Inspiração pra variar o cardápio: outras formas incríveis de preparar surubim
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.
2º. Moqueca que descomplica
autor: Dicas e Receitas da Val
Confesso que já tive medo de fazer moqueca em casa. Achava que ia dar errado, que o peixe ia desmanchar ou o sabor não ficaria redondo. Até que peguei o jeito, e a receita da Val me lembra muito desse caminho: ela é direta, sem frescuras, e te entrega um prato de respeito. O pulo do gato, pra mim, sempre foi não apressar o refogado. Deixa a cebola e o pimentão ficarem bem moles no azeite antes de colocar o peixe, isso faz uma diferença enorme no sabor de fundo.
E olha, ela menciona a ideia de colocar camarão junto. Já testei assim e é um upgrade e tanto, viu? Mas se for fazer, coloca o camarão só nos últimos minutos, senão ele fica borrachudo. É uma daquelas receitas que resolve um almoço especial sem te prender na cozinha a tarde toda.
3º. No espeto, mas sem mistério
autor: EJS Temperos
Já aconteceu com você de querer um churrasco diferente da picanha de sempre? Pois é, eu também. E foi numa dessas que resolvi arriscar o peixe no espeto. A primeira vez, errei feio na hora de cortar os filés, ficaram muito finos e quase caíram na brasa. Aprendi que o segredo é pedir peças com a espinha central, ou então usar uma grelha específica pra peixe, que é mais seguro.
O que eu gosto nesse vídeo é que ele mostra um tempero bem equilibrado, nada exagerado. Porque o surubim tem um sabor delicado, né? Se você socar de alho e pimenta, perde a graça. A dica que fica: mantém a pele do peixe voltada pro fogo primeiro, ela segura a carne e fica crocante. Fica incrível.
Essa é minha escolha para dias frios ou quando preciso de uma comida que abrace, literalmente. O surubim ao molho, feito desse jeito, fica absurdamente macio. Uma vez a Daiane fez e esqueceu o fogo no mínimo por mais tempo, eu achei que ia virar papa, mas sabe o que aconteceu? Ficou melhor ainda, o molho engrossou e o peixe absorveu tudo.
O copo de leite que ele usa é um toque genial, deixa o conjunto mais suave. Só toma cuidado com um detalhe: na hora de virar o filé na panela, seja gentil. Use uma espátula larga e faça com calma, senão ele quebra. É um prato que parece sofisticado, mas é pura simplicidade. Combina demais com um arroz branco soltinho.
Eu adoro receitas de forno porque você prepara tudo, joga lá dentro e tem uma janela de tempo para arrumar a mesa, fazer um molho, ou só relaxar. Essa versão é ótima para isso. O ponto que você não pode errar? A temperatura do forno. Se estiver baixa, o peixe suga e não cozinha direito. Se estiver alta, ele resseca rápido. O ideal é médio, por volta de 180°C, e ficar de olho.
E a sugestão de acompanhar com macarrão e legumes é muito esperta. Vira um prato único, completo. Já servi assim para visitas e sempre elogiam. Parece que você se esforçou horrores, mas a verdade é que foi bem tranquilo. A dica extra: coloca uns tomates-cereja ao redor do peixe na assadeira, eles estouram e viram um molhinho natural.
Diferente do espeto, grelhar o peixe inteiro ou em postas é um teste de paciência, mas que vale cada segundo. O maior perigo é a pele grudar. Para evitar isso, duas coisas são sagradas: a grelha bem limpa e bem quente, e o peixe bem seco antes de temperar. Passe um papel toalha com firmeza, até a pele ficar áspera.
Quando você coloca na chapa quente, não mexe! Deixa firmar por uns bons minutos. Aí, quando tentar soltar com a espátula, se ela soltar fácil, é sinal de que tá na hora de virar. Se force, espera mais um pouco. Esse momento de espera é chave para aquele filé lindo, com marca da grelha e inteiro. Fica um espetáculo.
Essa é a solução para quem quer uma refeição nutritiva e sem muita louça para lavar depois. Joga tudo na mesma assadeira e pronto. O segredo que aprendi, talvez na marra, é cortar os legumes em tamanhos parecidos. Se a batata for muito maior que a cenoura, uma vai ficar crua e a outra passada. Nada pior.
E sobre o tempo de 50 minutos que ele fala, faz sentido, mas o seu forno dita as regras. Começa a espiar depois dos 35, 40 minutos. Espeta um garfo nos legumes pra ver se estão macios. O peixe cozinha mais rápido, então os legumes precisam estar quase no ponto quando você coloca o filé por cima. Quando acerta, é uma felicidade só.
Pode parecer básico, mas fritar um peixe bem feito é uma arte. A questão toda está no óleo. Ele tem que estar quente, mas não fumacento. Já joguei um filé em óleo que não estava na temperatura certa e o resultado foi um peixe encharcado e pálido, uma tristeza. Uma dica caseira é jogar um farelinho de farinha ou a pontinha de um palito de fósforo. Se borbulhar na hora, tá no ponto.
E depois de frito, coloca em um prato com papel toalha, mas não deixa empilhado nem tampado, senão ele fica mole. Eu gosto de servir com umas fatias de limão e um molho rápido de iogurte com ervas. Corta a gordura e fica divino.
Quem tem criança em casa, ou simplesmente ama uma crocância, sabe que empanado é sempre sucesso. O que eu mudo às vezes nesse esquema ovo-farinha é a farinha. Já experimentei usar fubá fino misturado com a farinha de trigo? Fica uma crosta mais interessante, com uma textura diferente e um sabor leve de milho.
Outra coisa: o tempero. Ele fala pra você colocar o que gosta, e é isso mesmo. Mas coloca no peixe, antes de passar no ovo, não na farinha. Se você temperar a farinha, cada filé fica com um sabor diferente e pode salgar demais. Pimenta-do-reino moída na hora e um pouco de alho em pó no filé já fazem milagres.
Essa é aquela receita coringa para um dia cansativo. Em 20 minutos você tem uma refeição de verdade na mesa. O que eu acho mais inteligente nesse método é que o peixe cozinha no próprio caldo dos vegetais, então fica super úmido e saboroso. É quase um ensopado rápido.
Só uma observação: os 20 minutos são uma boa base, mas depende do tamanho das postas. Se forem muito grossas, pode levar um pouquinho mais. O sinal visual é a carne do peixe ficar opaca e começar a se desfazer levemente nas fibras. E não tenha medo do coentro ou da salsinha no final, eles dão um frescor que fecha o prato com chave de ouro.
Pra ser sincero, eu demorei a me acostumar com o sabor do dendê. Achava forte demais. Até que aprendi a usar ele não como protagonista, mas como um personagem de apoio. Essa receita tem essa pegada. O dendê está ali, dando aquele colorido lindo e um sabor terroso, mas sem dominar o paladar.
É um prato para ser feito com confiança. Não fica remediando o dendê, coloca a medida que a receita pede e deixa acontecer. O cheiro que fica na cozinha é inconfundível e te transporta, nem que seja por alguns minutos, para uma praia da Bahia. Perfeito para quando você quer uma experiência de sabor mais intensa e marcante.
E aí, qual dessas te deu mais vontade de tentar? Eu fico entre o ao molho e o grelhado, são dois estilos tão diferentes mas que eu amo. Se você fizer alguma, volta aqui pra contar como foi a sua aventura, se o peixe ficou macio, se a família aprovou. Adoro ler esses relatos, são o que fazem a cozinha ser tão legal.
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