Jujuba Caseira ou Bala De Goma Simples E Fácil

É hora de fazer a festa das crianças e preparar alguns doces para ganhar um bom dinheiro. Ficam macias e muito saborosas.
Jujuba Caseira ou Bala De Goma Simples E Fácil
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Você já parou pra pensar que jujuba é quase um símbolo da infância? Não é só doce, é memória. É aquele pacotinho que a gente roubava da prateleira alta, o cheiro de fruta artificial, o jeito que a goma grudava no dente e a gente ria disso.

Fiz essa receita pela primeira vez porque a Day pediu algo que lembrasse as balas da sua infância no litoral, ela não gosta de café, mas adora doces que fazem a boca ficar colorida. Achei que seria fácil. Errei. A gelatina virou um bloco de borracha. A segunda tentativa? Ficou mole demais. A terceira… foi a vencedora. E o segredo não é nenhum ingrediente raro. É só paciência. Deixar descansar. Respeitar o tempo.

Use gelatina sem sabor pra dar estrutura, e a com sabor pra dar alma. A mistura de açúcar e água precisa ferver devagar, sem pressa. Se fizer isso, o resultado é uma goma que você corta, polvilha, e guarda num pote como se fosse ouro. E sim, o titanzinho ficou encarando a tábua como se fosse um osso. Não deu pra ele, claro. Mas olha, se você já tentou fazer em casa e falhou… conta aqui. Qual foi seu erro? Eu quero saber.

Receita De Jujuba Caseira ou Bala De Goma Simples E Fácil: Saiba Como Fazer

Rendimento
1 pote
Preparação
1 dia
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

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O erro mais comum? Achar que pode pular o tempo. Não dá. Se você tentar cortar antes de 24h, vira uma massa de bolo que não quer se soltar. Já fiz. Fiquei com a pia cheia de gelatina por três dias.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Dissolva as gelatinas separadas

  1. Pega os 3 pacotes de gelatina sem sabor e coloca num recipiente. Despeja os 300ml de água fria por cima. Deixa repousar uns 5 minutos, isso é pra ela inchá, virar um gelinho. Não mexe ainda.
  2. Num outro pote, coloca os 4 pacotes de gelatina saborizada e despeja os 250ml de água fervente. Mexe até sumir todo o grânulo. Não precisa ferver, só dissolver. Se sobrar grão, a jujuba fica arenosa. E ninguém quer isso.

Caramelize o açúcar

  1. Coloca a panela no fogo baixo. Joga os 350g de açúcar e os 300ml de água fria, sim, a mesma da gelatina sem sabor. Não mexe. Só espera. Vai começar a borbulhar. Quando virar uma calda clara, tipo mel, desliga. Se esquentar demais, vira caramelo. E aí, a jujuba fica amarga. Já fiz. Não repita.

Junta tudo, devagar

  1. Despeja a gelatina saborizada na calda quente. Mexe com a colher de pau, devagar. Depois, pega a gelatina sem sabor, que já tá gelatinosa, e vai colocando aos poucos. Mexe sempre. Não tem pressa. Se você bater, a goma fica com bolhas. E não fica bonita.

Espalha e espera

  1. Despeja a mistura numa assadeira pequena, de fundo removível, untada com um pouquinho de óleo. Não precisa de papel manteiga. Só óleo. Espalha com a colher. Não precisa ser perfeito. A gente não faz jujuba pra Instagram.
  2. Deixa em temperatura ambiente, sem tampa, por 24 horas. Sim, 24 horas. Se você tentar antes, não corta. Se deixar mais, não muda quase nada. Mas o tempo é o ingrediente que ninguém vê. Eu deixei 36h uma vez. Ficou mais dura. Gostei. Talvez tenha sido sorte.

Desenforma e corta

  1. Passa a mão em volta da borda. Se soltar, tá bom. Se não soltar, dá um leve puxão. Não force. Vai sair. Coloca numa tábua limpa. Pega a faca bem afiada, molha um pouquinho na água e corta em quadrados. Não precisa ser perfeito. Se sair torto, tá bom. A Daiane sempre corta os quebrados e come primeiro. Ela não diz, mas eu sei.

