Picadinho de Carne: Sabor Clássico em Minutos

Uma forma super tradicional de prepara uma carninha super saborosa em sua casa.
Picadinho de Carne: Sabor Clássico em Minutos
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Quase entreguei o domingo à sorte e ao fast food. O congelador só tinha um coxão mole, a geladeira parecia um deserto de ingredientes e a preguiça batia forte. Foi aí que decidi dar uma chance ao clássico de última hora.

Minha técnica de ouro para o picadinho de carne é uma só: selar a carne com paciência, até ela soltar sozinha do fundo da panela. Aprendi isso em um curso de técnicas francesas, onde o "fond" – aqueles grudinhos dourados – é a alma do sabor. Aqui, ele absorve o colorau, a páprica e o molho inglês, criando um caldo que não é só água, é a essência do prato.

O resultado é aquele almoço que reúne todo mundo na mesa sem aviso. A carne fica absurdamente macia, as batatas derretem e a cenoura adocica o conjunto. Vai direto do fogão para a mesa, numa panela só, e transforma qualquer tarde comum em pequena celebração. A receita completa, testada e aprovada em momentos de "não tenho nada em casa", está logo abaixo.

Receita de Picadinho de carne com batatas Simples: saiba como fazer

Rendimento
1kg
Preparação
60 min
Dificuldade
Médio

Ingredientes

0 de 16 marcados

Pode parecer muita coisa, mas a maioria é tempero. A carne é o principal investimento. O resto você provavelmente já tem no armário, ou é barato. Confia.

Progresso salvo automaticamente

Informação Nutricional

Porção: 250g (1/4 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 420 kcal 21%
Carboidratos Totais 28g 9%
   Fibra Dietética 4g 16%
   Açúcares 5g 10%
Proteínas 35g 70%
Gorduras Totais 18g 33%
   Saturadas 5g 25%
   Trans 0g 0%
Colesterol 85mg 28%
Sódio 650mg 28%
Potássio 980mg 21%
Ferro 3.5mg 19%
Vitamina A 450µg 50%
Vitamina C 12mg 27%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Alto em Proteína: Ideal para recuperação muscular
  • Sem Glúten: Naturalmente sem glúten
  • Sem Laticínios: Não contém derivados de leite
  • Rico em Ferro: Boa fonte de ferro heme

Alertas & Alérgenos

  • Sódio moderado – Controle o sal adicionado
  • Molho inglês contém glutamato e traços de peixe/soja
  • Insight: Rico em potássio das batatas e cenouras, ideal para repor eletrólitos
  • Cozimento em pressão preserva nutrientes termossensíveis

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

  1. Pega a panela de pressão e coloca no fogo médio com as 3 colheres de azeite. Quando o azeite estiver quente, joga todos os cubos de carne. Espalha bem pra que fiquem num só layer, sem amontoar. Se sua panela for pequena, faz em duas levas. Isso aqui é importante: não mexe ainda.
  2. Tempera a carne na própria panela. Joga o sal, a pimenta do reino, o colorau, a páprica e o molho inglês por cima. Aí, sim, mexe bem pra todo cubo ficar colorido. Agora, deixa cozinhar. Vai soltar água primeiro, e você deixa essa água evaporar totalmente. Só depois que a água secar é que a carne vai começar a realmente dourar, soltando aqueles pedacinhos grudados no fundo. É o ouro da receita.
  3. Quando a carne estã bem dourada, adiciona a cebola, o alho e o tomate picado. Mexe e deixa refogar por uns 2 minutos, até a cebola começar a ficar transparente. Acrescenta o extrato de tomate e o orégano, mexe mais 30 segundos.
  4. Agora, vem a água quente. Despeja o suficiente para cobrir toda a carne, mais ou menos até onde você acha que está coberta. Não precisa ser exato. Mistura tudo, tampa a panela e aumenta o fogo. Quando pegar pressão, abaixa o fogo pra médio-baixo e deixa cozinhar por 20 minutos. Marca no relógio.
  5. Passados os 20 minutos, tira a panela do fogo e libera a pressão com cuidado. Abre a panela e vê se o caldo tá no ponto. A carne já deve estar macia. Adiciona as batatas e as rodelas de cenoura. Mexe. Se o caldo tiver baixado muito, adiciona mais um pouco de água quente só para cobrir os novos ingredientes.
  6. Fecha a panela de novo e leva ao fogo. Quando pegar pressão novamente, deixa cozinhar por mais 10 minutos. Isso é suficiente para as batatas e cenoura ficarem perfeitas, macias mas não desmanchadas.
  7. Desliga o fogo, libera a pressão e abre a panela. Só agora você joga o cheiro verde picado por cima e mexe delicadamente. O calor residual vai cozinhar a salsinha e a cebolinha só o suficiente.
  8. Pronto. É isso. Pode servir direto da panela, com arroz branco soltinho. O caldo é um negócio absurdo de bom, nem falo muito. Só experimenta.

