Esfiha Aberta: Segredo do Sabor Caseiro

Prepare para festinhas ou como petiscos e aproveite esses deliciosos pratos árabes!
Esfiha Aberta: Segredo do Sabor Caseiro
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Você já comprou uma esfiha com aquela massa espessa e seca que parece mais pão velho? Eu também, e foi essa frustração que me fez buscar o jeito certo de fazer em casa. A verdadeira esfiha aberta, a que lembra as melhores esfiharias, tem uma massa fina nas bordas, macia por dentro e que segura um recheio generoso sem desmanchar.

O segredo, depois de testar várias proporções, está no equilíbrio da massa. A água morna ativa o fermento direitinho, e sovar até a massa ficar lisa e elástica é um passo que não pode pular. É um trabalho manual que aprendi a respeitar nos cursos de panificação. Quando a massa descansa, ela desenvolve o glúten que dá essa estrutura perfeita, nem muito dura, nem muito mole.

Fazer essas esfihas em casa, especialmente a de carne com limão e hortelã, virou programa de fim de semana aqui. O cheiro que toma o apartamento é irresistível, e o Titan fica rondando a cozinha na esperança de cair um pedacinho (mas ele só fica na torcida, porque não pode). Ver todo mundo reunido pra comer algo que você fez do zero, essa é a melhor parte. Quer ver como se faz?

Receita de Esfiha de massa aberta magnífica: saiba como fazer

Rendimento
6 porções
Preparação
40 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 20 marcados

Para a Massa:

Para o Recheio de Carne:

Para o Recheio de Ricota:

Dá pra fazer os dois recheios e surpreender todo mundo, ou escolher o favorito da casa. A massa rende bem, então não se preocupe. Ah, e aquele fubá é pra polvilhar mesmo, não esquece de comprar, porque faz toda diferença na hora de moldar.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 1 esfiha (aproximadamente 120g)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 285 kcal 14%
Carboidratos Totais 35.2g 12%
   Fibra Dietética 2.1g 8%
   Açúcares 6.8g 14%
Proteínas 14.5g 29%
Gorduras Totais 9.8g 13%
   Saturadas 3.2g 16%
   Trans 0g 0%
Colesterol 25mg 8%
Sódio 320mg 14%
Potássio 280mg 6%
Cálcio 180mg 18%
Ferro 2.8mg 16%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Opção Vegetariana: Versão com ricota é livre de carne
  • Boa Fonte de Fibras: Auxilia na digestão
  • Rico em Cálcio: Especialmente na versão com ricota
  • Proteína Balanceada: Combinação de proteínas animais e vegetais

Alertas & Alérgenos

  • Contém glúten – devido à farinha de trigo
  • Contém lactose – creme de leite e ricota
  • Insight: A versão de ricota tem menos calorias e gordura que a de carne
  • Açúcar na massa contribui para valor calórico total

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Preparando a Massa Perfeita:

