Rosca Doce Caseira Húngara De Leite Condensado E Coco - Fatias Húngaras

O melhor pão doce da padaria para fazer em casa
Rosca Doce Caseira Húngara De Leite Condensado E Coco -  Fatias Húngaras
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Se você já viu aquela rosca de padaria com aquela camada de coco que parece feita de açúcar e sonho, e achou que só um padeiro conseguia fazer, esquece. Eu já tentei três vezes antes de acertar, a primeira virou um disco de massa, a segunda ficou com gosto de fermento vencido, e a terceira? A Daiane comeu metade antes de eu terminar de pincelar a calda.

Essa rosca doce caseira húngara de leite condensado e coco não é mágica. É só farinha, leite, um pouco de paciência e o segredo que ninguém conta: o recheio precisa estar frio quando você espalha. Se não, vira um lamaçal. E a massa? Não precisa ser perfeita, só precisa de sova. Quinze minutos, com as mãos, é o suficiente pra desenvolver o glúten e dar aquele fofinho que a gente ama.

Se você tem medo de enrolar, cortar, ou de que o coco não grude, confia: é mais fácil do que parece. O forno faz o resto. E se der errado? Ainda assim, vai ser melhor que o da padaria. Me conta nos comentários: qual foi seu primeiro erro ao fazer uma rosca? Aqui em casa, o Titan só cheira. Mas a gente já viu ele tentar pular na bancada. Vai tentar?

Receita De Rosca Doce Caseira Húngara De Leite Condensado E Coco - Fatias Húngaras simples: Saiba Como Fazer

Quantidade
11 porções
Preparação
2h
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

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Para a massa:

Para o recheio:

Tudo que você precisa está na despensa. Gastei menos de R$20 na última vez. Se o coco estiver velho, o sabor fica de borracha. Não vale a pena arriscar.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Ative o fermento e monte a massa

  1. Numa tigela grande, misture o leite morno, o açúcar e o sal. Deixe descansar por dois minutos – só pra o açúcar dissolver.
  2. Quebre o ovo por cima, adicione a essência de baunilha e o fermento. Mexa com uma colher até ficar tudo homogêneo, tipo um creme bem líquido.
  3. Jogue a margarina e metade da farinha. Misture até que comece a grudar nas mãos. Vá adicionando o resto da farinha aos poucos, até a massa não escorrer mais.
  4. Transfira para a bancada e sove por 15 minutos. Não pare antes disso. A massa vai passar de pegajosa pra lisa, elástica, e quase se soltar das mãos. É isso que dá o fofinho.
  5. Envolva em filme plástico ou um pano limpo e deixe descansar por 1h30min. Ela precisa dobrar de tamanho. Se não crescer, o fermento tá velho ou o leite estava quente demais.

Prepare o recheio e modele

  1. Enquanto a massa descansa, misture o coco ralado, os dois ovos, a essência de baunilha e o leite condensado numa tigela. Mexa até formar uma pasta grossa, tipo creme de leite condensado com grânulos. Reserve na geladeira – isso é essencial.
  2. Depois do descanso, sove a massa por mais 2 minutos só pra tirar o ar. Espalhe numa bancada enfarinhada, em formato de retângulo, com uns 5mm de espessura. Não deixe fina demais.
  3. Retire o recheio da geladeira e espalhe por toda a massa, deixando uns 2cm livres numa das pontas. Não tenha medo – esse recheio não escorre se estiver frio.
  4. Enrole como se fosse um rocambole, apertando levemente para fechar. A ponta sem recheio serve pra colar e fechar o rolo. Não use água, só pressione.
  5. Corte em rodelas de uns 2 a 3cm. Coloque numa forma untada, deixando espaço entre elas – vão crescer.

Asse e sirva

  1. Deixe as rodelas descansarem por mais 30 minutos. Enquanto isso, pré-aqueça o forno a 180°C.
  2. Leve ao forno por 25 a 30 minutos. Elas devem ficar douradas por cima e firmes ao toque.
  3. Retire e deixe esfriar na forma por 10 minutos. Depois, passe para uma grade. Não corte quente – o recheio vira calda e a rosca desmancha.

Se você já desistiu de fazer rosca porque achou que precisava de um forno a lenha e um avental de padeiro, esquece. Isso aqui é só farinha, paciência e um pouco de coragem. O segredo não é a técnica – é o tempo. Deixar a massa respirar. Deixar o recheio gelar. Deixar o forno fazer o trabalho dele.

