Pão de Forma no Forno de Liquidificador Caseiro

Aquele gostinho tradicional com um toque caseiro especial. Tenha essa delícia sempre que desejar e deixe toda a família feliz.
Pão de Forma no Forno de Liquidificador Caseiro
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Eu já tentei fazer pão de forma com liquidificador três vezes antes de acertar. A primeira virou uma massa grudenta que grudou no fundo da forma. A segunda, ficou dura como pedra. A terceira? A Daiane comeu metade e só falou “faz de novo”.

Esse aqui não é pão de padaria. É o pão que você faz quando quer aquele cheiro de casa, sem sovar, sem stress, e com a massa que parece bolo. O segredo? Leite morno, não quente, não frio, e deixar descansar. Ponto. Nada de adicionar farinha só porque parece mole. Ela vai crescer, confia.

Se você já desistiu de fazer pão por achar que precisa de técnica de padeiro, esquece. Essa receita de pão de forma de liquidificador caseiro e fácil é pra quem quer comer pão fresco sem sair de casa. E sim, o Titan fica na porta da cozinha, com os olhos fixos na forma, esperando a primeira fatia cair. Aí você sabe que acertou.

Receita de Pão de Forma de Liquidificador Caseiro e Fácil: Saiba Como Fazer

Rendimento
1 forma média (9 fatias)
Preparo
20 min + 1h20 de descanso
Dificuldade
Fácil
Referência de Medida: Xícara de 240ml

Ingredientes

0 de 7 marcados

Essa receita custa em torno de R$ 8–10 no total. O truque é não economizar no fermento – se ele estiver vencido, o pão não cresce e você perde tempo.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Massa Simples no Liquidificador:

  1. Primeiro, certifique-se de que o leite está morno – não quente, não gelado. Despeje no liquidificador junto com o fermento biológico seco. Dá uma batidinha rápida, só pra dissolver o fermento. Nada de bater por muito tempo, isso aqui não é vitamina.
  2. Agora, junte os ovos, o óleo, o açúcar e o sal. Bata por uns 1 minuto e meio até ficar bem homogêneo. A mistura vai ficar cremosa, tipo um mingau claro.
  3. Transfira essa mistura líquida para uma tigela grande. Vai parecer estranho não colocar a farinha no liquidificador, mas é assim mesmo – senão entope e você fica com metade da massa grudada no fundo.
  4. Adicione a farinha de trigo aos poucos, mexendo com uma colher de pau ou batedor de arame. Misture até incorporar tudo. A massa vai ficar macia, úmida, mas sem grudar nos dedos. Se estiver muito mole, vá adicionando um fio de farinha, mas com cuidado: massa mole cresce melhor.
  5. Cubra a tigela com um pano limpo e deixe descansar em local aquecido por 1 hora, até dobrar de volume. Já errei e deixei perto da janela fria – não cresceu nada. Lugar morno é essencial.
  6. Depois do descanso, despeje a massa numa forma de pão untada – usei margarina e farinha. Alise a superfície com a mão úmida pra ficar uniforme.
  7. Deixe descansar mais 20 minutos – esse segundo descanso é o que dá aquela textura fofinha por dentro.
  8. Pré-aqueça o forno a 180°C. Leve a forma ao forno e asse por 35 a 40 minutos, até dourar por cima. Faça o teste do palito: se sair limpo, tá pronto.
  9. Retire do forno, espere uns 10 minutos e desenforme. Deixe esfriar completamente antes de cortar – senão amassa tudo e você fica com um pão torto.
Tem dias que o cheiro de pão fresco em casa muda o clima. A Daiane entra, senta na mesa e já pede “só uma fatia” – que nunca é só uma. Eu faço esse pão quando quero matar a saudade de domingo de manhã, sem pressa, com café e conversa boa. É daqueles pães que parece fácil demais pra dar certo, mas funciona. Fatiado fino, tostado ou só com manteiga, ele tem aquele gosto de feito em casa que padaria nenhuma imita. E o Titan? Ele nem espera esfriar, fica ali, sentado, olhando fixo, como se soubesse que pão recém-assado é amor em forma de alimento. Me conta aqui: você é do time que come a primeira fatia ainda quente ou espera esfriar?

