Pão de fubá: receita caseira que derrete na boca

Ingrediente chave da nossa cozinha, o fubá é uma das maiores fontes nutricionais e de sustento das famílias brasileiras.
Pão de fubá: receita caseira que derrete na boca
Avalie este item
(32 votos)

Se você já comprou pão de fubá na padaria e depois percebeu que o seu não tem nem metade do sabor, não se sinta sozinho. Eu também já fiz isso. Várias vezes.

A verdade é que fubá não é só farinha. É textura, é aroma de milho queimado no forno, é aquela crosta que estala sem ser dura. E o segredo? Não é o ingrediente. É o tempo. Deixar a massa descansar sem pressa, como se fosse um café que não pode ser apressado.

Minha esposa, que não gosta de café, já me pediu para fazer esse pão só pra sentir o cheiro da cozinha. Aí você pergunta: mas por que isso importa? Porque quando o pão sai do forno e você corta ele ainda quente, e o interior é macio como nuvem, e o fubá dá aquele toque de doçura natural… é aí que a gente entende por que isso nunca vai ser só um pão.

E se você ainda não fez o seu, tá esperando o quê? Vai lá, dá uma olhada no passo a passo. E depois me diz: foi igual ao da padaria? Ou melhor?

Receita de pão de fubá: Saiba Como Fazer

Rendimento
1 pão grande
Preparação
2 horas
Dificuldade
Fácil
Referência de Medida: Xícara de 240ml

Ingredientes

0 de 9 marcados

O fubá que eu uso é o mais grosso, daqueles que a gente vê na feira. Não é o fino, que vira farofa. É o que dá corpo, que deixa aquele gosto de milho assado. Se você tiver fubá caseiro, melhor ainda. Mas se não tiver, o comum também dá. O importante é não pular o descanso. Nada de pressa.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 50g (1 fatia média)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 180 kcal 9%
Carboidratos Totais 30.5g 10%
   Fibra Dietética 1.2g 5%
   Açúcares 5.8g 12%
Proteínas 4.2g 8%
Gorduras Totais 5.1g 9%
   Saturadas 1.2g 6%
   Trans 0g 0%
Colesterol 25mg 8%
Sódio 150mg 7%
Potássio 65mg 1%
Cálcio 45mg 4%
Ferro 1.5mg 8%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Vegetariano: Sem ingredientes de origem animal (ovos e leite permitidos)
  • Alto em Carboidratos: Fonte de energia rápida
  • Energia: Ideal para café da manhã ou lanche

Alertas & Alérgenos

  • Contém glúten – Não adequado para celíacos
  • Contém lactose – Leite na composição
  • Atenção ao açúcar – Diabéticos devem consumir com moderação
  • Insight: Combinação fubá + farinha de trigo garante textura macia com sabor tradicional

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Ativando o fermento:

  1. Em uma tigela, misture o fermento biológico com o leite morno e as 5 colheres de açúcar. Deixe descansar por 10 minutos, se borbulhar, tá bom. Se não borbulhar, esquece. Vai ser só um pão sem vida.
  2. Acrescente os ovos, o óleo e o fubá. Mexa bem com uma colher de pau até ficar uma massa cremosa e um pouco grudenta. Não adianta querer enxugar agora. O fubá vai absorver tudo depois.

Massa e sova:

  1. Adicione a farinha de trigo aos poucos, mexendo sempre. Quando a massa começar a sair da tigela, transfira para uma superfície enfarinhada.
  2. Sove por cerca de 8 minutos, até ficar macia, elástica e menos grudenta. Se estiver muito pegajosa, coloque mais um pouco de farinha, mas não exagere. O ponto certo é quando ela se solta das mãos, mas ainda tem vida.
  3. Volte a massa para a tigela, cubra com um pano limpo e deixe descansar por 1 hora, em local morno. Ela precisa crescer, não correr.

Forma e assamento:

  1. Enquanto a massa cresce, polvilhe uma forma com farinha, não é só para não grudar, é para dar textura na base.
  2. Depois do descanso, sove levemente por 20 segundos, só para tirar o ar. Modele em formato de pão e coloque na forma.
  3. Cubra novamente e deixe descansar por mais 30 minutos. Nesse momento, preaqueça o forno a 180°C.
  4. Pincele a superfície do pão com água e polvilhe generosamente com fubá. Não seja tímido. É isso que dá o charme da crosta.
  5. Asse por 35 a 40 minutos, ou até a crosta ficar dourada e o pão soar oco quando batido na base. Se começar a escurecer antes, cubra com papel alumínio.
  6. Retire do forno e deixe esfriar pelo menos 20 minutos antes de cortar. Sim, é difícil. Mas cortar quente faz o interior desmoronar. E ninguém quer um pão de fubá que vira migalha na mão.

