Pão Bisnaguinha de Leite no Forno - excelente para o lanche das crianças

As crianças irão amar esses pãezinhos incríveis, pode confiar e preparar muitas para alegria em sua casa.
Pão Bisnaguinha de Leite no Forno - excelente para o lanche das crianças
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Tem coisa mais simples que um pãozinho de leite? Sim, quando ele sai do forno e ainda está morno, com aquele cheiro que faz até o Titã parar de rolar no chão e ficar de orelha em pé.

Já fiz essa receita tantas vezes que perdi a conta. A primeira vez que tentei, usei leite gelado e a massa não cresceu nada. Aprendi na prática: leite morno, fermento fresco, e sovar até a massa soltar das mãos. Não precisa de técnica de chef, só de paciência. E um pouquinho de amor, ou pelo menos de vontade de ver a família morder a primeira bisnaguinha sem nem esperar esfriar.

É isso que torna essa receita especial: ingredientes básicos, mas transformados em algo que vira lanche, café da tarde, ou até um presente pra quem você ama. Se você nunca fez, bora tentar? Depois me conta nos comentários: sua casa também virou uma padaria de fim de semana?

Receita de Bisnaguinha de Leite no Forno Caseira Fofinha, Simples e Fácil: Saiba Como Fazer

Rendimento
100 bisnaguinhas
Preparo
1h30min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

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Tudo que você precisa está no mercado. Gastou uns R$25 nisso? Acho que sim. Mas cada bisnaguinha sai por menos de R$0,30. E o cheiro? Incomparável.

Progresso salvo automaticamente

Modo de preparo

Ativando o fermento:

  1. Numa tigela, coloque o leite morno. Jogue o fermento por cima. Espere 5 minutos. Se não borbulhar, o fermento tá morto. Comece de novo.
  2. Adicione os ovos, já batidos, o açúcar, o leite em pó, a baunilha e o sal. Mexa com uma colher até dissolver tudo. Não precisa bater, só misturar.
  3. Derreta a margarina e jogue na mistura. Mexa de novo.

Montando a massa:

  1. Vá adicionando a farinha de trigo aos poucos. Um punhado de cada vez. Mexa com a colher até que comece a ficar pesada.
  2. Quando não der mais pra mexer com colher, passe para a mão. Sove por uns 15 minutos. É cansativo? É. Mas vale cada minuto. A massa precisa ficar lisa, elástica e soltar das mãos. Se ainda grudar, ponha um pouquinho mais de farinha, mas não exagere.
  3. Forme uma bola, coloque numa tigela untada, cubra com um pano e deixe descansar por 20 minutos. Sim, só 20. Ela não vai crescer muito, é normal. O pão vai crescer depois.

Modelando as bisnaguinhas:

  1. Enfarinhe a mesa. Abra a massa com as mãos, formando um retângulo de uns 1 cm de espessura. Não precisa ser perfeito.
  2. Com uma faca grande, corte tiras de uns 5 cm de largura. Depois, corte cada tira em pedacinhos de uns 3 cm.
  3. Role cada pedacinho entre as palmas das mãos, formando uma bolinha. Não aperte, só enrole. Se ficar um pouco irregular, fica mais caseiro.

Segundo descanso e assamento:

  1. Unte duas ou três assadeiras com óleo. Coloque as bolinhas, deixando um espaço entre elas. Elas vão crescer.
  2. Cubra com um pano e deixe descansar por mais 20 minutos. Enquanto isso, ligue o forno a 180°C. Deixe ele esquentar bem.
  3. Leve as assadeiras ao forno, na parte de cima. Asse por 10 a 15 minutos, ou até dourar. Não abra o forno antes disso. Se abrir, o pão desce.
  4. Saia da cozinha. Deixe o forno fazer o trabalho dele.

Essa é a receita que eu faço quando quero que a casa cheire como se tivesse uma padaria dentro. A primeira vez que acertei, a Daiane não disse nada. Só pegou uma, comeu na frente da janela e voltou pra cozinha pra pegar outra. Foi o melhor elogio que já recebi.

