Picanha suína: segredo dourado do churrasco

Esse é um tipo de corte da carne de porco que marca a culinária brasileira.
Picanha suína: segredo dourado do churrasco
Avalie este item
(18 votos)

Picanha suína? Sim, ela existe, e não, não é só “carne de porco com nome chique”. Na verdade, é uma das peças mais suculentas que você pode levar pro forno (ou churrasqueira, se tiver paciência). Já fiz essa receita três vezes em um mês. Na terceira, até a Daiane, que tem certa resistência a qualquer coisa muito condimentada, pediu bis.

O segredo tá na marinada simples: suco de laranja, mostarda e alho. Nada de ingredientes mirabolantes. O ácido da laranja amacia sem deixar a carne mole, e a mostarda dá um toque quase defumado quando assa. Eu aprendi isso testando, e queimando, até achar o ponto ideal de dourado sem ressecar.

Ela sai macia, brilhante, com um molho que gruda na carne como se fosse feito pra ela. Sério, é daquelas receitas que você prepara e pensa: “por que não fiz isso antes?”

Dá uma boa lida no processo todo abaixo e me conta: você vai assar no forno ou arriscar na grelha?

Receita de picanha suína tradicional assada no forno: Saiba Como Fazer

Rendimento
9 porções
Preparação
2h 30min
Dificuldade
Fácil
Referência de Medida: Xícara de 240ml

Ingredientes

0 de 8 marcados

Essa picanha suína saiu por R$45 no açougue do bairro - mas rende pra uma família inteira. O resto dos ingredientes não chega a R$10. Vale cada centavo, especialmente quando a Daiane pede segunda vez!

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 150g (1/9 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 385 kcal 19%
Carboidratos Totais 8.5g 3%
   Fibra Dietética 0.8g 3%
   Açúcares 4.2g 8%
Proteínas 35.2g 70%
Gorduras Totais 21.8g 28%
   Saturadas 7.8g 39%
   Trans 0g 0%
Colesterol 95mg 32%
Sódio 680mg 30%
Potássio 520mg 11%
Ferro 1.8mg 10%
Vitamina C 12mg 27%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Low-Carb: Aproximadamente 8.5g/porção
  • Gluten-Free: A farinha é opcional no molho
  • Lactose-Free: Sem laticínios
  • Alto em Proteína: 35g por porção
  • Rico em Vitamina C: Do suco de laranja

Alertas & Alérgenos

  • Contém glúten – A farinha de trigo no molho
  • Alta gordura saturada – 39% do VD por porção
  • Insight: A picanha suína é mais magra que a bovina; o suco de laranja ajuda a amaciar naturalmente
  • Para emagrecimento: controle a porção e use menos molho

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Preparando a carne:

  1. Pega a peça de picanha suína e faz vários furinhos com a ponta da faca. Não precisa ter medo - esses cortes ajudam o tempero a penetrar fundo na carne. Eu faço uns 20, mais ou menos, espalhados por toda a superfície.
  2. Agora o tempero: no liquidificador ou num bowl fundo, coloca o suco de laranja, a cebola picada, o alho, a mostarda e o sal. Bate tudo até ficar bem misturado. Se for no liquidificador, uns 30 segundos já bastam.
  3. Pega um saco plástico grande - aqueles de congelar alimentos - e coloca a carne dentro. Despeja o molho por cima, fecha bem o saco e massageia a carne por uns 2 minutos. Isso aqui é terapia, sério.

Marinação e cozimento:

  1. Deixa a carne marinando na geladeira por 3 horas. Não pule essa etapa - é o que deixa a picanha macia e saborosa. Eu costumo preparar de manhã pra assar no almoço.
  2. Pré-aquece o forno a 180°C. Tira a carne do saco e coloca numa assadeira, com todo o molho da marinada. Cobre com papel alumínio - bem vedadinho pra não escapar vapor.
  3. Leva ao forno por aproximadamente 2 horas. Depois desse tempo, tira o papel alumínio e deixa mais uns 15-20 minutos pra dourar. Fica com aquele visual que dá água na boca.