  1. Ativa o fermento: Num copo ou tigelinha, mistura os 500 ml de água (que não precisa estar fervendo, só morna mesmo), o fermento seco e o açúcar. Mexe só pra dissolver e deixa essa mistura descansar por uns 10 minutos. Você vai ver ela ficar espumando, é o sinal de que o fermento acordou feliz. Enquanto isso, já prepara a farinha e o óleo, vai.
  2. Começa a misturar: Numa tigela bem grande, coloca a farinha de trigo (deixa só um punhado de lado pra enfarinhar as mãos depois), o óleo e o sal. Agora despeja a água com o fermento que já está ativo. Mistura tudo com uma colher de pau, vai ficar meio grudento no começo, é normal.
  3. Hora de sovar: Polvilha um pouco da farinha que separou na bancada e despeja a massa ali. Agora é botar a mão na massa, literalmente. Sova por uns 8 a 10 minutos. O ponto é quando a massa fica lisa, elástica e quase para de grudar nos dedos. Se ela ainda estiver muito pegajosa, acrescenta um pouquinho mais de farinha, mas sem exagero. Dica minha: coloca uma música e vai no ritmo, o tempo passa rápido.
  4. Primeira Descansada: Forma uma bola com a massa, coloca de volta na tigela (pode untar com um fio de óleo pra não grudar) e cobre com um pano de prato limpo. Deixa descansar por 10 minutos. Esse tempo é sagrado, a massa relaxa e fica mais fácil de trabalhar.
  5. Dividindo e Moldando: Passados os 10 minutos, pega a massa e divide em duas partes iguais. Com cada uma, faz um rolinho grosso, como se fosse um cordão. Agora, corta pedaços desse rolinho e faz bolinhas do tamanho de uma noz. Aqui entra o fubá: polvilha um pouco na bancada e rola cada bolinha nele. Isso evita que grude e dá a textura certinha. Com os dedos, achata cada bolinha, fazendo um disco com as bordas mais altas, tipo um barquinho. Essa borda é importante pra segurar o recheio.
  6. Descanso Final: Coloca os discos de massa numa forma também polvilhada com fubá. Deixa eles descansarem mais 15 minutos, cobertos com o pano. Eles vão crescer um pouquinho, fica lindo de ver. Liga o forno pra preaquecer a 180°C nesse meio-tempo.

Fazendo os Recheios:

  1. Recheio de Carne: Pega uma tigela grande e joga tudo lá dentro: a carne moída, o tomate e a cebola picadinhos, a hortelã, o suco dos dois limões, sal e pimenta. Agora mete a mão e mistura tudo muito bem, amassando pra os sabores se incorporarem de verdade. A Daiane adora fazer essa parte, ela diz que é terapêutico. Deixa descansando enquanto prepara o outro.
  2. Recheio de Ricota: Numa outra tigela, coloca a ricota esfarelada. Adiciona a salsinha, a cebolinha, o creme de leite, o fermento em pó e o sal. Mistura tudo com um garfo até ficar bem homogêneo. Fica um creme bem verde e gostoso. O fermento em pó é meio inusitado, mas deixa o recheio mais aerado, juro.

Montagem e Forno:

  1. Monta as Esfihas: Com os discos de massa já descansados, é só colocar uma porção generosa de recheio no centro de cada um. Espalha um pouco, mas deixa as bordinhas livres. Você pode fazer todas de um só recheio ou misturar, fica a seu critério.
  2. Asse: Leva a forma com as esfihas para o forno pré-aquecido a 180°C. Deixa assar por cerca de 20 a 25 minutos. O que você quer ver é a massa douradinha nas bordas e o recheio levemente firmado. Não tem erro.
  3. Dica quente: Tira do forno e espera uns 2 minutinhos antes de atacar. O recheio tá um vulcão, pode queimar a língua. Falo por experiência própria, já aconteceu aqui.

Essa massa é bem versátil. Se sobrar, você pode congelar os discos já moldados com um plástico entre eles. Aí é só descongelar e rechear quando bater a vontade.

E aí, o que achou? Fazer a massa em casa dá um trabalhinho, mas a recompensa é outra coisa. Não tem comparação com aquelas de mercado, né? A massa fica no ponto certo, fina nas bordas e macia, e o recheio você controla o tempero, pode botar mais limão, mais hortelã, o que seu palmandar. Aqui em casa a de carne com limão é disparada a favorita, sempre some primeiro.

Faz aí e me conta como ficou! Tirou foto? Manda um relato nos comentários, adoro saber quando alguém testa as receitas do Sabor na Mesa. Se tiver uma diva diferente pra massa ou um toque especial no recheio, compartilha com a gente. Bora trocar uma ideia!

Quanto custa em calorias essa delícia?

Cada esfiha dessa fica em torno de 285 calorias (valores podem variar conforme o tamanho). A versão de carne tende a ser um pouco mais calórica que a de ricota, mas ambas oferecem um bom equilíbrio nutricional. Se quiser ver todos os detalhes nutricionais, confira nossa tabela nutricional completa abaixo da lista de ingredientes. Para economizar calorias, você pode reduzir um pouco o óleo da massa ou usar versões light dos ingredientes.

