14 Receitas de Rosquinha de Nata E Outras Opções Que São Uma Viagem À Casa Da Vovó

Nem só de memórias afetivas são feitas as sobremesas do nosso dia a dia. Mas essa com certeza faz muitos corações viajarem no tempo.
14 Receitas de Rosquinha de Nata E Outras Opções Que São Uma Viagem À Casa Da Vovó
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Eu estava lá, com a mesa cheia de rosquinhas recém-assadas e a Daiane entrando na cozinha. "Cheirou a infância aqui dentro", ela falou, antes de pegar uma ainda quente. Aquele comentário valeu mais do que qualquer elogio técnico.

Essa rosquinha de nata é daquelas receitas que enganam pela simplicidade. Trabalhei muito nela, testando quantidades até a massa ficar macia, mas com a estrutura perfeita pra crescer. Um segredo que aprendi em um dos cursos que fiz é sobre o leite morno: se estiver na temperatura certa, o fermento trabalha de um jeito que a massa fica leve por dentro e com uma casquinha dourada.

É a receita ideal pra quem acha que doce bom precisa de ovos ou de ingredientes complicados. Aqui, a nata e a manteiga fazem toda a diferença no sabor e na textura. Vem ver o passo a passo abaixo, é mais fácil do que parece. E depois me conta nos comentários se na sua casa também virou tradição.

Receita de rosquinha de nata sem ovo: como fazer

Rendimento
Cerca de 50 rosquinhas
Preparação
50 min
Dificuldade
Fácil
Referência de Medida: Xícara de 240ml

Ingredientes

0 de 10 marcados

Para a massa (a base de tudo):

Para a Finalização (a parte divertida):

A quantidade de farinha parece assustadora, mas é porque a massa é grande mesmo, rende uma fornada para a família toda. O sal amoníaco é o que dá aquela textura única, mais soltinha e porosa. Se não achar, dá pra usar apenas o fermento em pó, mas o resultado fica um pouquinho diferente.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 1 rosquinha (30g)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 115 kcal 6%
Carboidratos Totais 21.5g 7%
   Fibra Dietética 0.8g 3%
   Açúcares 7.2g 14%
Proteínas 2.8g 6%
Gorduras Totais 2.3g 3%
   Saturadas 0.6g 3%
   Trans 0g 0%
Colesterol 2mg 1%
Sódio 85mg 4%
Cálcio 25mg 2%
Ferro 1.1mg 6%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Vegetariano: Sem ingredientes de origem animal
  • Sem Lactose: Nata é isenta de lactose
  • Energia Rápida: Ideal para lanches

Alertas & Alérgenos

  • Contém glúten – farinha de trigo
  • Alto teor de açúcar – moderar consumo
  • Sal amoníaco é fermento químico, não contém amendoim
  • Insight: Para versão mais light, reduza 1/3 do açúcar e use farinha integral

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Fazendo e Sovando a Massa:

  1. Pegue uma tigela bem grande, daquelas que parecem uma bacia mesmo. Despeje o leite morno. Adicione o sal amoníaco e o fermento em pó. Mexa bem com um fouet ou garfo até dissolver. Não pode ter grumos.
  2. Jogue dentro a margarina (ou manteiga), a nata e as duas xícaras de açúcar. Misture tudo até ficar bem incorporado, uma coisa meio líquida e cremosa.
  3. Agora vem a farinha. Adicione aos poucos, de xícara em xícara, mexendo sempre. No começo dá pra usar uma colher de pau, mas logo a massa engrossa.
  4. Quando ficar difícil de mexer na tigela, é hora de partir para a bancada. Polvilhe um pouco de farinha e despeje a massa. Comece a sovar. Nos primeiros minutos ela vai estar grudenta, é normal. Continue sovando por uns 5 a 7 minutos, incorporando só o mínimo de farinha extra possível. O ponto é quando ela fica lisa, homogênea e para de grudar nas suas mãos.

