A Melhor Pizza Portuguesa Caseira Do Mundo

A sua paixão por pizza vai ficar ainda maior quando aprender esse passo a passo maravilhoso!
A Melhor Pizza Portuguesa Caseira Do Mundo
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Farinha, fermento e um punhado de ingredientes simples bastam pra transformar qualquer noite comum numa celebração. Mas você já reparou como a receita de pizza portuguesa tem um jeito único de reunir todo mundo na cozinha? Aqui em casa, nem precisa dizer que tá assando, basta o cheiro de presunto dourando com queijo derretido que até o Titan, meu bulldog teimoso, aparece grudado na porta, torcendo por um pedaço de palmito.

Aprendi com tempo, e alguns desastres memoráveis, que o segredo dessa pizza não está só nos ingredientes, mas na ordem certa de montar. Milho, ervilha, ovo cozido bem distribuído… e jamais exagerar no molho, senão vira sopa. Já tentei cortar caminho usando massa pronta, mas nada substitui aquela textura caseira, levemente elástica, que só a sova com um fio de óleo na hora certa entrega.

Se você tá pensando “vai dar trabalho”, respira. Essa versão é fácil, testada à exaustão na minha cozinha de pia branca de quartzo, sim, com a Marginal Tietê brilhando lá fora. Então, bora botar a mão na massa? Prometo que, no final, você vai querer tirar foto antes de atacar. E se der certo (ou errado), conta pra mim nos comentários.

A Melhor Receita De Pizza Portuguesa Caseira Do Mundo: Saiba Como Fazer

Quantidade
1 Pizza
Preparação
1h30min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

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Para a massa:

Para o recheio:

Se tiver dúvida sobre o molho, usa o que você tem. Já fiz com tomate triturado, com pimenta e até com um pouco de cebola refogada, tudo funciona. O segredo é não encharcar. E sim, eu usei o palmito da lata mesmo. Não tem erro.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Massa:

  1. Misture o açúcar com o fermento num recipiente e deixe descansar uns 5 minutos, se não borbulhar, troque o fermento. Já aconteceu comigo.
  2. Adicione a gema, o sal, o leite morno e o óleo. Mexa tudo até ficar homogêneo.
  3. Coloque a farinha aos poucos e vá mexendo com uma colher. Quando começar a grudar nas mãos, vire a massa numa superfície limpa.
  4. Sove por uns 10 minutos, até ficar lisa e elástica. Não precisa ser perfeito, só precisa não estar seca. Se precisar, use um pouco mais de farinha, mas não exagere.
  5. Coloque a massa em uma tigela untada com óleo, cubra com um pano e deixe crescer por 1 hora, ou até dobrar de tamanho. Se o seu forno tiver função de fermentação, ótimo. Se não, perto do forno desligado também funciona.
  6. Enquanto isso, prepare o recheio: escorra bem o milho e a ervilha, pique os ovos e o palmito. Isso evita que a pizza fique molhada.

Montagem:

  1. Pré-aqueça o forno a 220°C. Enquanto esquenta, abra a massa na forma que você quiser, eu uso uma assadeira grande, sem borda, pra ficar mais rústica.
  2. Espalhe o molho de tomate, mas com moderação. Se colocar demais, a massa fica pesada e o queijo não pega bem.
  3. Disponha o presunto por cima, cobrindo quase toda a superfície. Não precisa ser perfeito, só tem que ter.
  4. Sobre o presunto, espalhe o milho, depois a ervilha, o palmito e os ovos picados. É aqui que a pizza ganha personalidade.
  5. Por cima de tudo, coloque a muçarela. Não deixe nenhum pedaço de massa sem cobertura, isso é o que faz a pizza ficar equilibrada, não só com queijo, mas com sabor.
  6. Leve ao forno por 20 a 25 minutos, ou até as bordas ficarem douradas e o queijo borbulhando. Se você tiver pedra de pizza, ótimo. Se não, a assadeira normal também vai.

Finalização:

  1. Retire do forno e espalhe o orégano por cima. Depois, as azeitonas.
  2. Deixe descansar 3 minutos. Sim, isso faz diferença. A muçarela ainda está quente, mas para de escorrer. E o orégano não queima.
  3. Corte e sirva. Aí é só ver se alguém vai deixar você comer o primeiro pedaço.

Essa pizza é aquela que a gente faz quando quer sentir que a casa tá viva. Não importa se a massa não ficou perfeita, se o palmito caiu no chão antes de colocar, se o ovo ficou meio cru, tudo vira história. A Daiane sempre reclama que eu coloco mais presunto do que o necessário. Eu respondo: “é pra dar gosto, não pra dar dieta”.