Se você tentar, me conta: você também deixou uma bisnaguinha de lado pra comer só depois que esfriou? Ou sumiu antes de a gente perceber? E o leite em pó? Usou ou achou que dava pra pular? Me conta nos comentários qual foi seu maior erro, e qual foi o pão que você mais se orgulhou de ter feito. A gente troca histórias aqui.

Antes de ligar o forno, leia essas dicas, seu pãozinho vai agradecer (e as crianças vão pedir mais)

Quanto tempo essas bisnaguinhas duram? E como evitar que virem pedra no segundo dia?

Olha, vou ser direto: elas duram até 7 dias em temperatura ambiente, mas só se você tiver força de vontade pra não comer tudo no primeiro dia. Na prática? Em casa, sumem em 48 horas. A Daiane já me pegou comendo uma escondida às 10h da manhã. Não foi um lanche. Foi um momento.

Se quiser guardar, o melhor jeito é congelar. Não na geladeira. Não. Coloque as bisnaguinhas inteiras, já assadas, num saquinho plástico, aperte bem pra tirar o ar e vá direto pro freezer. Dá pra manter por até 30 dias. Quando quiser comer, só coloque direto no forno a 160°C por 5 minutos. Saindo quentinho, macio por dentro, com aquele cheiro de infância. Já fiz isso depois de uma festa, quando sobraram 50. E o Titã? Ficou sentado, olhando, como se soubesse que não era pra ele. Ainda bem.

Erros que eu já cometi (e que você pode evitar)

A primeira vez que fiz, usei leite gelado. Resultado? Massa que não cresceu. Fermento dormindo. Ficou um bloco de pão. Aprendi na prática: leite morno, não quente, não gelado. Testa no pulso. Se você segurar por 5 segundos sem puxar a mão, tá na temperatura certa.

Outro erro: sovar por menos de 10 minutos. A massa precisa de tempo pra desenvolver o glúten. Se você parar cedo, o pão fica pesado, como se tivesse medo de crescer. Eu já fiz assim, achando que era suficiente. Ficou tipo bolo de pão. As crianças não gostaram. Nem eu.

E não abra o forno antes dos 10 minutos. Já fiz isso. O pão desceu. Ficou achatado. Parecia que tinha desistido da vida. O calor é sagrado. Deixe ele fazer o trabalho dele.

O truque da assadeira vazia: como evitar o fundo queimado

Sim, o que está nas dicas originais é certo. Colocar uma assadeira vazia na parte de baixo do forno enquanto assa é um truque antigo de padaria. O calor sobe, e a assadeira vazia atua como um escudo. Ela absorve o calor direto e distribui de forma mais suave. Resultado? Bisnaguinhas douradas por cima, macias por baixo. Não queimadas. Já testei sem isso. Ficou com o fundo negro. Foi um desastre. Agora, nunca mais esqueço. É como colocar um protetor solar na massa.

E se eu quiser trocar algum ingrediente?

Leite em pó? Não troque por leite líquido. Já tentei. Ficou mais pesado, menos fofinho. O pó dá uma textura única, mais aérea. É o segredo. Não é só sabor, é estrutura.

Margarina por manteiga? Pode. Mas manteiga derretida dá um sabor mais rico, quase de bolo de festa. Se for usar, deixe esfriar um pouco antes de misturar. Se estiver quente demais, o ovo coze. E aí? Vira um omelete de farinha. Não quer isso.

Leite em pó integral? Não. Fica mais grosso, mais escuro. O ideal é o comum. A bisnaguinha precisa ser clara, macia, como uma nuvem.

A parte mais cansativa: sovar a massa por 15 minutos

Sim, é cansativo. Mas é o momento mais importante. Não é só misturar. É trabalhar. É como se você estivesse dando carinho pra massa. Se você parar cedo, ela não vai ter elasticidade. E o pão vai ficar duro por dentro.

Minha dica? Coloque uma música. Não precisa ser nada especial. Só algo que te faça lembrar de quando era criança. Eu coloco aquela de “Aquarela”. E enquanto sovo, penso na Daiane. Ela sempre diz que eu sovo como se estivesse batendo em alguém. Talvez seja verdade. Mas a massa fica boa.

Se sua mão doer, pare por 1 minuto. Volte. Não desista. O resultado vale cada minuto.

