fouet, mas uma colher de pau funciona também.
- Baixa o fogo para o mínimo e continua mexendo. Sério, não para de mexer nem por um segundo. Quando tentei fazer pela primeira vez, parei para atender o celular e quando voltei tinha começado a grudar no fundo. Aprendi do jeito difícil.
- Vai notar que em uns 10 minutos a coisa começa a engrossar mesmo. Continua mexendo por mais 5 minutos, no total dá uns 15 minutos de cozimento. A textura fica meio gelatinosa, bem característica do manjar.
- Desliga o fogo e adiciona o xarope de romã. Mistura bem para incorporar. Esse toque ácido do xarope corta a doçura de um jeito que fica incrível.
- Forra um recipiente com papel filme, eu uso uma forma quadrada de 20cm, mas qualquer uma serve. Despeja a mistura ainda quente e alisa a superfície.
- Agora a parte mais difícil: esperar. Deixa esfriar por pelo menos 3 horas em temperatura ambiente, mas o ideal mesmo é deixar de um dia para o outro na geladeira. Fica com textura perfeita.
- Na hora de servir, polvilha bastante açúcar de confeiteiro numa tábua, desenforma o manjar já firme, corta em quadradinhos e vai passando cada pedaço no açúcar para cobrir todos os lados. Sacode o excesso e tá pronto.
Esse manjar turco tem uma textura que é meio mágica, não é gelatina, não é pudim, é uma coisa única que derrete na boca. A Daiane, que normalmente não é muito fã de doces muito doces, acabou com metade da travessa sozinha na primeira vez que fiz.
E aí, curtiu essa joia da culinária turca? Já tinha experimentado manjar antes ou foi sua primeira vez? Me conta aqui nos comentários como ficou o seu e se descobriu alguma variação interessante no caminho!
Quanto tempo dura? Dica bônus de armazenamento
Esse manjar turco fica top por até 5 dias na geladeira – mas sério, duvido que sobre! Se quiser guardar, embrulha bem com filme plástico ou coloca num pote hermético. Um truque: se for consumir no dia seguinte, deixa em temperatura ambiente mesmo, a textura fica perfeita. Já congelar? Melhor não, o amido pode "chorar" depois.
Olha a energia que vem aí!
Cada pedacinho (considerando 24 porções) tem cerca de 115 calorias (conforme tabela nutricional completa abaixo da lista de ingredientes). Não é light, mas também não é um pecado mortal. Dá pra justificar: "ah, mas tem suco natural!" (risos). Se quiser reduzir, troca metade do açúcar por eritritol – testei e funciona, mas o ponto fica um pouquinho diferente.
Sem romã? Sem crise!
Xarope de romã parece coisa de gourmet, mas dá pra improvisar: usa 1 colher de sopa de mel + 1/2 colher de chá de suco de limão. Fica bem parecido! Outras trocas que salvam: suco de laranja por limão siciliano (fica mais ácido, gosto pessoal) ou até chá de hibisco gelado (surpreendente!). Amido de milho é irreplaceável aqui, mas em último caso, até arriscaria fécula de batata.
Truque secreto de textura
O segredo tá no "gel" que se forma: se você passar o dedo no fundo da colher e riscar ficar marcado como um caminho, tá no ponto! Outro hack: na hora de despejar no recipiente, unta levemente com óleo antes do filme plástico – ajuda a desenformar sem grudar. Ah, e polvilha o açúcar de confeiteiro NA HORA de cortar, senão ele some magicamente.
Pare! Não cometa esses 3 erros
1) Fervor excessivo: se borbulhar que nem vulcão, baixa o fogo senão fica com gosto de queimado. 2) Mexer pouco: essa massa é grudenta, então cola no fundo fácil. 3) Pressa na geladeira: se botar pra gelar antes de esfriar naturalmente, cria aquela camada úmida horrorosa. Já errei os três, aprendi na marra!
