11 Receitas de Peixe Surubim Com Variações Incríveis para Comer Em Qualquer Situação

Um peixinho deliciosos par aproveitar com toda a família
11 Receitas de Peixe Surubim Com Variações Incríveis para Comer Em Qualquer Situação
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A verdade é que eu tinha um certo preconceito com peixe de água doce. Achava que o sabor seria muito forte, sabe. Isso mudou completamente quando experimentei um surubim fresquíssimo num restaurante à beira do rio, durante uma viagem. A carne era tão branca e delicada que parecia desmanchar.

Voltei para casa determinado a acertar uma receita de peixe surubim que capturasse aquela suavidade. A técnica que aprendi, e que faço sempre, é criar uma "cama" de legumes no fundo da panela. Ela faz dois trabalhos: protege o filé do calor direto e empresta um caldo incrível. O leite de coco no final é a jogada de mestre, ele não só acrescenta cremosidade como equilibra a pimenta calabresa e o colorau.

Quando você junta a nobreza desse peixe, que não tem escamas e é pura carne limpa, com esse método de cozimento, o resultado é um prato de restaurante. A textura fica perfeita, nem desmancha nem fica borrachuda. É uma experiência que vale cada minuto, ideal para impressionar numa refeição especial ou simplesmente para tratar a família com algo único. O passo a passo completo está ali embaixo.

Receita de peixe surubim – Cozido: Saiba como fazer

Rendimento
6 porções
Preparação
30 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 16 marcados

Para o peixe e o refogado:

Para a "cama" de legumes e finalização:

Olha, o surubim pode ser um pouco mais caro que outros peixes, mas a quantidade rende bem. O resto são coisas que você provavelmente já tem em casa, ou que são baratas na feira. A Daiane sempre me manda comprar o coentro fresco, ela diz que faz diferença, e ela tem razão.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 300g (1/6 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 285 kcal 14%
Carboidratos Totais 8.5g 3%
   Fibra Dietética 2.1g 8%
   Açúcares 4.2g 8%
Proteínas 35.8g 72%
Gorduras Totais 10.3g 13%
   Saturadas 6.2g 31%
   Trans 0g 0%
Colesterol 85mg 28%
Sódio 480mg 21%
Potássio 890mg 19%
Cálcio 45mg 4%
Ferro 1.8mg 10%
Vitamina C 28mg 31%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Low-Carb: Apenas 8.5g de carboidratos por porção
  • Gluten-Free: Naturalmente sem glúten
  • Lactose-Free: Sem laticínios na receita
  • Alto em Proteína: 35.8g por porção
  • Paleo: Ingredientes naturais e integrais

Alertas & Alérgenos

  • Gordura Saturada: 31% do VD - moderado devido ao leite de coco
  • Pessoas com alergia a peixe devem evitar
  • Insight: Rico em ômega-3 do surubim, excelente para saúde cardiovascular
  • Perfil ideal para dieta pós-treino: alta proteína + baixo carboidrato

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Fazendo a Base do Caldo:

  1. Pega uma panela que tenha tampa e que seja larga, não muito funda. Coloca no fogo médio e adiciona um fio generoso de azeite de dendê (ou óleo comum se não tiver). Quando estiver quente, joga o alho picado e frita até começar a dourar e cheirar bem. Cuidado para não queimar, alho queimado amarga tudo.
  2. Acrescente a cebola picada miudinha e refogue junto, mexendo de vez em quando, até ela ficar bem murcha e transparente. Isso aqui é a base do sabor, não tenha pressa.
  3. Agora vem o pulo do gato. Adicione o sal, o açafrão e o extrato de tomate. Mexe bem por uns 2 minutos, até você ver o óleo se separar um pouco do tomate. Esse refogado bem feito é o que vai dar corpo ao prato.
  4. Jogue os 200ml de água e misture, raspando o fundo da panela. Deixe ferver um minuto. Prove esse caldo. Tá bom de sal? Precisa de mais pimenta? É agora que você acerta. Acrescente a pimenta calabresa e, se quiser, um pouco de colorau para dar mais cor. Mistura e deixa em fogo baixo.