Fiz esse pão uma vez com fubá de milho amarelo, outra com o branco. A diferença? Sabor, não textura. Mas a primeira vez que acertei, foi quando deixei a massa crescer na frente do forno desligado. Ficou tão bom que a Daiane não disse nada, só pegou um pedaço, sentou no sofá e comeu em silêncio. Acho que foi o maior elogio que já recebi.

Já tentei fazer com leite gelado. Ficou pesado. Já tentei pular o segundo descanso. Ficou duro. Acho que o pão de fubá não gosta de pressa. Ele quer tempo, como um bom vinho. Ou como um café que a gente toma devagar, só pra sentir o cheiro.

Se você fez, se errou, se o fubá ficou cru ou se a massa não cresceu… conta aqui. Quero saber qual foi o seu erro. Porque eu ainda tenho uns na minha conta. E talvez você tenha a dica que eu ainda não descobri.

Quanto tempo dura esse pão de fubá?

Esse pão fica top por até 3 dias em temperatura ambiente, mas só se guardar num pote bem fechado ou embrulhado em pano úmido (sim, úmido!). Se quiser estender a validade, pode congelar por até 1 mês - quando for comer, é só dar uma esquentada no forno com um pinceladinho de água que fica quase como novo. A Daiane aqui de casa sempre faz o dobro da receita só pra ter estoque no freezer, malandra!

E as calorias, hein?

Cada fatia de aproximadamente 50g tem cerca de 180 kcal, conforme nossa tabela nutricional completa. Mas quem tá contando, né? O negócio é tão bom que é difícil parar na primeira fatia - aviso justo!

Tá sem ingrediente? Bora improvisar!

• Sem leite? Use água morna ou até leite vegetal (o de amêndoas fica surpreendente)
• Quer reduzir o glúten? Troca metade da farinha de trigo por mais fubá ou farinha de arroz
• Vegano? Substitua os ovos por 2 colheres de sopa de chia hidratada
• Açúcar demerara ou mascavo dão um toque especial (e deixam o pão mais dourado)

Os 3 pecados capitais do pão de fubá

1. Leite muito quente: Mata o fermento! Tem que estar morno, tipo banho de bebê
2. Sovar pouco: Se a massa não ficar elástica, o pão fica compacto
3. Forno frio: Sem pré-aquecer, o pão não cresce direito - já errei isso e virou um tijolinho, credo!

Truque secreto da vovó

Coloca 1 colher de sopa de vinagre junto com os líquidos. Parece estranho, mas juro que o pão fica mais fofinho e dura mais tempo macio. A acidez ajuda no crescimento da massa - aprendi isso com uma padeira portuguesa que mora aqui no Brás!

O que botar junto?

• Café com leite, óbvio! Mas experimenta com chá mate gelado que é uma revelação
• Geleia de pimenta combina absurdamente bem
• Queijo minas derretido por cima? Perigo: viciante
• Manteiga com mel e canela pra quando a saudade bater

Quer inovar? Bora de versão premium!

Pão de fubá com bacon: Acrescenta 100g de bacon frito e picado na massa
Doce de cortar: Dobra o açúcar e coloca 1 colher de canela
Fit: Troca o óleo por abacate amassado e usa adoçante culinário
Surpresa: Faz rolinhos com goiabada dentro antes de assar

A parte mais chatinha

Sovar a massa pode cansar, mas tem um jeito mais fácil: usa a batedeira com gancho por uns 10 minutos em velocidade média. Se for sovar na mão mesmo, coloca uma música animada e conta até 200 movimentos - parece exagero, mas é o segredo pra massa ficar no ponto!

Modo chef Michelin

Antes de assar, pincela com gema batida e decora com sementes de gergelim e linhaça. Na hora de servir, faz um corte bonito e coloca num prato de madeira com mel escorrendo por cima - parece de novela, mas é fácil demais!

Sobrou? Transforma!

