Brigadeiro Branco de Chocolate Perfeito para suas Festas

A delícia doce capaz de conquistar até os paladares mais exigentes. Use ainda para incluir mais um item em seu portfólio de vendas e fature alto.
Brigadeiro Branco de Chocolate Perfeito para suas Festas
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Chocolate branco é um caso de amor que começou com desconfiança. Muita gente acha doce demais, sem personalidade. Eu mesmo já fiquei na dúvida se valia o esforço.

Mas descobri que tudo muda quando você usa um chocolate nobre, aquele tipo que derrete devagar e tem um toque de baunilha natural. Junte isso ao leite condensado cozido no ponto exato e uma pitada de paciência, não mexe menos, não mexe mais, fica entre um e outro. O creme de leite entra por último, quase como um segredo, pra deixar a textura sedosa sem virar geleia.

Aqui em casa, enquanto eu enrolava os últimos docinhos, a Daiane já provou três e disse que “esse sim tem gosto de festa de verdade”. Se for servir, faça bonito. Se for comer sozinho, ninguém vai julgar. Vai logo lá embaixo que a receita está pronta pra te salvar numa tarde qualquer.

Receita de Brigadeiro Branco de Chocolate Simples e Fácil: Saiba Como Fazer

Quantidade
20 unidades
Preparação
30 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

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Gastei R$28 na última vez, mas o chocolate branco é o que pesa no bolso. Vale cada centavo. Se o creme de leite estiver vencido, joga fora. Não arrisque.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Prepare a panela e os ingredientes

  1. Use uma panela antiaderente, se tiver. Se não tiver, untar com manteiga é obrigatório. E use uma espátula de silicone, de metal você raspa o fundo e arruina tudo.
  2. Coloque na panela o leite condensado, o creme de leite, a manteiga e o chocolate branco picado em pedaços pequenos. Misture tudo com a espátula até que o chocolate comece a derreter um pouquinho.
  3. Leve ao fogo baixo. Nada de médio. Nada de alto. Fogo baixo. E não pare de mexer. Não. Não. Não. Se parar, gruda. Já vi brigadeiro virar tijolo por causa de um minuto de descanso.

Cozinhe até o ponto certo

  1. Mexa sem parar por uns 15 minutos. A mistura vai engrossar devagar, como um creme. Não espere ferver, não espere borbulhar. Só observe: quando você passar a espátula no fundo da panela e a marca ficar aberta por 2 segundos sem fechar, tá no ponto.
  2. Desligue o fogo e continue mexendo por mais 3 minutos. Isso ajuda a espalhar o calor e deixa o brigadeiro com aquele brilho de pista de patinação.
  3. Transfira para um prato fundo, cubra com papel filme encostado na superfície, sem ar, sem crosta. Leve à geladeira por 8 horas. Ou, se for o caso, de um dia para o outro. A Daiane já tentou pular esse passo. Resultado? Ficou mole e desmanchou nas mãos. Nem tente.

Enrole e finalize

  1. Retire da geladeira. A massa vai estar dura como pedra. Não se assuste. É normal.
  2. Umedeça as mãos com água fria, só um pouco. Não use manteiga, não precisa. A água evita grudar e não altera o sabor. Se quiser, use luvas de silicone. Eu uso.
  3. Com uma colher de chá, faça bolinhas de uns 15g cada. Se tiver balança, melhor. Se não, estime. A ideia é que todas fiquem iguais, fica bonito e a gente não fica com medo de comer a maior.
  4. Passe cada bolinha no confeito escolhido. Role suavemente, sem apertar. O chocolate branco é delicado. Se você apertar demais, ele vira massa de bolo.
  5. Coloque em forminhas de papel e deixe na geladeira mais 30 minutos antes de servir. Isso dá um toque de frescor, tipo sorvete.

Se você achou que brigadeiro branco era só para festa de criança, se enganou. É o doce que vira o centro da mesa. O que faz todo mundo parar, olhar, e depois voltar com o prato na mão. É o que a gente serve quando quer dizer “eu me esforcei” sem dizer nada.

