Eu já fiz brigadeiro de batata doce com açúcar demerara, sem açúcar, com mel, com stevia… e só uma vez acertei. Não foi por sorte. Foi porque parei de tentar fazer um doce saudável e comecei a fazer um doce que simplesmente gostava.
O brigadeiro fit de batata doce não é um substituto. É uma nova coisa. A batata doce não esconde o sabor, ela entrega doçura natural, textura cremosa e um fundo terroso que o chocolate 70% transforma em algo profundo, quase como um bom vinho que resolveu virar sobremesa.
Não precisa de leite condensado. Não precisa de manteiga. Só precisa de paciência pra mexer sem desistir. Eu já queimei essa massa duas vezes. A primeira por pressa. A segunda por pensar que “um pouquinho a mais de fogo não faz diferença”. Faz. Tanto que a terceira vez, eu deixei esfriar direito. E foi aí que entendi: o segredo não está no ingrediente, está no tempo.
Se você tá cansado de doces que parecem remédio, dê uma chance. E se fizer, me conta: qual foi o seu erro? Porque o meu foi acreditar que “fit” tinha que ser chato.
Receita de brigadeiro fit de batata doce: saiba como fazer
Rendimento
20 porções
Preparação
1h
Dificuldade
Fácil
Ingredientes
0 de 9 marcados
Tudo que tem na despensa, mas não é por isso que fica sem sabor. Já usei batata doce da feira, que tinha um tom mais avermelhado, o doce ficou mais terroso, mas gostoso. O óleo de coco pode ser substituído por manteiga, mas aí o sabor muda. E eu gosto do coco. Acho que dá um toque de verão, mesmo no inverno.
Progresso salvo automaticamente
Informação Nutricional
Porção: 1 unidade (aproximadamente 20g)
Nutriente
Por Porção
% VD*
Calorias
48 kcal
2%
Carboidratos Totais
7.2g
3%
Fibra Dietética
0.8g
3%
Açúcares
2.1g
4%
Proteínas
0.6g
1%
Gorduras Totais
2.1g
3%
Saturadas
1.7g
9%
Trans
0g
0%
Colesterol
0.1mg
0%
Sódio
4.2mg
0%
Potássio
45mg
1%
Cálcio
8mg
1%
Ferro
0.3mg
2%
Vitamina A
285UI
6%
*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)
Etiquetas Dietéticas
Baixa Caloria: Apenas 48kcal por unidade
Sem Glúten: Naturalmente sem glúten
Vegetariano: Sem ingredientes de origem animal
Rico em Vitamina A: Benefícios da batata doce
Alertas & Alérgenos
Atenção ao açúcar: Demerara adiciona carboidratos simples
Contém traços de lactose pelo leite desnatado
Insight: 70% menos calorias que brigadeiro tradicional; fonte natural de vitamina A
Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.
Coloque a batata doce numa panela com água suficiente para cobrir, não precisa ser muito. Leve ao fogo até ficar macia, tipo quando você espreme com o garfo e ela desmancha. Isso leva uns 20 minutos. Tire da água, deixe esfriar um pouco e amasse bem, sem batedeira, só com o garfo. Quer que fique com pedacinhos? Fica bom também.
Monte a massa:
Numa panela pequena, junte a batata amassada, o açúcar demerara, a água, o leite desnatado, o chocolate em pó e o óleo de coco derretido. Misture tudo com uma colher de pau até ficar homogêneo. Não precisa ser perfeito, só não deixe grumos.
Leve ao fogo médio e comece a mexer. Sem parar. Se você achar que está demorando, é porque está certo. Eu já desisti no minuto 4 e fiquei com uma pasta queimada. Depois aprendi: o tempo é o ingrediente mais importante.
Mexa por uns 8 a 10 minutos, até a massa começar a soltar das laterais da panela. Quando você passa a colher e a massa demora um pouco pra fechar a marca, é hora. Ela não vai ficar dura como brigadeiro normal, fica mais mole, mais cremosa. E é isso que faz a diferença.
Enrole e finalize:
Despeje a massa numa travessa, cubra com plástico filme encostado na superfície, isso evita a casquinha. Leve à geladeira por 30 minutos. Não pule esse passo. Se tentar enrolar quente, vira bagunça.
Enquanto esfria, untar as mãos com a manteiga. Só uma pitada. Se não tiver manteiga, óleo de coco derretido serve. Mas não exagere, senão as bolinhas escorregam da mão.
Pegue colher de sopa, forme bolinhas. Não force, deixe a massa se moldar. Se ficar grudando, é porque precisa de mais manteiga. Ou porque você está com pressa. Já aconteceu comigo.
