Receita de Arroz de Polvo & Diversas Combinações Encantadoras

Saiba como surpreender sua família com um almoço ou jantar especial
Receita de Arroz de Polvo & Diversas Combinações Encantadoras
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Eu demorei pra perder o medo de cozinhar polvo. Sempre achei que era um ingrediente complicado, daqueles que só restaurante caro acerta. Até que um curso de culinária portuguesa me mostrou que o segredo tá num detalhe simples: cozinhar o polvo inteiro primeiro, com aquela água aromatizada que depois vira o caldo do arroz.

Aprendi que o polvo bem preparado fica macio, quase derrete na boca, e não tem nada daquela borrachice que assusta tanta gente. A páprica, tanto a doce quanto a picante, é o que dá aquele sabor profundamente português ao prato.

Esse arroz de polvo virou meu prato de ocasiões especiais aqui em casa. A Daiane, que normalmente prefere coisas mais simples, se rendeu completamente. É um daqueles pratos que impressiona, mas que qualquer um consegue fazer seguindo o passo a passo certo.

Se você também tem curiosidade ou receio de trabalhar com polvo, vem comigo que eu te mostro como fica fácil. O resultado é um prato sofisticado que vai fazer todo mundo pensar que você tem um chef em casa. Depois me conta como ficou o seu!

Receita de Arroz de Polvo Tradicional: Saiba Como Fazer

Rendimento
6 porções
Preparação
30 min
Dificuldade
Fácil
Referência de Medida: Xícara de 240ml

Ingredientes

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Para o arroz:

Para o cozimento do polvo:

Gastei cerca de R$45 nessa receita em São Paulo – o polvo é o item mais caro, mas rende bem. Importante: o caldo do cozimento do polvo é ouro líquido. Não jogue fora! Ele dá sabor e cor ao arroz. Se precisar completar, use água quente, nunca fria.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 250g (1/6 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 420 kcal 21%
Carboidratos Totais 38.5g 13%
   Fibra Dietética 2.1g 8%
   Açúcares 3.2g 6%
Proteínas 22.8g 46%
Gorduras Totais 18.9g 24%
   Saturadas 2.8g 14%
   Trans 0g 0%
Colesterol 65mg 22%
Sódio 680mg 30%
Potássio 520mg 11%
Ferro 3.2mg 18%
Zinco 2.8mg 25%
Vitamina B12 12.5µg 520%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Pescetariano: Inclui frutos do mar
  • Gluten-Free: Naturalmente sem glúten
  • Lactose-Free: Sem laticínios
  • Rico em Ômega-3: Benefícios cardiovasculares
  • Alta Vitamina B12: Suporte neurológico

Alertas & Alérgenos

  • Sódio moderado – Controle o sal adicionado
  • Alérgeno: Moluscos (polvo) – Evitar se alérgico
  • Insight: Polvo é excelente fonte de ferro e zinco, superando carnes vermelhas
  • Cozimento correto do polvo é essencial para textura macia

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Atualizado: 23/10/2025

Modo de preparo

Cozimento do polvo:

  1. Lave o polvo em água corrente com um pouco de sal – isso ajuda a remover qualquer resíduo e deixa a pele mais macia.
  2. Numa panela grande, coloque água suficiente para cobrir o polvo. Acrescente a cebola inteira, as folhas de louro e uma colher de sopa de sal grosso. Leve ao fogo médio até ferver.
  3. Quando a água estiver fervendo, segure o polvo pelas pontas dos tentáculos e mergulhe e retire três vezes – isso enrosca os tentáculos e evita que fiquem retos. Depois, deixe cozinhar por 15 a 20 minutos, dependendo do tamanho. O polvo deve ficar macio, mas não desmanchar.
  4. Retire o polvo com cuidado, escorra e reserve o caldo – ele será usado no arroz. Corte o polvo em pedaços médios (não muito pequenos, senão some na panela).

Preparo do arroz:

  1. Numa panela larga ou frigideira antiaderente, aqueça o azeite em fogo médio. Refogue a cebola picada até ficar translúcida – não deixe dourar demais.
  2. Junte o alho, o pimentão e o alho-poró. Refogue por mais 2 minutos, mexendo sempre.
  3. Acrescente os tomates picados e cozinhe até amolecerem e formar um molho rústico – uns 4 minutos.
  4. Adicione as pápricas (doce e picante) e mexa por 30 segundos – isso ativa os óleos aromáticos delas. Cuidado pra não queimar!
  5. Junte o arroz e mexa bem para envolver todos os grãos no refogado. Deixe tostar levemente por 1 minuto.
  6. Despeje o caldo do cozimento do polvo quente até cobrir o arroz em cerca de 2 dedos (aproximadamente 2 xícaras). Se faltar, complete com água quente.
  7. Tempere com sal (lembre-se: o caldo já tem sal!), mexa uma vez e deixe cozinhar em fogo baixo, sem mexer, por 12 a 15 minutos – até o arroz absorver o líquido.
  8. Quando o arroz estiver quase pronto, distribua os pedaços de polvo por cima. Tampe e deixe por mais 3 minutos para integrar os sabores.