Guarda bem? Dura quanto?

Na geladeira, dura até 3 dias se ficar bem tampada. Eu prefiro congelar cruas (depois de montadas) e assar na hora - aí ficam perfeitas! Já tentei congelar assadas e não fica a mesma coisa, a massa perde a graça. Dica da Daiane: separa em porções antes de congelar pra não ter que descongelar tudo de uma vez.

Sem lactose? Sem glúten? Bora adaptar!

- Troca a ricota por tofu amassadinho (fica surpreendentemente bom)
- Creme de leite pode virar creme de castanhas caseiro
- Farinha de trigo: mistura de farinha sem glúten funciona, mas precisa ajustar a água
- Carne moída: dá pra fazer com jaca verde pra versão vegana (tem que temperar bem!)

Truque que ninguém te conta

Quando for abrir as bolinhas de massa, usa o fundo de uma xícara limpa pra pressionar - fica uniforme e rápido. A Daiane me ensinou isso depois que ela me viu sofrendo pra deixar todas do mesmo tamanho (e falhando miseravelmente).

Pare! Não cometa esses erros

- Colocar fermento direto no sal: mata o fermento! Sempre misture o fermento com o açúcar primeiro.
- Encher demais de recheio: a esfiha abre no forno e vira bagunça
- Sovar a massa com força bruta: tem que ser carinho, não pancada
- Assar em temperatura baixa: ficam secas por dentro

Modo chef Michelin

Pincela as bordas com manteiga derretida e alho picado antes de assar. Quando sair do forno, finaliza com gergelim torrado e um fio de azeite trufado. Nível restaurante árabe chique - já fiz pra visita e todo mundo achou que eu tinha comprado pronto!

O ponto crítico: a massa

A maior dor de cabeça é acertar a textura da massa. Ela tem que ficar macia, mas não grudenta. Se colocar farinha demais, fica dura; se colocar de menos, vira cola. Minha dica? Vai adicionando a água reserva aos poucos e para quando a massa começar a desgrudar sozinha das laterais da tigela.

Esfiha do futuro

Já testei versão com massa integral (fica mais saudável mas menos fofa), recheio de frango com catupiry (brasileiríssima) e até doce (com goiabada e queijo). A mais maluca foi de strogonoff que inventamos numa noite de cerveja - não recomendo, mas foi divertido!

O que beber com isso?

- Chá mate gelado com hortelã (combina demais com a esfiha de carne)
- Limonada siciliana (corta a gordura da massa)
- Para os adultos: uma cerveja wheat beer ou um vinho branco leve
- Café turco (pra fechar como no Oriente Médio)

Fazendo render o dinheiro

Compra a carne moída em promoção e congela. Usa talos da salsinha e cebolinha no recheio (lavados bem, claro). O fermento biológico seco sai mais barato que o fresco e dura meses. E o fubá? Compra a granel que é bem mais econômico.

Socorro! Deu ruim

A massa não cresceu? Transforma em panquecas salgadas com o mesmo recheio.
Recheio ficou aguado? Cozinha mais um pouco pra evaporar o líquido ou adiciona farinha de rosca.
Queimou embaixo? Rala queijo por cima e leva ao forno de novo pra disfarçar.

De onde vem essa maravilha?

A esfiha aberta é prima distante da sfiha fechada tradicional do Líbano. Os imigrantes árabes adaptaram a receita no Brasil, onde ganhou essa versão "aberta" que a gente conhece. Curiosidade: em alguns lugares do Oriente Médio, chamam nossa versão de "esfiha paulista" por causa da influência da colônia em SP!

2 fatos que vão surpreender

1. O fubá não é só pra não grudar - ele dá uma crocância especial na base que farinha de trigo sozinha não consegue.
2. A hortelã na carne não é opcional! Ela neutraliza a gordura e deixa o sabor mais fresco, como fazem os árabes há séculos.