Finalizando o molho:

  1. Enquanto a carne descansa por 5 minutos antes de fatiar, pega o molho que ficou na assadeira e passa pra uma panela. Adiciona a farinha de trigo e mexe em fogo baixo até engrossar. Fica um molho cremoso perfeito.
  2. Fatia a picanha contra a fibra - isso deixa mais macia ainda. Serve com o molho por cima e aquele arroz branco soltinho. Aqui em casa sempre faço um vinagrete de acompanhamento também.

Na última vez que fiz essa receita, o Titan quase enlouqueceu com o cheiro que tomou a casa inteira. Ficou ali paradinho na cozinha, só olhando pro forno com aquela carinha de pidão. Acabei dando um pedacinho sem molho pra ele - não resisto!

O que mais gosto nessa receita é que ela impressiona mas não complica. Parece aqueles pratos de restaurante chique, mas é super acessível. E aí, já experimentou picanha suína? Se fizer, me conta nos comentários se conseguiu resistir à tentação de provar antes de servir - eu nunca consigo!

Quanto tempo dura essa picanha suína?

Na geladeira, dura até 3 dias se guardada em pote hermético. Eu costumo congelar as fatias já temperadas (sem o molho) por até 1 mês - a Daiane adora quando faço isso porque vira coringa pra jantares de última hora. O molho separado dura 2 dias na geladeira, mas sinceramente? Nunca sobra.

Será que engorda muito?

Cada porção (cerca de 150g) fica em torno de 385 calorias, conforme detalhado na tabela nutricional completa. A maior parte vem da própria carne, então se quiser reduzir, diminui a quantidade de molho (mas aí perde metade da graça, né?). A receita é naturalmente low-carb e rica em proteínas, sendo uma boa opção para dietas com restrição de carboidratos.

Se faltar ingrediente, bora improvisar!

  • Suco de laranja → Suco de abacaxi ou até coca-cola (sim, fica incrível)
  • Mostarda → Mel + vinagre branco na mesma proporção
  • Farinha de trigo → Amido de milho pra deixar o molho mais brilhante

Uma vez a Daiane usou cerveja escura no lugar do suco e virou nosso molho preferido!

Pega ratos que já caí (pra você não cair)

Não furar a carne o suficiente - Os furinhos são o segredo pro molho penetrar. Faça pelo menos 20, sério! Já errei achando que 5 bastavam e a carne ficou sem graça.

Marinar por menos tempo - 3 horas é o mínimo, ideal é deixar de um dia pro outro. Se apressar, vira só um molho por cima.

Truque de mestre que ninguém conta

Depois de assar, deixa a carne "descansar" por 10 minutos antes de fatiar. Parece besteira, mas faz o suco se redistribuir - senão ele escorre todo e fica seco. Outra: usa um saquinho de pão pra marinar! É mais resistente que saco plástico e ocupa menos espaço na geladeira.

A parte mais chatinha (e como facilitar)

O ponto exato da carne assada é o maior desafio. Se não tiver termômetro culinário (que deveria ser item obrigatório), faz o teste do garfo: se espetar e sair com facilidade, tá no ponto. Mas cuidado pra não deixar secar! Melhor errar pra menos e voltar ao forno.

Quer dar uma revolucionada?

  • Versão churrasco - Tira do forno quando quase pronta e finaliza na churrasqueira por 5 minutos
  • Versão apimentada - Adiciona 1 colher de sopa de páprica defumada e 1 pimenta dedo-de-moça no molho
  • Versão "festa" - Depois de assada, cubra com queijo coalho e leve ao forno novamente até derreter

O que serve junto pra virar banquete?

Purê de batata-doce é casamento perfeito, mas se quiser inovar:

  • Farofa de banana (sim, existe e é divina)
  • Abacaxi grelhado com canela
  • Arroz branco simples (pra não roubar o protagonismo da carne)

De bebida: um vinho tinto encorpado ou até um suco de uva integral geladinho.

Se tiver restrição, bora adaptar

Sem glúten: Troca a farinha de trigo por amido de milho ou farinha de arroz

Low carb: Reduz o suco de laranja pela metade e usa mostarda sem açúcar

Vegetariano: Essa eu ainda não testei, mas já vi gente usando berinjela inteira no lugar da carne (me conta nos comentários se funcionou!)