Por que o leite em pó? E por que a baunilha?

O leite em pó não é só para sabor. Ele ajuda a reter umidade. É como se a massa tivesse um pequeno reservatório de maciez. O leite líquido evapora. O pó fica lá, quietinho, fazendo seu trabalho.

A baunilha? Não é só cheiro. É memória. É o cheiro da padaria da esquina, do pão da vovó. Sem ela, é só pão. Com ela, é um abraço. Um pouquinho só. Mas é o que faz a diferença entre “comi” e “me lembrei”.

Com o que comer esse pão? Ideias que vão além do requeijão

Claro, requeijão é clássico. Mas já experimentou com geleia de morango? A mesma que a Daiane ama? Aquele que derrete o coração, e a colher. Já fiz um lanche com bisnaguinha, geleia e um fio de mel. Ela não falou nada. Só comeu. Depois disse: “isso é que é café da tarde de verdade”.

Para os mais ousados: queijo minas, fatias finas de banana e um pouco de canela. Fica doce, mas não exagerado. Ou então, cream cheese, tomate seco e um pouco de manjericão. Fica elegante, mas ainda é pão. A Daiane adora essa versão.

Perguntas que todo mundo faz (e algumas que ninguém faz, mas deveria)

Posso usar fermento fresco? Pode. Usa 60g. Mas seco é mais prático. E mais estável. Se você não tem certeza da data de validade do fresco, melhor usar o seco. É mais seguro.

Posso fazer sem ovo? Pode. Mas o pão vai ser mais seco, menos macio. O ovo dá estrutura e umidade. Se for por restrição, use 2 colheres de sopa de iogurte natural + 1 colher de óleo. Mas não espere o mesmo resultado.

Por que não usar farinha integral? Porque ela pesa. O pão perde a leveza. A bisnaguinha precisa ser fofinha, como uma nuvem. Se quiser mais saudável, misture 200g de integral com 800g de branca. Mas não mais que isso.

Duas coisas que ninguém te conta sobre bisnaguinha

Primeiro: o cheiro da casa. Quando você coloca o pão no forno, o cheiro que sai? É o cheiro de infância. De domingo. De vovó. De casa. Não é só pão. É memória. E você está criando isso.

Segundo: a forma. Não precisa ser perfeita. Se ficar um pouco torta, irregular? Melhor. Significa que foi feito à mão. O pão da padaria é sempre igual. O seu? Tem personalidade. É o que faz ele ser único.

Se o pão sair duro, não jogue fora, transforme

Já aconteceu comigo. Esqueci de tirar do forno. Ficou um pouco duro. Em vez de jogar, cortei em cubinhos, pincelei com manteiga derretida, um pouquinho de açúcar e levei de volta ao forno por 5 minutos. Virou granola caseira. Coloquei no iogurte. Ficou ótimo.

Outra opção: corte em fatias finas, torre na frigideira e use como base para um “pão de queijo” de leite. Coloque queijo, um fio de mel, e leve de novo ao forno. Virou um petisco. Nada se perde, especialmente quando o Titã fica de olho.

O pão bisnaguinha tem raízes que ninguém conta

Essa forma redonda, pequena e macia surgiu na Europa, mas foi adaptada aqui no Brasil como o pão ideal pra criança. Não era só por ser fácil de comer. Era porque a massa era leve, doce sem ser exagerado, e durava dias. Era o pão da merenda. Da escola. Do lanche da tarde.

E o nome? “Bisnaguinha” vem de “bisnaga”, que era um pão grande e redondo, feito em padarias antigas. Com o tempo, virou o pãozinho pequeno. É uma história de adaptação. E você está continuando ela.

Se você chegou até aqui, é porque quer fazer bem. Não por perfeição, mas por amor. Aquele cheiro que enche a casa? É o cheiro de cuidado. Me conta nos comentários: você também tem uma bisnaguinha que só você come? Ou já viu alguém comer uma e dizer “isso é que é pão de verdade”? E o leite em pó? Usou ou achou que dava pra pular? Me conta. Se fizer esse pão, marque no Instagram @sabornamesaoficial. Vamos ver como ficou.

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

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