17 Receitas de Fígado de Boi MAIS Tipos de Preparo Para Você Experimentar Sabores Incríveis

Degustar uma refeição simples e prática de fazer, mas altamente saborosa é um grande privilégio. Você precisa aproveitar e testar.
17 Receitas de Fígado de Boi MAIS Tipos de Preparo Para Você Experimentar Sabores Incríveis
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Vou ser sincero, fígado era um ingrediente que eu evitava. Achava que só ficava bom na mão de quem já nasceu sabendo, sabe? Até o dia em que encarei o desafio durante um dos meus cursos de técnica brasileira.

O professor, um ex-cozinheiro de restaurante de bairro, ensinou um truque simples que mudou tudo: deixar o fígado marinando no alho e no sal, mas com azeite, por umas horinhas na geladeira. Essa pausa, além de dar sabor, ajuda a manter uma textura mais macia na hora do cozimento. A parceria com o jiló, que muita gente torce o nariz, é uma das mais geniais da nossa culinária. O amargo do jiló corta a intensidade do fígado de um jeito que você precisa experimentar para crer.

Essa receita de fígado de boi com jiló é minha versão testada e aprovada em casa. É daquelas que quebra preconceitos e enche a cozinha de um cheiro maravilhoso. O passo a passo completo está ali embaixo, vem comigo.

Receita de fígado de boi com jiló: Como fazer

Rendimento
5 porções
Preparo
25 min
Dificuldade
Fácil

Ingredientes

0 de 9 marcados

Não se assuste com a lista, é tudo coisa que você provavelmente tem em casa. O segredo mesmo tá no jeito de preparar o jiló e na paciência com o fígado. A Daiane era super resistente a jiló até experimentar feito desse jeito, agora até pede.

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Informação Nutricional

Porção: 200g (1/5 da receita)

Nutriente Por Porção % VD*
Calorias 285 kcal 14%
Carboidratos Totais 8.5g 3%
   Fibra Dietética 2.5g 10%
   Açúcares 3.2g 6%
Proteínas 28.4g 57%
Gorduras Totais 12.8g 16%
   Saturadas 3.2g 16%
   Trans 0g 0%
Colesterol 420mg 140%
Sódio 480mg 21%
Potássio 680mg 15%
Ferro 8.5mg 47%
Vitamina A 15,000UI 300%
Vitamina B12 65µg 2,708%

*% Valores Diários baseados em uma dieta de 2.000 kcal (FDA)

Etiquetas Dietéticas

  • Low-Carb: Apenas 8.5g de carboidratos por porção
  • Gluten-Free: Naturalmente sem glúten
  • Lactose-Free: Sem laticínios
  • Rico em Ferro: 47% do VD em ferro heme
  • Alto em Proteína: 28g por porção

Alertas & Alérgenos

  • Alto Colesterol – 140% do VD; moderar consumo para cardíacos
  • Alta Vitamina A – Gestantes devem consumir com moderação
  • Insight: Fígado é a fonte mais concentrada de vitamina B12 - 1 porção supre 2 meses de necessidade
  • Dica: O jiló ajuda a reduzir a absorção de gordura e complementa o sabor amargo característico

Fonte: Calculado manualmente via Tabela TACO Unicamp; valores aproximados – não substitui consulta profissional.

Baixar Tabela TACO (Excel)

Modo de preparo

Preparando os Ingredientes:

  1. Primeiro, vamos cuidar do fígado. Se ainda não veio limpo, tira aquela película fininha e os canalinhos. Pica em pedaços não muito pequenos, do tamanho de uma mordida generosa, sabe? Coloca numa tigela funda.
  2. Joga os 5 dentes de alho amassados por cima do fígado. Adiciona uma pitada boa de sal e a pimenta. Rega com uma colher de sopa de azeite e mexe com as mãos, massageando bem pra pegar gosto em todos os pedacinhos. Cobre a tigela e leva pra geladeira. Deixa lá pelo menos 1 hora. Essa marinação é o truque pra ficar macio, então não pule, acredita.
  3. Enquanto isso, trata o jiló. Lava bem os 6 jilós, corta as pontinhas e fatia em rodelas não muito finas. Coloca tudo numa tigela e cobre com água. Adiciona as 2 colheres de vinagre e mexe. Deixa de molho por uns 30 minutos. A água vai ficar meio escura e com uma "gosma" - é normal, é justamente isso que a gente quer tirar. Depois é só escorrer e enxaguar bem.
  4. Pela a cebola em tiras finas e deixa de molho numa tigela com água gelada, também por uns 15 minutos. Isso tira a ardência e deixa ela mais crocante, combina demais com a textura do prato.

