Eu sempre achei que waffle americano daqueles filmes era coisa de restaurante caro. Até o dia que descobri que o segredo não está na receita, mas na paciência de deixar a massa descansar. Foi numa tentativa de impressionar a Daiane num domingo preguiçoso que testei essa fermentação longa, e o resultado foi tão absurdo que até o Titan, que normalmente só se interessa por carne, ficou olhando fixo para a máquina.
A técnica de descansar a massa por 24 horas na geladeira, que aprendi em um curso de panificação, faz toda a diferença. Ela desenvolve sabores complexos e cria aquela textura única: crocante por fora, macia e aerada por dentro. A farinha de trigo e o extrato de malte trabalham juntos para dar essa estrutura nobre que segura qualquer cobertura, doce ou salgada.
Essa receita de Waffle Americano é um verdadeiro coringa na cozinha. Você faz a massa neutra no final de semana e tem base rápida para refeições incríveis durante a semana. Quer ver como é simples? A receita completa está logo abaixo, me conta nos comentários se você é time doce ou salgado!
Receita de Waffle Americano Doce e Salgado Crocante Tradicional Simples e Fácil: Saiba Como Fazer
Quantidade
4 Porções
Preparo
30 min + 2h descanso
Dificuldade
Fácil
Ingredientes
0 de 10 marcados
A manteiga eu coloquei 50g porque é o que costumo usar, mas pode ajustar se preferir. O extrato de malte parece coisa de profissional mas acha em qualquer mercado grande hoje em dia, vale o investimento.
Progresso salvo automaticamente
Modo de preparo
Preparando a base:
Primeiro esquente o leite com a manteiga até uns 40 graus, só pra manteiga derreter mesmo. Cuidado pra não ferver, senão estraga a magia toda. Eu uso o dedo pra testar a temperatura, mas se for mais cuidadoso use um termômetro.
Enquanto isso, peneira todos os secos: farinha, extrato de malte, fermento, açúcar, sal e bicarbonato. Isso elimina aqueles gruminhos chatos e deixa a massa mais lisa.
Na mistura morna de leite e manteiga, adiciona os ovos e mexe bem até incorporar. Fica com uma cor amarelinha bonita.
Agora vem o truque: joga tudo no liquidificador, os secos e os úmidos juntos. Bate por uns 30 segundos só, até ficar homogêneo. Não exagera no tempo senão a massa esquenta e o fermento não funciona direito.
Transfere a massa pra uma tigela grande, cobre com filme e deixa descansar por 2 horas em temperatura ambiente. Ela vai crescer e ficar cheia de bolhinhas, é sinal que deu certo.
Se quiser fazer igual eu faço as vezes, pode deixar na geladeira até 24 horas. A massa fica ainda mais saborosa, mas aí tem que planejar com antecedência né.
Fazendo os waffles:
Preaquece a máquina de waffle e passa um pouquinho de óleo com um pincel ou papel toalha. Isso evita de grudar, confia.
Coloca uma concha generosa de massa na máquina quente. Não enche demais senão transborda e faz aquela bagunça, já passei por isso.
Fecha a tampa e deixa cozinhar por uns 4-5 minutos, até ficar bem douradinho. O cheiro que fica na cozinha é de outro mundo.
Retira com cuidado e repete com o resto da massa. Rendem uns 8 waffles bonitos.
Essa receita de waffle virou praticamente um ritual de domingo aqui em casa. A Daiane adora com mel e frutas, eu curto mais o salgado com queijo e presunto. O Titan fica só na expectativa, esperando alguma miguinha cair no chão, e sempre cai, né?
O que mais gosto é que a massa dura vários dias na geladeira, aí durante a semana é só pegar uma porção e fazer rapidão. Já testou fazer waffle assim? Me conta nos comentários se você é time doce ou salgado, ou se tem alguma combinação maluca que inventou!
Quer dominar o waffle perfeito? Essas dicas vão te surpreender!
Quanto tempo dura e como armazenar certo
A massa crua aguenta até 3 dias na geladeira num pote fechado, ela continua fermentando devagar e desenvolvendo sabor. Já os waffles prontos duram 2 dias em temperatura ambiente, mas sinceramente? Aqui em casa nunca sobram.
Se quiser congelar, espera esfriar completamente e coloca num saco plástico. Dura até 3 meses! Na hora de usar, é só torrar direto do congelador que fica crocante igual fresco.
Por que o extrato de malte faz tanta diferença?
Olha, eu também achava que era frescura até testar sem. O extrato de malte não é só um açúcar, ele tem enzimas que quebram o amido da farinha, deixando o waffle mais macio por dentro e com aquela cor dourada perfeita.
