A Melhor Massa de Pizza Profissional

É hora de aprender como os mestres fazem suas massas.
A Melhor Massa de Pizza Profissional
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Eu já tentei fazer pizza profissional com fermento seco, farinha comum e até um pouco de desespero. O resultado? Um disco de pão que parecia um disco voador. Foi aí que entendi: não é só misturar ingredientes, é respeitar o processo.

Essa receita de massa de pizza profissional que vou te mostrar não vem de um curso caro, mas de anos de tentativa, erro e um forno que às vezes parece ter ódio de mim. O segredo? Fermento fresco, água morna, e sovar até a massa respirar. Não é mágica, é paciência. E sim, a metade de um ovo faz diferença, já testei os dois e não voltou atrás.

Se você quer aquela crocância de verdade, aquela borda que solta um som quando você pega, e um sabor que não esquece, esse é o caminho. Não precisa de forno a lenha, só de um pouco de atenção. A Daiane já me chamou de louco por sovar por dez minutos, mas quando prova, fica quieta. Vai tentar? Abaixo, o passo a passo que me salvou mais de uma noite.

Melhor Receita de MASSA DE PIZZA PROFISSIONAL: como fazer

Rendimento
8 pedaços
Preparo
1 h
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 8 marcados

Para a massa:

Acho que todo mundo já teve essa dúvida: metade de um ovo? É só quebrar, bater e colocar metade. O resto eu guardo na geladeira pra usar na próxima. Não precisa ser perfeito, só precisa ser feito.

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Modo de preparo

Ative o fermento:

  1. Numa tigela pequena, esfarele o fermento fresco e misture com o açúcar. Deixe descansar uns 5 minutos até começar a borbulhar. Se não fizer nada, esquece, o fermento tá morto.
  2. Enquanto isso, aqueça a água até ficar morna, tipo banho de bebê. Não quente, não fria. Se você colocar a mão e não reclamar, tá na temperatura certa.

Monte a massa:

  1. Junte a água morna, o azeite, o sal e a metade do ovo batido ao fermento já ativo. Misture bem com um garfo, só pra integrar.
  2. Aos poucos, vá adicionando a farinha de trigo, sem parar de mexer. Quando a massa começar a grudar nas mãos, pare de adicionar farinha.
  3. Despeje a massa numa superfície limpa e levemente enfarinhada. Não exagere na farinha, senão fica dura.

Sove e descanse:

  1. Sove por uns 10 minutos, até a massa ficar lisa, elástica e soltar da mão. Se você não sentir o puxão, não tá pronta. Já fiz sem sovar direito e virei uma pizza de pão de forma. Nunca mais.
  2. Forme uma bola, coloque numa tigela untada com um fio de azeite, vire a massa pra cobrir com óleo, cubra com um pano e deixe descansar por 40 minutos. Não apresse. Se o forno tá quente, ela cresce mais rápido. Se não, demora um pouco mais. A paciência é o ingrediente secreto.

Monte e asse:

  1. Pré-aqueça o forno a 220°C. Enquanto isso, abra a massa com as mãos, não com rolo. Puxe, estique, vire. Ela vai se render. Se rasgar, conserta com os dedos.
  2. Coloque numa forma untada ou sobre papel manteiga. Espalhe o molho, o queijo, o que quiser. Mas não encha. A massa é fina, não é um pão.
  3. Asse por 15 a 20 minutos, até a borda ficar dourada e crocante. Se você ouvir um som de “cric” quando apertar, tá na hora. Deixe esfriar 2 minutos. Sim, dois minutos. Não espere mais. Ainda quente é que é bom.

Essa receita é o oposto do que a gente vê por aí: sem liquidificador, sem atalhos, só mão, tempo e um pouco de suor. Já fiz em casa com a Daiane tentando me ajudar, ela achou que o fermento precisava de um abraço. Não precisa. Só de calor. Mas aí ela riu, e a pizza ficou boa mesmo assim. Isso que importa.

Se você nunca sovou uma massa na vida, comece agora. Não precisa ser perfeito, só precisa ser sua. E se a borda não crescer igual a da pizzaria, não tem problema. A gente não faz pizza pra impressionar. Faz pra comer, rir e repetir. Conta aí nos comentários: você sova ou só espalha? E qual foi o seu primeiro erro? Eu ainda me lembro do dia que usei água fervendo. Foi um desastre… e um aprendizado.

A verdadeira massa de pizza profissional: truques, erros e o que ninguém conta

Quanto tempo dura e como guardar sem virar pão duro?