Passe cada bolinha no chocolate granulado. Se quiser mais crocância, use um pouco mais. Eu gosto de duas camadas: uma fina, outra generosa. Não é por vaidade, é por textura.
Coloque nas forminhas de papel e deixe na geladeira por mais 15 minutos. Não é obrigatório, mas ajuda. Serve gelado, serve em temperatura ambiente. Não tem erro.
Eu já pensei que “fit” tinha que ser chato. Que se você não usava açúcar refinado, o doce tinha que ser uma penitência. Errei. O segredo não é tirar o açúcar, é deixar o sabor real aparecer. A batata doce não é um substituto do chocolate. Ela é um parceiro. E quando você encontra o equilíbrio, o doce fica mais profundo, mais calmo. Como se o sabor tivesse respirado.
Se fizer, me conta: você usou o açúcar? Ou deixou só com a doçura da batata? Eu já fiz dos dois jeitos. Um foi mais doce, o outro mais terroso. Os dois foram bons. Mas o que eu mais gosto? O que a Daiane pegou na geladeira, sem pedir. Só porque estava ali. E não sobrou nenhum.
Quanto custa em calorias?
Cada brigadeiro fit de batata doce tem aproximadamente 48 calorias por unidade (conforme tabela nutricional completa abaixo da lista de ingredientes). Comparado ao tradicional que pode passar das 100 calorias por unidade, é um ótimo negócio pra quem tá de olho na balança. Mas cuidado: é fácil perder a conta depois do terceiro!
Guarda bem? Dá pra fazer pra semana toda?
Na geladeira, dura até 5 dias num pote fechado. Se quiser congelar (sim, dá certo!), coloca num saquinho hermético e tira 30 minutinhos antes de servir. A Daiane uma vez esqueceu um pote no freezer por 2 semanas e ainda tava bom - mas não recomendo testar os limites assim, né?
Tá sem ingrediente? Bora improvisar!
• Óleo de coco virou vilão pra você? Tenta manteiga ghee ou até azeite de oliva extravirgem (sim, fica bom!) • Leite desnatado pode virar leite de amêndoa ou água mesmo
• Chocolate 70% muito amargo? Meio a meio com cacau em pó adoçado • Granulado tradicional pode ser substituído por nibs de cacau ou até coco ralado tostado
3 truques que ninguém te conta
1. Se a massa ficar muito mole, coloca 1 colher de chia e espera 10 minutos - ela age como espessante natural 2. Usa um saco de confeitar (ou um ziplock com o cantinho cortado) pra moldar as bolinhas sem sujar toda a mão
3. Antes de passar no granulado, dá uma leve untada nas mãos com óleo de coco - a massa não gruda e fica perfeita
Versões pra todo mundo
• Vegano: troca o leite por água ou leite vegetal e confere se o chocolate é 100% vegetal • Zero açúcar: tira o demerara e põe 2 gotas de adoçante líquido stevia • Low carb: reduz a batata-doce pela metade e completa com purê de abacate • Proteico: mistura 1 scoop de whey protein sabor chocolate na massa fria
"Meu brigadeiro virou sopa!" - erros que já cometi pra você não repetir
• Cozinhar a batata com muita água: ela fica encharcada e a massa nunca engrossa. Melhor assar no forno ou cozinhar no vapor • Mexer pouco na panela: essa massa gruda fácil, então coloca uma música e vira o mexedor profissional
• Tirar da geladeira antes da hora: 30 minutos é o mínimo! Se apressar, vira bagunça na hora de enrolar
Quer surpreender? Faz assim:
• Brigadeiro "ovo de páscoa": molda em formato de ovo e mergulha no chocolate derretido • Versão salgada: tira o açúcar, põe sal, pimenta e usa como recheio de tapioca • Trufa fitness: recheia com pasta de amendoim e rola em castanhas trituradas • Brigadeiro de colher: serve quente com banana picada em cima - parece pudim!
A parte mais chata (e como facilitar)
Descascar batata-doce quente é tipo desafio olímpico. Dois macetes: 1) corta ao meio antes de cozinhar e escorre a água quente com cuidado; 2) ou melhor ainda - assa com casca no forno e depois tira com faca, a pele sai que nem mágica. Sério, mudou minha vida!
Combina com o quê?
• Café preto sem açúcar corta o doce perfeitamente • Chá de gengibre com limão dá um contraste incrível
• Quer um lanche completo? Coloca 2 brigadeiros numa tigela com iogurte natural e granola • Para festas: monta uma mesa com frutas secas, castanhas e diferentes granulados pra galera personalizar
Sobrou? Não joga fora!