Polvilha e guarda

  1. Coloca os cubinhos numa tigela. Joga o açúcar refinado por cima, uns 50g. Mexe com as mãos. Sim, com as mãos. É o jeito certo. Se usar colher, não gruda igual. Vai ficar seco. Depois, passa pra um pote de vidro. Fecha. Deixa na despensa. Não na geladeira. Ela não gosta de frio.

Eu nunca pensei que uma jujuba pudesse me lembrar tanto da infância, não da minha, mas da da Daiane. Ela me contou que, quando criança, a avó fazia na varanda, com gelatina de uva, e deixava num pote de vidro que brilhava no sol. Ela não falava muito, mas quando falava, era sobre isso. Quando eu fiz a primeira vez que deu certo, ela não disse nada. Só pegou um pedaço, comeu devagar, e sorriu. Foi o suficiente.

Se você já tentou e falhou, não se culpe. A gente erra porque quer tudo rápido. Mas jujuba não é feita pra ser rápida. É feita pra ser lembrada. Me conta aqui: qual foi o seu sabor favorito na infância? E… você já comeu uma jujuba sem querer, só porque estava no pote e ninguém viu?

Dicas que vão transformar sua jujuba de “tentativa frustrada” em “memória que gruda na alma”

Quanto tempo dura? E onde guardar?

Se bem guardada, em pote de vidro fechado, longe da umidade, a jujuba dura até seis meses. Mas a verdade? Depois de 30 dias, ela começa a perder o brilho e a textura. Fica mais dura, menos elástica. Não é que estraga, é que perde a alma. A gelatina respira, e o açúcar absorve o ar. Por isso, nunca guarde na geladeira. O frio a deixa pegajosa e sem gosto. A Daiane sempre guarda a nossa na despensa, na prateleira do fundo, onde não entra luz. Diz que é “como guardar um segredo”. E talvez seja.

O erro que estraga tudo antes de começar

Usar água quente pra dissolver a gelatina sem sabor. Eu fiz isso. Achei que aceleraria. A gelatina virou lama. Não inchou, não gelou, virou um monte de fio. E aí, a mistura toda ficou com textura de borracha. Outro erro? Mexer a calda de açúcar. Não mexa. Deixe ferver sozinha. Se você mexer, o açúcar cristaliza. E aí, a jujuba fica com aquele grão que gruda no dente e não sai. Já tive que jogar fora três tentativas só por isso. A paciência não é um ingrediente. É a regra.

Truque da faca molhada, o que ninguém conta

Quando for cortar, molhe a lâmina na água fria. Só um toque. Depois, seque com um pano. Isso evita que a gelatina grude. Mas o segredo real? Corte em um dia seco. Se estiver úmido, a jujuba volta a grudar no pote. Já fiz num dia de chuva em São Paulo… foi um desastre. Tive que polvilhar mais açúcar, e a Daiane riu: “você tá tentando fazer uma jujuba ou uma lama de chocolate?”. Aprenda com o clima. Ele sabe mais do que você.

O que combina com esse sabor? (Além da nostalgia)

Um contraste que surpreende

Jujuba é doce. Muito doce. Então, o que equilibra? Um café bem forte, amargo, sem açúcar. Ou um chá de hibisco gelado, com um toque de limão. Já servi com um queijo branco fresco, o salgado corta o doce como um abraço. E se for pra festa infantil? Coloque uma jujuba dentro de um pote de iogurte natural. Ela vira um brinquedo com sabor. A Daiane fez isso pra uma amiga da filha da vizinha. A menina chorou de alegria. Não por causa da jujuba. Porque ninguém nunca tinha feito algo assim só pra ela.

Posso usar gelatina em pó de outra marca?

