Da panela pra mesa: 18 caldos de mandioca para todos os gostos
Depois que você pega o jeito da base, o mundo é o limite. Eu tenho uma espécie de missão pessoal de testar caldo de mandioca com tudo que há na feira, e foi assim que juntei essas delícias. Cada uma dessas receitas vem de um criador que assisto e confio, e te digo: todas passaram pelo teste do inverno paulistano aqui em casa. É mais do que uma lista, é um convite pra você se aquecer de dentro pra fora. Vem ver.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.
2º. Quando a fome bate forte: o clássico com calabresa
Autor: Cozinha de Segunda
Essa é a minha escolha número um pra quando chego cansado e quero algo que me satisfaça na hora. A gordura da calabresa faz toda a magia, cria um caldo rico sem você precisar de mágica. A dica de ouro que aprendi fazendo é: frita a linguiça primeiro, até soltar aquele óleo saboroso, e só então joga os temperos. A cebola e o alho ficam incríveis. Cuidado só na hora de engrossar, mexendo sempre pra não pegar no fundo. Uma última mão de cebolinha na hora de servir e você tem um prato completo.
3º. Carne seca: o sabor que transforma uma refeição simples em evento
Autor: Receitas & Dicas com Kênia Rodrigues
Confesso que sempre tive um pé atrás com carne seca, achava trabalhoso. Até ver essa receita. O segredo tá em dessalgar e cozinhar direitinho até ficar macia, quase desmanchando. Quando você junta isso com a cremosidade da mandioca batida, o contraste é sensacional. Ah, e não pule a etapa de tirar os talos e fibras da mandioca depois de cozida, sério. É uma minutagem que faz o caldo ficar liso, sedoso. Perfeito pra um domingo à noite, com um pãozinho crocante.
Fugindo ao que todo mundo pensa, a graça aqui não é só jogar bacon frito por cima. A técnica de cozinhar a mandioca já junto com os temperos é brilhante. A raiz absorve o sabor do alho, da cebola, daquele fundinho todo. Depois, quando você acrescenta o bacon, ele entrega a crocância e a fumaça. Fica com duas camadas de sabor. Usei um bacon mais em cubos e ficou excelente. É uma opção que parece gourmet, mas é absurdamente prática.
Essa é pra quando o tempo tá curto mas a vontade de um caldo quente tá enorme. A carne moída fica pronta em minutos e, se você já tem a mandioca cozida e batida na geladeira, vira questão de 15 minutos. O meu toque é temperar a carne moída bem caprichado, com um pouco de páprica doce e orégano, dá um toque especial. A dica de congelar em potinhos é de ouro, já salvei várias jantas de última hora assim. Só esquentar e tá pronto.
Se você acha que caldo não pode ser uma refeição robusta, essa receita muda de ideia na primeira colherada. A costela deixa o caldo encorpado, nutritivo, aquele tipo de comida que aquece até os ossos. A sugestão de tirar a água do primeiro cozimento se quiser menos gordura é válida, mas eu, particularmente, deixo um pouco. É onde mora o sabor. Fica um negócio tão gostoso que dispensa qualquer outro acompanhamento, só um prato fundo e uma colher já resolvem a noite.
Já ouvi muito que caldo sem carne é sopa rala. Essa receita é a prova do contrário. A mandioca por si só já é cremosa e sustenta o prato com muita personalidade. O segredo está em apostar em temperos aromáticos e talvez um toque de azeite bom na finalização. Fiz pra uns amigos que não comem carne e eles adoraram, ninguém sentiu falta de nada. É leve, mas ao mesmo tempo satisfatório. Uma ótima porta de entrada pra quem quer comer menos proteína animal.
É exatamente isso: uma ideia pra quebrar a rotina do almoço. A costelinha de porco tem um sabor marcante que combina demais com o neutro da mandioca. Rende bastante mesmo, então é ótimo pra família ou pra congelar porções. Dá uma trabalhadinha a mais pra tirar o excesso de gordura depois de cozida, mas vale cada minuto. O caldo fica com uma cor linda e um sabor que gruda no céu da boca (no bom sentido).
Tem dia que a gente precisa de um conforto a mais, né? Esse caldo com creme de leite e queijos é abraço líquido. A textura fica incrivelmente aveludada. A dica do leite para ajustar o ponto é fundamental, porque às vezes a mandioca já deixa bem cremoso. Vai acrescentando aos poucos até ficar do jeito que você gosta. Eu gosto de finalizar com queijo parmesão ralado na hora, que derrete só um pouquinho. É puro luxo caseiro.
