Nhoque de Batata à Bolonhesa mais que delicioso

Massa caseira deixa tudo mais especial. Aprenda o passo a passo dessa maravilha e cozinhe em sua casa.
Nhoque de Batata à Bolonhesa mais que delicioso
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Eu sempre achei que fazer nhoque de batata caseiro fosse daquelas tarefas impossíveis, sabe? Até o dia que resolvi encarar o desafio e descobri que o segredo tá todo no ponto da batata e na coragem de usar menos farinha do que o instinto manda. Minha primeira tentativa foi um desastre total, a massa grudou tudo, parecia cola branca. A Daiane até hoje brinca que eu tentei criar uma nova variedade de massa de vedação, não nhoque.

Depois de muito errar e de um curso básico de massas caseiras, aprendi que batatas mais velhas e secas são a chave. Elas absorvem menos água e dão uma textura incrível. A técnica do choque térmico na água gelada depois de cozinhar? Revolucionária, garante aqueles nhoques leves que não viram pedra no prato. É tão satisfatório ver aquelas bolinhas perfeitas saindo da panela que até o Titan fica alerta na cozinha, esperando alguma migalha cair.

O molho bolonhesa aqui de casa virou lenda familiar. Fizemos algumas adaptações ao longo dos anos, como usar tomates frescos batidos no liquidificador e aquela pitada generosa de noz-moscada na carne. O resultado é um prato que transforma domingos comuns em pequenas celebrações italianas. Espero que você se anime para testar e depois me conte nos comentários como ficou sua experiência!

Receita De Nhoque de Batata à Bolonhesa Leve, Fácil, Rápido e Simples: Saiba Como Fazer

Porções
4
Preparo
40 min
Dificuldade
Moderada

Ingredientes

0 de 13 marcados

Para o molho bolonhesa:

Para o nhoque:

A batata asterix realmente faz diferença na textura, mas se não achar, a inglesa funciona também. Só toma cuidado com a quantidade de farinha depois.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Fazendo o molho bolonhesa:

  1. Primeiro, coloca os 4 tomates numa panela com água e deixa ferver até amolecerem. Enquanto isso, prepara a carne: mistura a carne moída com noz moscada, sal, a cebola picada e meia colher de mostarda. Mexe bem com as mãos mesmo, não tenha medo.
  2. Numa panela grande, esquenta um fio de azeite e refoga a carne temperada, mexendo com colher de pau em fogo baixo. Quando os tomates estiverem moles, tira da água e bota no liquidificador com o filtro pra tirar as cascas. Se não tiver filtro, depois vai precisar coar.
  3. Bate os tomates até ficar bem líquido e joga na panela com a carne. Adiciona o molho pronto, o extrato de tomate e um copo de água. Deixa apurando no fogo baixo enquanto você faz o nhoque.

Preparando o nhoque:

  1. Descasca as 6 batatas e corta em cubinhos pra cozinhar mais rápido. Cozinha por uns 20 minutos até ficarem bem macias. Tira da água mas mantém a água quente na panela, você vai usar ela depois.
  2. Espera as batatas esfriarem um pouco e amassa bem com um garfo ou espremedor. Adiciona sal e vai colocando a farinha aos poucos, mexendo sempre. Cuidado pra não exagerar na farinha, senão o nhoque fica pesado.
  3. Numa superfície enfarinhada, pega porções da massa e faz rolinhos, como se fosse brincar de massinha. Corta em pedacinhos do tamanho que preferir. Vai colocando na água quente que você reservou.
  4. Aqui vem o segredo: quando os nhoques subirem e boiarem na panela, tira com escumadeira e joga direto na água gelada. Fica só uns segundos e tira. Esse choque térmico é que garante aquela textura perfeita que não desmancha.

Finalizando:

  1. É só colocar o nhoque no prato, cobrir com o molho bolonhesa e se quiser, enfeitar com manjericão. Pronto, ta ai um prato que parece de restaurante mas você mesmo fez.

Se curtir uma versão mais fitness, tem uma receita de nhoque de batata doce fit no site que é sensacional também.

Fazer nhoque caseiro é daquelas coisas que assustam no começo mas depois vira quase terapia. Eu demorei pra pegar o jeito da massa, principalmente o ponto certo da farinha. Mas quando acerta, não tem comparação com o de pacote.

E você, já tentou fazer nhoque em casa? Me conta nos comentários se deu certo ou se teve algum perrengue. Adoro trocar ideia sobre essas experiências na cozinha!