Para todo mundo comer
Vegano? Tá safe, já é! Sem glúten? Amido de milho salva. Low carb: troca o açúcar por adoçante próprio para forno (xilitol + stévia) e reduz o suco pela metade. Proteico: não tem jeito, mas serve com uma bola de sorvete de whey (combina mais do que parece). Daiane, minha esposa, adora a versão com suco de maracujá zero açúcar – fica azedinho, ela ama.
Dupla dinâmica: o que servir com isso?
Café turco (óbvio!), chá de menta ou até um espumante doce se for ocasião chique. De comer, fica incrível com nozes picadas por cima ou uma colherada de iogurte grego. Uma vez servi com pétalas de rosas cristalizadas – virou motivo de piada na família, mas ficou lindo nas fotos!
Manjar turco, mas make it different
Joga uns pedacinhos de damasco ou figo seco na massa antes de esfriar. Ou faz camadas: uma de laranja, outra de romã. Minha ousadia favorita? Coloca raspas de gengibre cristalizado junto com o xarope – dá um kick que ninguém espera. Se quiser brilhar em festas, forma em moldes individuais de silicone (aqueles de brigadeiro gourmet).
O momento crítico: "será que já tá no ponto?"
Essa transição líquido-gel é a parte que mais dá medo. Dica prática: quando cobrir o fundo da panela ao mexer e você enxergar por 2 segundos antes de fechar de novo, tá pronto. Se ficar muito denso antes dos 15 minutos, desliga mesmo assim – cada fogão é um fogão. E não pira se parecer líquido ainda ao despejar, ele solidifica!
Sobrou? Transforma!
Pedaços muito pequenos viram recheio de bombons (derrete chocolate meio amargo e embala). Ou mistura com iogurte natural pra um "pudim instantâneo". Até dá pra esfarelar e usar como base de cheesecake (sim, testei!). O papel filme? Lava, seca e reusa – esse eu aprendi com minha avó.
Eleva o nível em 10 segundos
Antes do açúcar de confeiteiro, passa um pincel com água de rosas bem de leve. Ou decora com pistache triturado fino. Se quiser o toque final de mestre, serve com fios de açúcar caramelizado por cima – mas só se tiver paciência, porque é chatinho de fazer.
2 fatos que ninguém te conta
1) Na Turquia, chamam de "Lokum de cozinha caseira" – o primo pobre do rahat lokum original. 2) O suco de laranja não é tradicional, foi adaptação brasileira (lá usam água de rosas). Bônus: se você enrolar os pedaços em papel manteiga amarrado com barbante, vira presente fofo – já ganhei convite pra jantar só por causa disso!
De onde vem essa delícia?
O manjar turco é uma versão simplificada do famoso Rahat Lokum (aqueles docinhos gelatinosos). Surgiu nas cozinhas otomanas como "comida de sultão", mas a versão caseira pegou carona na rota das especiarias e veio parar aqui. Curiosidade: o amido era originalmente de trigo, mas no Brasil virou milho – adaptação feliz!
Perguntas que sempre me fazem
"Pode micro-ondas?" Melhor não, derrete desigual. "Por que meu manjar ficou pegajoso?" Ou cozinhou pouco ou usou pouco açúcar. "Dá pra fazer sem papel filme?" Até dá, mas unta MUITO bem o recipiente. "Posso dobrar a receita?" Pode, mas mexe o dobro de tempo – prepara o braço!
Harmonização secreta
O doce da laranja + acidez da romã pede um contraste: queijo coalho grelhado (sério, prova!). Ou então frutas vermelhas frescas. Se for servir de sobremesa após comida árabe, um cafezinho com cardamomo quebra perfeitamente. Meu conselho? Experimenta com uma pitada de pimenta-do-reino – parece loucura, mas abre os sabores.
Meus desastres (pra você não repetir)
Uma vez usei suco de laranja de caixinha – ficou com gosto artificial horroroso. Outra vez, deixei 20 minutos no fogo achando que engrossaria mais... virou tijolo com gosto de carvão. E a história do papel manteiga ao invés de filme plástico? Nem me pergunte, foi dias raspando o fundo do refratário. Cozinha é assim: erros viram piadas depois!