Sovar é terapêutico, sério. Você sente a massa mudando de textura, ficando mais elástica. Se cansar, para um minuto e volta. Não precisa ser um atleta. O importante é chegar naquele ponto de massa maleável.

Modelando, Assando e o Toque Final:

  1. Preaqueça o forno a 200°C. Enquanto isso, pegue porções da massa e modele como quiser. O jeito clássico é fazer rolinhos e juntar as pontas, formando a rosquinha. Mas você pode fazer bolinhas, tranças, o que a criatividade mandar.
  2. Pegue um prato fundo e coloque uma boa quantidade de açúcar cristal. Passe cada rosquinha nele, pressionando de leve para o açúcar grudar de um lado.
  3. Unte uma assadeira grande com um pouquinho de margarina ou manteiga. Vá colocando as rosquinhas com o lado açucarado para cima. Deixe um espaço entre elas, porque elas crescem um pouco no forno.
  4. Leve para assar no forno preaquecido por cerca de 25 a 30 minutos. Não 35 como dizem por aí, a não ser que seu forno seja muito fraco. O ideal é elas ficarem douradas por baixo e firmes. O açúcar de cima vai formar uma casquinha.
  5. Tire do forno e deixe esfriar completamente na própria forma. Elas ficam mais crocantes assim. A tentação de pegar uma quente é grande, eu sei, mas elas desmancham fácil.

A dica de ouro aqui é a canela. Mistura um pouco de canela em pó no açúcar cristal antes de passar as rosquinhas. O cheiro que fica na cozinha é outro nível, e o sabor, então, nem se fala. É a minha variação preferida. E sobre a apresentação, ela realmente rouba a cena em qualquer mesa de café. Parece que você comprou naquela padaria famosa, mas fez em casa.

Pronto. É isso que chamo de receita de resgate. Simples, sem firulas, mas com um poder nostálgico absurdo. A textura é única, nem muito fofa, nem muito dura, com aquele contraste da casquinha de açúcar que quebra ao primeiro mordida. Perfeita para acompanhar um café forte ou um chá no meio da tarde.

Fez a sua? Me conta se o cheiro também tomou conta da sua cozinha. E qual foi a forma que você escolheu pra modelar? As redondinhas clássicas ou inventou alguma? Aqui em casa a clássica sempre vence, mas adoraria saber se alguém ousou diferente. Deixa nos comentários!

Quanto custa em calorias essa delícia?

Cada rosquinha tem aproximadamente 115 calorias (conforme tabela nutricional completa abaixo da lista de ingredientes). Claro, se você for igual eu e não resistir a três seguidas, é bom fazer as contas! Dá pra justificar: "ah, mas nata é proteína" (mentira, mas a gente se engana).

Quanto tempo dura essa belezinha?

Em pote fechado: 5 dias em temperatura ambiente (se durar tanto). Congelada: até 2 meses - mas sério, quem consegue congelar rosquinha? A Daiane aqui de casa já tentou e no dia seguinte o pote tava vazio "só pra testar se ficou boa".

Sem nata? Sem trigo? Sem problema!

• Nata: iogurte natural cremoso ou creme de leite fresco (mas a textura muda um pouco)
• Farinha sem glúten: mistura pronta + 1 colher de goma xantana
• Margarina: manteiga ou óleo de coco derretido (se for vegano)
• Leite morno: água morna + 1 colher de vinagre (pra ativar o fermento)

Truque secreto da vovó (que ela não contava)

Quando for passar no açúcar cristal, mistura 1 pitada de canela ou raspas de limão no açúcar. Fica um perfume que invade a casa toda! Outra: se a massa grudar muito na mão, unta os dedos com óleo em vez de jogar mais farinha - fica mais fofinha.

