9 Receitas de Canjica Amarela E Outras Modos de Fazer a Sobremesa Perfeitas para Qualquer Ocasião

Canjica combina com todas as estações, seja frio ou calor, ela sempre é ótima opção!
9 Receitas de Canjica Amarela E Outras Modos de Fazer a Sobremesa Perfeitas para Qualquer Ocasião
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O que o cheiro de canela e cravo cozinhando tem a ver com memórias de infância? Tudo. Aquela fragrância que invade a casa durante o preparo da canjica me lembra as manhãs na casa da minha avó, onde cada colher era um aconchego.

Essa receita de canjica amarela é resultado de anos ajustando pontos. Aprendi que o segredo está na pitada de sal, que parece contra intuitivo mas realça a doçura de verdade. E o leite de coco sempre no final, pra preservar seu sabor delicado.

Uma dica que peguei num curso de confeitaria: deixar o milho de molho em água quente antes do cozimento na pressão garante grãos mais macios. Já errei isso e a canjica ficou com textura de pedrinhas, experiência nada agradável.

Quer reviver essas sensações na sua cozinha? O passo a passo completo está abaixo. Depois me conta se o cheiro tomou conta da sua casa também!

Receita de Canjica Amarela: saiba como fazer

Rendimento
4 porções
Preparo
1h30min
Dificuldade
Fácil
Medida da Xícara: 240ml

Ingredientes

0 de 9 marcados

Essa receita rende bem e fica ainda melhor no dia seguinte, quando os sabores têm mais tempo para se incorporar. O sal realmente faz milagre para realçar a doçura, confia.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 250g (1/4 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 385 kcal 19%
Carboidratos Totais 62.5g 21%
   Fibra Dietética 4.2g 17%
   Açúcares 35.8g 72%
Proteínas 8.7g 17%
Gorduras Totais 11.3g 14%
   Saturadas 7.2g 36%
   Trans 0g 0%
Colesterol 25mg 8%
Sódio 180mg 8%
Potássio 420mg 9%
Cálcio 220mg 22%
Açúcares Adicionados 28g 56%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Vegetariano: Sem ingredientes de origem animal
  • Gluten-Free: Naturalmente sem glúten
  • Boa Fonte de Fibras: Auxilia na digestão
  • Rico em Cálcio: Para saúde óssea

Alertas & Alérgenos

  • Alto teor de açúcar – 72% do VD por porção
  • Contém lactose (leite e leite condensado)
  • Cuidado diabéticos: Alto índice glicêmico
  • Insight: Para versão mais light, reduza o leite condensado pela metade e use leite de coco natural

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

  1. Começa fervendo a água. Enquanto isso, coloca o milho numa tigela grande, porque vai expandir bastante.
  2. Quando a água estiver borbulhando, despeja por cima do milho até cobrir todos os grãos. Tampaa e deixa descansar por uma hora. Esse passo do molho é essencial para o milho ficar macio depois.
  3. Passada a hora, escorre toda a água e transfere o milho para uma panela de pressão. Coloca água limpa de novo, até cobrir o milho, e tampa.
  4. Leva ao fogo médio e deixa cozinhar por 25 minutos depois que pegar pressão. Não precisa contar desde que a panela assobia, mas sim desde que o pino sobe completamente.
  5. Desliga o fogo e deixa a pressão sair naturalmente. Não adianta ter pressa aqui, já tentei esfriar a panela na água e o milho não fica tão bom.
  6. Abre a panela e escorra toda a água do cozimento. Transfere o milho cozido para uma panela comum, aquela que você usa para fazer doce.
  7. Agora adiciona o leite, leite condensado, coco ralado, a pitadinha de sal (sim, sal mesmo), a canela em pau e os cravos. Por último, coloca o leite de coco.
  8. Mistura tudo e leva ao fogo médio. Vai mexendo de vez em quando por uns 15 a 20 minutos. O ponto é quando o creme engrossa um pouco mas ainda está cremoso.

Se você gosta da canjica mais líquida, cozinha por 15 minutos. Para uma textura mais encorpada, deixa uns 10 minutinhos a mais em fogo baixo. E mexe sempre, senão gruda no fundo da panela, aprendi isso do jeito difícil.

Essa canjica fica ainda melhor no dia seguinte, quando os sabores se misturam completamente. E se sobrar, dura bem na geladeira por uns 3 dias.