Se der certo, me conta aqui. Se der errado, também me conta. Eu já fiz uma que virou um disco de coco e massa seca. A Daiane comeu até o que grudou na forma. E ainda disse que era melhor que o da padaria. Não sei se é verdade, mas acho que é. Tenta aí, e depois volta pra dizer se o coco grudou direitinho.

Antes de ligar o forno, leia essas dicas, sua rosca vai agradecer (e o Titã vai se lembrar disso por semanas)

Quanto tempo essa rosca dura? E como não virar um disco de coco seco no segundo dia?

Se guardada em temperatura ambiente, dentro de um pote de vidro ou em saco de papel (não plástico!), ela dura até 7 dias. Mas a verdade? Em casa, desaparece em 48 horas. A Daiane sempre pega uma fatia antes do café da manhã. Já vi ela comer duas, ainda quente, com um café sem açúcar, e ela odeia café. Isso diz tudo.

Se quiser guardar mais tempo, congele as fatias. Corte antes, coloque em saquinhos herméticos, retire o ar e vá direto pro freezer. Dá pra manter por até 3 meses. Quando quiser comer, jogue direto na torradeira. Sai quentinha, com o coco crocante e o recheio derretendo como se tivesse acabado de sair do forno. Já fiz isso depois de uma festa. Sobraram 5 fatias. No dia seguinte, o café da manhã virou cerimônia.

Erros que eu já cometi (e que você pode evitar)

A primeira vez que fiz, usei coco úmido. Resultado? O recheio virou pasta e escorreu pela forma. Ficou uma bagunça. O coco ralado precisa ser seco, como poeira. Se for úmido, vira lama. Já aprendi na prática, e limpei o forno por 20 minutos.

Outro erro: espalhar o recheio quente. A massa fica mole, o recheio escorre, e quando você enrola, vira um bolo de coco. A dica da receita é certa: deixe na geladeira. Se não fizer isso, o recheio vai se espalhar como se tivesse vida própria. Já vi uma rosca virar um disco plano. Foi triste.

E não deixe a massa crescer por mais de 1h30min. Se passar, o fermento consome todo o açúcar e vira gosto de cerveja. Já aconteceu. A Daiane disse: “isso tem cheiro de garagem”. Não foi um elogio.

O truque da geladeira: como fazer o recheio grudar sem ser um desastre

Sim, o recheio precisa estar frio. Mas tem um truque que ninguém conta: coloque a mistura de coco, leite condensado e ovos num pirex e leve à geladeira por 1 hora. Depois, retire e espalhe. Se você fizer isso, o recheio fica firme como creme, e não escorre. É como se ele tivesse sido treinado.

Outro hack: quando for pincelar a calda, use uma colher de sopa de leite condensado com uma pitada de sal. Misture bem. Não precisa de açúcar. O sal realça o doce, e a calda fica mais brilhante. Já testei com e sem. A diferença é visível, e o Titã, que não come pão, ficou mais perto da mesa.

E se eu quiser trocar algum ingrediente?

Coco ralado seco por coco em flocos? Pode. Mas fique atento: flocos são maiores, e o recheio fica mais granulado. Se quiser mais textura, ótimo. Se quiser mais cremosidade, melhor manter o ralado.

Leite condensado por doce de leite? Pode. Mas use 1/3 de xícara, não meia. O doce de leite é mais denso, e a massa pode não aguentar. Já fiz assim, ficou mais encorpado, mas menos leve.

Essência de baunilha por raspas de limão? Surpreendentemente, funciona. Mas use só 1 colher de chá. O limão dá um frescor que combina com o coco. A Daiane adorou. Mas só numa versão experimental. A clássica continua sendo a de baunilha.

A parte mais delicada: enrolar sem que o recheio escape

Enrolar a massa é fácil. O difícil é não apertar demais. Se você apertar, o recheio vai sair pelas laterais. E se você não apertar, a rosca desmancha. O ponto é: enrole com firmeza, mas com calma. Use as palmas das mãos, não os dedos. E quando chegar na ponta, pressione levemente, só o suficiente pra colar. Não use água. A massa se cola sozinha, se estiver bem sovada.

Se o recheio estiver frio, ele vai resistir. Se não estiver, é desastre garantido. E não se preocupe se as rodelas não ficarem perfeitas. Ainda assim, vão ser as mais gostosas da mesa.

