Da simplicidade à criatividade: outras formas de fazer pão na frigideira
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.
2º. O básico que funciona com apenas 3 coisas
Autor: Isamara Amâncio
Já aconteceu de você ter uma vontade repentina de pão caseiro, mas a despensa parece um deserto? Essa receita é a solução para esse problema clássico. Farinha, água, sal. É quase mágico como esses três itens viram uma refeição. A dica não óbvia que a Isamara traz é a manteiga na frigideira, não na massa. Isso dá uma crosta dourada e saborosa que faz toda a diferença, acredite.
Eu sempre faço um lote maior e guardo a massa crua na geladeira, enrolada em filme. De manhã, é só cortar um pedaço, deixar descansar enquanto o café passa e fritar. Em dez minutos você tem um pão quentinho. É libertador não depender de padaria.
3º. Para quem não quer sair da linha
Autor: Carol Borba
Diferente do que se costuma ouvir, pão fit não precisa ter gosto de papelão. Essa receita é a prova viva. O que ela faz de inteligente é manter a estrutura do pão — aquela sensação de mastigar algo substancial — enquanto troca ingredientes de forma esperta. A textura fica um pouco mais densa, é verdade, mas num nível que é gostoso, não penoso.
Particularmente, detesto quando receitas fit pedem ingredientes caríssimos e impossíveis de achar. Essa não. É farinha integral, fermento, coisas do dia a dia. Me salvou em várias fases de tentativa de comer melhor, sem sentir que estava em uma punição.
Fazer um pão vegano que não vire uma pedra na frigideira é um desafio e tanto. O segredo, que essa receita me mostrou, está na combinação das farinhas. A de grão de bico e a de linhaça não são só substitutos, elas dão liga e umidade que o ovo normalmente daria. Fica surpreendentemente fofinho.
A dica de ouro é o vinagre. Parece estranho, né? Mas ele reage com o fermento e deixa o pão mais aerado. Sempre que faço essa versão, penso como a cozinha vegana é cheia desses truques químicos simples e geniais.
Essa aqui é pura memória afetiva para mim. O cheiro que sai da frigideira lembra muito o pão de queijo, sabe? A tapioca, ou polvilho doce, dá uma elasticidade divertida à massa, uma coisa que farinha de trigo não faz. É perfeita para um lanche da tarde, com um cafézinho preto.
Cuidado só para não colocar fogo muito alto, porque o queijo derrete rápido e pode queimar antes de dourar a massa. Aprendi isso na prática, claro. Mas quando acerta o ponto, é daqueles que a pessoa pede a receita na mesma hora.
Para que untar a frigideira e depois rechear o pão, se você pode colocar o recheio direto dentro da massa? Essa receita resolve essa ineficiência com uma elegância que merece um troféu. O presunto e a muçarela ralados derretem por dentro e criam seus próprios bolsões de sabor, enquanto a massa fica crocante por fora.
É a ocasião perfeita para quando você tem visita inesperada e quer servir algo além do pão com manteiga. Impressiona, e ninguém precisa saber que foi tudo feito em 15 minutos. A reação é sempre a mesma: "Como você fez isso tão rápido?"
Você já comeu um pão e meia hora depois estava com fome de novo? Essa versão com aveia acaba com isso. As fibras tornam o pão mais substancial, aquele que sustenta mesmo. A textura fica ligeiramente mais áspera, mas num bom sentido, caseiro.
Minha adaptação é usar flocos finos, não farinha de aveia. Eles dão uma quebra de textura interessante. E a dica do vídeo sobre deixar crescer é vital. A aveia é mais pesada, então o fermento precisa desse tempinho a mais para trabalhar. Não pule essa etapa.
Esta receita brilha em um cenário muito específico: bananas maduras demais na fruteira. Em vez de jogar fora ou fazer só bolo, você transforma em um pão doce rápido. A banana amassada dá toda a doçura e umidade, dispensando açúcar extra (ou usando bem pouco). Fica meio panqueca, meio pão, uma delícia estranhamente viciante.
Faço muito no inverno, acompanhado de uma caneca de chocolate quente. É um conforto que parece indulgentíssimo, mas na real é bem simples. Se as bananas estiverem bem escuras, nem precisa de mel.
Acho que o fubá é um ingrediente subestimado. Ele dá um sabor tostado e levemente adocicado que trigo não tem. Esse pão fica com uma cor dourada linda e uma casca crocante única. É a escolha certa para acompanhar um café coado no filtro de pano, aquele bem forte.
O erro comum aqui é achar que a massa vai ficar com a mesma elasticidade do pão de trigo. Ela não vai. É mais quebradiça. Então, na hora de virar na frigideira, use uma espátula larga e seja gentil. Vale a pena o cuidado.
Vamos ser honestos: às vezes a vontade de pizza bate num domingo à noite e não tem delivery que atenda ou ânimo para esperar a massa crescer. Essa receita é o plano de resgate. A massa, que é basicamente a do pão de frigideira, fica fininha e serve como base perfeita para molho, queijo e o que mais você tiver.
O truque é tampar a frigideira. O vapor derrete o queijo por cima enquanto o fundo dourar. Fiz uma vez para a Daiane e ela duvidou que não tinha sido pedida. Foi o maior elogio. É quase uma trapaça, mas das boas.
Olha só quanta estrada um pouco de farinha e uma frigideira podem percorrer, né? Do básico absoluto até uma pizza de improviso. Me diz aí nos comentários: qual dessas variações combina mais com sua próxima manhã (ou aquela fome noturna)? Se fizer, conta como ficou. Adoro ver as adaptações que cada um cria na sua cozinha.
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