Sobrou? Transforma!

As sobras viram sanduíche épico no dia seguinte (esquenta a carne no vapor pra não ressecar). Ou desfia e mistura com o molho pra virar recheio de panqueca ou tapioca. Zero desperdício!

Quer impressionar?

Finaliza com flocos de sal rosa e raspas de laranja por cima. Serve com o molho em separado num potinho de vidro - parece coisa de restaurante caro, mas você sabe que é fácil.

Coisas que ninguém fala sobre essa receita

1) O suco de laranja não é só pra dar sabor - a acidez ajuda a amaciar a carne. Química pura!

2) Se usar picanha suína congelada, o molho penetra ainda melhor. Parece contra intuitivo, mas é verdade.

De onde veio essa mistura?

A picanha suína é corta tipicamente brasileira, mas o molho com frutas cítricas tem influência da culinária caribenha. Virou hit em churrascos de São Paulo nos anos 2000 - provavelmente alguém sem dinheiro pra picanha bovina criou essa versão e acabou sendo melhor que a original!

Perguntas que sempre me fazem

Posso usar laranja lima? Pode, mas fica menos ácido. Eu prefiro a pera.

Precisa virar a carne no forno? Só se você for muito perfeccionista. Eu nunca viro.

Congela bem? A carne sim, o molho não - ele fica meio esquisito depois.

Sabia que...

O nome "picanha" suína é marketing puro - na verdade é um corte da paleta do porco. Mas soa bem mais chique, né? E funciona!

E aí, vai tentar?

Essa receita já salvou vários jantares de última hora aqui em casa. Conta nos comentários como ficou a sua - e se descobrir alguma variação boa, compartilha com a gente! Dica extra: segue no @sabornamesaoficial que sempre posto adaptações malucas dessa receita.

Picanha suína: um banquete para chamar de seu

Se tem um corte que merece acompanhamentos à altura, é a picanha suína. Aqui em casa, a Daiane sempre pede quando queremos uma refeição especial - e eu, claro, não nego. Preparei combinações que vão transformar seu almoço ou jantar em uma verdadeira celebração.

Para começar com o pé direito

Nada como uma entrada leve para abrir o apetite sem roubar a cena do prato principal. Aqui vão algumas apostas certeiras:

Couve-flor gratinada - O contraste do cremoso com o crocante é perfeito para preparar o paladar. E olha que a Daiane nem era fã de couve-flor até experimentar dessa forma!

Os parceiros ideais

A picanha suína pede acompanhamentos que complementem sem competir. Minhas escolhas de hoje:

Quinoa temperada (saiba como fazer) - Leve, nutritiva e com um toque especial de ervas. Fica ótima tanto quente quanto fria, caso sobre algo (o que duvido).

Purê de batata-doce com noz-moscada - Sem link porque é tão simples que nem precisa de receita. Basta cozinhar, amassar e acrescentar um fio de azeite. O doce natural combina divinamente com a carne.

Para fechar com chave de ouro

Depois de uma refeição tão rica, nada melhor que algo refrescante:

Mousse de maracujá light- A acidez corta a gordura da carne sem pesar no estômago. E o melhor? Dá pra fazer em 10 minutos se tiver pressa.

Banana caramelizada com canela- Clássico que nunca falha. Quando a gente quer algo quentinho no inverno paulistano, essa é nossa pedida.

Bebidas: Sugestões para uma refeição harmoniosa

Sucos naturais são nossos preferidos. Experimente:

Limão siciliano com hortelã- Refrescante e digestivo. A Daiane sempre faz um jarra grande porque eu acabo tomando quase tudo.

Água aromatizada com gengibre e laranja- Para quem quer algo mais leve. Fica ótima com gelo e algumas fatias finas de gengibre.

E aí, qual combinação vai testar primeiro? Conta pra gente nos comentários se conseguiu resistir à tentação de repetir o prato - aqui em casa é missão quase impossível!

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

Instagram icon https://www.instagram.com/raf.gcs

Adicionar comentário