A carne de músculo é uma daquelas amigas secretas da cozinha: barata, fica macia se cozinhar direito e dá um sabor profundo a qualquer caldo. Essa receita é a prova. A ideia de usar tomate picado é ótima, dá uma acidez leve que corta a densidade. Só não esquece de cozinhar a carne até ela começar a se desfazer sozinha, é sinal que tá no ponto. Depois é só juntar com a mandioca e deixar os sabores se casarem. Praticidade pura com cara de comida de vó.
Aqui o torresmo tem duas funções: parte vai dentro do caldo, para dar sabor, e outra parte vai por cima, crocante, na hora de servir. Essa dupla jogada é genial. O caldo fica saboroso e cada colherada ganha uma surpresa crocante. Só atenção com o sal, porque o torresmo já é salgado. Melhor ir provando. Fica um prato divertido, ótimo pra servir em uma reunião descontraída. É impossível comer só uma tigela.
Essa combinação é mais nutritiva do que parece e o sabor, meu amigo, é viciante. Usa aquele feijão que sobrou do almoço, fica perfeito. O amido da mandioca e do feijão criam uma consistência incrível, nem muito líquida, nem muito pastosa. A dica das torradinhas e torresmos pra acompanhar é o toque final de gênio. Dá uma cara de boteco chique pra coisa. Experimenta e me conta se não é a coisa mais reconfortante que você já comeu num dia frio.
Essa aqui é uma refeição completa num prato só. Tem a proteína, o carboidrato da mandioca e a couve, que dá uma frescor incrível. A couve não pode faltar, coloca bastante mesmo, porque ela murcha muito. Refogar junto com o bacon é inteligente, porque a gordura do bacon ajuda a cozinhar a couve e passa sabor pra ela. Fica um prato equilibrado, que engana pela simplicidade mas entrega um monte de sabor e textura. Ideal pra um jantar leve mas que sustente.
O alho-poró é um daqueles ingredientes que a gente acha chique demais, mas é super fácil de usar. Ele tem um sabor mais suave que a cebola, mas muito aromático. Quando refoga, fica doce. Nesse caldo, ele é a estrela. Combinar com um pouco de frango desfiado fica perfeito, mas até sem carne já é uma delícia. A cremosidade fica de outro mundo. E sim, um pãozinho francês ontem é o companheiro obrigatório pra aproveitar cada gota.
Essa é pra quem gosta de sabores marcantes. A carne de sol tem uma personalidade forte, então o preparo é importante: escaldar tira o excesso de sal e deixa ela no ponto. O coentro e o cheiro verde no final não são opcionais, eles que dão a cara nordestina e frescor ao prato. O contraste do salgado da carne com o cremoso neutro da mandioca é uma combinação que funciona demais. Leva um tempinho a mais, mas o resultado justifica cada minuto.
Caldo com macarrão é uma ideia que parece óbvia só depois que a gente experimenta. Fica uma coisa meio sopa, meio massa, muito gostosa. Usei macarrão parafuso e foi perfeito, porque segura o caldo dentro. A dica de colocar legumes pequenos é boa pra deixar mais colorido e nutritivo. O queijo ralado por cima na hora de servir é a cereja do bolo, derrete só um pouquinho. É um prato curinga pra quando as crianças torcem o nariz pra coisas novas, mas funciona com todo mundo.
Um caldo natural, leve e cheio de cor. O brócolis cozinha rápido e mantém um verde bonito, especialmente se você adicionar no final do cozimento. A sugestão de usar um caldo de legumes de caixinha como base é boa pra dar um up no sabor se você quiser, mas só com água e os temperos já fica gostoso. Uma pitada de pimenta do reino na hora de servir dá um toque especial. É a opção ideal pra quem quer algo reconfortante mas sem peso, perfeito pra noite.
Termino com essa beleza aqui. É, de fato, um bobó de camarão caseiro, e que bobó. O segredo tá em não cozinhar demais o camarão, senão ele fica borrachudo. Assim que perde a transparência, tá no ponto. O creme que leva e, claro, o azeite de dendê no final são o que transformam um simples caldo em uma experiência. O dendê dá aquele sabor e cor inconfundíveis. É a receita pra quando você quer fazer uma surpresa especial pra alguém, ou só pra você mesmo. Vale cada instante de preparo.
E então, qual desses caldos vai ser o primeiro a esquentar sua panela? Eu já tentei vários, mas sempre acabo voltando para a calabresa nos dias mais corridos e o de camarão nas ocasiões especiais. Posta aí nos comentários qual parece mais a sua cara, ou se você tem uma combinação secreta de mandioca que eu preciso provar. Adoro essas trocas!
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