Vai fazer nhoque? Não pule essas dicas que fazem TODA a diferença!

Quanto tempo dura e como guardar direito?

Essa é das primeiras coisas que a Daiane pergunta quando faço um monte: "Rafa, isso dura quanto tempo?".

O nhoque puro, sem molho, fica dois dias tranquilo na geladeira. Mas o segredo mesmo é congelar a massa crua. Pega um refratário, joga uma camada de farinha no fundo, espalha os nhoques pra não grudarem e leva ao congelador. Depois de duas horas, tira e guarda em saquinhos herméticos. Fica perfeito por até três meses.

Quando for cozinhar, joga direto na água fervente, sem descongelar. Sério, é mágico. E nunca deixa mais de duas horas fora da geladeira, o risco de bactérias é real.

Os 3 erros que quase todo mundo comete (e como escapar deles)

Já errei tanto que até o Titan desvia da cozinha quando tô na fase de aprendizado. Anota aí:

Primeiro: exagerar na farinha. Isso é quase um instinto, a gente acha que precisa de mais, mas a farinha só serve pra dar liga. Se colocar demais, vira uma pedra que gruda nos dentes. Use o mínimo possível, só pra conseguir moldar.

Segundo: cozinhar em dia úmido. Parece superstição, mas não é. A umidade estraga completamente a textura da batata. Aprendi isso na marra, num domingo nublado em SP que o nhoque virou cola.

Terceiro: mexer demais na massa. A batata solta água e aí você entra num ciclo vicioso de colocar mais farinha. Vira um desastre. Amassa com delicadeza, como se estivesse acariciando um filhote de bulldog francês.

Se deu ruim, vem cá que tem conserto

A massa ficou grudenta? Acontece até com os melhores. Se ainda tiver crua, joga um pouquinho mais de farinha e trabalha rápido. Mas se já cozinhou e tá com cara de cola branca...

Pega esses nhoques, refoga numa frigideira com azeite e alho até dourar. Vira quase uma batata sauté irregular. Fica tão gostoso que a Daiane até prefere assim às vezes. Dá uma crostinha por fora que disfarça qualquer problema de textura.

Por que essa batata específica?

Você já parou pra pensar por que recomendo a batata asterix? Não é frescura, juro.

As batatas mais velhas e secas, como a asterix, têm menos água. Isso significa que elas absorvem menos farinha, e o seu nhoque fica mais leve, mais batata e menos massa. A inglesa até funciona, mas tem que ter mais cuidado na hora de dosar a farinha.

E cozinhar com casca? Faz diferença sim, a casca protege a batata de absorver água demais durante o cozimento. Descasca depois que estiver mole, é menos trabalho do que parece.

Versões para todo mundo aproveitar

Tenho amigos com restrições e sempre adapto essa receita. Se for sem glúten, troca a farinha de trigo por fécula de batata ou polvilho doce. Fica até mais leve, pra ser sincero.

Quer uma versão low carb? Já testei com nhoque de batata doce fit e fica incrível. A batata doce tem um sabor mais adocicado que combina demais com o bolonhesa.

Para veganos: substitui a carne por lentilha ou proteína de soja texturizada. O molho fica surpreendentemente saboroso, especialmente se você refogar bem os temperos.

Trocas inteligentes para emergências

Esqueceu de comprar tomate maduro? Usa duas latas de tomate pelado instead. Às vezes até prefiro, o sabor fica mais constante.

Sem extrato de tomate? Dobra a quantidade de molho pronto ou joga uma colher de açúcar mascavo pra cortar a acidez. Funciona que é uma beleza.

Carne moída, o patinho é ideal, mas acém, alcatra, até uma mistura de porco e boi fica interessante. Já usei carne de pato moída uma vez, ficou divino mas a Daiane reclamou do preço.

Hacks que parecem mágica

O choque térmico na água gelada é o segredo dos restaurantes. Parece bobagem, mas é isso que para o cozimento na hora certa e deixa o nhoque com aquela textura perfeita que não desmancha.

Outra: cozinhe as batatas no vapor instead de na água. Elas absorvem ainda menos líquido e o nhoque fica ainda mais batata. Não tem vapor? Enrola as batatas em papel alumínio e leva ao forno até ficarem macias.

E essa é de ouro: passa os nhoques crus na farinha bem de leve antes de cozinhar. Cria uma camadinha fina que impede de grudarem uns nos outros.

Que tal uma versão completamente diferente?

