Gostou dessa? Olha quantos jeitos diferentes existem de fazer rosquinha de nata
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.
2º. A receita que rende uma fornada inteira
autor: Padaria sem Segredos
Essa é a receita que você faz quando quer encher uma lata enorme, dessas de biscoito, pra durar a semana toda ou pra levar numa reunião de família. Leva 1kg de farinha, então é coisa pra caramba. A grande sacada, que eu nunca tinha pensado, é enrolar a rosquinha no açúcar cristal antes de assar. O açúcar derrete um pouco e forma uma casquinha caramelizada por fora que fica incrível, crocante e doce na medida.
Ela não leva fermento biológico, então o crescimento é diferente, mais firme. Presta atenção na dica sobre escolher a farinha: olha o rótulo e pega uma boa, de trigo mais forte. Isso faz toda a diferença pra massa não ficar quebradiça. É trabalhoso pela quantidade, mas o resultado compensa, e sua casa vai ficar com cheiro de padaria artesanal o dia todo.
3º. Quando a nata está em falta
autor: Cozinhando com Fernando Couto
A verdade é que nata pura nem sempre a gente tem no armário, ou acha fácil no mercado. Nesses dias de crise, o creme de leite salva. A textura fica muito parecida, só que um pouquinho menos rica – mas ainda assim deliciosa. O método de preparo dessa versão é bem inteligente: você mistura os ingredientes secos primeiro, incluindo o fermento, e só depois vai adicionando os líquidos aos poucos.
Isso evita aqueles choques de umidade que às vezes fazem o fermento reagir de um jeito estranho. E a regra de ouro que eu levo pra todas as massas: nunca jogue toda a farinha de uma vez. A umidade da farinha muda, do ar muda, então vai colocando aos poucos até a massa chegar no ponto de modelar, que é quando ela para de grudar desesperadamente nos dedos. Simples, mas infalível.
Se você já comeu aqueles biscoitos de polvilho bem crocantes que parecem estalar na boca, o sal amoníaco é o responsável por isso. Em rosquinhas, ele age junto com o fermento químico e dá uma textura única, mais aerada e quebradiça, diferente da fofinha tradicional. Tem um cheirinho característico quando tá assando, mas some completamente depois de pronto.
Duas coisas importantes aqui. Primeiro, a qualidade da manteiga e da nata impacta diretamente no sabor final. Manteiga sem sal é realmente melhor pra doce, o sabor fica mais limpo. Segundo, o modo de preparo que ela ensina – misturar os secos primeiro – ajuda a distribuir o sal amoníaco de forma uniforme, evitando aqueles pedacinhos que não dissolvem e deixam um gosto forte depois. Vale o experimento!
Diferente das outras que são mais pães doces, essa aqui com maizena entra na categoria "biscoito fino que some na boca". O amido de milho dá uma textura incrivelmente suave e arenosa, ao mesmo tempo. É o tipo de rosquinha que você come uma e, quando vê, acabou com cinco sem perceber.
Como a maizena já deixa tudo mais doce de certa forma, realmente não precisa exagerar no açúcar. E a pitada de sal, que muita gente esquece em receita doce, é vital. Ela não deixa salgado, só corta a doçura excessiva e deixa o sabor da nata e da manteiga mais evidente. Pode confiar.
Rosquinha recheada é sempre uma tentação, mas o medo do recheio virar lava vulcânica no forno é real. Essa receita mostra um jeito esperto de evitar isso. A dica de manter a abertura da rosquinha virada para cima parece boba, mas faz o calor do forno agir de forma diferente, contendo a goiabada dentro do "copo" de massa. Funciona muito melhor do que deixar a costura embaixo.
Outro ponto legal é que ela começa misturando os ingredientes úmidos, o que é mais fácil pra quem tá começando. E sobre a quantidade de açúcar: ela deixa a seu critério. Isso é ótimo porque tem gente que gosta bem doce e outra que prefere só um toque. Vai provando a massa crua – sim, pode – até achar o ponto pra você.
Se a ideia é fazer uma rosquinha que fica úmida e macia por vários dias, o leite condensado é o ingrediente mágico. Ele dá doçura e uma umidade que persiste, diferente do açúcar comum. E pra quem mora onde nata é artigo raro, a sugestão de substituir por creme de leite e margarina é um salva-vidas. Já testei e fica ótimo, a margarina ajuda a dar a gordura que a nata teria.
O processo é direto: mistura tudo que é molhado primeiro, depois vai adicionando a farinha. O "ponto de desgrudar das mãos" é a sua bússola. Quando a massa para de ficar colada e fica lisa, tá no ponto. Assa em forno médio, não alto, pra não queimar por fora antes de cozinhar por dentro. Fica douradinha e perfeita.
Tem receita que é melhor no dia seguinte, e essa é uma delas. A umidade do creme de leite e dos ovos se distribui melhor depois de um tempo, deixando a rosquinha incrivelmente macia, daquela que você aperta e ela volta devagar. O método de bater o açúcar com o ovo primeiro é um clássico que incorpora ar e ajuda nessa textura final.