Se você já fez uma pizza portuguesa e achou que faltava alguma coisa, talvez só tenha esquecido de deixar o forno bem quente. Ou talvez só não tenha tido coragem de colocar os ovos. Tente. E me conta depois: você é do time com ovo ou sem? E o palmito, é obrigatório ou opcional? Deixa aí nos comentários, eu quero saber.

Antes de Assar: Dicas Que Vão Mudar Sua Pizza Portuguesa

Quanto tempo essa beleza dura?

Se você tiver o autocontrole de não comer tudo na hora (já digo que nunca consegui), pode guardar a pizza por até cinco dias na geladeira. O segredo? Fatiar, separar cada pedaço com papel toalha e colocar num recipiente bem fechado. Isso evita que fique emborrachada ou murcha no dia seguinte, aprendi isso depois de um domingo triste com uma fatia mole que nem parecia a mesma receita.

No congelador, aguenta até seis meses. Mas sério: se passar de três semanas, já era. Descongele em temperatura ambiente por cerca de uma hora antes de reaquecer. E falando nisso...

O que servir com sua pizza portuguesa?

Aqui em casa, quando faço essa pizza, a Daiane sempre me olha e diz: “Vai ser jantar mesmo ou só desculpa pra tomar vinho?” A gente combina com um Chianti simples, mas nada como um suco de uva integral bem gelado pra quem tá de folga do álcool. Já experimentou com limonada siciliana? Misture suco de limão, água com gás, uma folhinha de manjericão e um toque de açúcar, corta a gordura e dá um ar de sofisticação barata.

E se for servir pra galera, coloque uma saladinha rústica de rúcula com parmesão ralado grosso. Fica leve, contrasta com o recheio pesado e ninguém reclama. Ah, e pimenta calabresa em pó na mesa é obrigatório. Quem gosta, ama. Quem não gosta, vira fã.

Erros que eu já cometi (e você deve evitar)

Já fiz massa com fermento vencido. Resultado? Uma panqueca densa que o Titan recusou, e ele come qualquer coisa, menos frango. Outra vez, coloquei o molho direto na lata, sem reduzir. Virou sopa italiana no fundo da assadeira. E tem mais: já esqueci de escorrer o milho e a ervilha. Erro grave. Umidade demais = massa encharcada = tristeza no prato.

O pior foi quando abri o forno no meio do tempo pra “dar uma espiada”. Saiu tanto calor que a pizza desinflou. Parecia ter sido atropelada. Desde então, confio no cronômetro. E no cheiro. Quando o apartamento inteiro está perfumado, é sinal que tá quase.

Por que usar gema na massa?

Não é frescura. A gema dá maciez, cor dourada e um brilho que faz parecer profissional. Sem ela, a massa fica mais opaca e seca. É pequena mudança, grande diferença. Uso só a gema porque o albumina pode deixar a massa mais elástica do que o necessário, e ninguém quer lutar com a própria janta.

Aliás, o leite morno também não é opcional. Ele ativa o fermento e deixa a massa mais fofinha. Água morna funciona, mas o leite tem lactose, que ajuda no crescimento e dá um sabor mais rico. Vale o esforço.

Truque que ninguém conta: a camada invisível

Antes de colocar o molho, espalhe uma fina camada de muçarela ralada crua sobre a massa pré-assada. Parece loucura, mas cria uma barreira que impede que o molho umedeça a massa. Depois, continue com o recheio normal. O resultado? Borda crocante, base sequinha e zero arrependimento.

Outro hack: use uma grade no forno e coloque uma assadeira vazia embaixo. Quando começar a assar, jogue meia xícara de água fervendo na assadeira. O vapor sobe e deixa a massa igual à de pizzaria, crocante por fora, fofa por dentro. Testei na casa da sogra, que duvidou, mas acabou aprovando. E olha que ela é difícil.

E se faltar algum ingrediente?

Sem presunto? Use peito de peru defumado ou até rosbife fatiado. Sem palmito? Abacaxi picado dá um toque doce-salgado interessante, polêmico, mas funcional. Sem ovos cozidos? Não tem jeito, perde um pouco da identidade, mas você pode substituir por lascas de queijo minas padrão, que derretem levemente e dão textura.

Milho e ervilha são difíceis de trocar, mas se precisar, use palmito em conserva picado em cubos menores. E se for vegano, troque a muçarela por queijo de castanha de caju ou tofu defumado em cubos. A massa pode levar leite vegetal e substituir a gema por uma colher de linhaça hidratada.