Completa a Experiência: O Que Servir com Seu Manjar Turco
Depois de preparar essa sobremesa incrível, que tal montar um menu completo que combine perfeitamente? Aqui vão nossas sugestões testadas e aprovadas - a Dai já deu o selo de qualidade em todas!
Para Começar com Tudo
Pastelão de forno incrível: Crocante por fora, recheio generoso por dentro. Ótimo para abrir o apetite sem roubar a cena da sobremesa.
Pastel na Airfryer (receita no link): Versão mais leve do clássico, perfeito pra quem quer algo rápido e sem muita bagunça.
Massa de pastel assado: Versátil, você pode rechear como quiser. Aqui em casa sempre fazemos metade com queijo, metade com carne moída.
Pão sírio com homus: Combinação clássica que prepara o paladar para os sabores orientais da sobremesa.
Prato Principal: O Recheio da Fome
Feijoada completa (receita aqui): Um clássico brasileiro que contrasta deliciosamente com a doçura do manjar. Só não exagere no porção, senão não sobra espaço para a sobremesa!
Receita de Feijoada light simples: Versão mais leve pra quem quer manter o equilíbrio antes de se render ao doce.
Frango ao curry: Os temperos indianos conversam super bem com a sobremesa turca. A Dai adora quando faço isso num domingo preguiçoso.
Acompanhamentos Que Fazem Diferença
Broa de milho que surpreende: Caseira, levemente adocicada e perfeita para limpar o paladar entre uma garfada e outra.
Arroz basmati: Soltinho e perfumado, é o acompanhamento ideal para pratos mais encorpados.
Salada de folhas com laranja: O contraste do azedinho cítrico prepara o paladar para a sobremesa.
Bebidas Para Harmonizar
Chá de maçã com canela: Aquece sem competir com os sabores da sobremesa.
Suco de damasco: Doce natural que complementa perfeitamente.
Água com gás e limão siciliano: Nosso coringa para limpar o paladar entre as garfadas.
E aí, qual combinação você vai testar primeiro? Conta pra gente nos comentários se resistiu à tentação de pular direto para a sobremesa - aqui confesso que já fizemos isso algumas vezes!
Agora que você já domina a versão clássica, que tal explorar essas variações incríveis do manjar turco?
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito.
2º. Para quando a gelatina não é uma opção
Autor: Kasher Caseiro
Eu sempre achei que fazer manjar turco vegano seria complicado, mas essa versão me mostrou o contrário. O canal ensina a usar ágar-ágar no lugar da gelatina tradicional, e o resultado fica com uma textura até mais interessante, meio elástica mas ainda assim delicada.
O que mais gostei foi que eles não tentam imitar o sabor original, mas criam algo novo com ingredientes vegetais. Fica menos doce que a versão tradicional, o que pra mim é vantagem. Testei numa sexta-feira e até a Daiane, que é cética com comidas veganas, admitiu que ficou bom.
3º. Amêndoas que fazem toda diferença
Autor: Le Plat du Jour
Essa receita resolve um problema que eu sempre tive com manjar turco: a falta de crocância. As amêndoas laminadas criam um contraste de textura genial com a suavidade do doce. E não são só jogadas por cima, elas são incorporadas de um jeito que fica interessante em cada colherada.
Aprendi um truque valioso aqui: tostar levemente as amêndoas antes de usar. Parece bobagem, mas realça o sabor de noz e tira aquela umidade que às vezes tem. Fica com um perfume incrível na cozinha também.
4º. Laranja para cortar a doçura
Confesso que tinha minhas dúvidas sobre sabor cítrico num doce turco, mas nossa, que surpresa boa. O ácido da laranja equilibra perfeitamente a doçura, criando um conjunto mais refrescante. É daqueles doces que você come três pedaços sem perceber.