Finalização:

  1. Desligue o fogo e deixe repousar, com a tampa fechada, por 5 minutos. Isso faz o arroz ficar soltinho e o polvo absorver um pouco do caldo.
  2. Sirva direto da panela – aqui em casa, a Daiane já disse que é “a melhor desculpa pra abrir um vinho tinto”. Titan, como sempre, só observa de longe, com cara de quem quer, mas sabe que não pode.

Já fiz esse arroz de polvo em dias comuns e em jantares especiais – o resultado é sempre o mesmo: olhares surpresos e pratos vazios. O segredo mesmo é não ter medo do polvo. Ele é mais amigo do que parece, desde que você respeite o tempo de cozimento. Ah, e nunca jogue fora aquele caldo dourado – ele é o coração do prato.

Se você testou essa receita, me conta nos comentários: deu certo? Mudou algo? Usou páprica diferente? Adoro ver como cada um transforma a receita na sua própria versão. Cozinhar é isso: repetir, errar, ajustar… e celebrar quando dá certo.

Agora que você já entendeu como domar o polvo, que tal descobrir variações que levam esse prato a outro nível?

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei cada uma delas ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original e minha versão testada.

2º. Com camarão, o mar em dobro

Autor: Na lenha sem fronteira

Polvo e camarão juntos? Sim, e funciona muito bem. O camarão entra quase no final, só pra aquecer e soltar seu suco natural no arroz. O segredo, como o vídeo mostra, é não cozinhar o polvo demais antes, ele continua amaciando no caldo do arroz. Já comi versões em que o polvo virou borracha e o camarão virou pó. Evite isso.

Se você tem um caldo de cozimento do polvo bem aromático, o camarão só precisa complementar, não dominar. Ideal pra quando você quer impressionar sem complicar demais.

3º. Cremoso, quase um risoto do mar

Autor: Receitinhas rápidas da Lu

Esse aqui é daqueles pratos que você serve sozinho e ninguém sente falta de acompanhamento. A Lu consegue um creme natural só com o caldo do polvo, um fio de azeite e o amido do próprio arroz, nada de creme de leite ou requeijão. Eu já tentei imitar isso com arroz pré-cozido e não deu certo. Use arroz cru, mesmo que leve mais uns minutos.

A dica extra: mexa de vez em quando, mas não o tempo todo. Deixe o vapor e o calor fazerem parte do trabalho. Fica com aquela textura que gruda levemente na colher, sabe?

4º. Com vinho tinto, elegância sem frescura

Vinho tinto no arroz de polvo pode soar ousado, mas é uma jogada clássica em certas regiões de Portugal. O álcool evapora, e o que fica é uma profundidade de sabor que equilibra a doçura natural do polvo. Pra ser sincero, achei que ia ficar amargo na primeira vez, mas não. Ficou redondo, quase carnudo.

Use um vinho que você beberia. Não precisa ser caro, mas evite aqueles de R que parecem suco de uva azedo. Seu prato merece melhor.

5º. Com brócolis, equilíbrio verde no prato

Brócolis picado entra nos últimos minutos de cozimento, assim ele mantém a cor vibrante e um leve crocante. O contraste com a maciez do polvo é surpreendente. Já fiz isso num jantar aqui em casa e até o Titan ficou olhando com cara de “isso é comida de gente?”

Se quiser, dê uma leve salteada no brócolis antes com alho e azeite. Mas cuidado pra não cozinhar demais. O ideal é que ele entre quase cru e termine no vapor do arroz.

6º. Finalizado com salsinha fresca

Salsinha não é só enfeite. Nesse prato, ela é o toque final que acorda todos os sabores. A Carlota cozinha o polvo na pressão (ótima dica pra quem tem pressa), depois usa o caldo pra cozinhar o arroz junto com os pedaços. No final, uma chuva de salsinha picada faz toda a diferença.

Já esqueci de colocar a salsinha uma vez. O prato ficou bom, mas faltou brilho. Aprendi: nunca pule o frescor no final. É o que separa o “tá pronto” do “tá incrível”.