• Pão velho vira torrada: corta em cubos, mistura com azeite e temperos e leva ao forno
• Pudim de pão de fubá é uma delícia (usa a mesma receita de pudim de pão normal)
• Farinha de rosca caseira: só bater no liquidificador e guardar

Perguntas que sempre me fazem

Posso usar fermento químico? Pode, mas fica diferente - usa 1 colher de sopa e não precisa deixar crescer tanto
Por que meu pão ficou seco? Provavelmente assou demais ou sovou pouco
Dá pra fazer sem sovar? Dá, mas fica mais compacto - se for o caso, aumenta um pouco o fermento

2 coisas que ninguém te conta

1. Esse pão fica ainda melhor no dia seguinte! O sabor do fubá se desenvolve com o tempo
2. Se colocar 1 colher de café de erva-doce junto com os ingredientes secos, fica com um perfume incrível - testem e me contem!

De onde veio essa mistura?

O pão de fubá é uma adaptação brasileira das receitas portuguesas, com a nossa cara! Nasceu da necessidade de usar o milho (que tinha em abundância) junto com o trigo (que era importado e caro). Hoje em dia é um clássico que vai bem com qualquer refeição, do café da manhã ao jantar.

Já errei feio, mas aprendi

Uma vez esqueci o sal. Parece pouco, mas o pão ficou sem graça e o fermento trabalhou demais - virou um balão que depois murchou. Outra vez coloquei fermento a mais e o pão ficou com gosto amargo. Moral da história: respeitem as medidas, gente!

Sabia que...

O fubá ajuda a deixar o pão mais úmido por mais tempo? É por isso que muitas padarias adicionam um pouco mesmo nas receitas de pão francês. E tem mais: no interior de Minas, é comum fazer versões só com fubá, sem trigo - fica mais denso, mas é uma delícia com requeijão!

E aí, bora fazer?

Depois que experimentei essa receita pela primeira vez, virou paixão nacional aqui em casa. A Daiane sempre pede pra eu fazer quando vem visita - diz que fica com cara de padaria artesanal. Conta pra mim nos comentários como ficou o seu! Tirou foto? Marca no Instagram @sabornamesaoficial pra gente ver essas belezuras!

Combinações que vão fazer seu pão de fubá brilhar ainda mais

Depois de preparar aquele pão de fubá quentinho, nada melhor do que montar uma refeição completa que valorize esse clássico da culinária brasileira. Aqui vão nossas sugestões favoritas - algumas são hits garantidos aqui em casa, especialmente quando a Dai resolve chamar a família toda!

Pratos principais que casam perfeitamente

Torta de sardinha de liquidificador: O contraste do pão de fubá levemente adocicado com o sabor marcante da sardinha é simplesmente perfeito para um almoço rápido.

Caldo verde: Nos dias mais frios, essa dupla cai como uma luva. A gente adora mergulhar pedacinhos do pão no caldo!

Frango ensopado: Receita da vovó que sempre faz sucesso. O molho fica incrível quando absorvido pelo pão de fubá.

Acompanhamentos para deixar tudo ainda melhor

Vinagrete de pimentão: Dá um toque refrescante que equilibra bem a textura do pão.

Ovos mexidos cremosos: Clássico que nunca falha, ainda mais no café da manhã de domingo.

Requeijão caseiro: Se você é do time que ama um bom pão com requeijão (eu sou!), essa é parada obrigatória.

Sobremesas para fechar com chave de ouro

Receita de Bolo de laranja fit fácil: Leve e cítrico, perfeito pra quem quer algo doce sem exageros depois da refeição.

Bolo de nozes (veja o passo a passo): Combina surpreendentemente bem com o sabor do fubá. Aqui em casa virou tradição de fim de semana!

Cobertura de laranja para bolo: Pode ser usada tanto no bolo citado acima quanto em outras sobremesas. A Dai adora fazer versões diferentes.

Doce de leite cremoso: Dica bônus pra quem quer algo simples mas que sempre agrada. Espalhar no pão de fubá ainda morno... hmm!

Bebidas para harmonizar

Suco de maracujá natural: O azedinho corta a doçura do pão e limpa o paladar.

Chá mate gelado: Nos dias quentes, essa combinação é refrescância garantida.

Café coado: Clássico que nunca sai de moda, especialmente no lanche da tarde.

E aí, qual combinação você vai testar primeiro? Aqui em casa somos suspeitos pra falar, mas a torta de sardinha com o pão de fubá é disparado a mais pedida! Conta pra gente nos comentários se experimentou alguma dessas sugestões - e se tiver outras combinações favoritas, compartilha com a gente!

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

Instagram icon https://www.instagram.com/raf.gcs

Comentários  

Patrícia Bittencourt
0 Patrícia Bittencourt
Hmmm. Cheiro bom.
Responder | Responder com citação | Citar

Adicionar comentário