Montando a "Cama" e Cozinhando o Peixe:

  1. Com o caldo pronto, vamos montar. Espalhe metade das rodelas de cebola, tomate e pimentões por cima do caldo, formando uma camada. Isso vai ser a proteção para o peixe não encostar direto no fundo.
  2. Arrume os pedaços de surubim por cima dessa cama de legumes. Tempere os filés com um pitada de sal só por cima, rapidinho.
  3. Cubra os filés com o resto das rodelas de legumes. Jogue uma boa quantidade de coentro por cima de tudo. Tampou a panela. Agora, fogo baixo e paciência. Deixa cozinhar por 15 minutos sem mexer. A magia acontece no vapor.
  4. Passado o tempo, abre a tampa. O cheiro vai estar insano. Agora, vem a cremosidade: acrescente o leite de coco e, se quiser, mais um fio de dendê para brilho. NÃO MEXA COM FORÇA. Apenas incline a panela para o caldo do fundo se misturar, ou use uma colher para regar os filés com o líquido.
  5. Tampa de novo e deixa por mais 10 minutos, ou até o peixe ficar completamente opaco e desmanchar de fácil com o garfo. Desligue o fogo. Finalize com a salsinha picada fresca por cima.

Serve direto na panela na mesa, com arroz branco soltinho e uma farofa crocante. O caldo que fica é de chorar por mais. E o peixe fica tão macio que nem parece que você cozinhou em apenas meia hora.

Essa receita é daquelas que desmonta qualquer preconceito com peixe de água doce. O surubim, cozido nesse vapor com legumes e aquele toque de leite de coco, fica com uma textura incrivelmente suave e um sabor que não é forte, é só muito gostoso. Parece coisa de restaurante chique, mas a verdade é que o processo é simples, só precisa de um pouco de organização.

O que eu mais gosto é que ela é quase infalível, a cama de legumes protege o peixe de qualquer erro. Já fiz umas três vezes assim e sempre dá certo. E aí, topa experimentar? Se fizer, conta pra gente nos comentários como ficou o seu, ou se você deu a sua ajustada nos temperos. Vou adorar saber!

Quanto tempo dura? Dicas de armazenamento

Essa receita dura até 2 dias na geladeira, mas o sabor fica melhor se consumir no mesmo dia. Se quiser guardar, coloque em potes herméticos e esquente só a porção que for comer – o peixe cozido demais vira papa. Já congelar? Até 1 mês, mas o leite de coco pode talhar um pouco ao descongelar (fica bom igual, só menos bonito).

De olho nas calorias (por porção)

Conforme a tabela nutricional completa, cada porção tem cerca de 285 kcal. Quer reduzir? Troque o leite de coco por light ou use só 1/3 da garrafinha. Aumentar proteína? Coloque mais peixe e menos caldo!

Sem surubim? Sem crise!

Esse peixe é top, mas se não achar, bora de: pintado (o mais parecido), badejo ou até tilápia (fica mais leve). Dendê não é sua praia? Oléo comum resolve. Pimentão verde amargo pra você? Pode pular ou botar só o vermelho – a Daiane odeia verde e sempre fazemos assim.

Hack secreto: o truque do papel toalha

Antes de colocar o peixe na panela, seque bem os filés com papel toalha. Molinho, ele solta água e dilui o tempero. Já testei com e sem – diferença absurda no sabor!

3 erros que já cometi (pra você não repetir)

1. Mexer o peixe enquanto cozinha – vira migué. 2. Exagerar no leite de coco e ficar doce demais (1/2 garrafa já basta). 3. Colocar tudo de uma vez – a camada de legumes embaixo faz mágica, sério!

Versões para todo mundo

Low carb? Tira o extrato de tomate e bota mais pimentão. Vegano? Troca o peixe por banana-da-terra verde (sim, fica bom!). Sem lactose? Leite de coco já é safe. Glúten? Nem tem o que tirar, já é naturalmente sem.

O que servir junto? Arroz não é obrigatório!

Experimenta com: purê de abóbora (combina demais), farofa de dendê ou até uma saladinha de cúrcuma. Bebida? Uma caipirinha de maracujá corta a gordura do dendê. Eu não bebo, mas quem prova diz que é match perfeito!

O ponto do peixe: não erre essa!

15 minutos é média, mas depende do tamanho dos filés. Faça o teste do garfo: se entrar fácil e a carne começar a esfarelar, tá no ponto. Passou disso? Vira borracha. Ficou cru? Tampe mais 5 min e confira de novo.