Antes de ligar o liquidificador, leia isso, seu pão vai agradecer

Quanto tempo esse pão dura? E como guardar sem virar borracha

Na prateleira, ele segura por até cinco dias, se resistir. Já vi o Titan cheirar e sair andando, então sei que é difícil. Mas se quiser prolongar, não use plástico. Ele prende o vapor e vira uma esponja úmida. O ideal é embrulhar num pano de prato limpo e seco, ou num saco de papel. Se for congelar, corte em fatias, coloque num saco zip e vá direto ao freezer. Dura até três meses. Para descongelar, deixe em temperatura ambiente por duas horas, ou leve direto à torradeira, o calor restaura a maciez como se tivesse saído do forno. Nunca guarde quente. Já fiz isso. Ficou com cheiro de pão estragado e a Daiane me olhou como se eu tivesse tentado envenenar o Titan.

Os erros que fazem seu pão virar tijolo (e como evitar)

Leite quente mata o fermento, e você nem percebe

Esse é o erro número um. Leite quente não é morno. Morno é como a água do banho do bebê. Se você põe o dedo e sente que pode queimar, já é quente demais. O fermento morre silenciosamente, e a massa fica parada. Já fiz isso. Pensei que estava ajudando, mas só consegui um bloco de massa com cheiro de açúcar.

Colocar farinha demais porque “parece mole”

A massa tem que parecer um mingau grosso. Se você adicionar farinha só porque parece errado, ela vai ficar pesada, e o pão vai sair seco. Não é bolo. Não é massa de panqueca. É pão de liquidificador, e ele cresce por si só. Confie no processo. Se a massa estiver grudando levemente nos dedos, tá no ponto. Se você não conseguir levantar uma “orelha”, aí sim, acrescente um fio. Mas com moderação.

Por que o fermento biológico seco e não o químico?

O segredo está no crescimento, não na espuma

Fermento químico (tipo Royal) faz bolos subirem rápido, mas não desenvolve sabor. O biológico seco, mesmo em pequena quantidade, ativa a fermentação lenta, o que dá estrutura, aroma e aquela textura fofa por dentro. É o mesmo princípio do pão artesanal. Só que sem sovar. Esse fermento é vivo. Ele precisa de tempo, açúcar e calor. Se você trocar por outro, o pão vai crescer, mas não vai ter alma. Já testei. Ficou bom… mas não era esse pão.

Sem leite? Sem ovos? Sem problema

Se não tiver leite, use água morna com uma colher de chá de açúcar, funciona. Já fiz com água de coco, e deu certo. O sabor muda, mas o crescimento não. Sem ovos? Troque por 1 colher de sopa de linhaça hidratada em 3 colheres de água, deixe descansar 10 minutos. Vai ficar mais baixo, mas ainda é pão. E se quiser sem glúten? Substitua 2 xícaras de farinha por um mix sem glúten, e adicione 1 colher de goma xantana. Mas cuidado: a massa fica mais frágil. A Daiane fez uma versão com farinha de arroz e ficou tipo pão de tapioca. Não é o mesmo, mas é bom pra quem precisa.

O truque do forno quente e frio

Para crescer sem aquecer a cozinha

Se a sua cozinha é gelada, e você não quer ligar o forno, faça isso: coloque uma panela com água quente no fundo do forno (desligado). Coloque a tigela da massa em cima, sem tocar na água. Feche a porta. O vapor cria um microclima quente e úmido, perfeito para o fermento. Já fiz isso em pleno inverno, e a massa dobrou em 50 minutos. Nada de papel filme no forno, só a água. A Daiane achou que eu estava fazendo ritual de cura. Mas o pão cresceu.

O que combina com esse pão? (além de manteiga)

É claro que manteiga derretida é clássico. Mas se quiser algo diferente: passe um pouco de queijo cremoso com ervas, ou uma camada fina de doce de leite com nozes. Para o café da manhã, um ovo pochê por cima, com um fio de azeite e pimenta-do-reino. Já fiz com patê de atum caseiro, e foi a melhor refeição da semana. E se for um lanche rápido? Fatia fina, torrada, com um pouco de mel e canela. A Daiane adora. Diz que é o café da manhã que ela sonha quando está viajando.

