Já que a gente falou da minha maneira preferida, bora ver como outros mestres da churrasqueira fazem? Escolhi essas aqui porque cada uma resolve uma questão diferente na hora de botar o fogo.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.
2º. A Saída para Quem Não Tem Pressão (Mas Quer um Forno Campeão)
Autor: Magro Cheff
Confesso que já fui desses que tinha um certo receio da panela de pressão, sabe? Aquele apito me deixava um pouco tenso. Então, quando descobri que dava para fazer uma ponta de peito absurdamente boa no forno, foi um alívio. O que esse vídeo me ensinou foi o truque do abacaxi e do suco de laranja. Parece coisa de doce, mas a acidez faz um trabalho lindo de quebrar as fibras da carne por dentro, enquanto o papel alumínio segura toda a umidade. A dica de ouro que eu dou é: enrola bem mesmo, faz um pacote bem fechado. Se o suco vazar, a carne pode ressecar nas bordas. Já aconteceu comigo, e a parte de cima ficou um pouco borrachuda. Aprendi do jeito difícil.
Fazendo assim, você consegue uma maciez que engana qualquer um, parece que ficou horas no fogo baixo. É a receita perfeita para um domingo tranquilo, onde você só quer colocar no forno e cuidar do resto. O cheiro que toma a casa é um espetáculo, o Titan fica doido.
3º. No Osso: O Clássico que Nunca Falha na Grelha
Autor: Churrasco em Casa - Com Renato Monteiro
Se tem uma coisa que eu gosto é da simplicidade de um bom churrasco direto na brasa. Essa receita é pura técnica de fogo, nada de invencionice. O Renato mostra direitinho como o osso ajuda a manter o calor e o sabor concentrados. O grande segredo aqui, pra mim, não é nem o tempero, mas a paciência. Deixa a brasa estabilizar num calor médio e não fica virando a carne toda hora. Cada vez que você fuça, perde suco. Eu costumo contar mentalmente — deixo uns 8 a 10 minutos de cada lado, dependendo da espessura.
Aí vem a jogada de mestre dele: usar um pegador em vez de garfo. Isso parece bobeira, mas faz uma diferença danada porque não fura a carne. O resultado é aquela suculência que escorre no prato. Combina com uma farofinha de ovo simples, daquelas que a Daiane sempre faz, e acabou. Não tem erro.
Essa é para um perfil específico, que curte aquela carne com uma textura mais firme, sabe? Não é a minha favorita, admito, mas tem seu lugar. O espeto faz a gordura escorrer de um jeito diferente, e os pedaços ficam com uma crosta mais uniforme. O perigo é deixar longe demais do carvão e ficar cozinhando em vez de assar, ou então cortar os pedaços muito pequenos e secar tudo. O cara do vídeo manda bem mostrando o corte em pedaços grossos e como dobrar no espeto. Isso é crucial.
Se for tentar, fica de olho na distância da brasa. Muito perto queima por fora e fica cru por dentro. O ideal é aquele fogo já branco, não com chama alta. E o sal grosso, nesse caso, é fundamental mesmo. Ele forma uma casquinha salgada que contrasta muito bem com a carne. É um estilo que brilha numa mesa com várias opções, para quem não quer só coisa que desmancha.
Olha, essa aqui é projeto para quando você quer se dedicar, pra impressionar mesmo. Parece complicado, mas o Marcelo desmistifica o processo de abrir e rechear a carne. O que eu mais gosto nessa técnica é que cada fatia já vem pronta, com o recheio distribuído. É a solução para aquela pessoa que acha ponta de peito simples demais. A dica dele de deixar a capa de gordura é o que segura o sabor do recheio por dentro, então não tenta tirar tudo, hein?
O barbante é outro ponto importante. Amarra com carinho, mas com firmeza, senão na hora de virar na grelha tudo se abre. Já passei por isso, foi uma cena triste de linguiça e pimentão caindo no fogo. Aprende-se. Fazer isso junto com a Daiane é divertido, um corta os legumes, o outro amarra. No final, o sabor é recompensador, uma explosão em cada mordida. Vale o trabalho extra para uma data especial.