Por que o sal na massa? E por que o leite morno?

O sal não é só para temperar. Ele controla a ação do fermento. Sem ele, o fermento consome o açúcar rápido demais, e a massa cresce, mas depois desce. O sal dá equilíbrio. É como a vida: um pouco de sal faz tudo ficar melhor.

O leite morno? É o ambiente ideal pra o fermento acordar. Frio, ele dorme. Quente, ele morre. Testa no pulso. Se você segurar por 5 segundos sem puxar a mão, tá na temperatura certa. É o mesmo teste que usamos para a mamadeira do Titã. Só que aqui, é pra massa.

Com o que comer essa rosca? Ideias que vão além do café

Claro, café é clássico. Mas já experimentou com chá preto com canela? É um casamento silencioso, mas poderoso. Ou com um café coado na hora, bem forte? A Daiane ama assim. Ela diz que o sabor do café revela o coco.

Para um lanche mais elaborado: queijo minas derretido por cima da fatia. Sim, sério. O sal do queijo equilibra o doce do coco. É um contraste que ninguém espera. Já fiz para um jantar de amigos. Ficou em silêncio. Depois, alguém perguntou: “isso é pão ou sobremesa?”

E se quiser algo mais ousado? Um pouco de mel de flores e uma pitada de pimenta-do-reino. Só uma. O doce, o amargo, o quente. É como um abraço com um toque de surpresa.

Perguntas que todo mundo faz (e algumas que ninguém faz, mas deveria)

Posso usar fermento fresco? Pode. Use 60g. Mas o cheiro é diferente. O seco é mais neutro. O fresco dá um sabor mais “fermentado”, que pode ser bom ou não. Já testei. A Daiane preferiu o seco.

Posso fazer sem ovo no recheio? Pode. Mas o recheio vai ficar mais solto. Use 1 colher de sopa de amido de milho dissolvido em 2 colheres de água. Misture ao leite condensado e ao coco. Fica mais firme.

Por que minha rosca ficou branca por cima? O forno não estava quente o suficiente. Ou você tirou cedo. A cor vem do calor. Se estiver pálida, deixe mais 5 minutos. Mas não abra o forno antes dos 20 minutos. Deixe ele fazer o trabalho dele.

Duas coisas que ninguém te conta sobre rosca húngara

Primeiro: o cheiro da casa. Quando você coloca a rosca no forno, o cheiro que sai? É o cheiro de domingo. De infância. De avó. De casa. Não é só pão. É memória. E você está criando isso.

Segundo: o Titã. Ele não come. Mas fica perto. Fica de orelha em pé. Fica deitado na bancada. Como se estivesse rezando. Ele sabe. Ele sente. E ele não é o único. Quem já fez essa rosca sabe: o cheiro atrai. É quase mágico.

Se o recheio escorreu, não jogue fora, transforme

Já aconteceu comigo. O recheio escapou. Ficou no fundo da forma. Em vez de jogar, cortei as fatias, passei manteiga, e levei de volta ao forno por 5 minutos. Virou um “coco torrado com massa”. Ficou crocante, doce, e delicioso. A Daiane comeu como se fosse um biscoito.

Outra opção: corte em cubinhos, jogue manteiga derretida e um pouco de açúcar, e leve ao forno até dourar. Vira um “coco doce” perfeito pra sobremesa. Nada se perde, especialmente quando o Titã fica de olho.

A rosca húngara tem raízes que ninguém conta

Essa receita veio da Europa Central, mas foi adaptada no Brasil com o coco e o leite condensado, ingredientes que vieram da colonização e da industrialização. O coco era usado nas festas de fim de ano, e o leite condensado, trazido pelos imigrantes, virou um símbolo de doçura acessível.

E o nome “húngara”? É mais um rótulo de elegância. Na verdade, é uma versão da rosca austríaca, que veio com os imigrantes. Aqui, virou um símbolo da mesa brasileira. É como se o pão tivesse trocado de país, mas mantido o coração.

Se você chegou até aqui, é porque quer fazer bem. Não por perfeição, mas por amor. Aquele cheiro que enche a casa? É o cheiro de cuidado. Me conta nos comentários: você também tem uma rosca que só você come? Ou já viu alguém comer uma e dizer “isso é que é pão de verdade”? E o recheio frio? Usou ou achou que dava pra pular? Me conta. Se fizer essa rosca, marque no Instagram @sabornamesaoficial. Vamos ver como ficou.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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