Pare! Não cometa esses 3 erros

1. Usar leite fervendo: mata o fermento e a massa não cresce (já aconteceu aqui, virou biscoito de pedra)
2. Sovar demais: 5 minutos é o ideal, depois disso fica borrachuda
3. Assar frio: o forno PRECISA estar pré-aquecido, senão elas não "estufam"

O ponto crítico: hora de sovar

Essa massa é teimosa! Ela começa grudenta e você vai ter vontade de jogar mais farinha. Resista! Sovar aos poucos até ficar lisa (vai parecer que não vai dar certo, mas confia). Dica bônus: se colar muito na bancada, usa um rolo de macarrão levemente untado.

Quer dar uma revolucionada?

• Rosquinha fit: troca o açúcar por eritritol e usa farinha de aveia
• Versão "bombada": recheia com doce de leite antes de assar (perigo: viciante)
• Twist paulistano: depois de assadas, pincela com mel e joga amendoim picado por cima

O que beber com essa rosquinha?

Café coado (o clássico), chá mate gelado com limão (pra quem gosta de contraste) ou - minha preferência - um copão de leite com chocolate quente estilo anos 90. Se for servir em festa, faz um cafézinho de garrafa com canela no pó, fica show!

Sobrou? Transforma!

Rosquinhas velhas viram: farinha de rosca (bate no liquidificador), base de torta doce (esfarela e mistura com manteiga) ou - melhor ainda - pudim de rosquinha (só umidecer com leite e levar ao microondas).

Modo chef Michelin (ou quase)

Depois de assadas, pincela com manteiga clarificada e polvilha flor de sal + raspas de laranja. Serve com calda de caramelo salgado em shot separado. Pronto, virou sobremesa de restaurante chique (e o custo aumenta 500%, mas vale pelo efeito).

2 fatos que ninguém te conta

1. O sal amoníaco é o segredo da textura aerada, mas se usar demais fica gosto de remédio (já aconteceu aqui, tive que doar pro cachorro do vizinho - brincadeira!)
2. Rosquinhas assadas de manhã têm crocância diferente das da tarde - teorias? Umidade do ar? Pressão atmosférica? Mistério.

De onde veio essa receita?

É uma adaptação das "rosquillas" espanholas, que normalmente levam ovos. A versão com nata surgiu no interior de Minas, onde sobrava nata da produção de queijo. Curiosidade: originalmente eram feitas em formato de argola pra pendurar em varais - prático pra vender em feiras!

Se tudo der errado...

Massa muito mole? Enrola em papel manteiga e congela 15min antes de modelar.
Queimou embaixo? Rala a parte carbonizada e vira "rosquinha trufada" - recheia com ganache.
Não cresceu? Transforma em croutons doce: corta em cubos, tosta no forno e serve com sorvete.

Combinações que elevam o sabor

• Açúcar cristal + pimenta rosa moída na hora (experimenta antes de duvidar!)
• Canela em pó + café solúvel (1 parte de café pra 3 de canela)
• Cobertura de chocolate meio amargo + sal grosso (o contraste é genial)

Confissões de quem já errou feio

Uma vez confundi sal amoníaco com bicarbonato... resultado: rosquinhas que pareciam esponjas de lavar louça. Outra vez a Daiane resolveu dobrar a receita mas esqueceu do fermento - virou tijolinho decorativo. Moral da história: nunca façam receita assistindo Netflix!

Por que essa receita funciona?

A nata age como emulsificante natural, substituindo os ovos. O sal amoníaco libera gás na hora certa durante o cozimento, criando aqueles furinhos perfeitos. Já o leite morno? Ativa o fermento sem "cozinhar" ele antes da hora. Ciência gostosa!

Combinações que vão fazer sua rosquinha de nata brilhar ainda mais

Depois de preparar essas rosquinhas de nata que vão desaparecer em segundos (aviso dado!), que tal montar um menu completo? Selecionamos opções que casam perfeitamente com esse lanche cremoso, seja para um café da tarde especial ou até mesmo uma reunião de família.

Pratos principais que complementam seu lanche

Panqueca de banana simples e fácil (saiba mais): Doce, mas não exagerado, equilibra bem o sabor rico da nata.

Torta de frango de liquidificador que surpreende: Para quem prefere um contraste salgado, essa torta prática é sempre sucesso aqui em casa.