A massa crua pode virar recheio de panqueca ou crepe. Já as sobras prontas: tritura com aveia e faz uma "farofa" doce pra polvilhar em frutas. Uma vez usei até como base de cheesecake fitness - ficou tão bom que virou receita fixa aqui em casa.
Modo chef Michelin (sem gastar fortunas)
Põe um pouco de raspas de laranja na massa + flor de sal na finalização. Ou derrete chocolate 70% e faz um banho Maria rápido nos brigadeiros prontos - quando secar, fica aquele acabamento profissional que engana qualquer foodie. Já testei em jantar aqui em casa e todo mundo pediu a receita!
Perguntas que sempre me fazem
"Dá pra fazer sem adoçante nenhum?" Dá, mas a batata-doce sozinha tem um doce suave - se você tá acostumado com muito açúcar, pode estranhar. "Posso usar microondas?" Pode, mas fica menos cremoso. Se for o caso, esquenta em intervalos de 30 segundos mexendo sempre. "Congela mesmo?" Congela sim! Só tira 1h antes de servir e, se quiser, dá uma passada rápida no granulado na hora.
Coisas que ninguém fala sobre essa receita
1. A batata-doce roxa deixa o brigadeiro com cor natural incrível (e assusta as visitas!) 2. Se você treina, esse brigadeiro é ótimo pré-treino - os carboidratos da batata liberam energia gradualmente
De onde veio essa ideia maluca?
A receita original é adaptação de um doce português (sim, eles já misturavam batata em doces no século 18!). A versão fit surgiu nos anos 2000 quando nutricionistas começaram a buscar alternativas para sobremesas tradicionais. A batata-doce entra como coringa por ter baixo índice glicêmico e muita fibra. Genial, né?
E aí, bora testar?
Conta nos comentários se você é do time que prefere mais doce ou mais amargo, se inventou alguma variação diferente ou se descobriu outro truque maluco. E se der errado na primeira tentativa, relaxa - meu primeiro lote virou uma cola de papel que até hoje a Daiane não me deixa esquecer!
Mais brigadeiros pra você se acabar!
Se tem uma coisa que não pode faltar na vida é brigadeiro, né? Depois dessa versão fit de batata-doce que você acabou de ver, bora explorar outras variações dessa delícia que conquista todo mundo. Eu, por exemplo, sou daqueles que acha que um bom brigadeiro caseiro tradicional resolve qualquer dia ruim - e olha que eu já testei essa teoria várias vezes, sempre funciona!
Agora, se você quer algo mais profissional, que dá pra servir em festa sem medo de ser feliz, dá uma olhada nesse brigadeiro perfeito para enrolar. Já usei essa receita pra impressionar visita e confesso: virou meu coringa quando preciso me gabar na cozinha!
E pra quem tá na vibe de cores diferentes, esse brigadeiro rosa é pura alegria em forma de doce. Já fiz pra aniversário da minha sobrinha e as crianças piraram - os adultos também, mas fingiram que não.
Combinações que vão fazer seu brigadeiro de batata-doce brilhar ainda mais
Depois de preparar essa sobremesa que é puro abraço doce, que tal montar uma refeição completa que harmonize com ela? Selecionamos opções que equilibram sabores e texturas para deixar tudo ainda mais especial. Dai já adiantou que essa combinação aqui de baixo é a favorita dela quando recebe as amigas!
Para começar com o pé direito
Bolinho de mandioca crocante: A textura crocante por fora e macia por dentro contrasta perfeitamente com o cremoso do brigadeiro.
Chips de inhame assado: Levemente salgados, são viciantes e preparam o paladar para os sabores doces que vêm depois.
Pastelzinho de forno de queijo branco: Uma sugestão nossa sem link, mas que funciona tão bem! O queijo suave não compete com a sobremesa.
Pratos principais que roubam a cena (mas deixam espaço para o doce)
Frango ao molho de laranja: O toque cítrico corta a doçura e prepara o paladar para a sobremesa.
Lasanha de abobrinha: Mais leve que a tradicional, não pesa antes do momento brigadeiro.
Risoto de funghi: Terroso e cremoso, cria um contraste interessante com o doce final.
Peixe grelhado com ervas finas: Nosso plus para quem quer algo superleve - a gente sempre faz quando quer repetir a sobremesa!
Acompanhamentos que completam (sem competir)
Purê de maçã com canela: Doce, mas não tanto quanto a sobremesa, cria uma progressão saborosa.