Esse picadinho fica ainda melhor no outro dia, os sabores se integram mais. Se sobrar, guarda na geladeira e só esquenta na hora de servir. Fica show.

O que salva essa receita é a paciência no começo, de verdade. Se você não deixar a carne dourar direito, ela não desenvolve sabor. Parece besteira, mas faz toda diferença entre um cozido bom e um memorável.

Você costuma fazer picadinho? Tem algum truque diferente, tipo colocar uma colher de mostarda ou usar cerveja preta? Me conta aí como você faz o seu, adoro descobrir essas variações que cada um tem em casa. Boa panela!

Quanto tempo dura? Guia prático de validade e armazenamento

Essa é uma daquelas receitas que parece que melhora com o tempo! Na geladeira, dentro de um pote fechado, ela dura tranquilamente de 3 a 4 dias. Se quiser guardar por mais tempo, o congelador é seu amigo: coloca porções individuais em potinhos ou saquinhos próprios e congela. Dura até 3 meses. Na hora de aquecer, se estiver congelado, deixa descongelar na geladeira de um dia pro outro e depois esquenta na panela com um fio de água pra não grudar. Micro-ondas também funciona, mas vai perdendo um pouco da textura da batata. Um hack que a Daiane adora: congelar o caldo separado em forminhas de gelo. Aí, se um dia o arroz ficar seco, você joga um cubo desse caldo de ouro pra dar um up.

O Ponto de Não Retorno: O Erro que Estraga Tudo

Tem um passo que, se você errar, não tem como consertar depois. Não é o tempero, não é o tempo de pressão. É a pressa na hora de dourar a carne. Jogou a carne, mexeu logo, virou os cubos sem parar? Pronto, você "suou" a carne. Ela solta toda a água de uma vez, ferve no próprio suco e fica cinza, dura e sem sabor. O segredo é o que eu falei na receita: espalha, deixa quieta, espera a água que soltar evaporar e só então você mexe pra dourar. É preciso coragem pra não mexer, mas é isso que cria o "fond", a base do sabor. Confia no processo, sério!

Tá sem o Ingrediente? Bora Trocar!

Não tem coxão mole? Pode usar patinho, alcatra ou até músculo (só que o músculo vai pedir uns 10 minutinhos a mais na pressão). O importante é cortar em cubos iguais. Sem colorau? Uma colher de sopa de páprica doce faz um trabalho parecido na cor. O molho inglês é o coringa, mas se não tiver, tampa com uma colher de sopa de shoyu (cuidado com o sal depois!) ou até uma colher de café de café coado (sim, café! Dá um amargor superinteressante). E se a batata inglesa estiver cara? Manda ver na batata baroa (mandioquinha) que fica uma delícia, ou na própria mandioca em pedaços.

Hack de Mestre: A Técnica da Água Quente

Você notou que a receita pede água QUENTE? Isso não é frescura. Jogar água fria em uma carne recém-dourada é um choque térmico que contrai as fibras de volta, deixando a carne mais dura. A água quente mantém o processo de cozimento suave, garantindo uma maciez muito maior. Outro hack pouco conhecido: depois de adicionar o extrato de tomate, mexe bem e "deixa queimar um pouquinho" no fundo da panela por uns 15 segundos antes de colocar a água. Isso carameliza os açúcares do tomate e tira aquele sabor ácido, deixando o caldo mais redondo. Só não deixa virar carvão, né?

O Passo Que Mais Dá Medo (e Como Dominá-lo)

Lidando com a Panela de Pressão

Se você é do time que fica com um pé atrás com panela de pressão, relaxa. O seguro está no fogo: depois que pegar pressão e a válvula começar a chiar, abaixe o fogo para médio-baixo. O chiado deve ser constante, mas suave, um "fssss" tranquilão. Se estiver chiando frenético, o fogo está alto e o caldo pode evaporar muito rápido. O tempo de 20 + 10 minutos é contado a partir do momento que começa a chiar nessa intensidade mais baixa. E na hora de abrir: depois de desligar o fogo, espere a pressão sair naturalmente ou coloque a panela sob a torneira fria (só na lateral, jamais em cima da válvula!) para liberar rápido. Nunca force a abertura.