Essa canjica tem o poder de transformar qualquer tarde comum em algo especial. O cheiro da canela e cravo cozinhando é daqueles que aquece a casa toda e traz uma sensação de aconchego que poucas coisas conseguem.

E aí, fez a sua canjica? Me conta nos comentários se o cheiro tomou conta da sua cozinha também e se alguém aí em casa ficou pedindo mais. Adoro saber como essas receitas tradicionais funcionam nas casas de vocês!

Quanto tempo dura essa canjica amarela?

Na geladeira, dura até 5 dias se guardar num pote bem fechado. Mas sério, quem é que consegue deixar canjica por 5 dias? Aqui em casa a Daiane já foi pega comendo direto da panela no dia seguinte. Se quiser congelar, dá pra guardar por até 2 meses - só descongelar na geladeira e esquentar com um pouco de leite pra voltar ao ponto.

E as calorias, hein?

Cada porção (considerando que você divida em 4 mesmo) fica em torno de 385 calorias, conforme nossa tabela nutricional completa. Mas quem tá contando calorias quando o assunto é canjica, né? Só aproveita e compensa na academia depois.

Tá sem algum ingrediente? Bora improvisar!

• Leite condensado: pode fazer um caseiro com leite em pó, açúcar e manteiga (tem vários tutoriais por aí)
• Leite de coco: usa água de coco + um pouco mais de coco ralado
• Canela em pau: 1 colher de canela em pó no lugar (mas cuidado pra não exagerar)
• Cravo: se não tiver, só pular mesmo, mas ele dá aquele toque especial

Os 3 pecados capitais da canjica

1. Não deixar o milho de molho o tempo suficiente - fica duro e demora séculos pra cozinhar
2. Mexer pouco depois de colocar os ingredientes doces - gruda no fundo da panela e queima fácil
3. Esquecer o sal - parece bobagem, mas essa pitadinha faz milagre no equilíbrio de sabores

Truque secreto da vovó

Depois de escorrer o milho cozido, passa rapidinho por água fria. Isso para o cozimento na hora e deixa os grãos mais firmes. A Daiane achou estranho quando eu fiz isso pela primeira vez, mas depois admitiu que ficou perfeito.

O que serve junto?

• Café preto forte corta a doçura perfeitamente
• Queijo minas frescal é um clássico que nunca falha
• Para os ousados: uma colher de requeijão cremoso por cima (juro que funciona)
• No inverno: um chá de gengibre com limão

Versões para todo mundo

• Sem lactose: leite vegetal + leite condensado zero lactose
• Vegana: leite de coco + leite condensado de soja
• Low carb: usa eritritol no lugar do leite condensado (mas confesso que não fica a mesma coisa)
• Proteica: coloca uma colher de whey sabor baunilha no final

Canjica 2.0 - versão upgrade

• Canjica cremosa: bate metade no liquidificador antes de misturar
• Canjica festa: coloca pedacinhos de doce de leite e amendoim torrado por cima
• Canjica tropical: substitui o leite de coco por suco de abacaxi e acrescenta coco fresco
• Canjica "adulto": uma colher de rum ou cachaça no final (só pra maiores, né?)

O ponto crítico: quando parar de cozinhar?

Esse é o segredo que faz ou quebra sua canjica. O ideal é que fique cremosa mas ainda dê pra ver os grãos inteiros. Testa assim: pega uma colher e passa no fundo da panela - se o caminho ficar visível por 2 segundos antes de fechar, tá no ponto. Se fechar rápido, tá líquida; se não fechar, deixa mais um pouco.

Se tudo der errado...

• Queimou o fundo? Transfere pra outra panela rápido e não mexe mais a parte de baixo
• Ficou muito doce? Esprema um limão e coloca só umas gotinhas (mágica!)
• Secou demais? Adiciona leite quente aos poucos até voltar ao ponto
• Grãos ainda duros? Volta pra panela de pressão com mais água por 10min

Modo econômico ativado

• Compra o milho a granel (geralmente mais barato que embalado)
• Faz metade da receita com leite condensado caseiro
• Usa só leite comum e acrescenta mais coco ralado
• Substitui a canela em pau por casca de maçã seca (dá um toque parecido)

Elevando o nível

• Usa leite condensado caseiro feito com leite integral
• Coloca uma vagem de baunilha junto com os cravos
• Finaliza com coco ralado fresco tostado na hora
• Serve em taças com raspas de limão siciliano por cima

De onde veio essa delícia?