Molho para macarrão simples e fácil: Se quiser transformar em jantar, um spaghetti com esse molho cai como uma luva.

Sanduíche natural de peito de peru: Opção leve e versátil que não compete com o sabor das rosquinhas (Dica bônus da Dai!).

Acompanhamentos para balancear

Salada de feijão fradinho: Crocância e frescor numa combinação que corta a doçura na medida certa.

Feijão mulatinho: Tradicionalíssimo, especialmente se seu evento for mais para o almoço.

Palitinhos de legumes com homus: Porque todo mundo adora beliscar algo salgado entre uma rosquinha e outra.

Sobremesas que continuam o festim

Receita de Bombom de uva bem simples: Mini sobremesas práticas que são pura nostalgia de infância.

Bolo simples fofinho e rápido: Clássico que nunca falha, ainda mais com aquele cheirinho de forno.

Torta gelada doce tradicional: Para ocasiões especiais, cremosidade que faz par perfeito com seu lanche.

Mousse de maracujá: A acidez frutada é o reset perfeito depois de sabores mais encorpados (nosso segredo: sempre fazemos em potinhos individuais).

Bebidas para harmonizar

Chá gelado de pêssego: Refrescante sem roubar a cena, perfeito para tardes quentes.

Café coado: O eterno companheiro de qualquer lanche que se preze, né?

Água aromatizada com limão e hortelã: Para manter todo mundo hidratado entre uma guloseima e outra.

E aí, qual combo vai testar primeiro? Conta pra gente nos comentários se conseguiu resistir à tentação de comer todas as rosquinhas antes de servir o restante!

Gostou dessa? Olha quantos jeitos diferentes existem de fazer rosquinha de nata

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.

2º. A receita que rende uma fornada inteira

autor: Padaria sem Segredos

Essa é a receita que você faz quando quer encher uma lata enorme, dessas de biscoito, pra durar a semana toda ou pra levar numa reunião de família. Leva 1kg de farinha, então é coisa pra caramba. A grande sacada, que eu nunca tinha pensado, é enrolar a rosquinha no açúcar cristal antes de assar. O açúcar derrete um pouco e forma uma casquinha caramelizada por fora que fica incrível, crocante e doce na medida.

Ela não leva fermento biológico, então o crescimento é diferente, mais firme. Presta atenção na dica sobre escolher a farinha: olha o rótulo e pega uma boa, de trigo mais forte. Isso faz toda a diferença pra massa não ficar quebradiça. É trabalhoso pela quantidade, mas o resultado compensa, e sua casa vai ficar com cheiro de padaria artesanal o dia todo.

3º. Quando a nata está em falta

autor: Cozinhando com Fernando Couto

A verdade é que nata pura nem sempre a gente tem no armário, ou acha fácil no mercado. Nesses dias de crise, o creme de leite salva. A textura fica muito parecida, só que um pouquinho menos rica – mas ainda assim deliciosa. O método de preparo dessa versão é bem inteligente: você mistura os ingredientes secos primeiro, incluindo o fermento, e só depois vai adicionando os líquidos aos poucos.

Isso evita aqueles choques de umidade que às vezes fazem o fermento reagir de um jeito estranho. E a regra de ouro que eu levo pra todas as massas: nunca jogue toda a farinha de uma vez. A umidade da farinha muda, do ar muda, então vai colocando aos poucos até a massa chegar no ponto de modelar, que é quando ela para de grudar desesperadamente nos dedos. Simples, mas infalível.

4º. O segredo do biscoito que estala

Se você já comeu aqueles biscoitos de polvilho bem crocantes que parecem estalar na boca, o sal amoníaco é o responsável por isso. Em rosquinhas, ele age junto com o fermento químico e dá uma textura única, mais aerada e quebradiça, diferente da fofinha tradicional. Tem um cheirinho característico quando tá assando, mas some completamente depois de pronto.