Para Todo Mundo Comer: Ajustes Sem Glúten, Low Carb e Mais

A receita original já é naturalmente sem glúten, só fica de olho no molho inglês (algumas marcas podem conter). Para uma versão low carb ou cetogênica, substitua as batatas por pedaços grandes de abobrinha, chuchu ou até rabanete, e adicione eles só nos últimos 5 minutos de cozimento (eles desmancham fácil). Quer uma versão proteica? Dobra a quantidade de carne e mantém os legumes. Para os vegetarianos, um desafio saboroso: troque a carne por cubos grandes de proteína de soja texturizada (deixe de molho e esprema bem antes) ou por cogumelos paris e shimeji. Use caldo de legumes no lugar da água e um pouquinho mais de molho inglês para o umami.

Versão "Café Colonial": Picadinho com Pão

Cansou de servir com arroz? Faz o seguinte: no final do cozimento, engrossa o caldo com uma pastinha de maisena dissolvida em água fria até ficar no ponto de um molho encorpado. Serve em potinhos individuais, com pães franceses pequenos ou focaccia para mergulhar. Vira uma refeição descontraída, perfeita para um jantar de inverno ou até para servir em uma reunião com amigos. Fica com cara de prato de pub, mas é nosso humilde picadinho travestido. Já fiz assim num jogo de futebol em casa e o povo achou que eu tinha comprado de um restaurante chique. Segredo meu.

O Que Botar do Lado? A Ciência do Acompanhamento

Arroz branco soltinho é o casamento clássico e perfeito, porque absorve aquele caldo divino. Mas não para por aí. Uma farofa de banana da terra com bacon dá um contraste doce e crocante sensacional. Um vinagrete bem ácido (cebola, tomate, pimentão, limão e vinagre) corta a gordura e refresca o paladar. De bebida, um chope gelado é campeão, ou um vinho tinto jovem e frutado, como um Merlot ou um Pinot Noir. Para as crianças (ou não), um suco de laranja pera bem gelado combina estranhamente bem. Experimenta e me conta.

Modo Economia Total (sem Perder o Sabor)

Coxão mole subiu? Sem problemas. A paleta ou o acém são cortes mais baratos e ficam ótimos no cozimento, só precisam dos mesmos 20 minutos de pressão. As batatas e cenouras você acha com preço bom nas feiras livres. O molho inglês é um investimento que dura meses. O maior truque econômico mesmo é não desperdiçar: usa o talo do cheiro verde, lavado e picado bem fininho, junto com as folhas. A cebola e o alho que estão começando a brotar? Tira o broto e usa normal, o sabor tá lá. Cozinha inteligente é isso.

Do Almoço de Domingo ao Jantar Chique

Essa receita é um coringa social. Para um jantar mais arrumado, serve em uma cumbuca de barro individual, decora com um raminho de alecrim fresco e um fio de azeite. Acompanha com um purê de batata baroa bem fino no lugar do arroz. Para uma festa infantil, faz o picadinho (tira a páprica picante) e coloca em potinhos com uma espátula de batata doce assada em forma de conchinha. As crianças adoram a brincadeira de se servir. Já para um pré-churrasco ou chegada de visitas, deixa na panela de pressão (desligada) e todo mundo se serve no próprio prato, é a praticidade em forma de comida.

Perguntas que Todo Mundo Faz (e as Respostas)

Posso fazer sem panela de pressão? Pode! Só vai levar bem mais tempo. Faz tudo numa panela pesada com tampa, e depois de adicionar a água quente, deixa cozinhar em fogo baixo por about 1h30 a 2h, até a carne ficar macia. Vai precisar repor água de vez em quando.

Por que minha batata virou purê dentro do picadinho? Provavelmente você cortou os cubos muito pequenos ou cozinhou por tempo demais na segunda etapa. Cubos grandes e os 10 minutinhos exatos são a chave.

Posso congelar com batata? Pode, mas a batata fica com textura um pouco farinhenta depois de descongelada. Se isso te incomoda, congela só o refogado de carne e, na hora de servir, cozinha batatas e cenouras frescas e adiciona ao reaquecer.

Dois Segredos Inusitados Que Ninguém Conta

1. O Poder da Pausa Estratégica: Depois de dourar a carne e refogar a cebola, desliga o fogo. Tamp a panela e deixa ela lá, quietinha, por 10 minutos. Esse "descanso" fora do fogo faz os sabores se integrarem de uma forma mágica antes do cozimento sob pressão. A diferença no resultado final é notável.

