Depois que você pega o jeito do pastrami clássico, é hora de se divertir com essas variações.
Nota de Transparência
As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.
2º. Pastrami com Mostarda: O Clássico que Nunca Falha
autor: BBQ Em Casa - Receitas De Churrasco
Se tem uma combinação que faz sentido desde a primeira mordida, é pastrami com mostarda. A acidez e o ligeiro ardor da mostarda cortam a riqueza da carne curada de um jeito perfeito. Esse vídeo é ótimo porque mostra o básico bem feito, com um tempero que realça sem competir. O açúcar mascavo e o louro em pó na crosta são um toque pessoal que faz diferença, sabia? Dá um sabor mais profundo, menos óbvio.
Quando for montar o sanduíche, não seja tímido com a mostarda. Passe uma camada generosa nos dois lados do pão. E falando em pão, o ideal é um de centeio ou um bom pão de forma com gergelim, algo que aguente o tranco sem virar uma papa.
3º. Pastrami com Mel: O Equilíbrio Agridoce
autor: Sal de Cura Carol Prezotto
Eu era meio cético com a ideia de mel no pastrami, parecia forçado. Mas essa receita me mostrou como um toque doce pode, na verdade, levantar todos os outros sabores. O mel não deixa a carne doce, ele apenas cria uma camada de caramelização na crosta que fica incrível, especialmente se você finalizar no forno ou na churrasqueira. É um daqueles casos onde o contraste funciona de verdade.
A dica é usar um mel com personalidade, como um mel silvestre ou de eucalipto, e pincelar só no final do cozimento. Se colocar muito cedo, ele queima e fica amargo. Aprendi isso na prática, é claro, depois de quase arruinar um lindo pedaço de carne.
Isso aqui é outro nível. Se o seu pastrami já está curado e cozido, levá-lo para a churrasqueira com uma técnica de fogo indireto e um recipiente de água é o que vai transformar ele em algo memorável. A fumaça suave e a baixa temperatura deixam a crosta ainda mais interessante e infundem aquele sabor defumado que comprado nunca tem. O vídeo explica bem essa técnica, que é mais sobre paciência do que habilidade.
Use pedaços de madeira para fumo, como nogueira ou macieira, se tiver. Carvão puro também funciona, mas a madeira dá um perfume extra. E a água no recipiente abaixo é vital, ela mantém o ambiente úmido e impede a carne de ressecar durante as longas horas.
Fazer o pastrami é uma conquista, mas montar o sanduíque certo é uma arte. Esse vídeo é uma aula. Selar o pão no azeite parece detalhe, mas faz com que ele fique crocante por fora e impeça o molho de encharcar. O mix de mostardas (clara e escura) é inteligentíssimo, uma dá picância e a outra, profundidade. E os picles não são opcionais, são a peça chave que traz o ácido e o crocante que o prato precisa.
Já tentei pular os picles uma vez, pra agradar um amigo enjoado, e o sanduíche ficou pesado, sem graça. Não cometa esse erro. Se não tiver picles de pepino, fatie fininho um pepino comum e deixe de molho rapidinho em vinagre, água e açúcar. Resolve na hora.
Essa é das mais criativas que já vi. O iogurte defumado com feno e carvão é uma ideia de outro mundo, e te garanto que o sabor é tão intrigante quanto o processo. Fica com um fumê delicado, cremoso e ácido, que complementa a carne de um jeito completamente inesperado. Não é pra todo dia, mas é para aquela ocasião especial onde você quer surpreender todo mundo à mesa, inclusive você mesmo.
Se a técnica do feno parecer muito, você pode tentar uma versão mais simples: adicione uma pitada generosa de páprica defumada ao iogurte natural. Não é a mesma coisa, mas dá uma ideia do caminho. A cor fica linda também.
O que define um pastrami, no fim das contas, é a crosta de especiarias. E esse mix aqui é complexo e cheio de camadas. Pimenta da Jamaica, gengibre, canela... são coisas que a gente não associa logo com carne, mas juntas criam um perfume incrível. Esse vídeo é bom porque mostra a proporção, que é o segredo. Colocar muito cravo, por exemplo, pode dominar tudo.