É o que dá aquele sabor característico de padaria profissional. Se realmente não encontrar, pode substituir por açúcar mascavo, mas a textura fica um pouquinho diferente. Vale a pena caçar em lojas de ingredientes para cerveja, como sugerem os especialistas do King Arthur Baking.
Os 3 erros que estragam seu waffle
Já cometi todos, então presta atenção. Primeiro: não untar bem a máquina. Parece óbvio, mas na pressa já pulei essa etapa e o waffle grudou tudo, a Daiane riu até chorar.
Segundo: encher demais de massa. Ela expande durante o cozimento, então enche só 2/3 da superfície. E terceiro: abrir a tampa antes da hora. Espera pelo menos 4 minutos, senão rasga o waffle no meio.
Versões para todo mundo
Sem lactose: troca o leite por leite de amêndoas e a manteiga por óleo de coco. Fica surpreendentemente bom, testei pra uma amiga da Daiane que é intolerante.
Sem glúten: usa farinha de arroz com um pouco de polvilho doce. A textura fica diferente, mas ainda assim gostosa. E para veganos: substitui os ovos por linhaça hidratada e usa leite vegetal.
Hacks que ninguém te conta
Coloca a máquina de waffle em cima de uma assadeira enquanto faz, se vazar massa (e sempre vaza um pouco), não suja toda a bancada de quartzo. Aprendi isso depois de levar bronca da Day.
Outra: se não tem máquina, usa uma sanduicheira ou até mesmo uma frigideira antiaderente com um peso em cima. Não fica com a textura tradicional, mas resolve na emergência.
Não fique só no básico, inove!
Divide a massa e faz uma versão doce com gotas de chocolate e canela, e outra salgada com queijo ralado e orégano. Fica dois sabores numa fornada só.
Minha favorita: adiciona pedacinhos de bacon na massa salgada. Quando derrete dentro do waffle, nossa... o Titan fica doido com o cheiro, mas não pode por causa da alergia.
Modo economia sem perder sabor
O extrato de malte é o ingrediente mais caro, mas dura meses. Compra a granel que sai bem mais barato. E a manteiga? Pode ser a mais simples, não precisa ser aquela importada.
Farinha comum funciona tão bem quanto a especial. E o leite integral pode ser trocado por leite em pó reconstituído, já testei e a diferença é mínima.
Como deixar chique para convidados
Faz uma torre de waffles com camadas de frutas e chantilly no meio. Decora com folhas de hortelã e calda de chocolate, a Daiane adora quando faço assim para visitas.
Para o salgado, usa queijos finos como brie ou gorgonzola, com fatias de pernil cru e rúcula. Fica com cara de restaurante caro, mas custa pouco.
Dois usos que você nunca imaginou
Waffle salgado como base de pizza, espalha molho de tomate, queijo e seus toppings favoritos, leva ao forno por 5 minutos. Fica crocante que é uma beleza.
E olha essa: waffles velhos viram uma farofa incrível. Esfarela e refoga com alho, cebola e cheiro-verde. Fica tão boa que até servi no churrasco aqui do apartamento e todo mundo pediu a receita.
O que combina com esse sabor?
Para o doce: café forte é clássico, mas um chá preto com limão também fica incrível. E para o salgado, suco de laranja pera ou até uma cerveja leve, se for para o jantar.
A massa ficou muito líquida? Adiciona mais farinha aos poucos até chegar na consistência de mingau grosso. Muito grossa? Coloca leite aos poucos.
Waffle grudou na máquina? Desliga, espera esfriar um pouco e tira com espátula de silicone. E se queimou por fora mas cru por dentro? Abaixa a temperatura e deixa mais tempo.
Preciso deixar as 24 horas na geladeira? Não é obrigatório, mas faz diferença. Se tiver pressa, 2 horas em temperatura ambiente já resolve.
Por que meu waffle não fica crocante? Provavelmente a massa está muito líquida ou a máquina não está quente o suficiente.
Dá para fazer sem máquina? Dá, mas não fica com a textura tradicional. Usa uma frigideira antiaderente com um pouco de manteiga.
De onde vem essa tradição?
Waffles são tão antigos que os gregos já faziam algo similar. Mas a versão moderna surgiu na Idade Média, quando ferreiros começaram a fazer as chapas com desenhos religiosos, era uma forma de "carimbar" o pão.
Nos Estados Unidos, virou febre depois que Thomas Jefferson trouxe uma máquina de waffle da França em 1789. Hoje tem até dia nacional do waffle, 24 de agosto!
E aí, curtiu essas dicas? Qual foi a que mais te surpreendeu? Conta aqui nos comentários como ficou seu waffle e se descobriu alguma combinação nova, adoro trocar ideias com vocês!
O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.
Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.
Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?
Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.
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