2. A Loucura do Chocolate Amargo: Isso mesmo. Na próxima vez, quando for adicionar o extrato de tomate, junte também uma pitadinha (tipo 1/4 de uma colher de café) de cacau em pó 100% ou um quadradinho minúsculo de chocolate amargo derretido. Não vai ficar com gosto de chocolate, vai ficar com um sabor mais profundo, terroso e complexo. É um truque antigo de cozinheiros para estofados. Arrisca!

De Onde Veio Essa Ideia de Picar a Carne?

O picadinho é um primo distante dos estofados europeus, como o francês "Boeuf Bourguignon" e o português "Cozido à Portuguesa". A versão brasileira, claro, tropicalizou tudo. A técnica de cortar a carne em cubos nasceu da necessidade prática: cozinhar cortes mais duros de forma rápida e uniforme, além de "render" mais a carne para alimentar muitas pessoas. O colorau, nossa contribuição gloriosa, veio da mistura de sementes de urucum com outros temperos, uma herança indígena que dá cor e um sabor único. Não é só um prato, é um pedaço de história de fusão cultural que a gente come num domingo qualquer. Bom demais, né?

Confissões de Cozinha: Os Erros que Já Cometi

Já fui ansioso e liberei a pressão da panela colochendo um garfo em cima da válvula. Resultado? Um jato de caldo quente até no teto e uma panela que ficou parecendo que tinha visto uma guerra. Aprendi a esperar ou usar a torneira. Outra vez, a Daiane pediu pra fazer "mais light" e eu coloquei só uma colher de azeite. A carne grudou toda, o fond queimou e ficou amargo. Tive que lavar a panela e começar de novo. Moral da história: gordura é veículo de sabor, não dá pra pular totalmente. E a última: já deixei cozinhando na pressão e fui ver um episódio de série. A água secou, o fundo queimou e a carne ficou com um gosto de... desatenção. Hoje, coloco despertador no celular e fico por perto. A cozinha perdoa, mas não esquece.

Se o nosso picadinho salvou seu domingo, espera só até ver essas outras versões que são pura inspiração.

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.

2º. A sofisticação do bife bourguignon

autor: MasterChef Brasil

Essa receita brilha quando você quer transformar um jantar comum em algo memorável, sem ser complicado demais. É o nosso picadinho, mas com aulas de francês. O vinho tinto não é só um líquido, ele é o responsável por criar um molho aveludado e profundo, daqueles que você quer passar o pão até o fundo da panela.

A grande lição aqui, que eu levo para todas as carnes, é a paciência de cozinhar em fogo baixo. A carne praticamente se desfaz, e os legumes mantêm o formato mas ficam impregnados de sabor. Não é um prato de 30 minutos, mas o tempo de espera é parte da magia. Perfeito para quando você quer cozinhar com calma e ver a reação de surpresa na mesa.

3º. O econômico e rápido de carne moída

autor: Amante do Fogão

Aqui está a solução para a terça-feira mais corrida do mundo. Enquanto o arroz cozinha, você resolve o resto. A carne moída cozinha rápido, absorve os temperos na hora e rende muito. O erro comum que essa versão evita é a carne ficar soltando muita água e virar um ensopado sem graça.

O segredo está em refogar bem os temperos primeiro, no óleo quente, antes de colocar a carne. Isso sela os sabores. Depois, você joga os legumes picados, que vão cozinhar no vapor e nos sucos que saem. Em 20 minutos você tem um prato completo, nutritivo e que não pesa no bolso. É o coringa para a rotina real.

4º. O clássico absoluto ao molho

Se você está começando agora e quer a versão que nunca, nunca falha, é essa. Ela te ensina a base de tudo: empanar levemente a carne com farinha. Parece passo bobo, mas é o que garante que o molho fique encorpado, liso, sem ficar oleoso ou aguado.

A farinha cria uma casquinha fina que segura os sucos da carne por dentro e engrossa o caldo por fora. A manteiga junto com o azeite no refogado dá um sabor incrível. É a receita de domingo da vó, mas com as medidas certinhas. Se você fizer essa uma vez, vai entender a lógica por trás de todos os outros picadinhos.

5º. O purista acebolado

Carne, cebola, alho, temperos. Ponto. Essa receita traz uma memória afetiva forte daquelas que não precisam de firula para ser boas. A cebola aqui não é só um complemento, é co-protagonista. Ela quase desfaz, vira uma geleia doce que envolve cada pedaço de carne.

