25 Receitas de Caldo de Feijão + Várias Alternativas Muito Deliciosas Para Toda a Família

Uma das sopinhas mais tradicionais do Brasil. Faça da forma que mais gosta e aqueça o coração de sua família.
25 Receitas de Caldo de Feijão + Várias Alternativas Muito Deliciosas Para Toda a Família
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O que você faz com aquele caldo grosso que sobra do feijão? Eu, por anos, só jogava fora. Achava que era o fim da linha. Até aprender, num workshop sobre aproveitamento total, que aquilo é ouro líquido. A base do melhor caldo que você vai fazer na vida.

Um caldo de feijão digno do nome não é só feijão batido com água. É uma construção de sabores. Começa fritando o bacon devagar para render toda a sua gordura saborosa, que depois vai refogar a linguiça e o alho. Usar o próprio caldo do feijão cozido, aquele mesmo que a gente descarta, dá uma espessura aveludada e um sabor profundo que água nenhuma consegue imitar.

O resultado é um caldo encorpado, quase uma refeição em si, perfeito pra um jantar frio ou só pra matar a vontade de algo realmente saboroso. Parece trabalhoso, mas a receita abaixo quebra em passos bem simples. Vale cada minuto. Depois me fala o que achou.

Receita de caldo de feijão Simples: saiba como fazer

Rendimento
1 panela grande
Preparação
70 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 12 marcados

Essa lista parece grande, mas é tudo coisa básica de despensa, talvez só o bacon e a linguiça que você precise comprar. A Daiane sempre zomba porque eu compro bacon demais quando vou fazer esse caldo, mas no fim ela é quem pede pra repetir a tigela.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 300ml (1/4 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 485 kcal 24%
Carboidratos Totais 35.2g 12%
   Fibra Dietética 12.5g 50%
   Açúcares 2.8g 6%
Proteínas 22.8g 46%
Gorduras Totais 28.6g 36%
   Saturadas 10.2g 51%
   Trans 0.1g -
Colesterol 45mg 15%
Sódio 980mg 43%
Potássio 680mg 14%
Ferro 3.2mg 18%
Cálcio 85mg 9%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Alto em Fibras: Excelente para digestão
  • Boa Proteína: Fonte proteica completa
  • Rico em Ferro: Combate anemia
  • Sem Glúten: Naturalmente sem trigo

Alertas & Alérgenos

  • Alto sódio – Atenção hipertensos
  • Alta gordura saturada – Modere o consumo
  • Insight: Rico em fibras solúveis que ajudam no controle do colesterol

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Preparando a Base:

  1. Cozinhe o feijão: Se você não tem feijão já cozido sobrando (que é o ideal), cozinhe o 1kg de feijão com água até ficar bem macio. Reserva o caldo, esse é o segredo dourado. Depois, bata os grãos cozidos no liquidificador até virar uma pasta lisa. Se for usar feijão de ontem, melhor ainda, só bater e seguir.
  2. Doure as carnes: Pega uma panela grande e coloca aquele fio de óleo. Joga o bacon e deixa fritar em fogo médio. A ideia é deixar a gordura dele toda derreter e ele ficar bem douradinho. Cuidado pra não queimar, né? Quando o bacon estiver no ponto, adiciona a linguiça calabresa fatiada e mexe pra fritar junto. Deixa uns 5 minutinhos ali, até a linguiça também dourar.
  3. O refogado mágico: Agora, joga os 6 dentes de alho picados na gordura do bacon e da linguiça. Meu deus, o cheiro que isso solta é coisa de outro mundo. Refoga por uns 30 segundos, até o alho dourar levemente, mas sem queimar. Adiciona a cebola picada e mexe bem, deixando ela murchar e ficar transparente.