Se você tem tempo e quer provar uma carne de textura quase que impossível, essa é o caminho. "No bafo" significa cozinhar no próprio vapor, num processo lento que derrete a gordura e as fibras conectivas. É demorado, quatro horas é a média, então é aquela coisa: você coloca no fogo e vai fazer outra coisa, ler um livro, ver um filme. A manteiga com mostarda que ele passa por cima é genial, cria um molho dentro do pacote que depois vira uma glória.
O erro comum é tirar do papel alumínio e já servir. Não! A dica de ouro do vídeo, e que eu confirmo, é dar uma passada rápida na churrasqueira depois. Só para dar uma cor e firmar a superfície, uns 2 minutos de cada lado. A diferença é brutal. Vai por mim.
Essa receita resolve um problema clássico: como deixar a carne com um sabor mais complexo sem ter que usar um milhão de temperos? A resposta está na geladeira. A cerveja preta, com seu amargor e notas maltadas, funciona como um marinado poderoso. Ela não deixa gosto de cerveja na carne, viu? Isso é um mito. O que ela faz é realçar os sabores do alho e da pimenta, e deixar a textura ainda mais macia. Deixar marinando por duas horas já é suficiente, não precisa de noite toda.
O processo de assar embrulhado no papel depois é igual ao do bafo, então a suculência é garantida. Essa é a minha escolha para quando quero algo um pouquinho diferente, mas que ainda agrada todo mundo. É infalível.
A mostarda é um daqueles ingredientes coringas que a gente sempre tem em casa. Nessa receita, ela faz duas coisas brilhantes: primeiro, ajuda os outros temperos a grudarem na carne. Segundo, e mais importante, na hora do forno ou da churrasqueira, ela carameliza e forma uma crosta dourada, levemente apimentada, que é de comer de colher. O Fabião tem razão em sugerir temperar na véspera. A carne fica mais saborosa por dentro, não só na superfície.
E o negócio de furar a carne para o alho entrar… isso é uma lição que levo pra vida. Já tentei só esfregar e o gosto não fica tão integrado. Fazendo do jeito dele, cada pedaço fica perfumado. A carne sai macia por dentro e com essa casquinha maravilhosa por fora. É um contraste sensacional.
De vez em quando, a gente só quer praticidade, mas sem abrir mão do sabor caseiro, né? Essa receita é exatamente isso. É aquele preparo que sua avó — ou a minha, pelo menos — faria. Cebola, tomate, alho. O simples que funciona. O truque do Serjão é refogar bem os legumes até eles quase desmancharem antes de colocar a carne. Isso cria uma base de sabor doce e ácida que impregna tudo.
É um prato que sai rápido, rende bastante e vai bem com arroz branco, feijão e uma saladinha. Resolve o jantar em dias de semana mais corridos, mas ainda tem aquele gostinho de comida feita com carinho. Perfeito para quando não dá tempo de ficar horas na churrasqueira.
Essa é pura diversão. O disco de arado aquece de maneira uniforme e permite que você faça tudo junto: selar a carne e já jogar uns legumes para refogar na gordura que soltou. É um prato completo em um só lugar. A dica aqui é não lotar o disco. Coloca a carne em pedaços, deixa espaço entre eles para que fiquem dourados, não cozidos no vapor.
É um jeito ótimo de cozinhar para muitos, de forma descontraída. Você fica ali, mexendo, conversando, e todo mundo já vai beliscando. A carne fica com um sabor tostado muito gostoso. Praticidade pura com o espírito do churrasco.
Ufa, são muitas opções, né? Difícil escolher. Posta aí nos comentários qual dessas chamou mais sua atenção ou se você tem outra técnica secreta para a ponta de peito. Adoro trocar essas ideias! E se fizer alguma, volta aqui para me contar como ficou — os relatos de vocês são a melhor parte.
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