Na Hora de Cozinhar:

  1. Pega uma panela larga, tipo uma frigideira grande ou wok. Aquece 2 colheres de sopa de azeite em fogo bem alto. Quando o azeite estiver soltando um leve fumacinha, adiciona o fígado escorrido (tira o excesso do tempero com uma escumadeira).
  2. Aqui é velocidade. Espalha os pedaços na panela e deixa dourar por uns 2 minutos de um lado, sem mexer muito. Vai ver a cor mudando pra um marrom mais forte. Vira os pedaços e deixa mais 1 ou 2 minutos. O objetivo é selar, não cozinhar completamente, senão fica borrachudo. Retira o fígado da panela e reserva num prato.
  3. Na mesma panela, adiciona mais um fio de azeite se precisar. Joga as cebolas escorridas e o jiló bem escorrido e enxaguado. Refoga em fogo médio-alto, mexendo de vez em quando. O jiló vai começar a ficar com a pontinha dourada e mais macio. Isso leva uns 7 a 8 minutos.
  4. Volta o fígado reservado para a panela, junto com os legumes. Mistura tudo com cuidado. Deixa cozinhar junto por mais uns 3 a 4 minutos, só pra integrar os sabores e terminar de cozinhar o fígado no ponto que você gosta. Eu prefiro ainda rosadinho por dentro, mas aí é contigo.
  5. Prova e acerta o sal e a pimenta. Desliga o fogo. Pica a cebolinha bem fininha e joga por cima, misturando só um pouquinho. Serve na hora, direto da panela. Arroz branco soltinho é o parceiro ideal.

A maior dica é não ter medo do fogo alto no começo. Selar rápido o fígado é o segredo da maciez. E não pule o passo do molho do jiló com vinagre, é o que tira aquele amargo desagradável e deixa só o sabor característico bom.

Essa receita é um daqueles clássicos que a gente redescobre. Parece trabalhosa, mas quando você faz, vê que é mais questão de organização do que de técnica complexa. O sabor é intenso, daqueles que gruda na memória, e a textura do fígado bem feito, macio e saboroso, é uma revelação pra quem só experimentou versões borrachudas.

Em casa, virou um prato de domingo quando a gente quer algo diferente do frango assado. O cheiro que toma a cozinha é indescritível, uma coisa boa. E você, já era fã de fígado com jiló ou tá dando a primeira chance? Me conta nos comentários se o truque do molho com vinagre fez diferença pra você ou se você tem seu próprio jeitinho de preparar.

Quanto custa em calorias?

Cada porção dessa receita tem aproximadamente 285 kcal - valor calculado com base na tabela nutricional completa abaixo dos ingredientes. O fígado é proteína pura e cheio de ferro e vitamina B12, enquanto o jiló quase não tem calorias e ajuda na digestão. Se quiser reduzir, dá pra usar menos óleo na hora de refogar.

Guarda bem? Dá pra congelar?

Na geladeira, dura até 3 dias num pote fechado. Congelado, eu não recomendo - fígado descongelado fica com textura esquisita. A Daiane uma vez tentou e virou uma espécie de borracha com gosto de nostalgia. Melhor fazer na hora!

Se não gosta de jiló, bora trocar!

Jiló é amor ou ódio. Se você é do time que torce o nariz, experimente substituir por:

  • Berinjela em cubos (fica incrível)
  • Abobrinha verde
  • Até mesmo chuchu, que absorve bem o tempero

O pecado mortal do fígado

Cozinhar demais! Fígado vira sola de sapato em segundos. Assim que mudar de cor (uns 3-4 minutos no fogo alto), já pode colocar os outros ingredientes. Eu já cometi esse erro nas primeiras vezes - resultado: mastigava por 10 minutos e ainda assim não descia.

Truque secreto do jiló

Além do vinagre, experimente esfregar sal grosso nos jilós antes de deixar de molho. Isso tira ainda mais o amargor. Um chef me ensinou isso num boteco da Liberdade e mudou minha vida (dramático, eu sei).

Versão low carb e sem glúten

Essa receita já nasce fitness! Naturalmente sem glúten e com quase zero carboidratos. Para uma versão proteica extra, acrescente ovos cozidos picados no final. Fica absurdo de bom.