A massa assada? Dura até 2 dias na geladeira, mas só se for bem embalada. Passe um pano úmido por cima, depois envolva em filme plástico. O ideal é comer no mesmo dia, aquela crocância que você tanto quer? Ela some depois de 12 horas. Já vi a Daiane esquentar uma fatia no forno e dizer que era “quase como nova”. Não é. Mas é bom o suficiente.

A massa crua, depois de sovada e descansada, pode ir direto ao congelador. Faça bolinhas, coloque em um saco, tire o ar e congele. Dura até 3 meses. Quando for usar, tire 4 horas antes e deixe na geladeira. Não precisa descongelar no micro-ondas, isso mata o fermento. E sim, eu já fiz isso. Foi uma pizza triste.

Por que metade de um ovo? E por que fermento fresco?

Metade do ovo? É o que dá cor, liga a massa e deixa ela mais macia por dentro. O resto do ovo eu guardo na geladeira com um papel filme encima. Já usei o ovo inteiro, a massa ficou pesada, quase como um bolo. Não vale a pena. O fermento fresco? Ele é mais vivo. O seco tem mais tempo de vida, mas o fresco tem alma. Ele trabalha devagar, dá sabor, e faz a massa respirar. Já testei os dois. O fresco vence. E não, não é só frescura, é ciência.

O passo mais difícil: sovar até a massa respirar

Esse é o momento que separa o amador do profissional. Sover por 10 minutos não é só mexer. É empurrar, dobrar, girar, repetir. Se a massa ainda gruda, não adicione mais farinha. Espere 2 minutos. A gordura do azeite vai começar a soltar. É como se a massa estivesse aprendendo a se amar. Já vi gente sovar por 3 minutos e reclamar que não deu certo. A massa não é um eletrodoméstico, ela precisa de tempo. Se você não sentir o puxão, se não ver ela ficar lisa como um pano, não avance. Eu já fiz isso. Resultado? Uma pizza que parecia um disco de vinil quebrado. Nunca mais.

Os 3 erros que matam sua pizza (e como evitar)

Primeiro: água quente demais. Se você colocar a mão e sentir calor, já é tarde. O fermento morre. E aí, não importa o quanto você sove, a massa não cresce. Use a regra do banho de bebê: morna, mas não quente.

Segundo: abrir com rolo. Não. Nunca. O rolo esmaga as bolhas de ar que o fermento criou. Use as mãos. Puxe, estique, vire. É o jeito que faz a borda ficar crocante e leve. Já vi uma pizza com borda fina e dura por causa disso. Foi triste.

Terceiro: espiar o forno. Cada vez que você abre a porta, perde 10°C. E a massa precisa de calor constante. Se você não tem termômetro, espere 15 minutos antes de abrir. Se a borda estiver dourada e soltando um som de “cric”, tá pronta. Não precisa ver. Confie.

Trocas inteligentes para quem não tem tudo

Não tem fermento fresco? Use 5g de fermento seco. Dissolva em 100ml de água morna com 1 colher de açúcar. Espere 10 minutos até borbulhar. Funciona. Mas não é a mesma coisa. O sabor é mais neutro.

Sem azeite? Óleo de girassol ou canola servem. Mas o azeite dá um toque que não se substitui. Se for só para sobreviver, vá de óleo. Mas se for para sentir, use azeite.

Farinha de trigo comum? Pode. Mas se quiser mais sabor, misture 100g de farinha integral. Fica mais escuro, mais complexo. A Daiane adora. Diz que parece pão de verdade. Eu acho que ela só quer desculpa pra comer mais.

Truques que ninguém te conta

Se a massa estiver muito elástica e não quiser abrir, deixe descansar 10 minutos. Ela relaxa. É como se a massa fizesse uma soneca. Depois, volta a se esticar.

Para a borda ficar ainda mais crocante, passe um fio de azeite na beirada antes de assar. Só um fio. Não encharque. Fica dourada, crocante e cheira a tradição.

E se quiser uma crocância de pizzaria? Coloque uma assadeira vazia no forno enquanto pré-aquece. Quando for colocar a pizza, despeje 1/2 copo de água nela. O vapor faz milagres. É o que fazem nas pizzarias de verdade. Eu aprendi com um pizzaiolo em São Paulo. Não é mágica. É técnica.

Variações que vão além da tradicional

Já fiz com 100g de farinha de centeio. Ficou com um sabor terroso, quase de pão de malte. A Daiane achou que eu estava fazendo um pão de queijo. Não era. Era pizza.

Adicione 1 colher de chá de orégano seco na farinha. A massa fica perfumada. É o que eu faço quando quero uma pizza que cheira a verão.