A sugestão de passar a rosquinha ainda morna numa mistura de açúcar e canela é clássica e nunca falha. O calor residual derrete um pouco o açúcar, criando uma camada saborosa. É o acompanhamento perfeito pra um café da tarde, ainda mais se você guardar num pote fechado. No dia seguinte, parece que ficou até melhor.
Essa receita é a prova de que dá pra fazer uma rosquinha gostosa mesmo sem o ingrediente principal no nome. Ela usa uma combinação de outros laticínios – acho que iogurte ou leite – pra chegar numa textura parecida. É a solução perfeita pra quem não é do Sul e nunca viu um pote de nata no supermercado.
O truque do pincelar com ovo antes de assar é o que garante aquele brilho bonito de padaria. E a dica de salpicar o açúcar *antes* de levar ao forno, mantendo o lado com açúcar pra cima, é essencial. Se você colocar depois de assado, o açúcar não gruda direito. Fazendo antes, ele derrete levemente e fica incorporado, lindo e crocante.
Receita de Minas é assim: se é pra ser bom, vai manteiga. Essa versão é mais rica, mais amanteigada, e por isso tem um sabor que gruda na memória. Ela troca o fermento em pó pelo sal amoníaco, o que a deixa mais crocante por fora e com miolo mais denso, no bom sentido.
"Amassar com cuidado" é a instrução mais sábia. Você não quer sovar como um pão, só quer integrar tudo até ficar homogêneo. Trabalhar demais desenvolve o glúten da farinha e pode deixar a rosquinha dura. Então é juntar, amassar delicadamente até dar ponto de enrolar, e pronto. A simplicidade é a alma do negócio.
Essa aqui é toda enfeitada, daquelas que você serve pra visita e todo mundo pede a receita. A calda de açúcar que ela ensina é o segredo. Não é um glacê pesado, é só açúcar e água levados ao fogo até formar uma calda rala. Você mergulha só a parte de cima da rosquinha ainda morna nessa calda e depois no coco ralado.
O resultado é uma cobertura brilhante e crocante que não fica doce demais e dá um contraste de textura sensacional com a massa macia. Só um cuidado: depois de passar na calda e no coco, coloca as rosquinhas numa travessa forrada com papel manteiga e deixa a parte com coco pra cima. Se deitar de lado, elas grudam umas nas outras e a beleza se perde.
Se você é do time que prefere rosquinha pra mergulhar no café e ouvir aquele *crack*, essa é a sua versão. O segredo pra crocância sem dureza está no ponto de assar: você tira do forno quando elas estão firmes e com uma cor dourada clara, não dourada escura. Elas endurecem um pouco mais enquanto esfriam, então se já saírem escuras, vão ficar pedra.
Guardar num pote bem vedado é obrigatório pra manter a crocância. E a ideia de passar algumas no chocolate meio amargo derretido é genial. Fica um contraste doce-amargo que é viciante. Perfeita pra uma tarde de frio, com um chá preto forte do lado.
Às vezes, o mais simples é o melhor. Essa receita foca no básico bem feito: a massa no ponto certo de enrolar (nem muito mole, nem muito dura) e uma finalização infalível com gema e açúcar cristal. Pincelar com gema dá um brilho incrível e ajuda o açúcar a grudar. O açúcar cristal, por sua vez, não derrete completamente, fica com aqueles grãozinhos que dão uma crocância especial a cada mordida.
Só toma cuidado na hora de dispor na assadeira: deixa um espaço razoável entre elas. Se colocar muito juntinhas, elas crescem e grudam umas nas outras, aí você perde o formato redondinho bonito. Forno pré-aquecido e olho nelas. É difícil errar.
Essa tem o espírito daquelas receitas que não precisam de muito. Poucos ingredientes, modo de fazer direto, e um resultado que é pura honestidade. A dica de deixar a massa descansar na geladeira por um tempinho é valiosa. A gordura da manteiga ou margarina firma, aí na hora de enrolar a massa não fica tão pegajosa e você consegue fazer rosquinhas mais uniformes e bonitas.
Ela diz que é ideal pra venda, e é mesmo. Mas pra mim, é ideal pra começar uma tradição. Fazer com calma, botar as mãos na massa, sentir a textura mudando. É o tipo de coisa que, se você não herdou de ninguém, pode começar agora pra que seus filhos um dia lembrem desse cheiro e desse sabor com o mesmo carinho que a gente lembra das receitas da nossa infância.
Nossa, deu até vontade de ir pra cozinha agora, né? Conta pra mim: qual dessas versões você já conhecia ou tem mais curiosidade de experimentar? E se a sua família tem uma receita própria de rosquinha, compartilha aqui nos comentários que eu adoro descobrir essas histórias!
Adicionar comentário