Finalizando o Caldo:

  1. Incorpore os tomates: Joga os tomates picados na panela, com a pele e tudo mesmo. Mexe e deixa cozinhar com a tampa semi-tampada por uns 5 minutos, até os tomates começarem a desmanchar e soltar o caldo. Esse passo dá uma acidez bem leve que corta a gordura.
  2. Tempere a gosto: Essa é a hora de ser criativo. Coloca sal, pimenta-do-reino moída na hora. Pode jogar um pouco de orégano se quiser, ou até um pouquinho de molho de tomate se tiver. Eu, particularmente, gosto só do sal e pimenta mesmo, pra sentir bem o gosto do feijão.
  3. Junte tudo: Agora despeja a pasta de feijão batido na panela. Meio assusta porque fica grosso, mas calma. Adiciona a água, ou, se for esperto, o caldo reservado da panela do feijão. A medida é mais ou menos a mesma quantidade do feijão batido, mas você ajusta. Gosto de deixar na consistência de um caldo encorpado, nem sopa rala, nem purê.
  4. O toque final (opcional): Se for usar, esmaga aquele tablete de caldo de galinha e mistura. Deixa ferver tudo junto com a tampa meio aberta, em fogo baixo, por uns 15 a 20 minutos. Vai aparecer uma espuminha em cima, tira com uma colher, são as impurezas.
  5. Finalize e sirva: Tira do fogo, prova pra ver se precisa de mais sal. Agora joga a cebolinha picada por cima, mexe e já pode servir. Fica um espetáculo. Combina com um pão toradinho pra mergulhar, arroz branco, ou só uma colher grande mesmo.

Já fiz isso num domingo à tarde e rendeu jantar e ainda sobrou pra umas marmitas. O sabor no dia seguinte, pra ser sincero, fica até mais gostoso, os sabores se casam tudo.

Esse caldo é daqueles que transformam a cozinha. Pode parecer um pouco de trabalho, mas a maioria é esperar o feijão cozinhar e o refogado fazer sua mágica. O resultado é um negócio tão encorpado e reconfortante que vale cada minuto. Não é à toa que virou minha pedida certa pra quando o tempo esfria ou a preguiça de fazer um monte de coisa bate.

E você, costuma aproveitar o caldo do feijão assim ou tem outro jeito? Já fez algo parecido? Me conta nos comentários como ficou o seu, ou se tem uma ducha diferente pra dar. Adoro trocar essas ideias por aqui no Sabor na Mesa.

Quanto tempo dura essa maravilha?

Esse caldo de feijão é daqueles que melhoram no dia seguinte (quando os sabores se casam direitinho). Na geladeira, dura até 3 dias em pote fechado. Se quiser congelar, pode guardar por até 2 meses - eu costumo por em potinhos individuais pra descongelar só o necessário. Dica da Daiane: coloca um papel filme encostado na superfície do caldo antes de tampar pra não criar aquela crosta feia.

Será que engorda?

Cada porção generosa (uns 300ml) tem aproximadamente 485 kcal conforme nossa tabela nutricional completa. Se quiser reduzir, dá pra tirar parte do bacon ou usar linguiça light (mas confesso que fica menos gostoso). A proteína vem forte: cerca de 23g por porção e as fibras impressionam com mais de 12g!

Sem bacon? Sem problema!

Se você é vegetariano ou só quer variar, testa essas trocas:
- Troque o bacon por shitake frito (fica incrivelmente umami)
- No lugar da calabresa, use pedaços de abóbora assada
- Pra quem não come carne de porco, linguiça de frango defumada salva
- Feijão preto no lugar do carioquinha dá um sabor mais intenso

Truque secreto do caldo perfeito

Depois de bater o feijão no liquidificador, passe por uma peneira fina. Parece trabalho à toa, mas faz MUITA diferença na textura - fica aveludado que nem caldo de restaurante chique. Outra dica: se o caldo engrossar demais depois de esfriar, não jogue água pura! Dilua com um pouco do caldo do feijão que você guardou (sim, eu sempre guardo um copo do caldo da panela antes de bater).