2 segredos que ninguém conta

1. O colorau não é só cor: dá um sabor terroso que balanceia o doce do leite de coco. 2. Deixar o peixe "descansar" por 5 min depois de pronto (desligado ainda na panela) deixa os sabores mais unidos – parece mágica!

Quer surpreender? Faz assim...

Joga uns camarões nos últimos 5 min de cozimento (vira um moqueca mistura). Ou bota batata-doce em cubos na base de legumes (fica incrível). Minha ousadia favorita? Coloca gengibre ralado no refogado – dá um toque asiático doido!

Modo economia ativado

Surubim tá caro? Usa tilápia mesmo. Extrato de tomate caseiro (ferve tomate com sal e guarda em pote). Dendê caro? Metade azeite, metade dendê. E o coentro? Congela as folhas antes de estragar – dura meses!

De onde vem essa mistura?

É uma adaptação de receitas ribeirinhas do Norte/Nordeste, onde surubim é rei. O leite de coco veio dos indígenas, o dendê da África... no fim, é Brasil puro! Curiosidade: em alguns lugares, usam folhas de jambu pra dar formigamento na boca – maluco, né?

Perguntas que sempre me fazem

"Pode panela de pressão?" Pode, mas reduz pra 8 min no total. "Congela bem?" Sim, mas sem os legumes (fica mole). "Espinha demais?" Surubim quase não tem, mas se tiver medo, pede pro peixeiro limpar bem.

Se tudo der errado...

Queimou o fundo? Passa pra outra panela e finge que é defumado. Ficou aguado? Tira o peixe e reduz o calho no fogo alto. Sem tempero? Joga um caldo knorr (eu sei, pecado, mas resolve). Já salgou? Bota batata crua pra absorver ou dilui com água quente.

O que combina com esse sabor?

Doce do coco + picante da pimenta + terroso do colorau = explosão! Por isso vai bem com coisas frescas (salada de pepino) ou crocantes (farofa de castanha). Evite vinhos – cerveja ou suco de cajá são melhores.

O que fazer nos 15 min de espera?

Lava a louça suja (trust me, você vai agradecer depois), prepara a mesa ou tira foto pro Instagram (@sabornamesaoficial, hein?). Se for impaciente igual eu, fica olhando pelo vidro da panela – mas não abre!

Confissões de cozinha

Uma vez esqueci o leite de coco e só coloquei no final – ficou com gosto "separado". Outra vez exagerei no dendê e a Daiane falou que parecia peixe de acarajé. Moral da história: sigam as medidas, amigos!

Sabia que...

O surubim é chamado de "rei do rio" no Pantanal? E que o dendê tem vitamina A pra caramba (mais que cenoura!)? Ah, e a pimenta calabresa não é brasileira – veio da Itália, mas a gente adotou como se fosse nossa.

Surubim e Companhia: Um Cardápio que Vai Fazer Seu Almoço Virar Festa

Quem disse que peixe é janta chique? Aqui a gente transforma o surubim num banquete despretensioso, daqueles que deixam todo mundo com vontade de repetir o prato - e a visita. Vem ver as combinações que a Daiane e eu testamos (e aprovamos) pra você arrasar no almoço de domingo ou naquele jantar especial sem muito trabalho.

Pra Começar com o Pé Direito (ou com a Mão na Massa)

Bolinho de mandioca com queijo (tutorial completo aqui) - Crocante por fora, cremoso por dentro e aquele queijo derretido que faz a gente fechar os olhos de felicidade. Perfeito pra espantar a fome enquanto o peixe termina de grelhar.

A Turma do Acompanhamento

Farofa de banana da terra (veja a receita aqui) - Doce, salgada e com aquele toque de manteiga que a Daiane adora. Combina tão bem com peixe que deveriam ser declarados casados.

Torta de abobrinha simples e fácil - Pra quando você quer impressionar sem muito esforço. Fica tão boa que até quem não gosta de abobrinha vai pedir a receita.

Espaguete de pupunha (veja a receita aqui) - Diferente, leve e uma ótima opção pra quem quer fugir do arroz tradicional sem perder o conforto da comida caseira.

Doce Final (ou Começo da Segunda Porção)

Mousse de maracujá com gelatina - Refrescante, leve e com aquele azedinho que corta a gordura do peixe. A Daiane faz sempre que temos visita e nunca sobra.

Mousse de chocolate simples e fácil - Clássico que nunca falha. A versão simples é tão boa que você vai questionar por que complicar as coisas.