Deu certo? Me conta. Deu errado? Também quero saber. Eu já fiz um que virou um pudim. A Daiane comeu tudo e disse que era “chocolate branco cremoso”. Acho que foi o maior elogio que já recebi. Tenta aí. E se você tiver um truque que ninguém conta, tipo uma pitada de sal ou umas gotas de limão, me manda. Vou testar na próxima vez.

Dicas que vão do básico ao inesperado, pra você não só fazer, mas dominar esse brigadeiro branco

Quanto tempo dura e como armazenar sem perder o ponto?

Se for consumir logo, pode deixar na geladeira por até 5 dias em pote bem fechado. Mas se quiser congelar, dá sim, e muito bem. Só não coloque o confeito antes de congelar, principalmente se for açúcar cristalizado ou amendoim. Eles viram pó com o frio.

O ideal é congelar a massa já cozida e resfriada, envolvida em papel filme bem justo, sem ar. Depois, quando for usar, descongele na geladeira por 6 a 8 horas. Nada de micro-ondas, senão vira sopa. Dá pra manter até 3 meses assim. Já fiz um lote no Natal passado e usei em janeiro. A Daiane nem percebeu a diferença, e ela é detalhista.

Onde todo mundo erra (e eu também já errei)

O maior erro? Parar de mexer. Parece bobagem, mas é ali, nos últimos minutos, que a gente pensa “já era”, dá uma pausa pra lavar a espátula… e volta com uma crosta no fundo da panela. O chocolate branco é traiçoeiro: ele gruda fácil, e quando você vê, já virou caramelo duro.

Outro erro é usar chocolate barato. Tem óleo de palma, gordura vegetal, sabe lá o quê. Não derrete igual, fica com gosto de cera. Eu já comprei um genérico pra economizar e a Daiane disse: “parece pasta de dente”. Não foi elogio.

Por que cada ingrediente tá aqui?

O leite condensado é base, mas não é só doçura, ele tem lactose que carameliza devagar e dá corpo. O creme de leite? É o segredo do brilho e da maciez. Sem ele, o brigadeiro puxa, endurece rápido. A manteiga sem sal é pequena, mas faz toda diferença: evita aderência e dá um toque de riqueza.

E o chocolate nobre? Ah, isso não é frescura. Chocolate branco de verdade tem manteiga de cacau, não óleo. Derrete uniforme, integra melhor com o leite condensado e deixa um retrogosto limpo, tipo baunilha natural. Vale pesquisar marcas como Lindt, Callebaut ou Cacao Barry. Se não tiver, vai uma Garoto ou Lacta, mas evite os “tipo chocolate”.

Truque que ninguém conta: a espátula fria

Já tentou enrolar e a massa gruda nas mãos mesmo molhando? Experimenta isso: depois de passar água fria, passe a espátula de silicone na geladeira por uns 2 minutos. Quando for mexer na massa, ela desgruda sozinha. Parece mágica, mas é física: a superfície fria impede a aderência.

Também uso luvas de silicone finas, tipo de jardinagem. São baratas, reutilizáveis e não sujam tudo. O Titan já tentou roubar uma, achou que era brinquedo. Teimoso igual dono.

O que servir com brigadeiro branco?

Parece óbvio, mas não é. Com café forte, corta o doce e equilibra. Com espumante seco, vira sobremesa de jantar chique. Já servi com chá de camomila e foi surpreendente, o contraste de texturas e temperaturas funcionou.

Se for festa, coloque ao lado de frutas secas: damasco, figo, uva-passa. O ácido delas corta a gordura e refresca o paladar. Também combina com sorvete de creme ou até um quentão light, se for no inverno paulistano.

Versão que ninguém espera: brigadeiro branco com pitada de flor de sal

Soa loucura, mas funciona. No final do cozimento, acrescente uma pitadinha de flor de sal, tipo Maldon. Ela realça o sabor do chocolate, reduz a doçura artificial e cria um contraste que surpreende. Já vi chefes como Pierre Hermé fazerem isso com chocolate preto. Por que não com o branco?

Fiz numa ceia e a Daiane provou, parou, olhou pra mim e disse: “isso aqui é diferente”. Nunca mais fiz sem.