O que serve junto?

Arroz branco é o clássico, mas experimente com:

  • Purê de mandioquinha (combina demais)
  • Farofa de banana
  • Uma saladinha de agrião com limão

E cerveja gelada. Sério, o amargor do jiló com cerveja é casamento perfeito.

Quer surpreender? Faz assim

Adicione cubos de bacon junto com o fígado. Ou, para uma versão mais exótica, jogue um punhado de amendoim torrado no final. Parece estranho, mas o crocante fica sensacional com a textura do fígado.

A parte mais chatinha

Tirar a "pele" do fígado pode ser trabalhoso. Dica: passe a faca bem rente e use papel toalha para segurar - fica menos escorregadio. Se deixar um pedacinho, não é o fim do mundo, só fica um pouco mais borrachudo.

Modo restaurante caro

Finalize com manteiga com alecrim derretida por cima e uns gomos de laranja sanguínea. Parece coisa de MasterChef, mas custa pouco e impressiona qualquer visita.

Fazendo no modo crise

Fígado de frango sai mais barato e cozinha mais rápido. E em vez de azeite, use óleo comum mesmo - o sabor fica um pouco diferente, mas ainda assim bom.

Se tudo der errado...

Fígado ficou borrachudo? Jiló amargo demais? Transforme tudo num patê: bata no processador com um pouco de requeijão e sirva com torradas. Crise evitada!

De onde veio essa combinação?

Essa dupla clássica tem pé na cozinha caipira brasileira. Fígado era proteína barata e o jiló, fácil de cultivar. Juntos, criam um contraste de sabores que virou tradição - amargo do jiló corta a "força" do fígado.

2 fatos que ninguém te conta

1. Fígado de porco funciona nessa receita e tem gosto mais suave (mas muita gente torce o nariz por preconceito).

2. Na África, tem versões similares com quiabo em vez de jiló - e é tão bom quanto!

Perguntas que sempre fazem

Precisa deixar o fígado de molho no leite? Não obrigatório, mas se quiser um sabor mais suave, pode deixar 1 hora antes.

Por que minha panela fica toda grudada? Fogo muito baixo! Precisa ser fogo médio-alto e panela bem quente antes de colocar o fígado.

Harmonização inusitada

Experimente comer com geleia de pimenta. Parece loucura, mas o doce-picante combina incrivelmente com o amargo do jiló. Me agradeça depois.

Confissões de cozinha

Uma vez esqueci o fígado marinando por 6 horas. Resultado: ficou salgado demais. Moral da história? 1-2 horas no máximo, gente!

Sabia que...

O jiló tem substâncias que estimulam a produção de saliva - por isso "seca" a boca. Mas justamente isso que faz ele combinar tão bem com o fígado, criando um equilíbrio.

Fígado de boi com acompanhamentos que vão fazer você se apaixonar de novo

Quem disse que fígado precisa ser aquele prato sem graça? Aqui em casa, a Daiane sempre capricha nos acompanhamentos e transforma a refeição num banquete. Vou te mostrar combinações que vão deixar seu almoço ou jantar simplesmente irresistível.

Para começar com o pé direito

Nao precisa complicar, mas um pão de batata doce caseiro é sempre bem-vindo. Aquele cheirinho saindo do forno já abre o apetite e combina demais com o prato principal. Aqui em casa, sempre fazemos um pouco a mais porque... bem, nunca sobra!

Acompanhamentos que roubam a cena

Cebola caramelizada - Doce, macia e com aquele toque especial que corta a intensidade do prato principal. Perfeita para quem gosta de contrastes.

Polenta mole (versão deliciosa aqui) - Cremosa e reconfortante, parece que foi feita para acompanhar. A Daiane sempre brinca que é o "cobertor" da comida.

Batata doce assada - Doce natural que complementa o sabor terroso. Fica ótima crocante por fora e macia por dentro.

Berinjela grelhada que toda a família pede - Leve e versátil, absorve os temperos como ninguém. Uma opção para quem quer algo mais leve.

Para fechar com chave de ouro

Bolo de banana caramelizada (receita passo a passo no link) - Doce, mas não enjoativo. A banana fica tão perfeita que você vai querer fazer só a calda para comer de colher.

Pera ao vinho (sem o vinho, claro)- Simplesmente cortar a pera em fatias finas e deixar descansar com um pouco de canela. Refrescante e limpa o paladar.