Os 3 pecados capitais do caldo de feijão

1. Fritar o bacon em fogo alto - ele queima por fora e fica borrachudo por dentro. Fogo médio-baixo é o segredo.
2. Colocar água demais - melhor errar pra menos e ir ajustando. Caldo aguado não tem volta.
3. Não tirar a espuma - parece frescura, mas deixa um gosto amargo. Use uma escumadeira ou colher de sopa.

O que serve junto?

Pão de queijo caseiro (óbvio), torradinhas de pão francês com alho ou, se quiser inovar, chips de couve assada. Pra beber, uma cerveja bem gelada ou suco de laranja-lima (contrasta bem com o salgado). E não me crucifiquem, mas eu ADORO colocar uma colher de requeijão cremoso no meio do caldo quente - vira uma mistura divina.

Versões para todo mundo

- Low carb: usa menos feijão (1/2 kg) e bota mais carne. Incrementa com brócolis picado.
- Sem glúten: naturalmente GF, só conferir os temperos.
- Vegano: segue as substituições do tópico anterior e usa caldo de legumes caseiro.
- Proteico: joga uns pedaços de peito de frango desfiado no final.

O ponto crítico da receita

O momento de ajustar a consistência do caldo é onde mais gente erra. A medida das 3 xícaras de água é só base - o feijão pode ter absorvido mais ou menos água durante o cozimento. Minha técnica infalível: depois de misturar tudo, deixa ferver por 5 minutos SEM TAMPA. Se precisar, adiciona água QUENTE (nunca fria!) aos poucos. O caldo ideal deve cobrir a parte de trás da colher, mas escorrer facilmente.

Quer dar uma turbinada?

Já testei essas variações malucas que ficaram boas:
- Caldo mineiro premium: coloca costelinha suína no lugar do bacon e finaliza com couve crispy
- Versão nordestina acrescenta charque desfiado e coentro (sim, eu sei que divide opiniões)
- Caldo paulistano: bota um ovo pochê em cima de cada porção - quando o yolk estoura, vira um creme divino
- Feijoada líquida: adiciona pedaços de carne seca e folhas de louro

Zero desperdício

As cascas do bacon e da linguiça que você cortou? Assa no forno até ficarem crocantes e vira um topping incrível. O caldo que sobrou pode virar base para sopa (acrescenta batata e cenoura) ou até molho para massa - só engrossar com um pouco de farinha de trigo. E olha que genial: forma uns cubinhos de gelo com o caldo pra usar depois pra temperar arroz ou feijão!

Elevando o nível

Pra impressionar visitas: finaliza com azeite trufado e farofa de pão de queijo (é só torrar pão de queijo velho no processador). Serve em xícaras de sopa individuais com um croûton artesanal em cima. Se quiser o toque master, coloca um pouco de vinho tinto seco no refogado - mas só um dedo, senão fica amargo.

Se tudo der errado...

Caldo muito salgado? Bota 1 batata crua descascada e deixa cozinhar por 15 minutos - ela absorve o excesso de sal. Muito ralo? Dissolve 1 colher de sopa de maisena em água fria e mistura. Queimou o fundo? NÃO MEXA! Passa pra outra panela sem pegar a parte de baixo. Já aconteceu comigo de esquecer o fogo alto e quase chorar, mas dá pra salvar!

De onde vem essa ideia?

O caldo de feijão tem DNA mineiro, mas virou paixão nacional. Originalmente era um jeito de reaproveitar o feijão que sobrou da feijoada, batido com o caldo e temperos. Na roça, chamavam de "sopa de panela de ferro" por causa do sabor que o utensílio dava. Hoje até chef estrelado coloca no menu - mas a versão caseira ainda é imbatível.

2 fatos que ninguém conta

1. O caldo de feijão é ótimo pra ressaca (a combinação de proteína, gordura e líquido hidrata e nutre).
2. Se você congelar em forminhas de gelo, vira um "cubinho mágico" pra dar sabor a outros pratos - experimenta jogar um no arroz enquanto cozinha!