Como reaproveitar sem desperdiçar

Se sobrar massa, não jogue fora. Pode usar como recheio de bolo, cobertura de torta de morango ou até num milk shake caseiro. Bata com leite gelado e uma bola de sorvete de baunilha. Fica cremoso que nem sorvete artesanal.

Tem gente que usa as bordas grudadas na panela pra fazer um creme de tapioca doce. Mistura com leite de coco e polvilho. Já tentei. Deu certo, mas o Titan ficou me encarando como quem diz: “tá oferecendo pro cachorro de novo?”.

E se eu te disser que dá pra fazer no micro-ondas?

Sério. Em potinhos de vidro, misture todos os ingredientes e leve por 2 minutos na potência média. Mexa, volte por mais 1 minuto. Repita até engrossar. Não é tão controlável quanto o fogão, mas funciona em emergência. Testei quando a Daiane precisava de docinhos rápido pra levar num almoço com as amigas.

O outro inusitado: usei o brigadeiro como topping de panqueca americana no café da manhã. Coloquei em cima quente, com morangos fatiados. O Titan ficou histérico, achando que era dele. Não era.

Perguntas que você talvez esteja se fazendo

Posso usar margarina? Não recomendo. Margarina tem água e pode talhar. Manteiga pura é melhor.

Dá pra fazer sem creme de leite? Dá, mas vai perder a cremosidade. Vai ficar mais durinho, tipo bombom antigo. Se fizer, acrescente uma colher de sopa de leite integral no final.

Posso usar chocolate em pó branco? Não existe chocolate em pó branco de verdade. O que tem nas prateleiras é mistura de açúcar, leite em pó e gordura. Não substitui. Nem tente.

E se eu moro em cidade quente, como evito derreter? Mantenha na geladeira até a hora de servir. Se for levar pra festa, use uma caixa térmica com gelo seco. Já perdi um lote inteiro num aniversário no litoral. Nunca mais.

Modo gourmet: impressione com um detalhe simples

Substitua o confeito tradicional por flocos de amêndoas torradas ou raspas de limão siciliano. Ou finalize com um filete fino de chocolate meio amargo derretido por cima. Parece pouco, mas transforma.

Outra ideia: sirva em colherinhas descartáveis de porcelana, com um guardanapo dobrado em formato de flor. Parece coisa de restaurante, mas dá um toque de carinho. A Daiane adora isso, diz que “parece que a gente se importa”.

Se der errado, conserta assim

Se ficou mole? Volta ao fogo baixo, mexendo sem parar. Pode ser que ainda não tenha atingido o ponto. Se ficou duro demais? Acrescente uma colher de sopa de creme de leite e mexa na mão, fora do fogo. Às vezes volta.

Se talhou ou separou? Desligue, tire do fogo, bata com um fouet ou liquidificador de imersão. Às vezes a emulsão volta. Se não voltar, use como recheio ou calda. Nada se perde.

Uma curiosidade que pouca gente sabe

O chocolate branco nem sempre foi aceito como “chocolate”. Ele não tem massa de cacau, só manteiga de cacau. Por isso, nos EUA, tem que ter pelo menos 20% de manteiga de cacau pra ser chamado de chocolate branco. Aqui, a legislação é mais flexível, então muitos produtos usam gordura vegetal. Daí o gosto de cera.

O brigadeiro branco surgiu como variação do clássico, provavelmente nos anos 80, quando chocolates brancos começaram a chegar com mais força no Brasil. Hoje, é um dos doces mais pedidos em festas. Principalmente por quem acha o tradicional muito intenso.

Se você chegou até aqui, já tá mais do que pronto pra fazer um brigadeiro branco que não seja só doce, mas memória. Um que lembre cuidado, atenção, amor. O tipo que a gente serve com orgulho, ou esconde da família pra comer sozinho, sem julgamento.

Conta aqui nos comentários: qual foi sua versão? Você ousou com sal? Usou no café da manhã? Errou e salvou? Me conta tudo. E se quiser ver mais receitas como essa, com dicas que funcionam de verdade, visite o site. Temos outras versões de brigadeiro, inclusive um de doce de leite com nozes que é caso sério.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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