Eles usam tanto a raspa quanto o suco, o que faz toda diferença. Uma dica: se for fazer no inverno, busca laranjas mais doces porque as ácidas podem dominar demais. Já cometi esse erro e ficou meio azedo.
5º. Abacaxi que não vira pizza
Diferente do que todo mundo pensa sobre doces com abacaxi, essa versão não fica com sabor de pizza doce. O segredo está em como eles preparam a fruta, não é só jogar pedaços, mas fazer uma calda que incorpora bem com a textura do manjar.
O que mais me pegou foi o contraste visual. O amarelo do abacaxi com o branco do doce fica lindo na travessa, daqueles que dão vontade de fotografar antes de comer. E é bem mais fácil do que parece, juro.
6º. Morango que não fica aguado
Sempre tive problema com receitas de morango que ficam liberando água e estragam a textura do doce. Essa versão resolve isso de forma inteligente: eles fazem uma geleia rápida com os morangos antes de incorporar, o que estabiliza a fruta.
Fiz para um aniversário aqui em casa e todo mundo elogiou. A cor rosa natural fica linda, sem precisar de corantes. Só toma cuidado para não cozinhar demois os morangos, senão perdem o formato.
7º. Castanhas e nozes na medida certa
Essa é para quem, como eu, adora aquela crocância em doces. O que mais gostei foi o equilíbrio, tem castanhas suficientes para sentir em cada mordida, mas não tanto a ponto de dominar o sabor do manjar. Eles picam bem fininho, quase em farofa, o que distribui melhor.
Aprendi que nozes frescas fazem diferença. Se as suas estão guardadas há tempos, melhor comprar novas porque o ranço estraga tudo. Fica aquele gosto amargo que não combina com doce.
8º. Limão sem amargor
O grande medo com limão é o branco ficar amargo, né? Essa receita ensina um truque simples: usar só as raspas e o suco coado, sem aquela parte branca que é onde fica o amargor. O resultado é um sabor cítrico limpo, refrescante.
Fica perfeito para dias quentes, quase como uma sobremesa leve. Eu gosto de servir bem gelado, direto da geladeira. E rende bem, dá para fazer numa travessa maior que ainda assim fica bonito.
9º. Tradicional sem segredos ocultos
Às vezes a gente só quer a receita original, sem firulas, e essa entrega exatamente isso. O que mais aprecio é que eles não tentam modernizar ou "melhorar" o clássico, só mostram como fazer direito, com as proporções certas e o tempo de cocção correto.
Percebi que a qualidade do amido de milho faz diferença aqui. Usei uma marca mais barata da primeira vez e ficou com grumos, então investe num de melhor qualidade que vale a pena. A textura fica sedosa mesmo.
10º. Geleia de rosas que não parece perfume
Eu tinha preconceito com geleia de rosas em doces, achava que ficaria com gosto de cosmético. Mas essa receita me mostrou que, na dose certa, o sabor floral complementa perfeitamente a doçura do manjar. Fica sofisticado sem ser exótico demais.
Eles ensinam a fazer a geleia caseira, mas confesso que usei uma comprada mesmo e ficou bom também. Só vai com calma na quantidade, começa com metade do que você acha necessário e prova, porque o sabor é mais forte do que parece.
11º. Romã e coco, a combinação surpresa
Nunca imaginei que romã e coco combinariam, mas nossa, que dupla incrível. As sementes crocantes da romã com a textura macia do coco ralado criam uma experiência sensorial única. É doce, é crocante, é refrescante, tudo ao mesmo tempo.
A parte mais trabalhosa é tirar as sementes da romã, mas eles mostram um macete com água que facilita bastante. Vale cada minuto do trabalho, te garanto. E fica lindo na mesa, aquela cor rubra das sementes contrastando com o branco.
E aí, qual dessas versões mais te chamou a atenção? São todas únicas à sua maneira. Se fizer alguma, volta aqui para contar como foi sua experiência, gosto de uma conversa que rende sobre essas adaptações. E se tiver sua própria variação secreta do manjar turco, compartilha nos comentários que eu fico curioso para testar!





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