Duas coisas importantes aqui. Primeiro, a qualidade da manteiga e da nata impacta diretamente no sabor final. Manteiga sem sal é realmente melhor pra doce, o sabor fica mais limpo. Segundo, o modo de preparo que ela ensina – misturar os secos primeiro – ajuda a distribuir o sal amoníaco de forma uniforme, evitando aqueles pedacinhos que não dissolvem e deixam um gosto forte depois. Vale o experimento!

5º. Para quem prefere textura de derreter

Diferente das outras que são mais pães doces, essa aqui com maizena entra na categoria "biscoito fino que some na boca". O amido de milho dá uma textura incrivelmente suave e arenosa, ao mesmo tempo. É o tipo de rosquinha que você come uma e, quando vê, acabou com cinco sem perceber.

Como a maizena já deixa tudo mais doce de certa forma, realmente não precisa exagerar no açúcar. E a pitada de sal, que muita gente esquece em receita doce, é vital. Ela não deixa salgado, só corta a doçura excessiva e deixa o sabor da nata e da manteiga mais evidente. Pode confiar.

6º. Com aquele toque de goiabada que não vaza

Rosquinha recheada é sempre uma tentação, mas o medo do recheio virar lava vulcânica no forno é real. Essa receita mostra um jeito esperto de evitar isso. A dica de manter a abertura da rosquinha virada para cima parece boba, mas faz o calor do forno agir de forma diferente, contendo a goiabada dentro do "copo" de massa. Funciona muito melhor do que deixar a costura embaixo.

Outro ponto legal é que ela começa misturando os ingredientes úmidos, o que é mais fácil pra quem tá começando. E sobre a quantidade de açúcar: ela deixa a seu critério. Isso é ótimo porque tem gente que gosta bem doce e outra que prefere só um toque. Vai provando a massa crua – sim, pode – até achar o ponto pra você.

7º. A versão extra cremosa com leite condensado

Se a ideia é fazer uma rosquinha que fica úmida e macia por vários dias, o leite condensado é o ingrediente mágico. Ele dá doçura e uma umidade que persiste, diferente do açúcar comum. E pra quem mora onde nata é artigo raro, a sugestão de substituir por creme de leite e margarina é um salva-vidas. Já testei e fica ótimo, a margarina ajuda a dar a gordura que a nata teria.

O processo é direto: mistura tudo que é molhado primeiro, depois vai adicionando a farinha. O "ponto de desgrudar das mãos" é a sua bússola. Quando a massa para de ficar colada e fica lisa, tá no ponto. Assa em forno médio, não alto, pra não queimar por fora antes de cozinhar por dentro. Fica douradinha e perfeita.

8º. A maciez que melhora com o tempo

Tem receita que é melhor no dia seguinte, e essa é uma delas. A umidade do creme de leite e dos ovos se distribui melhor depois de um tempo, deixando a rosquinha incrivelmente macia, daquela que você aperta e ela volta devagar. O método de bater o açúcar com o ovo primeiro é um clássico que incorpora ar e ajuda nessa textura final.

A sugestão de passar a rosquinha ainda morna numa mistura de açúcar e canela é clássica e nunca falha. O calor residual derrete um pouco o açúcar, criando uma camada saborosa. É o acompanhamento perfeito pra um café da tarde, ainda mais se você guardar num pote fechado. No dia seguinte, parece que ficou até melhor.

9º. Sem nata? Sem problemas.

Essa receita é a prova de que dá pra fazer uma rosquinha gostosa mesmo sem o ingrediente principal no nome. Ela usa uma combinação de outros laticínios – acho que iogurte ou leite – pra chegar numa textura parecida. É a solução perfeita pra quem não é do Sul e nunca viu um pote de nata no supermercado.

O truque do pincelar com ovo antes de assar é o que garante aquele brilho bonito de padaria. E a dica de salpicar o açúcar *antes* de levar ao forno, mantendo o lado com açúcar pra cima, é essencial. Se você colocar depois de assado, o açúcar não gruda direito. Fazendo antes, ele derrete levemente e fica incorporado, lindo e crocante.