Legumes grelhados com alecrim: O toque herbal limpa o paladar entre uma garfada e outra.
Arroz negro com nozes: Textura crocante e sabor marcante que não ofusca o ponto alto doce.
Bebidas que marcam presença sem atrapalhar
Chá gelado de pêssego: Frutado e refrescante, um clássico que nunca falha aqui em casa.
Água aromatizada com limão siciliano e manjericão: Nosso coringa para limpar o paladar entre os pratos.
Suco de uva integral gelado: Doce natural que conversa bem com a sobremesa.
Café coado na hora: Dica bônus para quem, como nós, ama finalizar com um cafezinho - o amargo contrasta lindamente!
Essas combinações são nossas queridinhas quando queremos transformar o brigadeiro de batata-doce em estrela de uma refeição memorável. Conta pra gente nos comentários se testou alguma dessas sugestões ou se tem sua combinação secreta - adoramos trocar ideias sobre isso enquanto experimentamos novas receitas na nossa cozinha de São Paulo!
Que tal experimentar essas versões igualmente saborosas?
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou.Crédito total aos criadores originais, links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.
2º. Acrescentando cascas de banana
Autor: Carol Fiorentino
Casca de banana no brigadeiro? Eu não acreditava até ver. Mas não é só reciclagem, é sabor. As cascas, depois de cozidas e batidas, liberam um doce natural que parece mel, mas sem o açúcar refinado. O segredo? Ferver por 20 minutos, esfriar, e bater com a batata doce. Não adicione a casca crua. Vira amargo. Já fiz uma vez e a Daiane disse: “Isso tem gosto de infância, mas não sei de qual.” Talvez seja o cheiro de casa dela, que eu nunca conheci. A dica: use só 1 casca por 2 batatas. Mais que isso, e você perde o equilíbrio. E se não tiver casca? Acho que não vale a pena tentar. É o que dá o caráter.
3º. Adicionando whey protein
Autor: Cozinhando com o Bruno
Whey no brigadeiro? Sim. Mas não qualquer whey. O saborizado pode estragar tudo. Já usei um de baunilha e pensei que tinha acertado. Errei. Ficou com gosto de remédio. O segredo é usar o sabor neutro, e só uma colher. A batata doce já é doce. O whey só precisa dar corpo. E se você quiser proteína extra? Melhor usar amêndoas torradas. Elas dão proteína, crocância e não enganam o paladar. Ainda assim, se for pra treinar logo depois, essa versão pode valer. Mas não espere que seja um doce. É um suplemento que resolveu ser doce.
Pasta de amendoim aqui não é só sabor. É textura. Ela dá um corpo que a batata doce sozinha não tem. Mas atenção: se for a com açúcar, vira um doce de supermercado. Use a natural, só amendoim e sal. E se estiver muito grossa? Aqueça um pouco no micro-ondas. Só 10 segundos. Aí ela mistura melhor. Já fiz com uma que tinha óleo separado, e o brigadeiro virou um lodo. Achei que era erro. Era falta de paciência. Misture devagar. E se quiser um pouco de sal? Uma pitada. Só para equilibrar. A batata doce ama o sal. Quem diria?
Três ingredientes? Batata doce, açúcar refinado, margarina. Parece traição. Mas é o que eu fiz quando a pressa bateu. E funcionou. Não é fit. Não é saudável. Mas é rápido. E o sabor? É como se o brigadeiro tradicional tivesse se esquecido de ser doce e virasse um doce de verdade. A margarina não é ideal, mas se você não tem manteiga, funciona. O segredo? Cozinhe em fogo baixo, mexa sem parar, e tire antes que fique dura. Eu deixei 2 minutos a mais. Ficou como pedra. A Daiane disse: “Isso é um tijolo.” E eu ri. Mas aprendi. Às vezes, o que parece fácil é o mais perigoso.
Banana madura com batata doce? É como se o doce tivesse dois corações. A banana dá um sabor que lembra caramelo, e o leite em pó? Ele não é para doçura. É para ligar. Se você não usar, o brigadeiro desmancha. Já tentei sem e virei uma pasta que escorreu da mão. A dica: use banana com manchas pretas, não verdes, não amarelas. E se o leite em pó for integral? Melhor. Ele tem mais fibra. Mas cuidado: se usar muito, vira biscoito. Um pouquinho só. E se a massa ficar muito mole? Coloque na geladeira por 15 minutos. Não é erro. É ajuste. E se alguém perguntar: “Isso é doce ou fruta?” Responda: “É o que a gente quer que seja.”