Bolo de milho com leite condensado (veja como preparar) - Caseiro, fofinho e com um toque de nostalgia. Parece aqueles bolos que a avó fazia nos domingos de verão.

Bebidas que trazem frescor e equilíbrio

Suco verde de abacaxi com hortelã - Sem link porque inventamos em casa, mas é só bater abacaxi, hortelã, um pouco de água de coco e gelo. Refrescante e combina perfeitamente com peixe.

Água aromatizada com limão siciliano e alecrim - Fácil, elegante e fica linda na mesa. A gente sempre faz quando quer dar um toque especial sem muito trabalho.

E aí, qual combinação você vai testar primeiro? Conta pra gente nos comentários se conseguiu resistir à tentação de repetir o prato - aqui em casa a gente nunca consegue!

Inspiração pra variar o cardápio: outras formas incríveis de preparar surubim

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.

2º. Moqueca que descomplica

autor: Dicas e Receitas da Val

Confesso que já tive medo de fazer moqueca em casa. Achava que ia dar errado, que o peixe ia desmanchar ou o sabor não ficaria redondo. Até que peguei o jeito, e a receita da Val me lembra muito desse caminho: ela é direta, sem frescuras, e te entrega um prato de respeito. O pulo do gato, pra mim, sempre foi não apressar o refogado. Deixa a cebola e o pimentão ficarem bem moles no azeite antes de colocar o peixe, isso faz uma diferença enorme no sabor de fundo.

E olha, ela menciona a ideia de colocar camarão junto. Já testei assim e é um upgrade e tanto, viu? Mas se for fazer, coloca o camarão só nos últimos minutos, senão ele fica borrachudo. É uma daquelas receitas que resolve um almoço especial sem te prender na cozinha a tarde toda.

3º. No espeto, mas sem mistério

autor: EJS Temperos

Já aconteceu com você de querer um churrasco diferente da picanha de sempre? Pois é, eu também. E foi numa dessas que resolvi arriscar o peixe no espeto. A primeira vez, errei feio na hora de cortar os filés, ficaram muito finos e quase caíram na brasa. Aprendi que o segredo é pedir peças com a espinha central, ou então usar uma grelha específica pra peixe, que é mais seguro.

O que eu gosto nesse vídeo é que ele mostra um tempero bem equilibrado, nada exagerado. Porque o surubim tem um sabor delicado, né? Se você socar de alho e pimenta, perde a graça. A dica que fica: mantém a pele do peixe voltada pro fogo primeiro, ela segura a carne e fica crocante. Fica incrível.

4º. Ao molho, pura confiança

Essa é minha escolha para dias frios ou quando preciso de uma comida que abrace, literalmente. O surubim ao molho, feito desse jeito, fica absurdamente macio. Uma vez a Daiane fez e esqueceu o fogo no mínimo por mais tempo, eu achei que ia virar papa, mas sabe o que aconteceu? Ficou melhor ainda, o molho engrossou e o peixe absorveu tudo.

O copo de leite que ele usa é um toque genial, deixa o conjunto mais suave. Só toma cuidado com um detalhe: na hora de virar o filé na panela, seja gentil. Use uma espátula larga e faça com calma, senão ele quebra. É um prato que parece sofisticado, mas é pura simplicidade. Combina demais com um arroz branco soltinho.

5º. Assado no forno e sem stress

Eu adoro receitas de forno porque você prepara tudo, joga lá dentro e tem uma janela de tempo para arrumar a mesa, fazer um molho, ou só relaxar. Essa versão é ótima para isso. O ponto que você não pode errar? A temperatura do forno. Se estiver baixa, o peixe suga e não cozinha direito. Se estiver alta, ele resseca rápido. O ideal é médio, por volta de 180°C, e ficar de olho.

E a sugestão de acompanhar com macarrão e legumes é muito esperta. Vira um prato único, completo. Já servi assim para visitas e sempre elogiam. Parece que você se esforçou horrores, mas a verdade é que foi bem tranquilo. A dica extra: coloca uns tomates-cereja ao redor do peixe na assadeira, eles estouram e viram um molhinho natural.

6º. Na grelha, a lição de casa

Diferente do espeto, grelhar o peixe inteiro ou em postas é um teste de paciência, mas que vale cada segundo. O maior perigo é a pele grudar. Para evitar isso, duas coisas são sagradas: a grelha bem limpa e bem quente, e o peixe bem seco antes de temperar. Passe um papel toalha com firmeza, até a pele ficar áspera.