Perguntas que sempre me fazem

Pode fazer sem liquidificador? Pode, mas tem que amassar muito bem com um garfo ou passeiro - fica mais rústico.
Dou couve? Eu prefiro servir a couve separada pra cada um colocar a gosto, mas tem gente que refoga junto.
Congela bem? Sim, mas quando for esquentar, faz em banho-maria ou fogo bem baixo mexendo sempre.
Por que meu caldo fica sem cor? Usa feijão novo e não lava demais antes de cozinhar - o pó que fica dá cor e sabor.

Sabia que...

O segredo do sabor intenso vem da reação de Maillard (aquela douração do bacon e linguiça)? E tem um estudo da Unicamp que comprova que o caldo de feijão tem mais ferro disponível que o feijão inteiro! Outra curiosidade: na Itália tem um prato parecido chamado "pappa al fagioli", só que com mais tomate e ervas. Será que não roubaram a ideia da gente?

E aí, bora fazer esse caldo que é pura nostalgia em forma de comida? Conta nos comentários se você é team caldo grosso ou ralinho - aqui em casa a Daiane prefere quase uma sopa, eu gosto que dê pra "colher em pé", briga garantida! Se inventar alguma variação maluca, compartilha aí que eu quero testar também.

Caldo de feijão e companhia: um menu pra aquecer o coração (e a pança!)

Quem nunca chegou em casa num dia frio de São Paulo e só pensou em uma panela fumegante de caldo de feijão? Aqui em casa, a Daiane já até combinou o pijama peludo quando vê que vou pra cozinha pegar a panela de barro. Mas um prato desses pede acompanhamentos que façam jus, né? Separei umas combinações que vão transformar sua refeição em um banquete - e sem risco de brigar pela última colherada!

Pra começar com o pé direito

Receita de Coxinha de frango supeer simples: porque tudo fica melhor quando começa com um clássico. Essa aqui é crocante por fora e cremosa por dentro - perfeita pra enganar a fome enquanto o caldo não fica pronto.

Pão de batata (veja a receita): quentinho, fofinho e com aquele cheiro de padaria caseira. Eu sempre faço um pouco a mais porque... bem, vocês sabem como é pão fresco, né?

Os parceiros de crime do feijão

Receita de Couve refogada simples: meu pai sempre diz que feijão sem couve é como casamento sem beijo (e olha que eu e a Dai sabemos bem disso!). Essa aqui fica no ponto: nem muito crua, nem muito mole.

Farofa de bacon irresistível que todo mundo ama: pra quem acha que feijão já é bom, espera até experimentar com essa farofa. Cuidado que vicia - falo por experiência própria!

Purê de mandioquinha (todas as dicas no link): cremoso e levemente adocicado, contrasta perfeitamente com o caldo encorpado. A Daiane adora fazer esse no domingo.

Doce desfecho

Quindim fácil e rápido: aquele clássico que nunca sai de moda. Crosta dourada, interior macio e aquele gostinho de vó - mesmo que sua vó nunca tenha feito!

Bolo de laranja (clique aqui para ver a receita): úmido, com aquele cheirinho cítrico que invade a cozinha. Fica perfeito com um cafezinho... aliás, falando nisso...

Líquidos salvadores

Suco de caju (todas as dicas no link): doce, levemente ácido e refrescante - equilibra perfeitamente a refeição. Aqui em casa rola até competição pra ver quem pega o último gole.

Receita de Café gelado bem simples: pra quem, como eu, adora um café depois da refeição mas não quer algo quente. Dica: faça com aquele café especial que você guarda pra visita importante - você merece!

E aí, qual combinação vai testar primeiro? Conta aqui nos comentários se resistiu à tentação de repetir o prato três vezes (eu nunca resisto, mas prometo não julgar!).

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

Instagram icon https://www.instagram.com/raf.gcs

Comentários  

Breno36
0 Breno36
até minha sogra aprovou, e ela é difícil pra comida
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