Pode. Mas não espere o mesmo resultado. As gelatinas mais baratas têm menos estrutura. Aí, você precisa de mais gelatina sem sabor. Já testei com uma marca que só tinha 10g por pacote, precisei de 6 pacotes só pra dar a mesma consistência. Ficou mais cara, e mais lenta. Se quiser economizar, compre a gelatina sem sabor em pacote grande. É mais barato, e você controla melhor a dose. A Daiane sempre diz: “não compre o que é mais barato. Compre o que dura mais”.

Posso fazer sem açúcar?

Teoricamente, sim. Mas não é jujuba. É um pedaço de gelatina com gosto. O açúcar não é só doçura, é o que dá a textura, a firmeza, o brilho. Se quiser uma versão mais leve, use açúcar demerara em menor quantidade. Mas não substitua por adoçante. Vira um bolo de gelatina. E ninguém quer isso. A jujuba é um luxo. Um pequeno luxo. E vale a pena.

Por que usar açúcar refinado e não confeiteiro na massa?

O confeiteiro tem amido. E o amido faz a massa ficar opaca, sem brilho. Queremos o vidro da jujuba, não o pão. O refinado dissolve melhor na calda, e deixa a textura limpa. Mas no final, quando polvilhamos, o confeiteiro pode ser usado, ele deixa um brilho mais fino, menos grudento. É como escolher entre um vestido de seda e um de algodão. Um é para o dia, o outro para a noite.

Como evitar desperdício de gelatina?

Se sobrar massa, não jogue. Coloque em um pote pequeno, deixe secar, e depois corte em tiras. Vira uma espécie de “bala de goma em forma de fita”. Ou use para fazer um molho de frutas: derreta com um pouco de água e mel, e jogue sobre iogurte ou pão de queijo. Já fiz isso numa manhã de preguiça. A Daiane comeu tudo e disse: “isso aqui é que é sobremesa de pobre”. E eu ri. Porque ela tem razão.

Já tentei fazer jujuba em 12 horas

Foi uma loucura. Achei que se eu deixasse no forno desligado, ia acelerar. Ficou pegajosa, não cortava, e grudou na tábua como se fosse cola. Tive que raspar com a espátula. A Daiane viu, não falou nada. Só pegou um pedaço do que sobrou, comeu, e disse: “você tá querendo fazer jujuba ou um experimento de química?”. Aí eu entendi. O tempo não é inimigo. É o cozinheiro silencioso.

Versão “tudo errado, mas bom”, jujuba de frutas naturais

Se quiser algo mais natural, use polpa de fruta. Morango, abacaxi, manga, bata, coe, e substitua a água fervente pela polpa. Mas reduza a quantidade. A fruta tem água demais. E a gelatina sem sabor precisa ser aumentada. Fiz com manga uma vez. Ficou com um cheiro de verão. A Daiane disse que lembrou o litoral. Não era só a jujuba. Era a memória.

O que fazer enquanto espera 24 horas?

Escreva uma carta. Para quem você ama. Para você mesmo. Para a criança que você foi. O tempo de espera não é vazio. É o tempo da memória. Eu já escrevi duas cartas nesse intervalo. Uma pra minha mãe, outra pra mim, de 15 anos. Eu não mandei. Só guardei. Como a jujuba. No fundo, a gente não quer só doces. Quer lembrar que a vida pode ser lenta. E ainda assim, doce.

Sabia que “jujuba” vem da fruta? Mas não é a mesma coisa

A fruta jujuba, ou “zizyphus”, é asiática, tem um sabor adocicado e é usada na medicina tradicional. A bala foi batizada assim por causa da forma, redondinha, enrugada, vermelha. Mas o nome veio da linguagem popular, não da ciência. Aqui no Brasil, virou sinônimo de doce infantil. E talvez por isso, a gente não acha que é só açúcar. A gente acha que é carinho. A Daiane me contou que, quando criança, a avó chamava as balas de “jujubas do coração”. E ela nunca esqueceu.

E aí, qual foi o seu primeiro sabor de jujuba? Morango? Uva? Laranja? E você já comeu uma sem querer, só porque estava no pote e ninguém viu? Conta aqui nos comentários. E se essa receita te trouxe uma lembrança, compartilha. Porque às vezes, o que gruda na boca… é o que fica na alma.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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