Uma versão surpreendente: pão de forma com aveia e mel

Troque uma xícara de farinha por uma de aveia em flocos finos. E substitua o açúcar por 3 colheres de mel. O resultado? Um pão mais escuro, com textura mais densa, mas com um sabor de doce natural que encanta. Fica ótimo com queijo minas. Já fiz com um pouco de canela e nozes picadas na massa, virou pão de domingo da avó. Não é a receita original, mas é a que a Daiane pede quando quer se sentir em casa.

Como usar as sobras, sem desperdício

Se o pão ficar duro, não jogue fora. Corte em cubos, leve ao forno por 10 minutos e vira croutons para sopa. Ou amasse com um pouco de leite, ovos e queijo, vira uma torta de pão. Já usei sobras para fazer um pudim de pão, só que com chocolate. Foi um sucesso. E se sobrar um pedaço? Torre, passe manteiga e sirva com banana amassada. Simples, mas é conforto em forma de alimento. A Daiane sempre diz: “Nada de pão velho, só de pão recriado.”

Duas coisas que ninguém conta sobre pão de liquidificador

1. Ele é um ótimo teste de paciência

Se você e seu parceiro conseguem esperar a massa crescer sem ficar olhando a cada 5 minutos, sem falar “já tá?”, vocês têm um bom relacionamento. Já vi a Daiane sentar na frente da tigela, com os braços cruzados, como se estivesse esperando um bebê nascer.

2. O cheiro atrai vizinhos, mesmo em apartamento

Numa vez, o porteiro bateu na porta perguntando se eu estava fazendo pão. Disse que era só por curiosidade. Mas depois me contou que a vizinha do 7º andar tinha dito que o cheiro “parecia o da casa da mãe dela”. Não é magia. É memória olfativa. E pão de verdade tem isso.

Já errei tanto que quase desisti

Na primeira vez, usei leite quente. Na segunda, coloquei fermento químico. Na terceira, tirei do forno com 25 minutos porque “parecia dourado”. Resultado? Um bloco de massa seca, com um gosto de papel. Fiquei com vergonha. A Daiane só riu e disse: “Faz de novo.” E eu fiz. E agora, quando ela chega em casa e já sente o cheiro, ela sabe: hoje não vai ter pão de padaria. Vai ter pão de casa. E isso é mais importante que qualquer receita.

Como servir em diferentes momentos

Café da manhã? Fatia fina, torrada, com manteiga e um pouco de mel. Lanche da tarde? Com queijo fresco e tomate seco. Jantar? Acompanha sopa de abóbora, o pão absorve o caldo e vira conforto em forma de pão. Festa infantil? Faça mini fatias, embrulhe em papel manteiga e coloque em saquinhos. Já fiz isso e as crianças correram atrás do pão como se fosse docinho. E se for para vender? Corte em fatias, embale em papel kraft, coloque um laço e escreva “Feito em casa, com amor”. Não precisa de mais nada.

Se o pão não cresceu, ainda tem jeito

Se a massa não dobrou, não jogue fora. Misture com um pouco de fermento novo, um fio de açúcar e um pouco de água morna. Deixe descansar por mais 30 minutos. Se não crescer de novo, faça panquecas. Sim, panquecas. Bata um ovo, coloque um pouco de leite, e frite. Vira um café da manhã diferente. Já fiz isso. A Daiane disse que era “pão que virou pancake com personalidade”. E eu aceitei.

Um detalhe que transforma em pão gourmet

Depois de assado, pincele a superfície com manteiga derretida e um fio de mel. Leve ao forno por 2 minutos. Fica com uma crosta brilhante, levemente doce e crocante. É como se tivesse sido feito numa padaria de bairro. A Daiane adora. Diz que parece que o pão está sorrindo. Eu não sei se é exagero… mas ela tem razão.

Se você chegou até aqui, provavelmente já fez esse pão, ou vai fazer. Me conta nos comentários: qual foi o seu maior erro? E qual foi o momento em que você percebeu que, de fato, conseguiu? Porque esse pão não é só sobre ingredientes. É sobre tentar, errar, e depois, de novo, tentar. É sobre o cheiro que entra pela janela e chama a família. É sobre o Titan sentado na porta, esperando. E é sobre a Daiane, que nunca pede, mas sempre come. O que você vai fazer com esse pão?

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

Instagram icon https://www.instagram.com/raf.gcs

Comentários  

Jaime
0 Jaime
fiz achei otimo , todos aqui em casa adoraram . Nao compro mais pão de forma.
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