A canjica tem origem indígena, feita originalmente só com milho e mel. Os portugueses trouxeram o leite e os temperos, criando essa versão que a gente ama hoje. Curiosidade: no Nordeste chamam de "mingau de milho", enquanto no Sudeste é "canjica" mesmo.

2 coisas que ninguém te conta sobre canjica

1. O milho da canjica é diferente do milho verde - é uma variedade especial só pra esse doce
2. A canjica era comida ritualística em festas juninas pra trazer fartura (e olha que funciona, né?)

Perguntas que todo mundo faz

Pode fazer sem panela de pressão? Pode, mas vai demorar o triplo do tempo.
Por que minha canjica fica azulada? Reação natural do milho com ingredientes ácidos, não faz mal.
Posso congelar? Pode, mas fica um pouquinho mais granulada depois.
Serve pra celíacos? Sim, o milho naturalmente não tem glúten!

Harmonização de sabores

O doce da canjica combina incrivelmente com:
• Sabores ácidos (frutas vermelhas, limão)
• Sabores tostados (amendoim, castanhas)
• Sabores picantes (gengibre, pimenta rosa)
• Sabores herbais (hortelã, alecrim)

Sabia que...

O nome "canjica" vem do quimbundo "kanjika", que os africanos escravizados trouxeram pra cá. E tem mais: em Portugal, canjica é um prato salgado feito com galinha! Loucura, né?

Confissões de cozinha

Uma vez eu esqueci o milho de molho e tentei acelerar o processo com água fervendo direto. Resultado? Ficou 3 horas na pressão e ainda assim parecia pedrinhas. A Daiane até hoje me zoa quando vou fazer canjica. Moral da história: respeitem o tempo de molho, gente!

Combinações que vão deixar sua canjica amarela ainda mais especial

Depois de preparar essa sobremesa que é pura nostalgia de infância, que tal montar um menu completo? Selecionamos opções que casam perfeitamente com o doce milho, seja pra um almoço de domingo ou aquela reunião de família onde todo mundo pede bis.

Para começar com o pé direito

Peixe na airfryer (nossa receita): Crocante por fora e macio por dentro, esse peixe é prático e abre o apetite sem pesar antes da sobremesa.

Pão de queijo mineiro: Quentinho e fofinho, combina com tudo e é sempre sucesso - aqui em casa Dai já pediu pra eu fazer dobradinha!

Bolinho de chuva: Clássico que lembra tarde de vó, perfeito pra mergulhar no café enquanto a canjica esfria.

Pratos que roubam a cena

Frango caipira com quiabo: O caldinho desse prato é feito pra ser lambido até o último vestígio, e o sabor caseiro combina demais com a doçura da canjica.

Costela ao molho barbecue: Doce e suculenta, essa costela vai fazer todo mundo pedir mais - mas deixem espaço pra sobremesa, hein?

Lasanha de berinjela: Opção vegetariana que até os carnívoros vão adorar, com camadas de sabor que preparam o paladar pro doce.

Acompanhamentos que fazem a diferença

Arroz branco soltinho: Não pode faltar, né? O clássico que todo mundo ama e deixa o prato redondo.

Farofa de bacon crocante: Porque tudo fica melhor com bacon, e essa farofa dá um crunch que contrasta lindo com a textura cremosa da canjica.

Vinagrete de manga: O toque ácido e refrescante corta a gordura dos pratos principais e limpa o paladar pra sobremesa.

Bebidas: Acompanhamentos de bebidas que deixam tudo melhor

Quentão fácil: Mesmo sem álcool, essa versão com especiarias aquece o corpo e combina com dias mais frios.

Suco de maracujá gelado: O contraste do azedinho com a doçura da canjica é simplesmente perfeito.

Chá de erva-doce: Aroma que lembra infância e ajuda na digestão - porque depois dessa refeição, todo mundo vai precisar!

E aí, qual combinação você vai testar primeiro? Conta pra gente nos comentários se resistiram à tentação de pular direto pra canjica - aqui em casa a gente nunca consegue!

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

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