Para refrescar

Suco de maracujá (clique aqui e surpreenda-se) - O ácido corta a gordura e deixa tudo mais equilibrado. Além disso, sempre cai bem.

Suco de abacaxi irresistível que todo mundo ama - Doce e levemente ácido, combina surpreendentemente bem. Experimente com hortelã para um toque especial.

E aí, qual combinação te deixou com mais água na boca? Aqui em casa já testamos todas (algumas várias vezes) e cada uma tem seu momento especial. Conta pra gente se experimentar alguma - prometo que a Daiane vai adorar saber!

Fígado tem mil caras: veja essas ideias geniais para você não enjoar nunca

Nota de Transparência

As receitas e vídeos abaixo não foram criados por mim (Rafael Gonçalves). Eu avaliei, testei em casa e adaptei algumas delas e outras eu gostei da técnica e fui juntando aqui ao longo de anos. Apenas indico o que realmente funcionou. Crédito total aos criadores originais — links mantidos por respeito. Se quiser, clique nas fontes para ver a receita original.

2º. O clássico reconfortante: fígado cozido

autor: arte Feminina

Teve um domingo chuvoso aqui que a única coisa que dava vontade era de uma comida caseira, daquelas que acalmam. Foi quando lembrei dessa versão cozida. A grande vantagem é que ela quase não pede atenção, você deixa tudo ali no fogo baixo conversando. A dica da cenoura é boa, mas pra ser sincero, eu gosto de colocar pouca mesmo, umas duas ou três rodelas finas já bastam. Se exagerar, o doce compete com o sabor da carne de um jeito esquisito.

O que salvou meu prato uma vez foi justamente o temperinho em pó, tipo aqueles para carne. Coloquei um pouquinho no final, junto com um fio de azeite, e deu um up absurdo. Parece bobeira, mas faz diferença. É a receita coringa pra quando a preguiça é grande mas o estômago pede algo gostoso.

3º. Acebolado que é pura felicidade na frigideira

autor: Alessandra Santos Pastel

Isso aqui é ouro puro. O segredo para um acebolado que não fica borrachudo está em dois passos: tirar os nervos, como ela fala, e não ter pressa na fritura. Já tentei apressar o processo em fogo alto e o fígado ficou duro feito sola de sapato. Agora eu sempre faço em fogo médio, deixando a cebola caramelizar devagar na manteiga. O cheiro que fica na cozinha é inacreditável.

A proposta de usar azeitona e coentro é genial, sabe? Tira aquele ar de "prato de dieta" e coloca um toque bem brasileiro. Fica com uma cara de restaurante. Experimenta servir com um polentinha mole, eu acho que combina até melhor que arroz.

4º. Molho que transforma tudo

Para quem ainda está começando a se aventurar no fígado, essa é a porta de entrada ideal. O molho, com tomate e pimentão, disfarça qualquer resquício de sabor forte e deixa a carne incrivelmente úmida. A dica de tirar a pele é fundamental, não pule essa etapa. Uma vez a Daiane, com preguiça, deixou uns pedacinhos com pele, e na hora de comer era só ficar puxando aquela membraninha com os dentes, uma experiência nada agradável.

O molho que sobra no fundo da panela? Não joga fora. Eu misturo com o arroz, fica divino. É um prato que rende, alimenta bem e suja pouca louça. Praticidade pura nos dias corridos.

5º. A versão crocante: à milanesa

Quem disse que fígado não pode ser crocante? Essa receita quebra qualquer tabu. O processo de empanar e dar uma geladinha antes de fritar é a chave para a farinha de rosca não desgrudar e ficar aquele crocante perfeito. O banho de leite antes de tudo é outro truque de mestre, deixa a carne com uma maciez diferente.

Confesso que fiquei com receio na primeira vez que fiz, mas o resultado foi tão bom que até meu cachorro, o Titan, ficou doido com o cheiro. Serve bem com uma saladinha de folhas verdes com um vinagrete ácido, que corta a gordura da fritura. Um perigo de você comer mais do que deveria.

6º. Parceria infalível: fígado com batata

Essa é pra quem não quer firula. Batata cozida com orégano e azeite é um acompanhamento que nunca falha, e combina demais com o sabor terroso do fígado. A sugestão do shoyu é interessante, mas eu vou te contar um segredo: uma colher de sopa de vinagre balsâmico no final do refogado dá um brilho e uma acidez que equilibram tudo perfeitamente.