A dica não óbvia é cortar a cebola em penas, não em cubos. Ela frita e carameliza de um jeito mais uniforme, e na hora de comer, junto com a carne, a textura fica sensacional. É a prova de que menos é mais, e que um bom ingrediente tratado com respeito é tudo o que você precisa.

6º. Para uma ocasião especial com molho branco

Diferente do que todo mundo pensa, picadinho não precisa ser necessariamente um caldo marrom. Essa versão com molho branco é uma quebra de paradigma gostosa. Fica cremoso, suave, e a azeitona dá aquele toque salgado que corta a riqueza do molho.

É um prato que parece chique, mas é fácil. O erro comum ao fazer o molho branco é cozinhar a farinha de menos, deixando aquele gosto cru. A dica é fritar a farinha no azeite/óleo por um minuto, até formar uma pastinha, antes de adicionar o leite. Fica liso e sem grumos. Ideal para um jantar a dois que quer fugir do óbvio.

7º. O sabor mineiro com quiabo

Se você tem preconceito com quiabo por causa da baba, essa receita é a redenção. O picadinho é a ocasião perfeita para ele, porque o cozimento longo e a acidez do tomate quebram a viscosidade. O quiabo fica macio, mas ainda com uma leve resistência, e engrossa o caldo de um jeito natural.

O efeito garantido dela é um "nossa, quiabo fica bom assim?". O tempero baiano é o segredo, dá um perfume incrível. Sirva com angu ou polenta, que a combinação é divina. É um prato que conversa diretamente com a tradição, mas de um jeito muito acessível.

8º. A versão light (sem desculpas)

Essa aqui é para quem está de olho na dieta, mas não quer abrir mão do conforto. A adaptação inteligente está em usar um bom caldo de carne caseiro ou de boa qualidade para dar sabor, no lugar da gordura que seria usada para refogar. O tomilho fresco faz uma diferença absurda, dá um frescor que dispensa outros temperos pesados.

Fica leve, mas não sem graça. A carne magra, em cubos pequenos, cozinha rápido e não endurece. É a prova de que dá para comer bem e se cuidar ao mesmo tempo. Pode ser sua opção de almoço de segunda-feira sem peso na consciência.

9º. O sabor marcante da cerveja preta

Eu era cético. Cerveja na comida, pra mim, ou era muito amargo ou não fazia diferença. Essa receita me mostrou que a cerveja preta, especialmente, adiciona um amargor suave e um malte que combina perfeitamente com a carne. Ela corta a gordura e deixa um sabor complexo no fundo do prato.

Não use uma cerveja muito doce ou muito amarga. Uma preta padrão ou um stout simples resolve. O álcool evapora e o que fica é a alma da bebida. Fica um prato robusto, para dias frios de verdade. Acompanha muito bem com purê de batata baroa.

10º. O prático da frigideira (para uma pessoa só)

Essa resolve o problema de quem mora sozinho ou quer fazer um jantar rápido sem sujar panela grande. Tudo numa frigideira só, em tempo recorde. O molho aqui é mais espesso, quase um glaze, feito com ketchup, mostarda e molho inglês. É doce, salgado e ácido ao mesmo tempo.

Como a carne é cortada em cubos pequenos e cozida em fogo alto, ela fica selada por fora e suculenta por dentro rapidamente. Não vai virar um cozido. É a versão "fast-food" caseira, mas que ainda tem cara de comida de verdade. Perfeito para aquelas noites de "hoje não vou me esforçar muito".

11º. A aventura oriental com abacaxi

Isso aqui já é praticamente outro prato, mas mantém a alma do picadinho: carne em cubos num molho saboroso. A combinação de lombo de porco, abacaxi, gengibre e shoyu é explosiva. O abacaxi não só adoça, como amacia a carne através de uma enzima natural.

A dica de ouro é usar amido de milho (Maisena) para dar aquele brilho e ponto perfeito ao molho, típico da culinária oriental. Fica agridoce, apimentado e viciante. É para quando você cansou do tradicional e quer dar uma agitada no cardápio. Arroz branco simples é o parceiro obrigatório aqui.

Uau, quanta coisa, né? Dá para passar um mês fazendo um picadinho diferente cada dia. Do mais simples ao mais elaborado, cada um tem seu momento. Conta para mim qual versão parece mais a sua cara, ou se você tem alguma receita de família que é sucesso aí na sua casa. Adoro descobrir esses segredos!

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

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