Sabia que...

No Líbano, as esfihas são tradicionalmente fechadas em formato triangular, não abertas como as nossas. E a versão original leva carne de cordeiro, não bovina. A ricota entrou na jogada por causa da influência italiana aqui no Brasil - fusão deliciosa!

Harmonização secreta

Experimenta servir com:
- Coalhada seca (pra versão de carne)
- Geleia de pimenta (contraste doce-picante)
- Fatias finas de limão siciliano (espremer na hora)
- Mix de folhas com sumo de laranja

Já errei pra caramba

Uma vez coloquei fermento químico no lugar do biológico (nem me pergunte como). Virou umas bolachas duras horríveis. Outra vez exagerei no limão no recheio e ficou ácido demais. Moral da história: seguir a receita da primeira vez ajuda, gente!

Quer vender? Dicas quentes

- Faz versões mini pra festas
- Embalagens individuais com molho extra
- Kit congelado com massa e recheio separados
- Combos temáticos (6 esfihas + limonada)
Dica profissional: investe num diferencial, como ingredientes orgânicos ou alguma especiaria premium.

E aí, bora fazer?

Conta pra gente nos comentários como ficou sua experiência! Inventou alguma variação maluca? Descobriu um truque novo? Teve algum desastre culinário? Toda história é bem-vinda - até as que terminam com pizza pedida por desespero!

Combinações perfeitas para completar sua mesa de esfihas

Depois de preparar aquela fornada de esfihas quentinhas, nada melhor do que montar um menu completo que vai deixar todo mundo satisfeito. Aqui vão nossas sugestões testadas e aprovadas - a Dai vive pedindo essas combinações quando fazemos noite árabe em casa!

Pratos principais para virar refeição completa

Pizza de liquidificador (clique aqui): Prática e versátil, perfeita para quando a esfiha é o aperitivo e você quer algo mais substancial.

Pizza de atum (passo a passo no link): Combina demais com o tema e traz um toque mediterrâneo à mesa.

Receita de Empadão de camarão simples: Para ocasiões especiais, esse clássico vai fazer sucesso garantido.

Kibe assado: Fica uma delícia junto com as esfihas e mantém o clima de comida árabe (aqui em casa fazemos sempre nessa combinação!).

Acompanhamentos que fazem a diferença

Molho de iogurte (aprenda aqui): O contraste refrescante combina perfeitamente com a esfiha quentinha.

Molho de iogurte para salada (detalhes do preparo): Versão mais leve para quem quer equilibrar com algo fresco.

Salada de folhas com limão siciliano: Simples mas eficaz, corta a gordura e dá um toque especial (nossa dica bônus!).

Sobremesas para fechar com chave de ouro

Pavê simples tradicional: Clássico que nunca falha e todo mundo adora - inclusive a Dai que sempre pede repetição!

Brownie recheado (receita no link): Para os fãs de chocolate, esse aqui é perigoso... pode acabar rápido demais!

Receita de Torta de ricota fácil: Leve e saborosa, ótima opção para quem quer algo doce sem exageros.

Bebidas para harmonizar

Suco de limão com hortelã: Refrescante e combina perfeitamente com sabores árabes (nosso coringa para essas ocasiões).

Água aromatizada com laranja e gengibre: Opção leve e diferente que surpreende pelo sabor.

Chá gelado de pêssego: Doce natural que complementa bem os sabores - perfeito para dias quentes.

E aí, curtiram as sugestões? Aqui em casa essas combinações são sucesso garantido! Conta pra gente nos comentários se testaram alguma e como ficou - adoramos trocar ideias sobre comida (a Dai já tá aqui do lado querendo saber suas combinações preferidas também!).

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

Instagram icon https://www.instagram.com/raf.gcs

Comentários  

Francisco Vinícius
0 Francisco Vinícius
Fiz metade com carne, metade com ricota. As duas bombaram
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