7º. Estilo capixaba, com toque brasileiro

Essa versão mistura o polvo com brócolis e finaliza com coentro, uma fusão litorânea que funciona. O coentro, aliás, divide opiniões, mas se você curte, dá um frescor que combina com o mar. O vídeo mostra como adicionar o brócolis picado nos últimos 5 minutos, pra não murchar.

Se você mora perto do litoral ou tem acesso a polvo fresco, essa receita é um ótimo jeito de homenagear a cozinha brasileira com um toque sofisticado.

8º. Com chouriço, sabor que puxa conversa

Chouriço solta gordura, cor e sabor, e tudo isso vai direto pro arroz. O resultado é um prato com camadas: o salgado da linguiça, a doçura do polvo, o toque picante da malagueta. É intenso, sim, mas equilibrado. Já fiz isso num almoço de domingo e virou assunto por horas.

Dica prática: corte o chouriço em rodelas finas e doure levemente antes de juntar o arroz. Assim, ele não solta tudo de uma vez e o sabor se espalha melhor.

9º. Com filetes de polvo e aspargos

Filetes de polvo são mais fáceis de comer, principalmente se você tem convidados que ficam inseguros com tentáculos. A combinação com aspargos grelhados por cima é elegante sem ser chique demais. O vídeo mostra como grelhar os aspargos rapidinho numa frigideira quente.

Se não achar aspargos frescos, use congelados, mas escorra bem. E nunca cozinhe junto com o arroz, eles entram só na hora de servir, crocantes e quentes.

10º. Caldoso, quase uma sopa reconfortante

Arroz caldoso é aquela versão que você come com colher, quentinho, num dia frio. O segredo tá em não deixar secar, o caldo do polvo, o vinho branco e os tomates sem pele criam uma base líquida perfeita. O polvo entra quase no final, pra não desmanchar.

Se seu micro-ondas ou fogão esquenta mais de um lado, mexa de vez em quando. Nada pior que arroz grudado no fundo e caldo fervendo em cima. Já aconteceu comigo. Não foi bonito.

11º. Com lula, dupla do fundo do mar

Lula cozinha rápido, muito mais que polvo. Por isso, ela entra quase no final, só pra aquecer. A combinação dos dois frutos do mar cria uma textura interessante: a maciez do polvo e a leve elasticidade da lula. Parece complicado, mas o vídeo mostra como fazer sem drama.

Se usar lula congelada, descongele devagar na geladeira. Lula mal descongelada solta água e estraga o ponto do arroz. Aprendi isso na prática. Não comente isso com ninguém.

12º. Na panela de pressão, maciez garantida

Panela de pressão é a melhor amiga do polvo duro. Em 20 minutos, ele vira macio sem esforço. A Luiza mostra como cozinhar o polvo com sal, pimenta e louro, depois usar o caldo pra fazer o arroz. Zero desperdício, sabor máximo.

Ela ainda sugere folha de louro no refogado, um toque simples que faz diferença. Se você tem pressa mas não quer abrir mão de qualidade, essa é a versão pra seguir.

13º. Com açafrão, cor e aroma de luxo

Açafrão não é só cor, ele tem um aroma floral que combina perfeitamente com frutos do mar. O vídeo mostra como dissolver os fios em um pouco de caldo quente antes de juntar ao arroz. Assim, o sabor se espalha igualmente.

Não economize na infusão. Se jogar direto no arroz seco, fica manchado e sem sabor. E sim, dá pra usar açafrão em pó em último caso, mas o fio é outro nível.

14º. Com leite, uma surpresa cremosa

Leite no arroz de polvo? Soa estranho, mas funciona. Ele suaviza a acidez natural do molusco e dá uma cremosidade discreta. A receita leva também pimenta Cambuci e manjericão, uma mistura ousada, mas que conversa bem.

Use leite integral e acrescente só no final, depois que o arroz já absorveu o caldo. Senão, pode talhar com o calor. Já vi isso acontecer. Parecia ciência, não cozinha.

15º. Com arroz negro, sofisticação visual

Arroz negro (feito com tinta de lula) já é dramático por si só. Com polvo, vira um prato quase teatral. O sabor é levemente iodado, mas equilibrado. O vídeo mostra como preparar sem deixar tudo muito pesado.

Se for servir pra convidados, avise antes, tem gente que se assusta com comida preta. Mas depois do primeiro garfo, todo mundo pede a receita. É o tipo de prato que gera história.

E aí, qual dessas versões te deu mais vontade de experimentar? Cada uma traz o polvo pra um lugar diferente, do litoral brasileiro às cozinhas de Lisboa. Caso coloque alguma em prática, volta aqui pra me contar como foi. Adoro saber como essas receitas ganham vida na sua mesa!

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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