Chocolate 70% não é um ingrediente. É um parceiro. Ele não esconde a batata doce, ele a respeita. O segredo? Derreta devagar, em banho-maria, e espere esfriar um pouco antes de misturar. Se colocar quente, a batata doce solta água e vira uma sopa. Já fiz assim. Ficou feio. A Daiane provou e disse: “É como se o doce tivesse chorado.” E eu entendi. O chocolate tem que ser frio, mas não gelado. E se desejar um toque de sal? Uma pitada no final. Só para acordar o sabor. E se não tiver chocolate? Acho que não vale a pena. É o que dá a alma.
Brigadeirão não é só tamanho. É intenção. Quando você faz em travessa, não quer enrolar. Quer servir. E aí, a textura tem que ser perfeita, nem mole, nem dura. O segredo? Deixe esfriar completamente antes de cortar. Se cortar quente, vira uma bagunça. Já fiz uma vez e o Titan ficou olhando como se estivesse vendo um milagre. Não comeu. Só ficou sentado. Acho que ele entendeu que aquilo era especial. A dica: use uma espátula quente para cortar. Aí a borda fica limpa. E se quiser uma camada de chocolate por cima? Derreta um pouquinho e espalhe. Não precisa de cobertura. Só de respeito.
Essência de baunilha? Parece inocente. Mas é o que salva. A batata doce tem um gosto terroso. E às vezes, ela precisa de um abraço. A baunilha não doce. Ela suaviza. Mas atenção: use a verdadeira, não a artificial. A artificial tem gosto de perfume. Já usei uma vez e pensei que tinha estragado tudo. A Daiane provou e disse: “É como se a cozinha tivesse cheirado a vó.” E eu me lembrei: ela tinha um frasco de baunilha que usava em tudo. Não era um ingrediente. Era memória. A dica: uma gota. Só uma. Mais que isso, e você perde a batata. E se não tiver? Talvez não seja o dia certo. Às vezes, o que falta é o que faz a diferença.
Leite condensado e creme de leite? Sim. E não é traição. É evolução. A batata doce aqui não é o protagonista. É o equilibrador. Ela tira o excesso de doce e dá corpo. A textura fica mais cremosa, quase como um pudim. Mas cuidado: se você usar muito, perde o fit. A dica? Use metade da quantidade que a receita tradicional pede. E mexa devagar. Se mexer rápido, vira espuma. Já fiz assim. Ficou como um mousse que não quis ser. A Daiane disse: “É como se o brigadeiro tivesse se transformado em nuvem.” E eu ri. Mas entendi: às vezes, o que parece mais fácil, é o mais delicado.
Beijinho com coco? Sim. Mas não o coco doce. Use o ralado natural, sem açúcar. E não misture no meio. Passe por fora. É o que dá o contraste. A batata doce é macia. O coco é seco. O chocolate é amargo. É um trio que se entende. Já fiz uma vez e um convidado perguntou: “Isso é beijinho ou brigadeiro?” Respondi: “É o que você quer que seja.” A dica: deixe o brigadeiro gelar bem antes de passar no coco. Se não, ele gruda na mão. E se desejar um pouco de sal? Uma pitada no coco. Só para equilibrar. A batata doce ama o sal. Quem diria?
Leite condensado caseiro? Sim. Mas não é fácil. O creme de leite precisa cozinhar por 40 minutos, mexendo sem parar. E se você se distrair? Vira queijo. Já fiz assim. Ficou como um doce que resolveu virar requeijão. A Daiane disse: “É o leite condensado que perdeu a paciência.” E eu ri. Mas aprendi: o segredo é fogo baixo, panela grossa, e atenção total. Se não tiver tempo? Não faça. Use o industrializado. Mas se tiver? Faça. Porque quando você pega uma colher e prova, e sente que aquilo foi feito com calma… é diferente. Não é melhor. É mais humano. E se quiser usar na batata doce? Acho que é o jeito certo. Porque o doce não precisa ser rápido. Precisa ser verdadeiro.
E aí, qual dessas você vai tentar? Cada uma tem seu jeito: algumas são para o dia a dia, outras são para quando você quer se lembrar de algo. Algumas são práticas, outras são quase um ritual. Se alguma te chamar a atenção, me conta aqui: qual foi o momento em que você pensou “isso não vai dar certo”? Porque eu ainda lembro da vez que o brigadeiro virou mousse… e daquela vez que o Titan ficou sentado olhando como se estivesse em uma missa.
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
Vocês conseguiram apresentar uma forma que une o útil com o agradável, parabéns! Agora podemos comer doce sem peso na consciência (brigadeiro é um negócio fora de série).
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