É uma daquelas receitas que você quase não precisa pensar. Errou a mão no sal? A batata sem sal ajuda a compensar. A carne ficou um pouco mais passada? O molhinho que se forma junto com os temperos salva. Prato à prova de erros, ideal pra um dia cansativo.

7º. Low carb e sem frescura

Se você está numa dieta com menos carboidratos, pode achar que suas opções ficam chatas. Essa receita prova o contrário. Fritar as iscas na manteiga com azeite dá um sabor incrível, e a cebola, quando bem dourada, quase vira um doce. O timing é tudo: colocar a cebola só quando o fígado já está quase no ponto evita que ela queime ou fique crua.

Sirvo com uma salada de rúcula e tomate-cereja, bem simples mesmo. Fica uma refeição completa, nutritiva e que te deixa satisfeito sem aquela sensação pesada depois de comer. Às vezes é só o que a gente precisa no jantar.

8º. O clássico da roça: com quiabo

Essa combinação tem gosto de casa de vó. O quiabo, quando bem preparado (fervendo antes pra tirar a baba, como ela ensina), fica com uma textura incrível e absorve o sabor do caldo da carne. Usar a panela de pressão é um salva-vidas, porque em 20 minutos você tem um prato com sabor de quem ficou horas no fogão.

É um daqueles pratos que fica ainda melhor no outro dia. O sabor dos temperos se mistura todo. Se sobrar, esquenta no almoço seguinte e parece que está até mais gostoso. Pedida certa para um domingo em família.

9º. Cremoso e doce: com purê de abóbora

O contraste aqui é o segredo. A abóbora doce e cremosa contra o sabor profundo do fígado acebolado é uma jogada de mestre. Para o purê ficar realmente liso, sem pedacinhos, eu passo ainda quente por uma peneira de aço. Dá um trabalho a mais, mas o resultado é de restaurante.

É um prato que parece sofisticado, mas é bem simples de fazer. Já servi para visitas que diziam não gostar de fígado, e elas adoraram. A apresentação ajuda: um belo disco de purê no prato e as tiras de fígado por cima, com a cebola caramelizada. Bonito e saboroso.

10º. Nutritivo e energético: com batata doce

Batata doce é energia pura, né? Combinada com o fígado, que é cheio de ferro, vira um prato fortíssimo. A dica é cozinhar a batata doce no vapor, se possível. Ela fica mais firme e não encharca, mantendo melhor o sabor. O molho de tomate no refogado do fígado é essencial, porque dá uma umidade e um ponto doce ácido que casa perfeitamente com a batata.

Esse é o tipo de refeição que eu faço quando volto de um treino mais puxado ou quando sei que o dia vai ser longo. Me sustenta por horas. Funciona bem no almoço para levar pro trabalho no outro dia também.

11º. A ousadia que deu certo: com batata e banana

Eu li "banana" e franzi a testa. Mas a curiosidade foi maior. E que surpresa boa. A banana, quando assada, fica com um doce intenso e uma textura macia que, em pouca quantidade, complementa o salgado de um jeito inesperado e muito bom. O truque do molho da azeitona com vinagre para marinar a carne é sensacional, tira qualquer resíduo de sabor forte.

É uma receita para impressionar, diferente de tudo. Não é algo que eu faria toda semana, mas para um jantar especial ou quando você quer sair da mesmice, é perfeita. As pessoas sempre perguntam a receita depois de experimentar.

12º. Cremoso e suave: com creme de leite

O creme de leite tem o poder de suavizar qualquer sabor. Nesse preparo, ele transforma o fígado em um prato delicado, com um molho aveludado que pede um pãozinho para mergulhar. O gengibre ralado é a cereja do bolo, dá um toque fresco e picante que corta a riqueza do creme.

Preste atenção no amido de milho. Dissolva bem em água fria antes de jogar na panela, senão forma gruminhos. Essa é uma receita que parece chique, mas é super rápida. Já salvei uma visita inesperada com ela, e todo mundo achou que eu tinha me matado na cozinha.

13º. Saúde em cores: com beterraba

Esse prato é uma festa de nutrientes e de cor. A beterraba, quando refogada junto, solta um doce lindo e tinge tudo de um roxo avermelhado lindo. Fica visualmente incrível. Minha sugestão é cortar a beterraba em cubos bem pequenos, para que ela cozinhe na mesma velocidade que o fígado.

É uma ótima maneira de fazer as crianças comerem beterraba, porque ela fica com o sabor dos temperos e da carne. Um prato completo, bonito e que faz bem. O que mais você pode querer?