10º. A mineira, carregada na manteiga

Receita de Minas é assim: se é pra ser bom, vai manteiga. Essa versão é mais rica, mais amanteigada, e por isso tem um sabor que gruda na memória. Ela troca o fermento em pó pelo sal amoníaco, o que a deixa mais crocante por fora e com miolo mais denso, no bom sentido.

"Amassar com cuidado" é a instrução mais sábia. Você não quer sovar como um pão, só quer integrar tudo até ficar homogêneo. Trabalhar demais desenvolve o glúten da farinha e pode deixar a rosquinha dura. Então é juntar, amassar delicadamente até dar ponto de enrolar, e pronto. A simplicidade é a alma do negócio.

11º. A fantasia de coco ralado

Essa aqui é toda enfeitada, daquelas que você serve pra visita e todo mundo pede a receita. A calda de açúcar que ela ensina é o segredo. Não é um glacê pesado, é só açúcar e água levados ao fogo até formar uma calda rala. Você mergulha só a parte de cima da rosquinha ainda morna nessa calda e depois no coco ralado.

O resultado é uma cobertura brilhante e crocante que não fica doce demais e dá um contraste de textura sensacional com a massa macia. Só um cuidado: depois de passar na calda e no coco, coloca as rosquinhas numa travessa forrada com papel manteiga e deixa a parte com coco pra cima. Se deitar de lado, elas grudam umas nas outras e a beleza se perde.

12º. Crocante como biscoito de lata

Se você é do time que prefere rosquinha pra mergulhar no café e ouvir aquele *crack*, essa é a sua versão. O segredo pra crocância sem dureza está no ponto de assar: você tira do forno quando elas estão firmes e com uma cor dourada clara, não dourada escura. Elas endurecem um pouco mais enquanto esfriam, então se já saírem escuras, vão ficar pedra.

Guardar num pote bem vedado é obrigatório pra manter a crocância. E a ideia de passar algumas no chocolate meio amargo derretido é genial. Fica um contraste doce-amargo que é viciante. Perfeita pra uma tarde de frio, com um chá preto forte do lado.

13º. A clássica cobertura de açúcar cristal

Às vezes, o mais simples é o melhor. Essa receita foca no básico bem feito: a massa no ponto certo de enrolar (nem muito mole, nem muito dura) e uma finalização infalível com gema e açúcar cristal. Pincelar com gema dá um brilho incrível e ajuda o açúcar a grudar. O açúcar cristal, por sua vez, não derrete completamente, fica com aqueles grãozinhos que dão uma crocância especial a cada mordida.

Só toma cuidado na hora de dispor na assadeira: deixa um espaço razoável entre elas. Se colocar muito juntinhas, elas crescem e grudam umas nas outras, aí você perde o formato redondinho bonito. Forno pré-aquecido e olho nelas. É difícil errar.

14º. A receita de vó, pura e artesanal

Essa tem o espírito daquelas receitas que não precisam de muito. Poucos ingredientes, modo de fazer direto, e um resultado que é pura honestidade. A dica de deixar a massa descansar na geladeira por um tempinho é valiosa. A gordura da manteiga ou margarina firma, aí na hora de enrolar a massa não fica tão pegajosa e você consegue fazer rosquinhas mais uniformes e bonitas.

Ela diz que é ideal pra venda, e é mesmo. Mas pra mim, é ideal pra começar uma tradição. Fazer com calma, botar as mãos na massa, sentir a textura mudando. É o tipo de coisa que, se você não herdou de ninguém, pode começar agora pra que seus filhos um dia lembrem desse cheiro e desse sabor com o mesmo carinho que a gente lembra das receitas da nossa infância.

Nossa, deu até vontade de ir pra cozinha agora, né? Conta pra mim: qual dessas versões você já conhecia ou tem mais curiosidade de experimentar? E se a sua família tem uma receita própria de rosquinha, compartilha aqui nos comentários que eu adoro descobrir essas histórias!

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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