Uma dica de ouro: moa as especiarias na hora, se possível. O aroma que solta é completamente diferente do tempero comprado já moído, que perdeu metade do seu poder. Faz toda a diferença no resultado final, acredite.
Essa ideia de fazer uma "massa" ou pasta para a crosta é genial. A mostarda à l'ancienne, com seus grãos inteiros, e o cominho criam uma textura e um sabor que gruda perfeitamente na carne e forma uma casca maravilhosa ao assar. Diferente da crosta seca de especiarias, essa aqui tem uma cremosidade interior que é uma delícia. É uma ótima alternativa se você quer um resultado mais úmido.
Na hora de aplicar, use as mãos mesmo, pressione bem para que a pasta grude. E asse em temperatura não muito alta, para a crosta secar e dourar sem queimar a mostarda.
Quem disse que pastrami tem que ser só fatiado? Misturar a carne curada e temperada com carne moída comum para fazer um hambúrguer é uma jogada de mestre. O pastrami ali dentro dá umas explosões de sabor intenso a cada mordida, enquanto a carne moída garante a suculência. O molho com limão e creme de leite do vídeo é o complemento perfeito, corta a gordura e clareia o paladar.
Se você tem restos de pastrami, aquelas pontas mais secas que sobram ao fatiar, essa é a destinação nobre para elas. Pica tudo bem fininho e mistura na carne. Zero desperdício e um hambúrguer que ninguém esquece.
Às vezes, o segredo está no acompanhamento. Essa pasta de bacon com mostarda e cheiro verde é a coisa mais viciante que você pode passar num pão. Junto com o pastrami, vira uma combinação de sabores defumados e salgados que é simplesmente imbatível. É rica, então um sanduíche menor, bem montado, já é mais que suficiente.
Faça o bacon bem crocante antes de picar e misturar. Essa textura é importante para quebrar a cremosidade. E usa a gordura que derreteu do bacon para untar levemente o pão antes de tostar. Vai por mim.
Esse vídeo foca no que talvez seja a etapa mais importante e negligenciada: a marinada ou salmoura. A proporção de sal de cura, açúcar e especiarias mostrada aqui é um excelente ponto de partida. O erro comum é ter pressa e tirar a carne antes da hora. Cada corte, cada espessura, pede um tempo diferente. A paciência aqui é literalmente um ingrediente.
Anote isso: a carne deve ficar firme ao toque depois da cura, mas não dura como uma pedra. Se ainda estiver muito mole por dentro, o sabor não terá penetrado por igual. E sempre, sempre, seque muito bem a superfície com papel toalha antes de aplicar a crosta de temperos. Se estiver úmida, não gruda.
Usar alcatra no lugar do peito bovino tradicional é uma adaptação interessante. Fica um pastrami com menos gordura intramuscular, então o resultado é um pouco mais seco, mas ainda sim muito saboroso. É uma boa opção se você prefere cortes magros ou quer experimentar algo diferente. O processo de cura e tempero é o mesmo, só fica de olho no tempo de cozimento, que pode ser um pouco menor.
Como é mais magro, sugiro fatiar bem fininho na hora de servir. E talvez usar um molho ou acompanhamento um pouco mais generoso para compensar. Fica ótimo em saladas, por exemplo.
Essa é, de longe, a variação mais surpreendente da lista. Goiabada derretida com vinho e manteiga vira um creme aveludado e não muito doce que, contra toda a lógica, faz uma parceria incrível com o pastrami salgado e defumado. É aquele tipo de coisa que você precisa experimentar para acreditar. O vídeo mostra que o vinho evapora, então o sabor final é de goiabada apurada, com uma acidez elegante.
Experimente com uma fatia fina de queijo minas frescal ou ricota salgada junto no sanduíche. O trio pastrami, queijo e goiabada creme é uma revelação. Pode me agradecer depois.
Bom, depois de ver tanta opção, fica até difícil escolher por onde começar, né? O clássico com mostarda ou a aventura com goiabada? Conta pra mim qual dessas variações mais mexeu com sua curiosidade. E se já fez alguma, me conta como foi a experiência, adoro trocar figurinhas sobre esses projetos de cozinha!
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