14º. Frescor cítrico: com laranja

A acidez da laranja é um complemento brilhante para a riqueza do fígado. Ela quase que "limpa" o paladar entre uma garfada e outra. Usei laranja-pera uma vez, que é mais doce, e o prato ficou um pouco enjoativo. A laranja-lima ou a bahia, mais ácidas, funcionam melhor, na minha opinião.

Não tenha medo de deixar formar um caldinho. É a melhor parte. Eu gosto de colocar umas raspas da casca da laranja no final, só para dar um perfume extra. Fica um prato leve, perfumado e muito diferente do usual.

15º. Prato rápido e cheio de vida: com limão

Essa é a definição de receita para uma pessoa só, preguiçosa mas com fome. Em 15 minutos você tem um prato cheio de sabor na mesa. O limão aqui não é opcional, ele é o protagonista. A acidez corta a gordura e ilumina o sabor da carne. As ervas verdes, se for usar, jogue por último, depois de apagar o fogo, para manter o frescor.

Faço muito quando chego tarde em casa. É só fritar as tiras, espremer meio limão por cima e tá pronto. Como com uma porção de legumes congelados no micro-ondas. Simplicidade que salva o dia.

16º. A paixão nacional: com bacon

Bacon. A palavra já diz tudo, né? Ele traz um sabor defumado e uma gordura deliciosa que deixa qualquer coisa boa, e com o fígado não é diferente. Essa receita de farofa é a minha favorita para levar para um churrasco ou para servir em um almoço de família mais descontraído. A farinha absorve todos os sabores da panela e fica incrível.

Deixar de molho no leite realmente tira aquele gaminho característico que algumas pessoas não gostam. É um prato para agradar a todos, até os mais céticos. E rende bastante, ótimo quando a turma é grande.

17º. O clássico reforçado: acebolado com molho de tomate

Essa é como o acebolado tradicional, só que com um cobertor de molho. O molho de tomate caseiro ou mesmo um de boa qualidade pronto, dá uma umidade e um corpo ao prato que faz toda a diferença. A cebola, como ela bem diz, tem que ser em quantidade generosa, quase tanta quanto o fígado.

É um prato que não tem erro. Óleo bem quente para selar a carne e depois baixar o fogo para cozinhar por dentro. O molho preenche qualquer lacuna de sabor. Serve com arroz branco soltinho e já era. Felicidade pura e simples.

Nossa, quanta coisa boa, hein? Difícil escolher por onde começar. Se você testar alguma, volta aqui e me conta nos comentários qual foi a sua experiência, se descobriu algum truque novo ou se adaptou algo. Adoro trocar essas ideias de cozinha com vocês. Boa prova!

Sobre o autor

Rafael Gonçalves

O cozinheiro apaixonado que transforma cada prato em memória.

Rafael não é um chef de restaurante estrelado, mas tem o dom de transformar cada prato em uma verdadeira obra de arte, cheia de sabores e histórias. Apaixonado por gastronomia desde sempre, já mergulhou em cursos de churrasco, confeitaria e até cozinha italiana, francesa e brasileira, só para garantir que nenhum tempero fique sem seu toque especial. Em casa, é o rei do fogão: seja no almoço de domingo com a família ou nas festas onde todo mundo já sabe que quem manda na cozinha é ele. Há 10 anos casado com a Daiane, descobriu que cozinhar juntos é tão gostoso quanto comer, e transformou a mesa num lugar sagrado, onde cada refeição vira motivo pra celebrar.

Inspirado por mestres da culinária como Jamie Oliver e chefs premiados em restaurantes como o D.O.M. de Alex Atala, Rafael aplica técnicas refinadas e sempre busca atualizar suas receitas com o que há de melhor nas cozinhas do mundo. Se tem alguém que conhece os sabores do Brasil e do mundo, é ele. Já desbravou os melhores restaurantes, do Figueira Rubaiyat em São Paulo ao Terraço Itália, sem falar nas experiências internacionais que inspiram suas receitas. Mas, no fim do dia, seu maior orgulho é ver o sorriso da família ao provar um prato feito com carinho. Quer ver dicas, descobertas e muito sabor no dia a dia?

Está no lugar certo, aqui no sabor na mesa, trago todas as receitas que testei, gostei e reuni durante toda a minha vida.

Segue lá no Instagram e vem comer com a gente! ??

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