E se quiser uma versão mais leve? Troque o ovo por 1 colher de sopa de iogurte natural. Fica mais macia, mas ainda dá conta. Funciona. Não é a mesma, mas é boa.

Com o que combina? (e não é só molho)

Claro que combina com molho de tomate. Mas e se você quiser algo que eleve? Um fio de azeite trufado depois de assada. Só um fio. Um toque de sal rosa. E se for inverno, um pouco de manjericão fresco. É o que eu faço quando a Daiane quer algo mais “chique”.

Para acompanhar, um vinho tinto leve, tipo Chianti. Ou uma cerveja artesanal de trigo. O toque cítrico corta a gordura. Se não bebe, uma limonada siciliana com folhas de manjericão batidas. É o que eu faço quando o Titan fica de olho na pizza. Ele não pode comer, mas adora o cheiro.

Perguntas que todo mundo faz

Posso usar fermento químico? Pode, mas não é pizza profissional. Vira um disco de pão. Não é errado, mas não é isso que estamos buscando.

Posso fazer sem ovo? Pode. A massa fica mais frágil, mas ainda dá certo. Use 1 colher de sopa de iogurte ou 1 colher de linhaça hidratada.

Devo pré-assar a massa? Só se for fazer uma pizza com recheio muito úmido. Senão, não precisa. A massa cresce no forno. Se pré-assar, perde a leveza.

Posso usar farinha 00? Pode. Mas não é obrigatório. A farinha comum, de boa qualidade, funciona perfeitamente. A 00 é só um detalhe de luxo.

Erros que eu cometi (e você pode evitar)

Uma vez, usei água fervendo. O fermento morreu. A massa ficou plana. A Daiane me olhou e disse: “Você tá tentando fazer pizza ou um disco de vinil?” Foi humilhante.

Outra vez, sovei por 2 minutos. Achei que já estava bom. Resultado? Uma pizza que parecia um pão de forma. Ela não cresceu. Foi um desastre. Desde então, sovo até sentir o puxão. E sim, é uma sensação que você aprende.

E a pior? Já usei azeite de soja. Achava que era igual. Não é. Ficou sem sabor. A Daiane comeu, mas não falou nada. Foi pior do que reclamar.

Como servir em ocasiões diferentes

Festa infantil? Faça mini pizzas. Corte em quadradinhos e coloque em forminhas de papel. As crianças adoram. E o melhor: você pode fazer uma com queijo, outra com presunto e uma doce com doce de leite.

Café da manhã? Sirva com ovos pochê por cima. O queijo derretido com a gema é uma combinação que ninguém esquece. Eu já fiz isso numa manhã de domingo. A Daiane chorou. Diz que lembrou da infância.

Encontro romântico? Faça duas pizzas pequenas. Uma com tomate, manjericão e mozzarella. Outra com figo, queijo de cabra e mel. Sirva com vinho. É simples. Mas é intenso.

Duas coisas que ninguém fala sobre pizza profissional

Primeiro: a pizza não é um prato. É um ritual. É o momento em que você para, respira, e faz algo com as mãos. É o contrário da vida acelerada. É o que eu faço quando preciso me encontrar.

Segundo: a borda crocante não é um acidente. É o que você quer. É o lugar onde o sabor se concentra. É onde a massa se transforma. É o que as pessoas lembram. Não o recheio. A borda.

Como evitar desperdício

Se sobrar massa crua? Congele. Se sobrar massa assada? Corte em quadradinhos, leve ao forno até ficar crocante. Vira um petisco. Já fiz isso. O Titan ficou de olho. Mas eu não dei. Ele tem alergia.

Se o molho de tomate estiver muito líquido? Escorra o excesso. Não jogue fora. Use para fazer um caldo de legumes. Tudo tem uso.

E o ovo que sobra? Use na próxima receita. Ou faça um omelete. Não desperdice. A comida é sagrada.

Se você chegou até aqui, já entendeu: fazer pizza profissional não é sobre ingredientes caros. É sobre respeito. Respeito ao tempo, ao processo, às mãos. A Daiane sempre diz que a pizza é como o casamento: precisa de paciência, atenção e um pouco de amor. Talvez ela tenha razão.

Então, me conta: você sova ou só espalha? Qual foi o seu primeiro erro? E se você tentou, como ficou? Manda uma foto no @sabornamesaoficial. Quero ver sua pizza. E se gostou, não deixe de ver a chipa paraguaia, a cueca virada e o waffle americano. Porque no fim, tudo isso é a mesma coisa: comida feita com o coração.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

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