Quando você coloca na chapa quente, não mexe! Deixa firmar por uns bons minutos. Aí, quando tentar soltar com a espátula, se ela soltar fácil, é sinal de que tá na hora de virar. Se force, espera mais um pouco. Esse momento de espera é chave para aquele filé lindo, com marca da grelha e inteiro. Fica um espetáculo.

7º. Com legumes, o prato completo

Essa é a solução para quem quer uma refeição nutritiva e sem muita louça para lavar depois. Joga tudo na mesma assadeira e pronto. O segredo que aprendi, talvez na marra, é cortar os legumes em tamanhos parecidos. Se a batata for muito maior que a cenoura, uma vai ficar crua e a outra passada. Nada pior.

E sobre o tempo de 50 minutos que ele fala, faz sentido, mas o seu forno dita as regras. Começa a espiar depois dos 35, 40 minutos. Espeta um garfo nos legumes pra ver se estão macios. O peixe cozinha mais rápido, então os legumes precisam estar quase no ponto quando você coloca o filé por cima. Quando acerta, é uma felicidade só.

8º. Frito e ponto final

Pode parecer básico, mas fritar um peixe bem feito é uma arte. A questão toda está no óleo. Ele tem que estar quente, mas não fumacento. Já joguei um filé em óleo que não estava na temperatura certa e o resultado foi um peixe encharcado e pálido, uma tristeza. Uma dica caseira é jogar um farelinho de farinha ou a pontinha de um palito de fósforo. Se borbulhar na hora, tá no ponto.

E depois de frito, coloca em um prato com papel toalha, mas não deixa empilhado nem tampado, senão ele fica mole. Eu gosto de servir com umas fatias de limão e um molho rápido de iogurte com ervas. Corta a gordura e fica divino.

9º. A farinha que faz a diferença

Quem tem criança em casa, ou simplesmente ama uma crocância, sabe que empanado é sempre sucesso. O que eu mudo às vezes nesse esquema ovo-farinha é a farinha. Já experimentei usar fubá fino misturado com a farinha de trigo? Fica uma crosta mais interessante, com uma textura diferente e um sabor leve de milho.

Outra coisa: o tempero. Ele fala pra você colocar o que gosta, e é isso mesmo. Mas coloca no peixe, antes de passar no ovo, não na farinha. Se você temperar a farinha, cada filé fica com um sabor diferente e pode salgar demais. Pimenta-do-reino moída na hora e um pouco de alho em pó no filé já fazem milagres.

10º. Cozido, a praticidade em primeiro lugar

Essa é aquela receita coringa para um dia cansativo. Em 20 minutos você tem uma refeição de verdade na mesa. O que eu acho mais inteligente nesse método é que o peixe cozinha no próprio caldo dos vegetais, então fica super úmido e saboroso. É quase um ensopado rápido.

Só uma observação: os 20 minutos são uma boa base, mas depende do tamanho das postas. Se forem muito grossas, pode levar um pouquinho mais. O sinal visual é a carne do peixe ficar opaca e começar a se desfazer levemente nas fibras. E não tenha medo do coentro ou da salsinha no final, eles dão um frescor que fecha o prato com chave de ouro.

11º. O toque baiano que eu demorei a apreciar

Pra ser sincero, eu demorei a me acostumar com o sabor do dendê. Achava forte demais. Até que aprendi a usar ele não como protagonista, mas como um personagem de apoio. Essa receita tem essa pegada. O dendê está ali, dando aquele colorido lindo e um sabor terroso, mas sem dominar o paladar.

É um prato para ser feito com confiança. Não fica remediando o dendê, coloca a medida que a receita pede e deixa acontecer. O cheiro que fica na cozinha é inconfundível e te transporta, nem que seja por alguns minutos, para uma praia da Bahia. Perfeito para quando você quer uma experiência de sabor mais intensa e marcante.

E aí, qual dessas te deu mais vontade de tentar? Eu fico entre o ao molho e o grelhado, são dois estilos tão diferentes mas que eu amo. Se você fizer alguma, volta aqui pra contar como foi a sua aventura, se o peixe ficou macio, se a família aprovou. Adoro ler esses relatos, são o que fazem a cozinha ser tão legal.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

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