Uma versão que vai surpreender: a “Portuguesa Baiana”

Adicione uma pitada generosa de pimenta calabresa ao molho e coloque rodelas finas de cebola roxa por cima do recheio. Antes de assar, regue com um fio de azeite. O resultado é uma pizza que honra o nome “portuguesa”, mas com o tempero nordestino que acende o paladar. Já vi até criança repetir, e criança não mente quando gosta de comida apimentada.

Outra variação: use catupiry no lugar da muçarela. O sabor é mais marcante, e o contraste com o presunto e o palmito é absurdo. Faço isso quando quero impressionar visitas. E funciona. Sempre.

Se tudo der errado, ainda tem jeito

Massa crua no centro? Corte em quadradinhos e frite como tortilhas. Recheie com o que sobrou do recheio e vire um fondue improvisado. Queimou por baixo? Raspe com cuidado, adicione mais queijo e volte ao forno por dois minutos. Virou sopa? Vire uma omelete salgada com os ingredientes misturados. Já salvei pelo menos três jantares assim.

E se a massa não cresceu? Pode ser fermento morto ou temperatura baixa. Transforme em empadão: despeje num refratário, coloque o recheio e cubra com batata palha. Fica diferente, mas ninguém vai reclamar.

Como fazer essa pizza sem gastar muito

Compre presunto e muçarela em atacado. Rende mais e sai mais barato. Molho de tomate? Faça caseiro com tomate pelado, alho e orégano, custa menos da metade. Milho e ervilha em pacote, não em lata, saem mais em conta e têm menos sódio.

Palmito é o item mais caro. Use metade da quantidade ou substitua por palmito pupunha mais barato. E aproveite: a massa rende duas pizzas médias. Congele metade crua, já sovada e bolada. Depois é só descongelar, abrir e rechear.

Modo gourmet: um toque de luxo sem complicar

Troque a muçarela comum por muçarela de búfala em rodelas finas. Finalize com folhas de manjericão fresco depois de assar, não antes. Regue com azeite trufado, uma gota só, senão vira ostentação barata. Polvilhe flor de sal por cima, bem na hora de servir. Parece exagero, mas transforma.

E se quiser caprichar mesmo, use ovos caipiras cozidos. A gema fica mais alaranjada e o sabor é mais intenso. Vale o extra no preço.

Coisas que ninguém fala sobre pizza portuguesa

1. O silêncio após a primeira mordida

Tem uma pausa inevitável quando alguém dá a primeira garfada. Ninguém fala. Todo mundo mastiga devagar. É o momento em que a conversa morre e o prazer toma conta. Se isso acontecer, você acertou.

2. O efeito “restinho de queijo no dedo”

A melhor parte não é o primeiro pedaço, mas o último, quando você lambe o dedo cheio de queijo derretido. É ali que a alma da pizza se revela. Não tenha vergonha. Faça isso com orgulho.

Perguntas que sempre me fazem

Pode usar massa pronta? Pode, mas não é a mesma coisa. A massa caseira tem alma. A pronta tem pressa.

Posso congelar já montada? Pode, mas retire o ovo cozido antes. Ele muda a textura quando congelado. Monte completo só na hora de assar.

O que fazer se a massa grudar? Unte as mãos com óleo, não com farinha. Evita excesso e mantém a elasticidade.

Por que minha pizza não fica crocante? Provavelmente o forno não estava quente o suficiente. Pré-aqueça por pelo menos 15 minutos. E use grade no centro do forno.

A origem dessa combinação brasileira

A pizza portuguesa não é portuguesa. É brasileira, criada nas pizzarias paulistanas nos anos 60. O nome veio como homenagem aos imigrantes, mas os ingredientes, palmito, milho, ervilha, são bem tupiniquins. Na verdade, é uma celebração da abundância. Tudo que é bom, entra. E funciona.

Hoje, é uma das mais pedidas no delivery. Não por acaso. É familiar, colorida, saborosa. E tem algo que todo mundo entende: quando há palmito, há esperança.

E aí, qual dessas dicas você vai testar primeiro? Já imaginou a cara da sua família quando servir uma fatia com aquele toque de azeite trufado? Conta pra mim aqui nos comentários se já tentou alguma variação, se salvou uma pizza queimada com os hacks ou se o seu truque secreto é outro. E se fez, mostre a foto, adoro ver o que vocês criam por aí. Ah, e se amar, compartilha. Ajuda bastante. Aqui no @sabornamesaoficial sempre posto as novidades.

Também vale conferir nossa lista completa de massas de pizza caseiras e a versão rápida de liquidificador, tem dias que a gente precisa de praticidade, né?

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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