Cansou do tradicional? Experimenta fazer nhoque de mandioquinha salsa. O sabor é mais suave e a textura incrivelmente fofa.

Ou então: mistura espinafre cozido e bem escorrido na massa de batata. Fica lindo, verde, e você coloca verdura sem ninguém perceber. O Titan nem desconfia quando faço assim.

Minha variação favorita: nhoque de ricota com espinafre. Não leva batata, só ricota, espinafre e ovo. É outra experiência completamente, mas mantém aquela vibe caseira que a gente ama.

O que servir junto? Ideas beyond the obvious

Clássico: uma saladinha verde bem simples com rúcula, tomate cereja e uma vinagrete balsâmica. O amargo da rúcula corta a riqueza do molho bolonhesa.

Bebidas: um vinho tinto médio corpo, tipo um Sangiovese ou Montepulciano. Se não bebe, um suco de uva integral gelado surpreende pela similaridade de sabores.

Pão: não pode faltar aquele pão italiano ou ciabatta pra limpar o prato. A Daiane briga comigo porque eu sempre deixo o prato mais limpo que o dela, usando o pão.

Modo economia sem perder o sabor

Batata asterix tá cara? Usa a inglesa mesmo, só escorre bem depois de cozida e deixa esfriar completamente antes de misturar com a farinha.

No molho: aumenta a proporção de tomate e molho pronto, reduzindo a carne. Ou usa metade carne, metade lentilha, fica nutritivo e barato.

Queijo parmesão: compra um pedaço e rala na hora. É mais barato que o ralado de pacote e rende muito mais, além do sabor ser incomparável.

Como deixar chique para impressionar

Finaliza com lascas de parmesão Reggiano e azeite trufado. Muda completamente o jogo.

Ou então: salteia os nhoques já cozidos na manteiga com sálvia até ficarem douradinhos. A textura fica crocante por fora e macia por dentro.

Para ocasiões especiais, faz uns nhoques menores, mais delicados, e serve como entrada em porções individuhas. Já fiz isso num jantar aqui em casa e todo mundo achou que tinha comprado pronto.

Dois segredos que ninguém conta

Primeiro: a pia de quartzo branco da minha cozinha é a melhor superfície para trabalhar a massa. Fria e lisa, não gruda como a bancada de madeira. Se sua pia for larga, experimenta.

Segundo: o nhoque congelado fica melhor que o fresco. Sério. O processo de congelamento quebra as fibras da batata de um jeito que deixa ainda mais fofo depois de cozido. Faço sempre em quantidade e congelo por isso.

De onde veio essa delícia?

O nhoque tem uma história linda que vem da Itália, mas cada região tem sua versão. O de batata que a gente conhece é mais do norte, onde as batatas eram abundantes.

Curiosidade: o nome "gnocchi" vem da palavra "nocca", que significa nó dos dedos em italiano, por causa do formato tradicional que se faz com o garfo. Na verdade, o formato redondo com marquinhas não é só decorativo, ajuda o molho a grudar melhor.

Existem registros de receitas similares desde o Império Romano, mas com farinha e água. A batata só entrou na receita depois que o vegetal chegou à Europa das Américas.

Perguntas que mais recebo

Posso fazer a massa com antecedência? Pode, sim. Monta os nhoques, espalha numa assadeira enfarinhada, cobre com filme e leva à geladeira por até 8 horas.

Por que meus nhoques não flutuam? Geralmente é excesso de farinha ou batata muito úmida. Na próxima, tenta escorrer melhor as batatas e usar menos farinha.

Posso congelar o nhoque já cozido? Pode, mas a textura perde um pouco. Prefiro sempre congelar cru, o resultado é muito melhor.

Qual a diferença para o nhoque de batata doce? Além do sabor, o de batata doce tem uma textura mais úmida e precisa de menos farinha. Tem uma receita específica de nhoque de batata doce fit no site que explica direitinho.

E aí, se animou para fazer seu nhoque caseiro? Conta pra mim nos comentários sua opinião sobre a experiência, se descobriu algum truque novo ou se teve algum perrengue. Adoro trocar ideia sobre essas aventuras na cozinha, e prometo responder todo mundo!

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

Instagram icon https://www.instagram.com/raf.gcs

Comentários  

Maria Aparecida Leal Santana
0 Maria Aparecida Leal Santana
Adorei a receita de batata doce! Gostaria de substituir o trigo por farinha de amêndoa será que dá certo ? Abraços
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